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Resenha crítica do texto “A comunicação na área da saúde”, retirado do livro “Comunicação tem Remédio”, autoria de Maria Julia Paes da Silva. O texto “a comunicação na área da saúde”, pertencente ao livro “comunicação tem remédio”, da autora Maria Julia Paes da silva, discuti a importância do papel da comunicação dentro da área da saúde, traz como incumbência do profissional de saúde decodificar, ou seja, perceber a linguagem comunicativa usada pelo paciente, dessa forma ter um melhor entendimento do problema que o margeia para ,assim, ajuda-lo, é tarefa também desse grupo o relacionamento profissional dentro das equipes de trabalho. A comunicação é uma prática social que advém da interação entre seres humanos, que ajuda a compreender, responder e validar mensagens enviadas e recebidas dentro do processo comunicativo. A comunicação é a base do atendimento seguro do paciente. Ela não se restringe apenas a palavras, escrita ou pronunciadas, o que é determinado como comunicação verbal, mas vai além por meio de uma comunicação não verbal que ocorre com a maioria das pessoas, desde manifestação de gestos, expressões faciais, posturas corporais, a maneira de tocar e as distâncias interpessoais. O livro aborda os vários aspectos e usos da comunicação interpessoal como forma de aprimorar o relacionamento entre profissionais e os atendimentos aos pacientes dentro das organizações hospitalares, além de técnicas necessárias para se comunicar melhorando a percepção do profissional com seu paciente. A comunicação adequada, para a autora é aquela que tenta diminuir conflitos, mal entendidos e atingir o objetivo definido para a solução de problemas detectados na interação com os pacientes. De fato, essa seria a forma ideal para que o processo comunicativo agisse, mas lamentavelmente, ainda há muitas barreiras nessa comunicação. Quando a autora traz como exemplo, pacientes que falam: " o médico não é franco", não diz direito o que a gente tem, não fala tudo que está pensando”, para essas situações o profissional deve saber como se comunicar com esse paciente de forma clara, sem que se esqueça do princípio ético da profissão. A comunicação não verbal nesse caso, é essencial, pois, por meio da observação, o profissional junto a sua equipe identificará a melhor hora e forma de comunicar por exemplo, em casos de situações graves a um doente terminal e seus familiares. Muitas vezes o paciente poderá estar de mal humor e não querer conversar. O profissional deve ter em mente a situação enfrentada por aquele paciente, por vezes ele está com medo, sentindo-se inseguro, a medicação é forte de mais, está em um processo de sofrimento, se o profissional internalizar para ele esse comportamento e tratar a pessoa de igual forma, o processo de comunicação se torna contrário aquilo que a autora chama de uma comunicação efetiva, consequentemente, não há atribuições positivas para interação paciente, profissional. Dessa forma, o profissional deve vê o paciente além da sua enfermidade, enxergá-lo, como alguém capaz de sentir, comunicar-se, apesar de todas suas limitações. Para isso, estabelecer um vínculo de confiança é essencial, a autora expõe algumas formas de comportamento para que esse vínculo seja assertivo, ela diz: " ...é necessário estabelecer um vínculo de confiança, com base em um comportamento empático: olhar direto, inclinação do tórax para frente, meneios positivos de cabeça …além das palavras corretas!”. Existe algo discutível nessas anotações, de fato o profissional deve saber se portar e conquistar seu paciente estabelecendo vínculos de confiança, mas é preciso que essas ações não se tornem mecanicistas, pois sempre devemos lembrar que cada ser humano é diferente, é preciso respeitar a forma de comunicação de cada um, existem pessoas que preferem se comunicar por meio do silêncio, outras que gostam de usar a comunicação verbal, enfim, não importa o meio, desde que o fim seja o mesmo: comunicar-se de forma efetiva. Um olhar atento ao seu paciente deve ser fator constante, principalmente quando esses profissionais podem driblar possíveis desconfortos enfrentados pela pessoa doente. O profissional deve ter consciência de suas falhas na comunicação, como por exemplo, o uso de palavras técnicas com o paciente, muitas vezes leigo, que causam impedimentos no processo de comunicação. Um ponto importante que foi destacado pela autora é de que a maior parte das questões realmente importantes e íntimas são omitidas pelo paciente, isso pode dificultar o processo de melhora daquela pessoa, o profissional mais um vez deve buscar reconhecer essas características sem que o paciente se sinta incomodado ou ameaçado. Cabe a equipe, conhecer mecanismos que ajam como facilitadores da relação com o paciente, este deve sentir-se bem em todos os períodos que por ventura venha a ficar no hospital, isso deve ser garantido pela equipe na hora do repasse das informações sobre o paciente e na própria forma deles se comunicarem entre si, pois só assim a comunicação efetiva vai acontecer. A forma com a qual a equipe multidisciplinar se comunica determina também o efeito positivo em todo processo. Infelizmente, no meio profissional muitas vezes a comunicação é algo falho, seja por questões de hierarquia, desentendimentos, etc. O paciente nesse caso é o mais prejudicado, ao ter em vista que procedimentos simples podem se tornar algo grave por falta de uma comunicação efetiva entre esses profissionais. Portanto, dessa maneira, o texto - “a comunicação na área da saúde”, da autora Maria Júlia Pães da Silva, deixa bem claro a ideia da importância da discussão e ampliação do tema da comunicação dentro da área da saúde. Mas, é preciso, ainda, que essa comunicação seja difundida de forma mais ampla, nas diversas áreas interpessoais. Pois, comunicar-se de forma verbal ou não é por si só uma necessidade básica para o ser humano. Assim, para que se torne efetiva, deve ser bidirecional, ou seja, para que ocorra é primordial que todas as partes respondam e validem a mensagem. No aspecto da saúde, não só o profissional e o seu paciente, mas também entre a própria equipe multidisciplinar.
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