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ESTUDO DE CASO (CASE)

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REDES SOCIAIS EM EDUCAÇÃO 
 
Prof. Silvio S. Soares Júnior 
 
CASE – ABERTURA 
Nicole é professora do ensino médio de um colégio particular da capital de São Paulo e, 
após perceber as particularidades das condições educacionais no colégio onde leciona, 
comentou com um colega, Alexandre, sobre uma dificuldade: competir com as redes 
sociais no momento do aprendizado. 
Posteriormente, durante uma reunião entre os professores, Nicole propôs um plano de 
ação para que o modelo educacional utilizado pelo colégio se renovasse, no entanto, 
nem ela, nem seus pares, ou sequer a diretora do colégio, têm noção de como agir numa 
situação dessas. 
Ao final da leitura do caso você será convidado a pensar a questão como se fosse um 
dos professores presentes na reunião. 
DESCRIÇÃO DO CASE 
Nicole é uma professora jovem que dá aulas de biologia para alunos do ensino médio de 
um colégio particular em São Paulo, capital. Acostumada ao modelo tradicional do 
processo de ensino e aprendizagem, Nicole percebeu que a atenção de seus alunos era 
disputada dia após dia com as redes sociais e por mais que fosse proibido o uso de 
celulares ou tablets durante as aulas, os alunos se demonstravam dispersos e, 
invariavelmente, faziam uso de seus dispositivos móveis de maneira irregular. 
Tendo vivenciado essa experiência ao longo de muitas semanas, comentou a situação 
com Alexandre, seu colega que leciona Física para os mesmo alunos que Nicole e 
Alexandre relatou sentir a mesma dificuldade. Sem que Nicole soubesse, Alexandre 
reportou o caso à direção da escola e pediu que algo fosse feito no sentido de resolver 
o problema da competição de atenção instalada entre os professores e as redes sociais 
dos alunos, porque, por mais que estes fossem proibidos de usar celulares em aula, seus 
assuntos, todos, sempre giravam em torno dos acontecimentos nas redes sociais. 
Um dia, durante uma reunião pedagógica, a diretora do colégio, Neusa, solicitou que 
Nicole contasse aos colegas sua angústia a fim de saber se mais alguém partilhava da 
dificuldade. A professora de biologia, então, narrou os acontecimentos e, para sua 
surpresa, todos os professores também tinham a mesma dificuldade. Assim, foi aberta 
a possibilidade de que todos opinassem no sentido de debater possíveis soluções com 
vistas a resolver o problema que estava afetando a qualidade da relação de ensino e 
aprendizagem dos alunos. 
Alexandre, que já era mais experiente na condição de docente, sugeriu que a limitação 
ao uso do celular aumentasse e fossem instalados detectores de metais nas portas das 
salas para os alunos não conseguissem, de forma alguma, entrar em sala de aula 
munidos de seus aparelhos. Num primeiro momento, todos os professores gostaram da 
ideia. 
No entanto, Nicole ressaltou que acreditava que essa medida não adiantaria, porque, 
mais do que precisar dispor dos celulares para terem a atenção prejudicada, os alunos 
experimentam um modo de vida fortemente influenciado pela internet e pelas redes 
sociais, de maneira que tudo que fazem ou escolhem fazer está relacionado com a 
realidade das redes, desde hábitos alimentares (para postagens) até a prática de 
esportes, escolhas de entretenimento, entre outros aspectos da vida real dos alunos. 
Os colegas de Nicole alegaram que ela estaria exagerando e que, talvez, bastasse apenas 
uma norma de proibição mais enérgica para que os alunos se esquecessem de suas vidas 
digitais durante o momento da aula. Assim, a medida adotada após a reunião foi 
aprofundar as regras proibitivas, no entanto, após alguns meses, perceberam que Nicole 
tinha razão quando disse sobre o modo de vida dos alunos já estar enviesado 
completamente pela experiência digital. 
Outra reunião foi convocada e, novamente, todos se puseram a pensar as alternativas. 
Influenciados por matérias jornalísticas, os professores cogitaram a inclusão da 
tecnologia na sala de aula e sugeriram que cada aluno dispusesse de seu celular para 
realizar as atividades em sala de aula, utilizando como ferramenta um grupo de 
Facebook. Após colocarem a ideia em prática perceberam que obtiveram menos êxito 
do que o esperado, porque embora os alunos tivessem se engajado mais nas aulas, boa 
parte ainda se dispersava muito com outras atividades nas redes sociais. 
Outra reunião foi convocada e para essa os professores buscaram mais informações e 
descobriram que havia métodos de engajar os alunos com redes sociais que não eram 
como facebook ou instagram, mas sim plataformas desenvolvidas especialmente para a 
interação dos alunos em torno de conteúdo didático. Assim, passaram a adotar como 
ferramentas pedagógicas a elaboração e postagem de vídeos dos alunos no Youtube 
para avaliação dos professores e a utilização de tablets fornecidos pelo colégio, com 
acesos restrito, para a realização das atividades em classe através de uma plataforma 
específica. 
Caso você, aluno, fosse um dos professores presentes na última reunião, o que você 
diria sobre a estratégia de proporcionar uma completa imersão dos alunos nas redes 
sociais no ambiente educacional? Com base na bibliografia abaixo, pense a questão da 
irreversibilidade da realidade virtual (redes sociais) na vida contemporânea e nas 
estratégias que os professores podem adotar para que a escola utilize a seu favor o uso 
das redes sociais. 
BIBLIOGRAFIA 
GÓMEZ, Ángel Perez. Educação na Era Digital: a Escola Eduvcativa. Porto Alegre: Penso 
Editora, 2015. 
GABRIEL, Marta. Educ@r: a (r)evolução digital na educação. São Paulo: Saraiva, 2013. 
MATTAR, João. Redes Sociais em Educação. 2014 (22m49s). Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?reload=9&v=6ZqoxzkjQlw. Acesso em 21-12-2018. 
MIRANDA JR., Jaime. Redes Sociais e a Educação. Santa Catarina: Instituto Federal, 2013.

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