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Tabagismo: Uma Pandemia Global

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TABAGISMO
TABAGISMO
Segundo a OMS, o tabagismo deve ser considerado uma 
pandemia, já que, atualmente, morrem, no mundo, 
cinco milhões de pessoas, por ano, em consequência das 
doenças provocadas pelo tabaco, o que corresponde a 
aproximadamente seis mortes a cada segundo.
O tabagismo é um comportamento que recebe 
influências de estímulos ambientais, hábitos pessoais, 
condicionamentos psicossociais e das ações biológicas da 
nicotina.
Os produtos do tabaco promovem dependência física, 
psicológica e comportamental semelhante ao que ocorre 
com o uso de outras drogas como álcool, cocaína e 
heroína.
PREVALÊNCIA
∙ Em 2004, existiam cerca de 1,3bi de pessoas fumantes no mundo, sendo 1bi, 
aproximadamente, do sexo masculino. Dos homens fumantes, 35% estão em 
países desenvolvidos e 50% em países em desenvolvimento; em relação às 
mulheres fumantes, 22% estão em países desenvolvidos e 9% em países em 
desenvolvimento.
∙ Dados coletados de 1999 a 2002 em jovens escolares da faixa etária de 13-15 
anos, de vários países, revelaram prevalências de fumo de 15% entre os jovens 
do sexo masculino e 6,6% entre os do sexo feminino. A definição de tabagismo 
utilizada nessa pesquisa foi "ter fumado durante um ou mais dias nos últimos 
30 dias".
Nicotina: É a principal substância presente no tabaco 
responsável pela dependência química.
A dependência de nicotina apresenta 3 mecanismos para a sua manutenção: -
∙ Reforço Positivo: causa a liberação de dopamina na área límbica estimulando 
a sensação de recompensa cerebral.
∙ Condicionamento: estímulos ambientais. Por exemplo: usar tabaco em 
momentos de estresse para acalmar ou quando está feliz, o que provoca o 
condicionamento e gera a vontade do tabagista de fumar toda vez que tiver 
estresse ou momentos de prazer.
∙ Reforço Negativo: manter uso de tabaco para evitar desconforto causado pela 
abstinência.
ESTÁGIOS 
DE 
MUDANÇA
Prochaska e Di Clemente
DIAGNÓSTICO DA DEPENDÊNCIA
Segundo o DSM-5
Graduação à 
dependência
Cessação ao 
tabagismo
Definir o Grau de dependência ao tabagismo: 
Teste de Fagerstrom (soma acima de 6 pontas 
indica tendência a sofrer a síndrome de 
abstinência de forma significativa)
Motivação: condição imprescindível para 
iniciar o tratamento. Estágios de motivação 
para iniciar o tratamento: Pré contemplação, 
contemplação, preparação, ação, manutenção.
Cessação: Terapia cognitivo-comportamental 
(primeira escolha) + medicamentos (se 
necessário)
Terapia cognitivo-comportamental: detectar situações de risco que levam o indivíduo a 
fumar e desenvolver meios de enfrentamento para essas situações.
Medicações: é um recurso adicional, indicadas se: o paciente fumar mais de 20 cigarros 
ao dia; fumar o 1º cigarro 30 minutos após acordar e consumir mais de 10 ao dia; teste 
de Fagerstrom maior que 5 pontos; se a terapia isoladamente não funcionou.
1ª Linha de tratamento - Terapia de reposição de nicotina (TRN) - bupropiona e 
vareniclina 
2ª Linha de tratamento - nortriptilina e clonidina
Doenças relacionadas
O tabagismo é a maior causa evitável de morte humana
Tabagismo e 
outras 
doenças
O tabagismo colabora também para cânceres da cavidade oral, 
esôfago, pâncreas e bexiga.
O tabaco fumável e o não fumável interagem com o álcool 
para o desenvolvimento de câncer de laringe.
O tabagismo está ligado com o desenvolvimento de 
aterosclerose e, sua maior complicação, infarto agudo do 
miocárdio.
O tabagismo na gestação aumenta os riscos de aborto e 
nascimento prematuro, além de atraso no crescimento 
intrauterino.
A inalação passiva da fumaça também está relacionada a 
alguns dos mesmos efeitos prejudiciais do fumante ativo. 
Estima-se que o risco de câncer de pulmão em não-fumantes 
expostos a fumaça ambiental seja de 1,3 vez maior do que de 
não fumantes não expostos à fumaça.
Câncer de Pulmão
Os agentes do cigarro possuem um efeito irritante na mucosa traqueobrônquica, levando a bronquite.
O recrutamento de leucócitos para o pulmão, por meio do tabagismo, causa enfisema.
Os hidrocarbonetos policíclicos e as nitrosaminas, são cancerígenos potentes em animais e provavelmente estão 
diretamente relacionados com o câncer pulmonar em humanos.
As enzimas das fases I e II do citocromo aumentam a solubilidade da água e auxiliam a excreção de carcinógenos, no 
entanto, alguns intermediários da fase I, são eletrofílicos e formam adutos de DNA.
Esses adutos podem causar mutação nos oncogenes e supressores de tumor.
O risco de desenvolver CA de pulmão, está relacionado à intensidade de exposição ou número de cigarros fumados por dia.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
∙ A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é definida como uma limitação persistente ao fluxo de ar, 
geralmente progressiva e associada a uma resposta inflamtória crônica exagerada das vias aéreas e pulmonares a 
partículas e gases nocivos. A doença é o resultado de uma interação entre fatores de risco moleculares e fatores 
ambientais, dos quais o tabagismo é o maior representante.
∙ A DPOC é a 6ª maior causa de internação no SUS, sendo a 4ª principal causa de morte entre homens e a 
5ª principal entre mulheres >40 anos de idade;
∙ São considerados essenciais na coleta de anamnese os seguintes dados clínicos:
i. Exposição a fatores de risco (e.g. tabagismo, ocupacional, ambiental)
ii. História familiar de doenças respiratórias;
iii. Antecedentes pessoais de doença respiratória;
iv. Início e tempo de evolução dos sintomas;
v. Histórico de exacerbação e hospitalização prévia;
vi. Presença de comorbidades (e.g. depressão e ansiedade, DCV, perde de peso involuntária);
vii. Impacto da doença na qualidade de vida do paciente.
DPOC
∙ Mainfestações clínicas:
i.Dispneia;
ii.Tosse crônica, geralmente com expectoração;
iii.Sibilância;
iv.Possível variabilidade dos sintomas ao longo do dia, com piora geralmente no período matinal.
∙ Ao exame clínico é possível distinguir entre 3 tipos de fases nos doentes:
i.Início da doença: exame físico normal e pouca diferença na vida diária do paciente, podendo apresentar já sibilância ou 
tempo de expiração prolongado;
ii.Doença mais avançada: sinais de hiperinsuflação pulmonar, diminuição de MV's, sibilância sinais ao raio x;
iii.Exacerbação: dispneia, uso de musculatura acessória, cianose,rebaixamento do nível de consciência, insuficiência resp.
∙ Diagnóstico:
i. Sintomas clínicos;
ii. Espirometria pós-broncodilatador com presença de limitação persistente do fluxo aéreo (VEF1/CVF <0.7 ou VEF1/CVF 
abaixo do limite esperado da normalidade;
iii. Ausência de diagnóstico diferencial para os sintomas e limitação do fluxo aéreo.
Classificação
Tratamento
CASO CLÍNICO
∙ Dona Perséfone, 65 anos, cozinheira, vem encaminhada de sua UBS ao ambulatório de pneumologia na Policlínica. 
A paciente relata cansaço e falta de ar, com início há cerca de 3 anos; refere que antes desse período sentia também 
dispneia ao realizar algumas atividades, como subir ladeiras ou caminhar um pouco mais rápido que o habitual, mas 
que tal limitação nunca lhe havia atrapalhado a vida ou o trabalho, e por isso não chegou a procurar um serviço de 
saúde. Porém, do período de 3 anos para cá diz que suas atividades diárias vêm sendo prejudicadas, principalmente a 
de limpeza da casa, e que também seu trabalho na cozinha está ficando mais difícil, tendo que parar para respirar em 
muitos momentos ao longo do dia e durante o trabalho. Além disso, relata ter tosse, muitas vezes com expectoração 
mucoide, todos os dias há “muitos anos” (sic), principalmente pela manhã. Perséfone refere que começou a fumar aos 
15 anos de idade, por influência do pai que era tabagista, e das colegas de sala que começaram com o hábito também 
na mesma época. Desde então relata fumar 2 maços de cigarro por dia (carga tabágica = 100 anos/maço). A paciente 
diz já ter tentado parar de fumar algumas vezes, mas todas sem sucesso, pois relata estar sempre estressada com as 
muitas cobranças do patrão no restauranteem que trabalha. Este motivo, aliado a dificuldade financeira que também 
passa a paciente, “tornam impossível ficar sem meu cigarro durante o dia; ele me acalma e ajuda muito no meu 
estresse” (sic). A paciente foi também diagnosticada em sua UBS com HAS há dez anos, e faz controle mensalmente 
de sua pressão na mesma unidade de saúde. Dona Perséfone não faz atividade física, “não tenho tempo para isso, é o 
dia todo fazendo coisa” (sic), e refere tomar algumas cervejas com amigas da vizinhança nos fins de semana. Ao exame 
físico foi auscultada sibilância, sem outros ruídos adventícios; expansibilidade praticamente nula e frêmito 
toracovocal simetricamente preservado. Foi-lhe solicitado radiografia de tórax e espirometria.
REFERÊNCIAS
∙ Araújo, Alberto José de et al. Diretrizes para Cessação do Tabagismo. Jornal Brasileiro 
de Pneumologia [online]. 2004, v. 30, suppl 2 [Acessado 29 Agosto 2021] , pp. S1-S76. 
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1806-37132004000800002>. Epub
04 Out 2004. ISSN 1806-3756. https://doi.org/10.1590/S1806-37132004000800002.
∙ Bases Patológicas das Doenças - Robbins e Cotran - 8° edição.
∙ Michael Y. M. Chen; Thomas L. Pope; David J. Ott. Radiologia Básica. 2ª edição. 
Porto Alegre: AMGH, 2012.
∙ De Arruda Martins, Mílton. Manual do Residente de Clínica Médica. 2ª Ed. Barueri, 
SP: Manole, 2017.

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