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GUIA UNIDADE 1_VÍDEO E REDES SOCIAIS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM_SER

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UNIDADE I
VÍDEO E REDES SOCIAIS NO PROCESSO
DE ENSINO APRENDIZAGEM
2
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de 
qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Edição, revisão e diagramação: 
Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD 
_____________________________________________________________________
Cavalcanti, Eduardo.
Vídeo e Redes Sociais no Processo de Ensino Aprendizagem: Unidade 1 
Recife: Grupo Ser Educacional, 2019.
____________________________________________________________________
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
3
Sumário
orientaçõeS da diSciplina .................................................................................. 4
aS tecnoloGiaS diGitaiS como inStrumentoS culturaiS de 
aprendiZaGem ........................................................................................................... 5
cultura de convergência ................................................................................................................... 6
ciberespaço ......................................................................................................................................... 8
a dialogicidade ................................................................................................................................... 9
cultura selfie ........................................................................................................................................ 12
a noVa BaSe nacional comum curricular ................................................ 14
4
VÍdeo e redeS SociaiS no proceSSo de enSino aprendiZaGem
unidade 1
orientaçõeS da diSciplina
Seja bem-vindo (a) a disciplina Vídeos e Redes Sociais no processo Ensino Aprendizagem, prezado (a) 
aluno (a)!
Nesta disciplina, falaremos um pouco sobre a evolução dos recursos tecnológicos aplicáveis a educação, 
mas também, sobre o uso desses elementos tecnológicos nas relações sociais. 
Atualmente, o Brasil possui mais de um celular por habitante e, até 2018 já eram mais de 220 milhões 
smartphones. Esses aparelhos já fazem parte do dia a dia da população e são utilizados para uma série 
de atividades, como diversão, trabalho e educação. 
Esses portáteis equipamentos multimídia criaram uma demanda cada vez maior por conteúdo e permitem 
uma relação mais próxima e individualizada com o seu consumo. Se a TV era um centro de entretenimento 
ao redor do qual se reunia toda a família, o celular é um equipamento individual que atende aos anseios 
e necessidades do seu dono ou usuário. O celular também tem seu papel reforçado ao ser a principal 
porta de conexão com a internet, especialmente no Brasil, sendo assim, ele também é um dos principais 
parceiros das redes sociais, onde o brasileiro já passa diariamente, em média, mais de três horas.
Neste cenário, a educação não poderia deixar de se apropriar destes recursos para mediar o processo de 
ensino e aprendizagem, seja no ambiente formal, seja no ambiente informal. 
Para trabalhar melhor esses outros temas, organizamos a disciplina em quatro unidades, listadas abaixo, 
e oferecemos, para a construção do conhecimento, um livro-texto, quatro guias de estudo, um conjunto de 
vídeo aulas, duas webconferências e uma série de atividades dentro do ambiente virtual de aprendizagem.
Unidade 1
ü	 As tecnologias digitais como instrumentos culturais de aprendizagem. 
ü	 Sociedade da informação, do conhecimento e da aprendizagem.
Unidade 2 
ü	 Planejamento, produção e compartilhamento de vídeos para ensino-aprendizagem.
Unidade 3
ü	 A sociedade em rede. 
ü	 A cultura no ciberespaço  e  nas cidades via mediação digital, pelas tecnologias da informa-
ção e comunicação (TIC).
5
Unidade 4
ü	 Connective Learning
ü	 As redes sociais e sua influência na construção do saber
ü	 Edmodo
ü	 Google classroom 
ü	 Socretive
palaVraS do profeSSor
Vamos começar nossos estudos, caro (a) estudante? 
Nesta unidade estudaremos saberes e práticas na sociedade midiatizada através do entendimento das 
tecnologias digitais, como instrumentos culturais de aprendizagem e o da Sociedade da informação, do 
conhecimento e da aprendizagem.
Essa unidade traz conceitos e características da cultura da convergência e mostrará como se manifesta a 
inteligência coletiva. Considerando as tecnologias digitais como instrumentos culturais de aprendizagem 
na sociedade da informação, do conhecimento e da aprendizagem e os saberes e práticas na sociedade 
midiatizada.
Quando você finalizar a unidade 1, entenderá como a sociedade tornou-se midiatizada, bem como as 
tecnologias digitais tornaram-se instrumentos culturais de aprendizagem. 
Por fim, saiba que essa unidade pretende guiar você a uma reflexão prática sobre os conceitos aqui 
apresentados.
Vamos lá?!
aS tecnoloGiaS diGitaiS como inStrumentoS culturaiS de 
aprendiZaGem
Você já pensou que a maneira como as pessoas aprendiam na década de 1990, não é igual ao modo como 
elas aprendem hoje? Não é verdade?
Pois bem, mudanças significativas ocorreram nesse intervalo, tornando a sociedade interligada como 
resultado da consolidação da internet, a popularização dos celulares e o surgimento das redes sociais.
E todas essas mudanças refletiram como a sociedade vive hoje, sendo ela mais rápida na aquisição da 
informação, trazendo o desafio de transformar os fundamentos do processo de ensino/aprendizagem.
Na sociedade atual, a cultura da convergência é a melhor expressão da comunicação e da interatividade. 
6
Cultura da convergência é um fenômeno da pós-modernidade, definida como uma representação cultural 
da relação entre a forma como procuramos informações e as produzimos e representa a transformação 
cultural, à medida que consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em 
meio a conteúdos de mídia dispersos.
A cultura de convergência se apropria do ciberespaço, no qual observamos experiências imbricadas e 
imersas numa cultura participativa que nos orienta numa relação bem mais autônoma e criativa. Em que 
cada meio faz o que faz de melhor, construindo uma rede de consumo de informação, produto e serviço 
denominado de Narrativa Transmídia.
Nesse universo, é comum que as tecnologias da inteligência funcionem como artefatos, remodelando 
comportamentos, nossas capacidades de comunicação e gestão da informação. A inteligência coletiva, 
destacada por Paulo Freire, carrega consigo características essenciais de uma sociedade cada vez mais 
imersa em tecnologias digitais e cunhada no saber distribuído. Gravamos, filmamos, fotografamos 
e modelamos nossas ações por meio de uma linguagem interativa e tecnológica, basta perceber o 
smartphone que representa o melhor dispositivo da sociedade conectada e da cultura selfie.
Nessa perspectiva, a relação com o saber deve ser compreendida como um axioma. Ninguém sabe tudo; 
da mesma maneira, todos sabem alguma coisa, o que nos leva a pensar que a construção dos saberes 
sociais, bem como sua manutenção, se constitui em rede.
cultura de convergência 
Cultura de convergência refere-se ao fluxo de conteúdos através de múltiplas plataformas de mídia, à 
cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento migratório dos públicos dos meios 
de comunicação, que vão a quase qualquer parte em busca das experiências de entretenimento que 
desejam.
Segundo Henry Jenkins, em seu livro Cultura da Convergência, publicado em 2009 pela Editora Aleph, 
este conceito teria ganhado repercussão depois que uma montagem criada pelo estudante secundarista 
filipino-americano Dino Ignário, utilizando o aplicativo Photoshop, ter aparecido numa transmissão da 
CNN durante a cobertura de protestos antiamericanos logoapós o 11 de setembro. A imagem mostrava 
o personagem Beto, do Vila Sésamo, interagindo com o terrorista Osama Bin Laden e foi utilizada por um 
editor de Bangladesh, que encontrou a foto, quando procurava na internet imagens de Bin Laden para 
produzir cartazes para o protesto e não reconheceu o personagem infantil, apenas acreditando que a foto 
era uma boa representação do líder da Al-Qaeda.
A trajetória desta foto que percorreu em diversas redes e diversos meios de comunicação, chegou a 
desencadear uma controvérsia internacional, e tudo começou no quarto de Dino. 
Pense nas redes as quais as imagens de “Beto é do Mal” viajaram da Vila Sésamo ao Photoshop, além 
da rede mundial de computadores, oriundas do quarto de Ignacio para uma gráfica em Bangladesh, 
cujos pôsteres foram empunhados por manifestantes antiamericanos e capturados pela CNN às salas 
das pessoas ao redor do mundo. Toda essa divulgação dependeu de estratégias empresariais, como a 
adaptação de Vila Sésamo ou a cobertura global da CNN. Parte da circulação dependeu da tática de 
7
apropriação popular, seja na América do Norte ou no Oriente Médio.
Essa circulação do conteúdo, por diversas mídias, hoje pode depender apenas dos usuários dessas redes. 
Nesse sentido, “a cultura de convergência pode ser entendida como uma transformação cultural, à medida 
que consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em meio a conteúdos 
de mídia dispersos”. (JENKINS, 2009) 
Se no passado os geradores e difusores de conteúdo eram apenas os membros da mídia formal e as ditas 
celebridades, hoje qualquer indivíduo pode lançar uma informação na rede e fazê-la propagar para todo o 
planeta, de forma rápida e direta, sem a interferência dos veículos tradicionais. 
ViSite a páGina
Para conhecer a história completa desta imagem, a dica é conferir o livro Cultura da 
Convergência, de Henry Jenkins. 
LINK
dica
Vale lembrar que existe diferença entre o conhecimento compartilhado e inteligência coletiva. O 
conhecimento compartilhado nada mais é que informações tidas como verdadeiras e conhecidas pelo 
grupo inteiro. Já inteligência coletiva é definida como a soma total de informações retidas individualmente 
pelos membros do grupo e que podem ser acessadas em resposta a uma pergunta específica.
Veja o VÍdeo!
Assista ao vídeo - Cultura de convergência: 5 Conceitos de Henry Jenkins, com 
duração de cinco minutos e quarenta e um segundos, do MC Kekel.
 
Prepare-se porque o vídeo é criativo! 
LINK
http://www2.eca.usp.br/Ciencias.Linguagem/L3JenkinsConvergencia.pdf
https://youtu.be/kh95chIbryk
8
ciberespaço 
Ciberespaço é todo espaço virtual no qual acontecem as interações das relações digitais. O termo foi 
referenciado pela primeira vez pelo escritor de ficção científica Willian Gibson em 1984, em seu livro 
Neuromancer. No livro, o autor trata de um engendramento de um conjunto de tecnologias, que estaria 
de tal forma arraigada na sociedade humana, resultando na mudança das estruturas, nos princípios da 
sociedade e até mesmo do próprio homem.
Com a criação da definição foi possível listar as principais mudanças envolvidas na aglutinação do 
ciberespaço, sendo elas:
a) Mudança da tecnologia da informática: a tela do computador não é espaço de irradiação, mas ambiente 
de adrentamento e manipulação com janelas móveis e abertas a múltiplas conexões;
b) Mudança na esfera social: um novo espectador menos passivo à mensagem menos aberta a sua 
intervenção. Ele aprendeu com o joystick do videogame, com mouse do computador e agora aprende com 
o smartphone, o que significa um emergente espectador.
c) Mudança no cenário comunicacional: ocorreu a mudança da lógica da distribuição de conteúdo 
(transmissão) para a lógica da comunicação (interatividade). Isso resulta na mudança da forma como se 
acessa a informação, que em seu esquema clássico da comunicação baseado em emissor-mensagem-
receptor.
Saiba que todas essas mudanças provocaram uma “revolução” na forma de se conectar, comunicar e 
acessar a informação, isso quer dizer que a cultura digital quebrou a sociedade industrial transformando-a 
em uma sociedade em rede, não é verdade? Quando se pensa nas mudanças ocorridas pela revolução 
digital, pode imaginar, de maneira mais ampla, em uma sociedade sem dono. 
Ou seja, o controle do ciberespaço acontece através dos servidores que interligam a internet e controlam 
a privacidade de seus usuários por meio de tecnologias de rastreamento de dados e controle de fluxo de 
sites para conhecer as preferências e tendências de uso da informação de seus internautas.
leitura complementar
Para enriquecer seu conhecimento sobre o tema ciberespaço, indicamos o link 
a seguir. Trata-se do artigo: LIBERDADE E CONTROLE NO CIBERESPAÇO: UMA 
ANÁLISE DO MARCO CIVIL DA INTERNET E DO GOVERNO ELETRÔNICO.
LINK
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciberespa%C3%A7o
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=1f9caf93105becc0
9
para refletir
Agora faça a leitura do seu livro texto 3-7 e perceba a reflexão que trata da Dialogicidade. Em especial, 
olhe com carinho sobre a teoria defendida por Paulo Freire em 1987, que acaba sendo levada ao contexto 
atual da sociedade midiatizada no contexto do ensino-aprendizagem.
a dialogicidade 
“Façam silêncio!”
“Aluno bom é aluno calado e quieto”
“Turma boa é aquela que deixa o professor dar aula em paz”
“Professor bom é aquele que tem moral, ou seja, se impõe como figura de autoridade”
Durante muitos anos perpetuamos esses jargões em nossas salas de aula e que o silêncio era o melhor 
meio de garantir a aprendizagem. Esse paradigma vem sendo quebrado, apesar de ainda ser prática em 
algumas salas de aula em diferentes regiões do Brasil.
Na obra Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire afirma que o diálogo é essencial ao processo de ensino-
aprendizagem. Através do uso da palavra que é possível promover a movimentação e interpenetrar 
outras palavras e no ir e vir das falas vivas, promover o encontro dos seres que se dispõem a falar, ouvir, 
escutar, que se daria, por excelência o ensino-aprendizagem, a educação. A Educação só tem sentido 
como dialogicidade, como encontro de falas que gera vida comum, convivência, harmonia na alteridade, 
entendimento entre seres diversos.
O diálogo pode ser demonstrando a partir da capacidade dialética e dialógica dos seres humanos na 
construção de conceitos e na compreensão de questões indispensáveis para a vida. Outra característica 
fundamental do diálogo é a persistência e a paciência, evitando que se avance nas discussões quando ainda 
houver algum ponto da questão pouco claro para alguém. Ao tratar o diálogo, Sócrates parte sempre do 
concreto ao abstrato, validando a ideia de que os argumentos devem se sustentar em exemplos palpáveis 
e sólidos. Nesse tipo de ação o papel do moderador (professor) é ajudar no processo de clarificação e 
justificação de diferentes posições, sem arbitrariedades. O objetivo do diálogo socrático é promover o 
pensamento autônomo e crítico dos cidadãos.
Guarde eSSa ideia!
Mas como as mídias sociais estão inseridas na perspectiva da teoria freiriana da dialogicidade? 
Como um conceito estabelecido na década de 1987, torna-se tão atual?
10
Para a professora Maria de Jesus dos Santos, em artigo publicado em 2014, “Mesmo na pós-modernidade, 
Freire defende uma proposta político-pedagógica, em que educandos e educadores constroem e 
reconstroem o conhecimento mediatizados pelo mundo vivido, ou seja, seu referencial epistemológico 
advém de um processo de construção dialético e possui como objetivo prático a transformação da 
sociedade, o estabelecimento da justiça, da democracia e da igualdade.”
Com o aumento do uso das tecnologias na educação, as mídias sociais passaram a ser um espaço 
constantemente utilizado para aquisição de informação, troca e diálogo sobre temas atuais e até mesmo 
polêmicos. A famosa Live tem auxiliado na construção de redes de difusão e diálogos de conteúdos no 
ambiente virtual. A Live éuma forma de audiência gravada e distribuída ao vivo pelas redes sociais 
(Facebook, Instagram, YouTube, entre outros), sendo o Instagram um dos maiores canais de propagação 
desse modelo. No entanto, o fato de você realizar uma live, não quer dizer que esteja acontecendo um 
aprendizado, pois, segundo defendido por Sócrates e a própria visão freiriana, necessita-se do diálogo 
para que a teoria da inteligência coletiva seja aplicada. 
Mas o que é inteligência coletiva? 
É um tipo de inteligência compartilhada e criada pela colaboração entre os sujeitos de uma sociedade. 
Ela é distribuída e dinâmica e mobiliza competências numa metamorfose de aprendizado constante entre 
os sujeitos. Essa dialogicidade na construção da inteligência coletiva, ela é essencial quando aplicada em 
sala de aula, então, nesse sentido, o professor deverá ser o interlocutor, o filtro entre o ambiente virtual 
e o estudante. 
O desafio da geração Y está em saber lidar com excesso de informação e por este motivo são 
constantemente bombardeados de maneira superficial, acreditando nos conteúdos divulgados nas mídias 
sociais. O problema desse compartilhamento de informação é que geralmente o estudante não faz uma 
pesquisa mais aprofundada, ou mesmo, filtra a informação; consequentemente, ele muitas vezes apenas 
repete a informação que recebeu. Nesse aspecto, cabe ao professor ser o filtro quando essas informações 
são trazidas para sala de aula, promovendo o diálogo e a curiosidade em se aprofundar mais sobre o 
assunto. Isso vem bem na corrente de Freire, onde a aprendizagem acontece quando o professor cria 
possibilidades para produção e construção. 
O perfil dos jovens de hoje pode ser definido como jovens com experiências de alienação e isolamento, 
que se apresentam cada vez mais calados como reflexo do uso excessivo das redes sociais. Segundo 
Gadamer, esse é um dos problemas do diálogo na pós-modernidade, ou seja, para o estudioso é para 
trazer esse diálogo para sala de aula, uma vez que os alunos parecem desconectados do meio físico, 
parece uma quebra de paradigma para o professor. 
Essa geração já dominada pelos ambientes cibernéticos e virtuais, vivenciando novos contextos de 
diálogos trazem algumas reflexões: 
ü	 Estar conectado é dialogar? 
ü	 Estar conectado irá nos fazer perder a fala? 
ü	 O que ocorre no mundo virtual é conversa? Já estaríamos conversando sem falar? 
ü	 Isso ainda é diálogo?
ü	 O que você pensa sobre isso??
11
leitura complementar
Aproveite outro conteúdo que indicamos para você, estimado (a) aluno!
A DIALOGICIDADE NO PENSAMENTO DE PAULO FREIRE E DE HANS GEORG 
GADAMER E IMPLICAÇÕES NA CULTURA ESCOLAR BRASILEIRA.
LINK
Boa leitura!
praticando
Vamos colocar em prática?
Dialogicidade é o sujeito “ter voz e vez”, em ambientes pedagógicos é uma possibilidade de os sujeitos se 
apropriarem de algum tipo de poder, o que pode ocorrer em consequência da efetividade da dialogicidade. 
Vamos pôr em prática esse diálogo através de uma atividade pedagógica? Então, siga as instruções:
1. Em sua sala de aula, divida a classe em pequenos grupos de 5 a 6 indivíduos. Pegue a temática 
da aula anterior e coloque como desafio para cada grupo, para eles discutirem sobre um dos tópicos da 
aula. Esse tópico deverá ser entregue no formato de pergunta. 
2. Divida os grupos em duas categorias: 
A) grupo onde os alunos irão dialogar entre si oralmente, e 
B) grupo onde os alunos só poderão dialogar através de uma rede social, através da escrita. No segundo 
caso, sugerimos o uso do WhatsApp ou Instagram. 
Regras da atividade: 
§	 Esse diálogo é uma investigação em grupo orientada pelo professor que não irá interferir no con-
teúdo do diálogo, agindo como interlocutor;
§	 O interlocutor ao final do tempo deverá verificar se o objetivo de responder a uma pergunta defi-
nida para cada grupo foi apresentada da forma mais rigorosa e justificada possível; 
§	 Inicia pela pergunta geral, clara e bem formulada, sugerida pelo moderador, pelo interlocutor ou 
pelo grupo; 
§	 Pode considerar experiências pessoais e solicita-se aos participantes relatos breves de experiên-
cias pessoais relevantes para a pergunta.
§	 Deverá ocorrer a análise em que se escolhe uma dessas experiências para avaliar. 
§	 Deve haver clareza, brevidade e concisão e,
http://www.ojs.ufpi.br/index.php/pet/article/view/3271/2225
12
§	 Quem estiver envolvido no diálogo não pode concentrar-se apenas nos seus pensamentos, mas, 
ao contrário, deve ouvir e procurar compreender totalmente as ideias e argumentos dos outros.
§	 Para os alunos que irão utilizar a mídia social, pedir para eles fazerem print’s das principais dis-
cussões do grupo e apresentar na hora da socialização.
3. Ao final, o professor deverá fazer uma avaliação em relação aos seguintes aspectos: 
Para os alunos: avaliar os grupos através da oralidade nas respostas, e os grupos que utilizaram as redes 
sociais, avaliar a escrita e construção dos argumentos apresentados nos prints das conversas.
Os objetivos de aprendizagem aos grupos foram cumpridos nos diferentes grupos? 
As regras foram cumpridas pelos participantes? 
Houve diálogo independente da forma como ela ocorreu?
Passada essa experiência em sala de aula, você é capaz de me responder se as questões elencadas por 
Gadamer fazem sentido? 
De fato, as mídias sociais impedem o diálogo entre os participantes? 
A qualidade da expressão comunicativa em uma rede de relacionamento coloca os sujeitos na condição de 
protagonistas, pois é a partir das trocas autônomas e coparticipativas que novos saberes são constituídos. 
Para Freire, o ato de dialogar envolve muito mais do que a emissão e recepção de informações.
Em essência, isso quer dizer que somos coautores num universo inteligente e coletivo no qual precisamos 
assumir papéis e interagir por diversos canais e mídias. Sem a compreensão crítica de uso desses canais 
e de quem somos no mundo, ficamos subjugados a meros receptores, reprodutores de opinião e reféns 
dos meios de comunicação. 
cultura selfie 
A cultura selfie é a mais recorrente expressão individual do ciberespaço. O termo “selfie” ficou conhecido 
no início de 2013, impulsionado por uma série de artigos que apontam o dedo na auto-fotografia conectada.
Á época referia-se ao narcisismo de jovens entusiastas da rede social, com base em empréstimos em 
obras psicológicas populares e no questionamento moral do papel da imagem nas sociedades modernas. 
Hoje, a cultura selfie pode ser empregada mais além, trata-se da influência desses mesmos jovens nas 
redes sociais onde passam a ser protagonistas, criadores, reprodutores, porta-vozes da informação. 
No último trimestre de 2014, o número de assinaturas de telefonia inteligente em todo o mundo cresceu 
mais de 20% em mercados subpenetrado tais como: China, Índia, Indonésia, Brasil e Rússia. 
E você deve estar se perguntando o que essas pessoas andam fazendo com esses celulares? 
13
Segundo os dados do Google para o ano de 2014, mais de 93 milhões selfies são postadas por dia apenas 
em Android. Eles constroem suas próprias narrativas e concebem a coautoria como parte do seu dia a 
dia e também são responsáveis por provocarem mudança. Um pequeno vídeo editado no celular pode 
percorrer o mundo em minutos e transformar uma brincadeira em tragédia. Da mesma forma, conseguem 
ganhar a opinião pública para uma causa social, criando assim os tão conhecidos videomakers, blogueiros 
e produtores de conteúdos virtuais, que surgiram de um dia para o outro tornando-se representantes de 
uma nova tendência.
para peSquiSar
Agora faça a leitura do seu livro texto 5-7 e perceba a reflexão que trata do uso das selfies nas redes 
sociais. Atente em refletir como as redes sociais são essenciais nesse processo de acesso à informação 
e no ensino-aprendizagem.
leitura complementar
What Does the Selfie Say? 
LINK
 
praticando
Vamos colocar em prática? Desta vez um estudo de caso. Veja o exemplo a seguir:
Esse estudo de caso se baseia no artigo “Girlpower and ‘selfie humanitarianism´” publicado em 2015 
no Journal od media & Cultural Studies. Nesse artigo, Offra Kofman e colaboradores mostraram como 
o uso das selfies pode ser utilizada em campanhas humanitárias e para o desenvolvimento global 
contemporâneo. Na ocasião eles visavam trabalhar a questão do empoderamento feminino através do 
caso de grande repercussão de campanhas em torno de Malala, Chime for Change e o empoderamento 
feminino. Na ocasião, artistas e marcas famosas como Beyoncé e Gucci aderiram à campanha que resultou 
em milhares de dólares para estimular o empoderamento feminino.
Pensando nesta ação, e supondo que você é o responsável pelo projeto, qual o próximo passo que você 
propõe para que a temática continue em evidência, sem cair em um “lugar comum”?
https://ijoc.org/index.php/ijoc/article/viewFile/4067/1387
14
Na construção da sua proposta, descreva um plano de ação estratégico, indicando o tipo de uso da rede 
social, as ações específicas propostas, os resultados esperados e o prazo para uma nova avaliação do 
processo. 
Outro exemplo...
Tomando como exemplo o case apresentado, vamos voltar a reflexão para a realidade do professor em 
sua sala de aula, ou no dia a dia da sua escola. Nesse contexto, temos vários tópicos que poderiam ser 
utilizados para envolver e mobilizar pessoas, como por exemplo: uma campanha para ajudar a levar estu-
dantes para a Olímpiada Brasileira de História, uma campanha para ajudar a realizar uma horta na escola 
ou ainda uma campanha anti-bullying. Várias são as situações e temáticas que você vive em seu cotidiano 
escolar que poderá envolver seus alunos e os participantes de sua rede social.
Nesse estudo de caso, você deverá em equipe criar uma temática para ser trabalhada em sua rede so-
cial que aplique o conceito da cultura selfie em uma temática escolar. Podem ser usados temáticas não 
humanitárias e conteudistas da sua disciplina. 
Por exemplo, se você é professor de biologia, falar sobre crimes ambientais como o rompimento das 
barragens em Brumadinho em janeiro de 2019, e se professor de matemática, falar como os números 
se expressam na música. O importante desse case é você criar através de selfies uma história para ser 
vendida aos seus seguidores, que seja imbuída de significado.
a noVa BaSe nacional comum curricular 
Segundo a introdução da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ela é definida como sendo “uma norma 
que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem 
desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados 
seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional 
de Educação (PNE)”. Ela foi construída seguindo os fundamentos das Diretrizes Curriculares Nacionais da 
Educação básica e aprovada pelo Conselho Nacional de Educação em dezembro de 2018. 
Com esta nova normativa, uma das competências a ser construída com os alunos dos diferentes níveis 
é que eles consigam compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma 
crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas escolares. O uso dessas tecnologias estará 
voltado para que os alunos se alfabetizem digitalmente, que eles possam se comunicar por meio das 
diferentes linguagens e mídias, produzam conhecimentos, resolvam problemas e desenvolvam projetos 
autorais e coletivos.
É fácil perceber que o uso das tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) democratizaram-
se de tal modo que podemos falar que uma sociedade não apenas de informações e conhecimentos 
compartilhados, mas de múltiplas possibilidades de aprendizados compartilhados, não é verdade? 
15
Nessa perspectiva, o papel das instituições de ensino e do professor, já não podem se restringir à 
transmissão (or) de conteúdo. O perfil do aluno na sala de aula, mudou! As novas gerações são interativas, 
dialógicas, e portam uma nova racionalidade cognitiva em que o aprender se faz descentrado e difuso, 
consequentemente, são gerações competentes para acessar e processar um conjunto simultâneo de 
informações, conhecimentos e experiências. Na condição de aprendentes, circulam por espaços concretos 
e reais e também por meios e circuitos virtuais como: twitter, instagram, facebook, celulares e outros. 
Cabe ao professor se adaptar a esse novo perfil de aluno, bem como novos espaços de aprendizagem.
Na nova BNCC as tecnologias além de ser uma competência a ser desenvolvida nos mais diferentes 
níveis educacionais, ela vem atrelada as habilidades que deverão ser trabalhadas com os estudantes nas 
diferentes ciências. Na perspectiva da BNCC, as habilidades não são desenvolvidas de forma genérica 
e descontextualizadas, mas são trabalhadas por meio de leitura de textos, situações problemas e 
contextualização sobre os diversos campos da atividade humana. 
Veja o VÍdeo!
Assista ao vídeo: As dez competências da BNCC, com duração de aproximadamente 
de seis minutos:
LINK
leitura complementar
LINK
https://youtu.be/pq0ieMDrHr8?t=3
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
16
Por fim, mostraremos o último estudo de caso...
Uma professora de português do 5º ano tentando adequar suas aulas às regras da Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC), começou a montar seu plano de aula pautado nas competências e habilidades que 
deverão ser desenvolvidas nos estudantes, segundo a tabela abaixo. Com base no quadro abaixo, elabore 
um plano de aula que garanta o uso das tecnologias digitais da informação e comunicação nessa aula.
Competência Habilidade
Mobilizar práticas da cultura digital, 
diferentes linguagens, mídias e 
ferramentas digitais para expandir 
as formas de produzir sentidos 
(nos processos de compreensão 
e produção), aprender e refletir 
sobre o mundo e realizar diferentes 
projetos autorais.
(EF15 LP01) Identificar a função 
social de textos que circulam em 
campos da vida social dos quais 
participa cotidianamente (a casa, a 
rua, a comunidade, a escola) e nas 
mídias impressa, de massa e digital, 
reconhecendo para que foram 
produzidos, onde circulam, quem os 
produziu e a quem se destinam.
Modelo de Plano de Aula
PLANO DE AULA
TEMA:
OBJETIVOS 
GERAL
ESPECÍFICOS
CONTEÚDO
METODOLOGIA
AVALIAÇÃO
17
REFERÊNCIAS
·	 Básica
·	 Complementar
palaVraS finaiS do profeSSor
Querido (a) aluno (a), chegamos ao fim da nossa primeira unidade. Convido você para revisar o conteúdo, 
inclusive acompanhando as videoaulas disponíveis no seu ambiente virtual de aprendizagem, e também, 
a visitar a biblioteca para fazer leituras complementares. 
Fique atento (a) aos prazos dos exercícios e avaliações. 
Até a próxima unidade!
referênciaS BiBlioGráficaS
 
SANTOS, Maria de Jesus dos. A DIALOGICIDADE NO PENSAMENTO DE PAULO FREIRE E DE HANS GEORG 
GADAMER E IMPLICAÇÕES NA CULTURA ESCOLAR BRASILEIRA. Cadernos do PET Filosofia, Vol. 05, n. 10, 
jul-dez 2014. p.01-11
BRASIL. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 
Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dezembro de 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 29 abr. 2019 
Brasil. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/
BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em 01 de maio de 2019
SENFT, Theresa M. e BAYM, Nancy K. WHAT DOES THE SELFIE SAY? International Journal of Communication 
9 (2015) Disponível em: < https://ijoc.org/index.php/ijoc/article/viewFile/4067/1387>. Acesso em: 10 abr. 
2019
JENKINS, Henry. CULTURA DA CONVERGÊNCIA – Editora Aleph; Edição: Nova Edição - Ampliada e 
atualizada (outubro de 2009)
BRASIL. Lei no 12.965, Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 jul. 2014. 
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
EISENBERG, José. Internet, democracia e República. Dados, v. 46, n. 3, p. 491-511, 2003. 
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	Orientações da DisciplinaAS TECNOLOGIAS DIGITAIS COMO INSTRUMENTOS CULTURAIS DE APRENDIZAGEM
	Cultura de Convergência 
	Ciberespaço 
	A Dialogicidade 
	Cultura selfie 
	A NOVA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR