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Bradicardia em Crianças

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HAB VII-ACLS Carolina Ferreira 
 
 
-Bradicardia: é a FC baixa, em comparação c/ a faixa normal de FC p/ a idade, o nível de 
atividade e o estado clínico da criança. É um sinal indicativo de PCR iminente em bebês e 
crianças, especialmente quando associado a hipotensão ou evidência de perfusão deficiente 
do tecido 
- Na bradicardia absoluta, a FC é inferior a 60 batimentos/min. Quando um paciente tem 
bradicardia relativa, sua FC pode ser superior a 60 batimentos/min 
-Muitos pacientes toleram uma FC de 50 a 60 batimentos/min, mas tornam-se sintomáticos 
quando a frequência cai abaixo dos 50 batimentos/min. O termo bradicardia sintomática é 
utilizado p/ descrever pacientes que apresentam sinais e sintomas de comprometimento 
hemodinâmico relacionados c/ FC baixa 
-Pode ser classificada em: 
° Primária: é o resultado de condições cardíacas congênitas ou adquiridas que retarda, a 
velocidade de despolarização espontâneas das células do marcapasso normal do 
coração ou retardam a condução através do sistema de condução cardíaco. São causas 
de bradicardia primária: 
→ Anormalidade congênita do marcapasso ou sistema de condução cardíaco 
→ Lesão cirúrgica no marcapasso ou sistema de condução 
→ Cardiomiopatia 
→ Miocardite 
° Secundária: é o resultado de quadros ñ cardíacos que alteram a função normal do 
coração (isto é, retardam o marcapasso do nódulo sinusal ou retardam a condução 
pela junção atrioventricular – AV). São causas de bradicardia secundária: 
→ Hipóxia tecidual é a principal causa de bradicardia sintomática, é o resultado (e ñ 
causa) de hipoxemia progressiva e insuficiência respiratória ou choque, em crianças 
→ Acidose 
→ Hipotensão 
→ Hipotermia 
→ Efeitos farmacológicos 
-Prioridade de avaliação e tratamento iniciais devem ser o fornecimento de suporte as vias 
aéreas e oxigenação e ventilação adequadas 
-Bradicardia sintomática: é a FC + baixa do que a normal p/ a idade (normalmente, inferior a 
60/min) da criança, associada a comprometimento cardiopulmonar 
-Comprometimento cardiopulmonar: é definido como hipotensão, estado mental alterado 
(isto é, nível reduzido de consciência) e sinais de choque. 
IDENTIFICAÇÃO DA BRADICARDIA 
-Sinais e sintomas: quando a FC , o DC pode ser mantido apenas por um  na fração de 
ejeção ventricular – isso é limitado em bebês e durante a 1º infância e então o DC declina c/ a 
bradicardia. Uma frequência extremamente lenta provoca DC extremamente baixo que pode 
ser potencialmente fatal e levar a comprometimento cardiopulmonar, os sinais associados a 
isso são: 
° Hipotensão 
° Estado mental alterado:  do nível de consciência e irritabilidade 
° Choque: perfusão deficiente nos órgãos-alvo c/ ou sem hipotensão 
-Outros sinais são: 
° Desconforto ou insuficiência respiratória 
° Dor torácica ou leve sensação de desconforto em crianças + velhas 
° Colapso súbito 
HAB VII-ACLS Carolina Ferreira 
CARACTERÍSTICAS DA BRADICARDIA NO ECG 
 
BRADICARDIA SINUSAL 
-Caso o nó SA dispare a uma frequência + lenta que o normal p/ a idade do paciente, o ritmo é 
designado bradicardia sinusal. Em adultos e adolescentes, a bradicardia sinusal é 
caracterizada por uma frequência cardíaca inferior a 60 batimentos/min 
 
- O termo bradicardia sinusal grave é usado p/ descrever c/ frequências inferiores a 40 
batimentos/min. 
--Sinais e sintomas comuns da bradicardia sintomática: estado mental agudamente alterado; 
diaforese; tontura; fadiga; insuficiência cardíaca; hipotensão; desconforto torácico isquêmico 
continuo; congestão pulmonar; falta de ar; sinais de choque; pulso fraco; síncope e fraqueza 
 
- Devemos avaliar como o paciente tolera o ritmo em repouso e em atividade. Se o paciente ñ 
apresentar sintomas, ñ é necessário tratamento. Caso o paciente seja sintomático devido à 
baixa frequência, em geral o tratamento inicial inclui oxigênio suplementar (se indicado), 
estabelecimento de acesso IV, obtenção de ECG de 12 derivações e administração de atropina 
IV se a bradicardia persistir apesar de oxigenação e ventilação adequadas 
→ Atropina: é um anticolinérgico, compete c/ a acetilcolina nos locais do receptor 
muscarínico,  a FC e a velocidade de condução AV ao bloquear os efeitos do nervo 
vago nos nós SA e AV. É um fármaco de 1º linha p/ a bradicardia sintomática 
(bradicardia sinusal, parada sinusal, bloqueio AV ao nível do nó AV). Dosagem: 0,5 mg 
IV a cada 3 a 5 min, até a dose total de 3 mg 
→ Precauções quanto a atropina: os bloqueios AV de 2º e 3º ñ são suscetíveis à atropina, sendo 
preferível infusão IV de fármaco beta-adrenérgico (dopamina, epinefrina ou isoproterenol). Ñ 
administre lentamente ou em doses menores que as recomendadas; pode causar  paradoxal 
da FC. Use c/ cautela nas síndromes coronarianas agudas; a excessiva elevação da FC pode 
agravar ainda + a isquemia ou  o tamanho do infarto. Os corações transplantados geralmente 
não respondem à atropina porque não há inervação vagal. 
RITMO JUNCIONAL DE ESCAPE/ BRADICARDIA JUNCIONAL 
-Uma vez que o ritmo juncional se inicia acima dos ventrículos, o complexo QRS geralmente é 
estreito e o seu ritmo muito regular, a frequências entre 40 e 60 batimentos/min. Caso a 
despolarização da junção AV ocorra a uma FC inferior a 40 batimentos/min, o ritmo resultante 
é designado bradicardia juncional. Isso pode parecer confuso, já que a frequência normal da 
junção AV é bradicárdica; no entanto, o termo bradicardia juncional se refere a uma 
frequência inferior ao normal p/ a junção AV. 
HAB VII-ACLS Carolina Ferreira 
 
 
 
-O paciente pode ser assintomático na presença de ritmo juncional de escape ou pode 
experienciar sinais e sintomas possivelmente associados à baixa FC e à redução do DC. O 
tratamento depende da causa da disritmia e dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente. 
Caso os sinais e sintomas do paciente estejam relacionados c/ a FC lenta, o tratamento deve 
incluir a aplicação de oxímetro de pulso e administração de oxigênio suplementar, se indicado. 
Estabeleça acesso IV, obtenha o ECG de 12 derivações e administre atropina IV. Reavalie a 
resposta e continue monitorando o paciente. Outras intervenções que podem ser 
consideradas para o tratamento da bradicardia sintomática incluem infusões IV de epinefrina, 
dopamina ou isoproterenol ou a colocação de MPTC 
→ Dopamina: é um simpatomimético de ação direta e indireta; os efeitos da dopamina 
são dose-dependentes. A baixas doses causa vasodilatação renal. Doses médias  a 
contratilidade cardíaca e o volume de ejeção. Doses altas  a resistência periférica e a 
PA e causam vasoconstrição renal. Indicações: medida temporária no tratamento da 
bradicardia sintomática que ñ responde à atropina ou p/ a qual a atropina é 
inadequada, enquanto se aguarda por marca-passo. Dosagem: administre como 
infusão IV contínua de 2 a 20 mcg/kg/min; titular a velocidade de infusão de acordo c/ 
a PA e outras respostas clínicas. 
→ Precauções quanto a dopamina: monitore cuidadosamente a PA, o ECG e a velocidade de 
infusão. Corrija a hipovolemia antes de iniciar a terapia c/ dopamina p/ o tratamento da 
hipotensão e choque. Administre usando bomba de infusão. O extravasamento p/ o tecido 
circundante pode causar necrose e descamação. 
→ Isoproterenol(isuprel): é um simpatomimético, estimulante cardíaco, antiarrítmico. Ele  
a FC e causa broncodilatação. Início de ação é imediato e dura de 1 a 2 horas. 
Indicações: medida temporária no tratamento da bradicardia sintomática que Ñ 
respondeu à atropina ou para a qual a atropina foi inadequada, enquanto se espera 
por marca-passo. Dosagem: administre como infusão IV contínua de 2 a 10 mcg/min; 
titule a velocidadede infusão de acordo c/ a FC e a resposta do ritmo. 
→ Precauções: administrar usando bomba de infusão. Monitore cuidadosamente a PA, o ECG e a 
velocidade de infusão. 
RITMO DE ESCAPE VENTRICULAR 
-O ritmo de escape ventricular, também designado por ritmo idioventricular, ocorre à 
frequência de 20 a 40 batimentos/min. Os complexos QRS observados c/ esse ritmo são largos, 
porque os impulsos começam nos ventrículos, fora da via de condução normal. Quando a 
frequência ventricular  p/ frequências inferiores a 20 batimentos/min, alguns médicos se 
referem ao ritmo como ritmo agônico 
 
 
 
HAB VII-ACLS Carolina Ferreira 
 
-Caso o paciente tenha pulso e esteja sintomático devido à baixa frequência, o tratamento 
deve incluir a aplicação do oxímetro de pulso e administração de oxigênio suplementar, se 
indicado. Estabeleça acesso IV, obtenha o ECG de 12 derivações e administre atropina IV. 
Reavalie a resposta do paciente e continue a monitorá-lo. A colocação de MPTC ou infusão IV 
de dopamina, epinefrina ou isoproterenol pode ser tentada, caso a atropina seja ineficaz. 
Devem ser evitados antiarrítmicos ventriculares (lidocaína) no tratamento desse ritmo, uma 
vez que podem abolir a atividade ventricular, possivelmente causando assistolia no paciente c/ 
ritmo de escape ventricular. Caso o paciente ñ respire e ñ tenha pulso, apesar da aparente 
atividade elétrica organizada no monitor cardíaco, existe atividade elétrica sem pulso (AESP) 
⎯ O tratamento da AESP deve incluir ressuscitação cardiopulmonar de alta qualidade, 
fornecimento de oxigênio, estabelecimento de acesso vascular, possível colocação de 
dispositivo de via aérea avançada e pesquisa agressiva da causa subjacente da situação. 
BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES 
-O bloqueio AV é caracterizado pelo atraso ou bloqueio na transmissão de impulsos dos átrios 
para os ventrículos 
-Ocorrem em 12% a 25% dos pacientes c/ IM agudo 
-São classificados em: 
° bloqueio AV de 1º grau 
° bloqueio AV de 2º grau 
° bloqueio AV de 3º grau 
-C/ o bloqueio AV de 1º grau, os impulsos do nó SA p/ os ventrículos são atrasados, e ñ 
bloqueados. Nos bloqueios AV de 2º grau, existe um distúrbio intermitente na condução dos 
impulsos entre os átrios e os ventrículos. No bloqueio AV de 3º grau, há bloqueio completo na 
condução dos impulsos entre os átrios e os ventrículos. 
Bloqueio Atrioventricular de Primeiro Grau: está associado a atraso na condução do 
impulso, que resulta em intervalo PR constante de mais de 0,20 segundo de duração. Esse 
bloqueio pode ser permanente ou transitório. Quando o complexo QRS associado a bloqueio 
AV de 1º grau é estreito, a anormalidade da condução está frequentemente localizada no nó 
AV. Quando o complexo QRS associado é amplo, a anormalidade da condução pode estar 
localizada no nó AV, no feixe de His ou nos ramos do feixe. 
 
 
 
-O paciente c/ bloqueio AV de 1º grau é geralmente assintomático; no entanto, o bloqueio AV 
de 1º grau significativo pode provocar sintomas mesmo na ausência de bloqueios AV de graus 
HAB VII-ACLS Carolina Ferreira 
superiores. Os bloqueios AV de 1º grau que ocorrem no IM agudo devem ser cuidadosamente 
monitorados p/ detectar progressão p/ bloqueio AV de grau superior. Caso o bloqueio AV de 
1º grau seja acompanhado por bradicardia sintomática, trate a bradicardia. 
Bloqueio Atrioventricular de Segundo Grau: ocorre quando 1 ou +, mas ñ todos, os 
impulsos sinusais são impedidos de alcançar os ventrículos. A condução AV intermitente 
reflete-se no ECG como + ondas P que complexos QRS. Ele é classificado como tipo I ou tipo II, 
dependendo do comportamento do intervalo PR associado c/ a disritmia. A designação tipo I 
ou tipo II é usada p/ descrever o padrão ECG dos intervalos PR e ñ deverá ser usada p/ 
descrever o local anatômico (i. e., localização) do bloqueio AV. P/ determinar o padrão, devem 
ser observados pelo menos dois intervalos PR consecutivamente conduzidos. 
→Bloqueio Atrioventricular de 2º Grau Tipo I: ocorre devido oclusões da artéria 
coronária direita que resulta em IM inferior ou infarto ventricular direito podem 
provocar atrasos na condução. O bloqueio AV de 2º grau tipo I é também conhecido 
como bloqueio tipo I, Mobitz ou Wenckebach. O termo fenômeno Wenckebach é 
usado p/ descrever o prolongamento progressivo do tempo de condução em qualquer 
tecido de condução cardíaco, que eventualmente resulta na falha de condução de um 
batimento atrial ou em reversão do tempo de condução inicial. O bloqueio AV de 2º 
grau tipo I está associado a um padrão cíclico que consiste em ondas P conduzidas 
(cada onda P é seguida por um QRS) e depois uma onda P que ñ é conduzida (i. e., a 
onda P não é seguida por um QRS) . A onda P ñ conduzida finaliza um grupo de 
batimentos. Então o ciclo se inicia novamente. A repetição desse padrão cíclico é 
designada por batimentos agrupados. 
 
-O paciente c/ esse tipo de 
bloqueio em geral é assintomático, já que a frequência ventricular tende a permanecer quase 
normal e o DC ñ é afetado. Caso o paciente seja sintomático e a disritmia seja o resultado da 
administração de medicamentos (ex digoxina, betabloqueadores), essas substâncias devem ser 
interrompidas. Quando associada a IM agudo da parede inferior, a disritmia é geralmente 
transitória e se resolve em 48 a 72 horas, c/ o desaparecimento da estimulação 
parassimpática. Se a FC for baixa e provocar sinais e sintomas graves, o tratamento deve incluir 
a aplicação de oxímetro de pulso, administração de oxigênio (se indicado), obtenção dos sinais 
e estabelecimento de acesso IV. Deve ser realizado um ECG de 12 derivações. A atropina, 
administrada via IV, é o fármaco de escolha. Reavalie a resposta do paciente e continue a 
monitorá-lo. Quando esse ritmo ocorre em conjunto c/ IM agudo, o paciente deve ser 
cuidadosamente observado quanto ao agravamento do bloqueio AV, e deverá ser feita uma 
consulta c/ especialista no que diz respeito às decisões de tratamento. 
→Bloqueio Atrioventricular de 2º Grau Tipo II: também é chamado de 
bloqueio tipo II ou bloqueio AV Mobitz II. O local do bloqueio, nos bloqueios tipo II, 
ocorre + frequentemente nos ramos do feixe de condução . Embora o bloqueio AV de 
2º grau tipo II seja menos comum que o tipo I, é + grave e está associado a risco  de 
HAB VII-ACLS Carolina Ferreira 
mortalidade devido ao risco relativamente elevado de progressão p/ bloqueio AV 
avançado ou de 3º grau. 
 
 
 
-Uma vez que o bloqueio AV 
de 2º grau tipo II pode progredir subitamente p/ bloqueio AV de 3º grau, o paciente deve ser 
cuidadosamente monitorado p/ agravamento do bloqueio AV. Se a FC for baixa e provocar 
sinais e sintomas graves, o tratamento deve incluir a obtenção dos sinais vitais, a aplicação de 
oxímetro de pulso, a administração de oxigênio (se indicado) e o estabelecimento de acesso IV. 
Embora a atropina seja o fármaco de 1º linha na bradicardia aguda sintomática, é improvável 
que seja efetiva quando o local do bloqueio AV é inferior ao nó AV. Nessa situação, é preferível 
a colocação de marca-passo ou a administração de fármacos beta-adrenérgicos. A escolha 
entre marca-passo transcutâneoxtransvenoso temporário varia conforme a instituição e a 
disponibilidade dos equipamentos. Se a colocação de MPTC estiver disponível, este deve ser 
preparado p/ uso imediato caso o estado do paciente se deteriore e se torne instável. Deve-se 
obter o ECG de 12 derivações e uma consulta de cardiologia deve ser solicitada 
→Bloqueio Atrioventricular 2:1: existe uma onda P conduzida seguida por uma onda P 
bloqueada; assim, 2 ondas P ocorrem p/ cada complexo QRS (condução 2:1). Uma vez 
que ñ existem2 ciclos PQRST seguidos p/ comparação dos intervalos PR, o bloqueio AV 
2:1 ñ pode ser conclusivamente classificado como tipo I ou tipo II. P/ determinar o tipo 
de bloqueio c/ segurança, é necessário continuar a monitorização ECG cuidadosa do 
paciente até que a frequência de condução das ondas P aos complexos QRS se altere 
para 3:2, 4:3 e assim por diante, permitindo a comparação do intervalo PR. Caso a 
medida do complexo QRS seja de 0,11 segundo ou menos, é provável que o bloqueio 
seja uma forma de bloqueio AV de 2º grau tipo I. O bloqueio AV 2:1 associado a 
complexo QRS alargado (+ de 0,11 segundo) é normalmente do tipo II. As causas e o 
tratamento de emergência do bloqueio AV 2:1 são aqueles anteriormente descritos p/ 
os bloqueios tipos I e tipo II 
 
 
 
HAB VII-ACLS Carolina Ferreira 
 
Bloqueio Atrioventricular de 3º Grau: existe bloqueio completo na condução dos 
impulsos entre os átrios e os ventrículos. O local de bloqueio pode ocorrer ao nível do nó AV, 
do feixe de His ou distalmente a ele. Um marca-passo secundário (quer juncional ou 
ventricular) estimula os ventrículos; portanto, o QRS pode ser estreito ou largo, dependendo 
da localização do marca-passo de escape e das condições do sistema intraventricular de 
condução. 
 
 
Caso o paciente seja 
sintomático devido à baixa frequência, o tratamento deve incluir a obtenção dos sinais vitais, 
aplicação de oxímetro de pulso, administração de oxigênio (se indicado), estabelecimento de 
acesso IV e obtenção do ECG de 12 derivações. Uma vez que é improvável que a atropina seja 
efetiva no tratamento do bloqueio AV de 3º grau, a colocação de MPTC pode ser usada como 
medida temporária, p/ fornecer estabilização imediata, enquanto são realizadas preparações 
p/ a colocação de marca-passo transvenoso. Outras intervenções que podem ser usadas no 
tratamento do bloqueio AV de terceiro grau incluem a infusão IV de epinefrina, dopamina ou 
isoproterenol. É essencial a avaliação frequente do paciente. A maioria dos pacientes c/ 
bloqueio AV de 3º grau tem indicação p/ a colocação de marca-passo permanente 
 
TIPOS DE BRADIARRITMIAS 
-Os 2 tipos comuns em crianças são: 
HAB VII-ACLS Carolina Ferreira 
° Bradicardia sinusal: é uma frequência de despolarização do nó sinusal + baixa que o 
normal p/ a idade. Não é necessariamente problemática, c/ frequência, ela está 
presente em crianças saudáveis em repouso quando as demandas metabólicas do 
corpo estão relativamente baixas (ex durante o sono). Porém, pode se desenvolver em 
resposta a hipóxia, hipotensão e acidose, efeitos farmacológicos. Então necessita 
avaliação do estado clínico da criança. Bradicardia primária raramente ocorre em 
crianças sem histórico prévio de cardiopatia. 
° Bloqueio AV: é um distúrbio da condução elétrica através do nódulo AV. O bloqueio 
AV é classificado: 
Tipo Causas Características Sintomas 
1º grau -Pode estar presente 
em crianças 
saudáveis 
-Tônus vagal 
aumentado 
-Miocardite 
-Distúrbios 
eletrolíticos (ex.: 
hipercalemia) 
-Hipoxemia 
-Infarto (agudo) do 
miocárdio 
-Cirurgia cardíaca 
-Farmacos (ex., 
bloqueadores dos 
canais de cálcio, 
bloqueadores B-
adrenérgicos, 
digoxina) 
-Febre reumática 
aguda 
-Doença intrínseca 
ao nódulo AV 
Intervalo PR prolongado Assintomático 
Bloqueio de 
segundo grau 
tipo Mobitz I 
(fenômeno de 
Wenckebach) 
-Pode estar presente 
em crianças 
saudáveis 
-Fármacos 
-Qualquer condição 
que estimule o tônus 
vagal 
(parassimpático) 
-Infarto (agudo) do 
miocárdio 
Prolongamento 
progressivo do intervalo 
PR até que uma onda P 
ñ seja seguida por um 
complexo QRS; o ciclo 
se repete c/ frequência 
Ocasionalmente, pode 
causar pré-síncope 
(sensação de 
desfalecimento) 
Segundo grau 
tipo Mobitz II 
-Normalmente, 
decorre de 
anormalidades 
intrínsecas no 
sistema de condução 
-Raramente causada 
por tônus 
parassimpático 
aumentando ou 
drogas 
-Cirurgia cardíaca 
-Infarto 
Algumas, mas nem 
todas as ondas P são 
bloqueadas antes de 
chegarem ao ventrículo. 
O intervalo PR é 
constante. Muitas 
vezes, as ondas P são 
conduzidas 
alternadamente 
(bloqueio 2:1) 
Podem causar: 
• Irregularidades 
sentidas no 
batimento 
cardíaco 
(palpitações) 
• Pré-síncope 
(sensação de 
desfalecimento) 
• síncope 
HAB VII-ACLS Carolina Ferreira 
Terceiro grau -Ampla doença ou 
lesão no sistema de 
condução, inclusive 
miocardite. 
-Cirurgia cardíaca 
-Bloqueio cardíaca 
congênito total 
-Infarto 
-Também pode 
resultar de aumento 
do tônus 
parassimpático, 
efeitos de droga 
tóxica ou 
hipóxia/acidose 
grave 
-Nenhuma relação 
entre ondas P e 
complexos QRS 
-Nenhum impulso 
atrial/auricular alcança 
os ventrículos 
-Ritmo ventricular 
mantido por um 
marcapasso mais lento 
Os sintomas mais 
frequentes são: fadiga; 
delírio e síncope 
 
 
MARCA-PASSO TRANSCUTÂNEO 
-O MPTC fornece estimulação elétrica por meio de pás que são posicionadas no tronco do 
paciente p/ estimular a contração cardíaca. Também é designado marca-passo externo 
temporário ou marca-passo não invasivo 
-A colocação de MPTC requer a ligação de 2 eletrodos à superfície da pele da parede torácica 
do paciente. Embora a colocação de MPTC seja um tipo de terapia elétrica, a corrente 
fornecida é consideravelmente inferior à usada na cardioversão ou desfibrilação 
HAB VII-ACLS Carolina Ferreira 
-A corrente de estimulação selecionada p/ o MPTC é medida em miliamperes (mA). A corrente 
liberada durante cada impulso do marca-passo é inferior a 1/1.000 daquela liberada durante a 
desfibrilação. Uma vez que a utilização de MPTC em pacientes conscientes é dolorosa, poderá 
ser necessária sedação, analgesia ou ambas p/ minimizar o desconforto associado a esse 
procedimento. 
-Indicações: é indicada p/ bradicardias sintomáticas ñ responsiva as à terapia c/ atropina ou 
quando a atropina ñ se encontra imediatamente disponível ou n é indicada. Também poderá 
ser usada provisoriamente até que seja possível a colocação de marca-passo transvenoso ou 
até que a causa da bradicardia seja revertida 
-Procedimento: tome as devidas precauções-padrão e verifique se o procedimento é indicado. 
Se indicado, administre oxigênio. Avalie os sinais vitais do paciente e estabeleça acesso IV. 
Uma vez que a monitorização contínua do ECG do paciente, aplique eletrodos de ECG. Estes 
devem ser posicionados o + longe possível de onde as pás marca-passo vão ser aplicadas, p/ 
minimizar a distorção do sinal do ECG pela corrente do marcapasso. Identifique o ritmo no 
monitor cardíaco. Grave um traçado de ritmo e verifique a presença de ritmo chocável. P/ 
melhorar a adesão dos eletrodos e maximizar a distribuição de energia pela parede torácica, 
prepare a pele no tórax do paciente por lavagem c/ sabão ñ emoliente e água. Remova 
qualquer adesivo transdérmico medicamentoso que possa estar presente. Aplique as pás 
marca-passo adesivas no paciente de acordo com as recomendações do fabricante.Não 
coloque as pás sobre cortes abertos, feridas, drenos, curativos ou sobre implante de marca-
passo ou desfibrilador. Evite colocar as pás marca-passo sobre osso (p. ex., esterno, coluna 
vertebral, escápula), pois isso  o desconforto do paciente e a possibilidade de ñ captura 
 
-Ao usar a posição anteroposterior p/ o posicionamento das pás, o eletrodo anterior é 
colocado entre a apófise xifoide e o mamilo esquerdo, o que corresponde à posição do 
eletrodo do ECG nas derivações V2 a V3. Certifique-se de que a borda superior do eletrodo se 
encontra abaixo do mamilo. Se o paciente for do sexo feminino, coloqueo eletrodo por baixo 
da mama e contra a parede torácica .O eletrodo posterior é colocado abaixo da escápula 
esquerda e lateralmente à coluna vertebral ao nível do coração. 
-Ao usar a posição anterolateral / a colocação das pás, também designada posição esterno-
ápice, a pá lateral (ápice) é posicionada lateralmente ao mamilo esquerdo na linha axilar média 
esquerda, o que corresponde à posição do eletrodo do ECG na derivação V6. O eletrodo 
anterior é posicionado à direita do esterno e abaixo da clavícula. Não inverta o posicionamento 
das pás marcapasso; isso pode  a necessidade de + corrente p/ alcançar a captura, podendo 
provocar aumento do desconforto do paciente 
-Em seguida, conecte o cabo ao marca-passo e às pás adesivas no paciente. Ligue a energia p/ 
o marca-passo. Selecione a frequência marca-passo p/ o nº desejado de batimentos/minuto 
(bpm). Em geral, a frequência entre 60 e 90 batimentos/min conseguirá manter uma pressão 
arterial e perfusão cerebral adequadas em adultos 
HAB VII-ACLS Carolina Ferreira 
 
-Após a FC ter sido regulada, inicie o marca-passo. Aumente lentamente a corrente de 
estimulação até que os picos do marca-passo sejam visíveis antes de cada complexo QRS (i. 
captura). Esse controle é usualmente designado “corrente”, “saída marca-passo” ou “mA”. A 
captura elétrica ocorre quando um estímulo marca-passo leva à despolarização ventricular, 
sendo alcançado em muitos pacientes entre 50 e 100 mA 
-A captura elétrica é normalmente observada na forma de QRS largo e onda T ampla no ECG. O 
complexo QRS capturado pode ser defletido em direção positiva ou negativa. Em alguns 
pacientes, a captura elétrica é menos óbvia, podendo ser indicada somente como uma 
mudança na forma do QRS 
 
 
 
Avalie a captura mecânica que refere à contração do miocárdio e ocorre quando a estimulação 
produz uma resposta que pode ser medida, tal como pulso palpável. Outros sinais de DC 
aumentado que resulta da captura mecânica incluem melhor nível de responsividade, subida 
da pressão arterial e melhora na saturação do oxigênio e cor cutânea 
P/ minimizar a confusão entre a presença de um pulso real e contrações musculares 
esqueléticas causadas pela estimulação, avalie a captura mecânica pela avaliação do pulso 
femoral, pulso braquial direito ou pulso radial direito. 
-Avalie o nível de responsividade, a saturação de oxigênio, PA e outros sinais vitais. Monitore o 
paciente de forma rigorosa e avalie a pele sob os eletrodos de estimulação em relação à 
irritação, após os primeiros 30 minutos de estimulação e depois, periodicamente 
-A documentação deve incluir o seguinte: 
° Data e hora em que a estimulação foi iniciada (incluindo registros eletrocardiográficos antes e após o 
início da estimulação) 
° Corrente necessária para obter a captura 
° Frequência de estimulação selecionada 
° Resposta do paciente à captura (i. e., estado mental, pressão arterial, saturação de oxigênio) 
° Fármacos administrados durante o procedimento 
° Data, hora e razão do término da estimulação, se aplicável. 
-Possíveis complicações do MPTC incluem as seguintes: 
° Tosse 
° Queimaduras cutâneas. 
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° Interferência c/ a sensação de agitação do paciente ou contrações musculares 
° Desconforto como resultado da estimulação elétrica na pele e nos músculos 
° Dano tecidual, incluindo queimaduras de terceiro grau, com o uso inapropriado ou prolongado 
do MPTC 
° Quando a estimulação é prolongada, os limiares se alteram, levando, assim, à falha na captura. 
TRATAMENTO DA BRADIARRIMTIA 
-Ocorre de acordo c/ o fluxograma 
 
 
1- Identifique a bradicardia sintomática c/ comprometimento cardiopulmonar e trate a 
causa subjacente, o tratamento inicial se dá pelo ABC, MAS A PRIORIDADE SÃO OXIGENAÇÃO 
C/ FO2 DE ALTO FLUXO E VENTILAÇÃO C/ PRESSÃO POSITIVA IMEDIATAS. Se os pulsos, a 
perfusão e as respirações estiverem adequadas, ñ é necessário tratamento de emergência. 
Então monitore e continue a avaliação 
⎯ OBS: uma criança bradicárdica primária pode se beneficiar de avaliação por um cardiologista 
pediátrico. Porém, se isso não levar a vida dela a risco 
 
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2- Reavalie p/ determinar se a bradicardia e o comprometimento cardiopulmonar 
continuam apesar de ventilação e oxigenação adequadas. 
3- Se a bradicardia persistir após a oxigenação e ventilação, passe ao tratamento 
medicamentoso e a possível estimulação. Reavalie c/ frequência a resposta da criança a cada 
tratamento administrado +RCP de alta qualidade (comprima 100 a 120 compressões/min no 
mínimo um terço da profundidade do diâmetro anterposterior do tórax (ou cerca de 5 cm, em 
crianças, ou 4 cm, em bebês)) e aguarde o retorno total do tórax após cada compressão, 
minimize interrupções nas compressções e evite ventilação excessiva. 
4-Reavalie determinar se a bradicardia e o comprometimento cardiopulmonar 
continuam apesar da aplicação de oxigenação, ventilação e RCP. 
5- Se bradicardia e comprometimento cardiopulmonar persistir apesar de oxigenação, 
ventilação e RCP adequados, administre epinefrina. Considere atropina. 
→ Epinefrina: 
° Indicada p/ bradicardia sintomática persistente apesar de oxigenação e ventilação 
eficazes. 
° O efeito da epinefrina e outras catecolaminas pode  pela acidose e hipóxia 
° P/ bradicardia persistente, c/ boa resposta do paciente, considere uma infusão 
contínua de epinefrina ( 0,1 a 0,3 mcg/Kg/min). Titule a infusão até a resposta clínica. 
 
→ Atropina: 
° É um parassimpatolítico (ou anticolinérgico) que acelera os marca passo sinusal ou 
atrial e melhora a condunção atrioventricular. 
° Indicada p/ bradicardia por causa do  do tônus vagal e toxicidade farmacológica (ex. 
organofosfatos) ou bloqueio AV total. 
° É indicada, como 1º opção, p/ bloqueio AV sintomático decorrente bradicardia 
primária e + preferível que a epinefrina. 
° Não é indicada p/ bloqueio AV decorrente bradicardia secundária. 
° Se a criança não responder a atropina, use a epinefrina. 
° Nunca abra mão do RCP de alta qualidade. 
 
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6- Tratar as causas reversíveis e circunstanciais especiais de bradicardia 
Causa reversível Tratamento 
Hipóxia Administre O2 suplementar em alta [ ] , c/ ventilação assistida, 
conforme necessidade 
Hidrogênio, íon/ião de 
(acidose) 
Fornecer ventilação p/ tratar a acidose respiratória decorrente de 
hipercardia; considere bicarbonato de sódio em acidose metabólica 
intensa. 
Hipercalemia Restauração e [] normal de potássio 
Hipotermia Aquecer a criança, se necessário, mas evite hipertermia, se o paciente 
tiver tido uma PCR 
Bloqueio cardíaco P/ bloqueio AV, considere atropina, fármacos cronotrópicos e 
estimulação elétrica; consulte especialista. 
Toxinas/veneno/drogas Trate c/ um antídoto específico e forneça cuidados se suporte. 
Algumas causas toxicológicas de bradiarritmias são: 
• Inibidores da colinesterase (organofosforato, carbamatos e 
agentes neurotóxicos) 
• Bloqueadores dos canais de cálcio 
• Bloqueadores B-adrenérgicos 
• Digoxina e outros glicosídeos cardíacos 
• Clonidina e outros agonistas alfa-adrenérgicos de ação acentral 
• Opioides 
• Succinilcolina 
Trauma Traumatismo craniano: na criança é sinal de hipertensão intracraniana 
alta. Forneça oxigênio e ventilação. Um breve período de 
hiperventilação pode ser usado como tratamento de resgate paliativo 
para sinais de herniação eminente (respiração irregular ou apneia, 
bradicardia, hipotensão, pupilas dilatadas ou desiguais semresposta à 
luz e postura descerebrada ou descorticada). Obtenha assistência 
imediata de um especialista para avaliar a pressão intracraniana 
elevada. 
7- Se o PCR sem pulso se desenvolver, inicie RCP. Proceda com o fluxograma de RCP.

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