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Infanticídio Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena - detenção, de dois a seis anos. Trata-se de um crime próprio e de forma livre, visto que para configurar-se necessita que seja praticado pela mãe do recém-nascido sob influência do estado puerperal (três primeiros meses pós-parto). Inclusive, a pena reduzida (em relação a matar alguém) se dá por essa condição. Objeto jurídico: preservação da vida humana. Sujeito ativo: a mãe puérpera Sujeito passivo: o recém-nascido Elemento Objetivo: matar Elemento Subjetivo: dolo O crime pode ser cometido durante o parto ou após ele, ao decorrer do período de puerpério, se o fato ocorrer após estes momentos, trata-se de homicídio. Deve-se observar que se a mãe “praticar o ato” estando o filho morto, trata-se de crime impossível. Se a mãe contar com um partícipe para o crime, as circunstâncias elementares do crime serão transmitidas a ele (art. 30, CP), logo, também responderá pelo crime de infanticídio. No caso de um terceiro matar o recém-nascido com a participação da mãe em estado puerperal, o agente responderá por homicídio doloso com aumento de pena (art. 121, § 4°, segunda parte.) e a mãe responderá por infanticídio.