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MARC 06 Trabalho de Parto CONCEITO ● O trabalho de parto é o processo que resulta no nascimento do neonato. ● Ele começa com o início das contrações uterinas regulares e termina com o nascimento da criança e a expulsão da placenta. ● As pacientes com fatores de risco gestacionais (p. ex., restrição de crescimento fetal (RCF), pós-datismo, doença hipertensiva, diabetes melito gestacional, etc.) devem ser admitidas mesmo na fase latente, devido ao risco de insuficiência placentar e comprometimento fetal. ● Por outro lado, nas gestantes de risco habitual, a internação na fase ativa do TP deve ser preferida. Uma admissão precoce para cuidado intra-hospitalar dessas pacientes está associada com TP mais longo, maior uso de ocitocina, maior taxa de cesariana e menores taxas de satisfação na assistência recebida. DIAGNÓSTICO DE TRABALHO DE PARTO ● As alterações significativas que devemos considerar são a presença de contrações dolorosas e rítmicas (no mínimo 2 em 10 minutos, com duração de 50-60 segundos cada); apagamento e dilatação do colo (2cm nas primíparas e 3cm nas multíparas); formação da bolsa-das-águas; e perda do tampão mucoso. ADMISSÃO DA GESTANTE ● Diante da chegada da parturiente no hospital ou maternidade, logo na sua admissão deve ser feita a coleta da história, feito o exame físico do abdome e toque vaginal, além da realização de alguns exames laboratoriais. ● Os exames laboratoriais admissionais devem incluir tipagem sanguínea ABO, fator Rh (coombs indireto, se Rh negativo), além do VDRL e teste rápido para HIV. FASES CLÍNICAS DO PARTO ● O parto é caracterizado por contrações das fibras miometriais, cujas principais funções são a dilatação cervical e a expulsão do feto através do canal de parto. ● Essas contrações são dolorosas, porém, antes do seu início, o útero sofre modificações fisiológicas e bioquímicas locais concomitantes ao aumento da frequência de contrações indolores (contrações de Braxton Hicks), até que o verdadeiro trabalho de parto seja deflagrado. ● Pode ser dividido em 4 períodos: ● Se inicia com as alterações cervicais (dilatação e apagamento/esvaecimento) e termina com a completa dilatação cervical (10cm). ● Sua duração é de cerca de 12 horas nas primíparas e 7 horas nas multíparas. ● O apagamento e dilatação do colo ocorrem em momentos diferentes nas primíparas (apagamento ocorre primeiro), enquanto nas multíparas ocorrem simultaneamente. ● A bolsa-das-águas consiste no aparecimento das membranas ovulares (âmnio e cório) através do colo dilatado. ● A dilatação cervical é representada por uma curva sigmoide dividida em fase latente e fase ativa: MARC 06 FASE LATENTE ● Caracterizada por contrações uterinas regulares e perceptíveis, mas pouco dolorosas, responsáveis pela dilatação de 3 a 5cm. ● Essas contrações são responsáveis pela dilatação e apagamento cervical. ● Caso essa fase estenda-se por mais de 20 horas (primíparas) ou 14 horas (multípara), diz-se que houve prolongamento anormal das contrações. FASE ATIVA ● A partir desse momento, as contrações tornam-se dolorosas, pois a frequência e intensidade aumentam progressivamente no intuito de promover a rápida dilatação do colo uterino. ● Definida pela presença de contrações regulares, isto é, 2 contrações em 10 minutos, com duração de cada contração de, no mínimo, 40 segundos, associado a uma dilatação ≥4 cm. A dilatação neste período é de 1 cm a cada hora, podendo ter modificações. ● Costuma durar de 2,4 a 5,2 horas em multíparas e de 4,6 a 11,7 horas em primíparas. EQUIPE DE SAÚDE ▪ Realização de toque vaginal No toque vaginal, deve-se explorar o colo (apagamento, dilatação e consistência), além da bolsa-das-águas, a apresentação fetal e a altura da apresentação. Atualmente, tem sido empregada a ideia de fazer o toque vaginal o mínimo de vezes possível, no geral, a cada 2 ou até 4 horas. ▪ BCF Idealmente, deve ser feita a cada 30 minutos; ▪ Sinais vitais Temperatura, pulso e pressão arterial são avaliados no mínimo a cada 4 horas. ▪ Dieta A alimentação durante o trabalho de parto pode ser feita com líquidos e alimentos de baixa caloria para pacientes de baixo risco. ▪ Deambulação ● Se inicia com a dilatação completa do colo uterino (10 cm) e se prolonga até a saída do feto, tendo duração variável de 20 a 50 minutos. ● Expulsão prolongada: acima de 3 hrs (tempo de alerta). ● Corresponde ao período de maior intensidade e frequência das contrações uterinas, até consistirem em cerca de 5 contrações em cada 10 minutos. ● No decorrer da descida do feto pelo canal de parto, percebe-se que a vulva se entreabre e se dilata, mostrando a apresentação fetal. EQUIPE DE SAÚDE ● Orientar que deve fazer força apenas durante as contrações efetivas e descansar nos intervalos das mesmas. ● Deve-se realizar a antissepsia da região perineal e a colocação dos campos estéreis para isolar as partes maternas, exceto a vulva. ● Consiste no descolamento, descida e expulsão da placenta e deve ter duração máxima de 30 minutos. ● O descolamento da placenta pode ocorrer por dois mecanismos: » Baudelocque-Schultze: é o mais frequente (75%) e ocorre quando a placenta, inserida na parte superior do útero, se inverte e se desprende em forma de guarda-chuva. Nesses casos, há formação de hematoma retroplacentário, ou seja, há saída de sangue após a liberação da placenta. » Baudelocque-Duncan: ocorre em 25% dos casos, quando a placenta está localizada na parede lateral do útero e seu desprendimento começa pela borda inferior. O sangue se exterioriza antes da saída total da placenta. MARC 06 É a primeira hora após a expulsão da placenta, na qual há grande risco de complicações hemorrágicas. MECANISMO DO PARTO ● O conjunto de movimentos realizados pelo feto durante a sua passagem pelo canal do parto é definido como mecanismo de parto. ● Esses movimentos são compulsórios e passivos, ou seja, independem da vitalidade do feto e são resultantes da contração uterina e da prensa abdominal. ● Nos últimos meses da gravidez, o feto assume uma postura característica descrita como atitude ou hábito. ● Como regra geral, o feto forma uma massa ovoide que corresponde grosseiramente ao formato da cavidade uterina. ♦ O feto se dobra sobre si mesmo, criando um dorso convexo. ♦ A cabeça tem flexão aguda; o queixo está quase em contato com o tórax; as coxas estão fletidas sobre o abdome; e as pernas estão dobradas ao nível dos joelhos. ♦ Em todas as apresentações cefálicas, os braços mostram-se comumente cruzados sobre o tórax ou ficam em paralelo com as laterais do corpo. ♦ O cordão umbilical preenche o espaço entre as extremidades. ⤷ Essa postura característica resulta do modo de crescimento fetal e de sua acomodação à cavidade uterina. ● A situação consiste na relação entre o maior eixo da cavidade uterina e o maior eixo fetal. ● Essa relação dá origem a três possibilidades de situação fetal: longitudinal, transversa e oblíqua. ● Em mais de 99% dos trabalhos de parto a termo, a situação fetal é longitudinal. ● Uma situação transversa é menos frequente, e os fatores predisponentes incluem multiparidade, placenta prévia, polidrâmnios e anomalias uterinas. ● Refere -se a como o feto se apresenta na pelve da mãe. ● Determinação do polo fetal que se apresenta no estreito superior da pelve feminina. ● Nos casos típicos, a apresentação pode ser sentida pelo colo do útero durante o exame vaginal. ● Assim, na situação longitudinal, a parte de apresentação é a cabeça ou a pelve do feto, criando as apresentações cefálica e pélvica, respectivamente. ● Quando o feto está em situação transversa, a parte de apresentação é o ombro. ● Existem 3 posições de apresentação fetal, 2 quando o feto está na situação longitudinal (cefálicae pélvica) e 1 quando ele está na situação transversa (córmica). MARC 06 APRESENTAÇÃO CEFÁLICA ● Essas apresentações são classificadas de acordo com a relação entre a cabeça e o corpo do feto. ● Em geral, a cabeça mostra-se acentuadamente flexionada, de modo que o queixo tenha contato com o tórax. ● A fontanela do crânio é a parte de apresentação, e esta apresentação fetal é referida como apresentação fletida, de occipício ou de vértice. ● O pescoço fetal pode estar acentuadamente estendido, de maneira que o occipício e o dorso entrem em contato, e a face está posicionada mais anteriormente no canal de parto – apresentação de face. ● A cabeça fetal pode assumir uma posição entre esses extremos. ● Quando o pescoço está apenas parcialmente fletido, a fontanela anterior (grande) pode ser a apresentação – apresentação de bregma ou bregmática. ● Quando o pescoço tem extensão apenas parcial, a fronte pode emergir – apresentação de fronte. APRESENTAÇÃO PÉLVICA ● As categorias de apresentação pélvica franca, completa e incompleta diferem quanto a suas relações variadas entre os membros inferiores e as nádegas. ● Na apresentação pélvica franca, os membros inferiores estão flexionados nos quadris e estendidos nos joelhos e, por essa razão, os pés estão muito próximos da cabeça. ● Na apresentação pélvica completa, ambos os quadris estão flexionados e um ou ambos os joelhos também estão flexionados. ● Na apresentação pélvica incompleta, um ou ambos os quadris estão estendidos. Assim, um ou ambos os pés ou joelhos estão situados abaixo da nádega, de modo que um pé ou joelho está na posição mais baixa no canal de parto. ● Posição do dorso fetal com o abdome da mãe (lado direito ou esquerdo materno). ● Assim, diz-se que a posição fetal é esquerda (primeira posição) ou direita (segunda posição). ● A finalidade da posição é buscar a melhor localização para ausculta cardíaca fetal durante o trabalho de parto, que será ipsilateral a seu dorso na maioria das vezes. ● O occipício, o queixo (mento) e o sacro do feto são os pontos usados para determinar as apresentações fletida (vértice), de face e pélvica, respectivamente. MARC 06 ● Como a parte de apresentação pode estar à direita ou à esquerda, as apresentações podem ter as designações occipito esquerda e direita (OE e OD), mento esquerda e direita (ME e MD) e sacro esquerda e direita (SE e SD). ● Além disso, considera-se a relação de determinada parte de apresentação com a parte anterior ou púbica (P), transversa (T) ou posterior ou sacra (S) da pelve materna. DIAGNÓSTICO ● Vários métodos podem ser usados para diagnosticar a apresentação e a posição do feto. ● O exame abdominal pode ser conduzido sistematicamente realizando as quatro manobras descritas por Leopold. ● A mãe é colocada em posição supina e posicionada confortavelmente com o abdome desnudo. PRIMEIRA MANOBRA ● Avalia o fundo uterino. ● Ela permite identificar a situação fetal e determinar qual polo fetal (cefálico ou podálico) ocupa o fundo. ● A pelve do feto produz a sensação de uma grande massa nodular, enquanto a cabeça parece dura e arredondada e é mais móvel. SEGUNDA MANOBRA ● É conduzida com as palmas das mãos do examinador colocadas em ambos os lados do abdome materno. ● O examinador exerce pressão suave, porém profunda. Em um lado, é possível sentir uma estrutura dura e resistente – o dorso. ● No outro, podem ser percebidas várias partes pequenas, irregulares e móveis – os membros fetais. ● Depois de verificar se o dorso está direcionado anterior, transversa ou posteriormente, a orientação do feto pode ser determinada. TERCEIRA MANOBRA ● Ajuda a confirmar a apresentação fetal. ● O polegar e os dedos de uma das mãos seguram a parte inferior do abdome materno exatamente acima da sínfise púbica. ● Quando a parte de apresentação não estiver insinuada, percebe-se uma massa móvel, geralmente a cabeça. ● A diferenciação entre a cabeça e a pelve é feita como na primeira manobra. QUARTA MANOBRA ● Ajuda determinar o grau de descida. ● O examinador se posiciona olhando para os pés da mãe, e as pontas dos dedos de ambas as mãos são colocadas em ambos os lados da parte de apresentação. ● Elas exercem pressão para dentro e, então, deslizam caudalmente ao longo do eixo do estreito superior da pelve. ● Em muitos casos, quando a cabeça desceu para a pelve, o ombro anterior ou o espaço criado pelo pescoço pode ser prontamente diferenciado da cabeça mais dura. ● Com o início do trabalho de parto e depois da dilatação cervical, as apresentações fletidas e suas variedades de posição são reconhecidas por palpação das diversas suturas e fontanelas fetais. MARC 06 ● Durante o exame vaginal, é aconselhável seguir uma rotina definida, compreendendo quatro movimentos. ● Primeiro, o examinador insere dois dedos na vagina e encontra a parte de apresentação e, então, a diferenciação entre as apresentações fletida, de face e pélvica é feita facilmente. ● Segundo, em caso de apresentação fletida, os dedos são direcionados posteriormente e depois escorregados para frente sobre a cabeça fetal na direção da sínfise materna. ● Durante esse movimento, os dedos cruzam necessariamente a sutura sagital, e seu trajeto é delineado. ● Depois disso, são definidas as posições das duas fontanelas, encontradas em ambas extremidades da sutura sagital. Para isso, os dedos são deslizados até a parte mais anterior da sutura sagital, e a fontanela localizada é examinada e identificada. ● A seguir, os dedos devem passar ao longo da sutura até a outra extremidade da cabeça, até que a outra fontanela seja palpada e diferenciada. ● Por fim, o plano ou a altura em que a parte de apresentação se encontra dentro da pelve também pode ser estabelecido nesse momento. Usando essas manobras, as diversas suturas e fontanelas são determinadas. ● As técnicas ultrassonográficas podem auxiliar na identificação da posição fetal, principalmente nas mulheres obesas ou com paredes abdominais musculosas. ● Em comparação com os exames digitais, a ultrassonografia é mais acurada para determinação da posição da cabeça fetal durante o segundo estágio do trabalho de parto. APRESENTAÇÃO CEFÁLICA FLETIDA ● Os movimentos cardinais do trabalho de parto são insinuação, descida, flexão, rotação interna, extensão, rotação externa e expulsão. Durante o trabalho de parto, esses movimentos não apenas são sequenciais como também têm grande sobreposição temporal. ● O mecanismo pelo qual o diâmetro biparietal – o maior diâmetro transverso em uma apresentação de occipício – atravessa o estreito superior da pelve é designado insinuação. ● A cabeça do feto pode insinuar-se durante as últimas semanas de gestação ou apenas depois do início do trabalho de parto. MARC 06 ● Na maioria das mulheres, quando a parte fetal apresentada está insinuada, significa que o ponto de referência ósseo fetal está no nível das espinhas isquiáticas maternas (plano 0 de De Lee ou terceiro plano de Hodge) ou muito próximo dele. PLANOS DE LEE ASSINCLITISMO E SINCLITISMO ● Durante o processo de insinuação, um dos ossos parietais atravessará o estreito superior da pelve antes do outro, aproximando a sutura sagital de um dos ossos do eixo anteroposterior da bacia materna (púbis ou sacro). ● Dessa forma, quando a sutura sagital se aproxima da pube e o parietal posterior desce até ultrapassar o promontório materno, diz-se que há assinclitismo posterior. ● Quando a sutura sagital se aproxima do promontório sacral, uma parte maior da região anterior do osso parietal apresenta-se aos dedos do examinador, e essa condição é conhecida como assinclitismo anterior. ● Durante o trabalho de parto, existe um momento em que o parietal insinuado ultrapassao ponto de referência da bacia óssea e, com o aumento da área abaixo do estreito superior, é possível mover lateralmente o polo cefálico. ● Isso traz a sutura sagital à mesma distância entre o púbis e o promontório, e a cabeça fica em sinclitismo nesse momento. ● A descida ou progressão, também considerada segundo tempo do mecanismo de parto, é o momento definido pela passagem do polo cefálico (ou da apresentação fetal em geral) do estreito superior para o estreito inferior da pelve materna. ● Para determinar o grau de descida da apresentação, é usual a utilização do método de DeLee. ● O plano zero é considerado o nível das espinhas ciáticas; acima desse plano, temos os planos -1, -2, -3, -4, -5 e, abaixo dele, estão os planos +1, +2, +3, +4 e +5 (vulva). ● A descida é promovida por uma ou mais das seguintes quatro forças: (1) pressão do líquido amniótico; (2) pressão direta do fundo sobre a pelve durante as contrações; (3) esforços maternos de empurrar para baixo com os músculos abdominais; (4) extensão e retificação do corpo fetal. ● O objetivo da rotação interna é coincidir o diâmetro anteroposterior do polo cefálico com o maior diâmetro da bacia materna. ● Assim, nas occipitoanteriores, a rotação é de 45º, nas occipitotransversas, de 90º e nas occipitoposteriores, de 135º. ● Observa-se que o occipício fetal será compelido a sofrer rotação capaz de dirigir o pescoço para a sínfise púbica, com o objetivo de vencer o canal de parto em forma de J. ● Os principais fatores que impedem que essa rotação ocorra são contrações de baixa intensidade, ausência de flexão cefálica e fetos grandes. ● O desprendimento cefálico ocorre com a descida final da cabeça fetal em posição occipitopúbica, até que seja possível a locação do suboccipício no subpúbis materno. MARC 06 ● A rotação externa da cabeça fetal, também denominada movimento de restituição, leva o occipício a voltar-se para o lado materno que ocupava no interior do canal de parto. ● A sutura sagital apresenta-se em sentido transversal ao da fenda vulvar ao fim desse tempo. ● O desprendimento do ovoide córmico caracteriza-se pela exteriorização das cinturas escapular e pélvica do feto. ● Após a rotação das espáduas, o ombro anterior fixa-se no subpúbis, apresentando a inserção braquial do deltoide como ponto de apoio, e desprende-se por movimento de abaixamento. ● Desprende-se então o ombro posterior por movimento de elevação e, em seguida, completa-se a expulsão da cintura escapular. ● Posteriormente ao desprendimento dos ombros, o resto do ovoide é prontamente expelido, não apresentando maior resistência. ● Pode-se auxiliá-lo, se necessário, com inflexão lateral (em sentido ventral) e abaixamento e elevação dos quadris anterior e posterior. CONTROLE DA DOR o Educação antenatal o Técnicas de respiração o Técnicas de respiração o Ambiente: confortável e privado o Apoio contínuo no trabalho de parto o Movimentação e posição materna o Bola de parto o Hidroterapia o Acupuntura o Massagem SISTÊMICOS ● As drogas mais utilizadas nesses casos são a petidina, a morfina, a fentanila, a alfentanila e a remifentanila. ● Nos casos em que é possível a administração por meio de bomba de infusão controlada pela paciente, essa via deve ser preferida. ● A meperidina é usualmente empregada em doses de 50 a 100 mg, por via intramuscular, ou 25 a 50 mg, pela via intravenosa. REGIONAL ● Diversos bloqueios de nervos foram desenvolvidos ao longo dos anos para obter alívio da dor durante o trabalho de parto e o período expulsivo, incluindo os bloqueios pudendo e paracervical, além dos bloqueios neuraxiais como espinal, peridural e técnicas de espinal-peridural em combinação. PARTOGRAMA ● O partograma é a representação gráfica do trabalho de parto, permitindo acompanhar a evolução, documentar e diagnosticar alterações. ● Isso permite a tomada de condutas para a correção adequada dos desvios, além de evitar intervenções desnecessárias. ● No partograma colocam-se duas linhas paralelas, a linha de alerta e a de ação. ● Quando a dilatação atinge a linha de alerta, há maior necessidade de observação clínica, sendo que, a intervenção médica deve ser feita quando a dilatação atingir a linha de ação. MARC 06 ● De forma geral, o registro no partograma começa a ser feito quando a parturiente estiver na fase ativa do trabalho de parto. ● Os toques vaginais são feitos a cada 2-4 horas e deve-se anotar a dilatação, altura da apresentação, variedade de posição e as condições da bolsa-das-águas e do líquido amniótico. ● Outro ponto importante é o preenchimento do padrão das contrações uterinas (frequência em 10 minutos e duração de cada uma), dos BCFs, da infusão de líquidos e/ou drogas, além do uso ou não da analgesia; e da realização de amniotomia. a) A fase ativa do trabalho de parto inicia- se quando há dilatação cervical é maior que 5 cm; b) A fase latente do trabalho de parto pode durar de 8 a 20 horas; c) Durante o trabalho de parto ativo, a progressão de dilatação cervical não pode ser mais lenta do que 1 cm/h; d) O tempo de 4 horas entre a diminuição de progressão do trabalho de parto e a necessidade de intervenção é insuficiente para comprometer o feto ou a mãe e evita intervenções desnecessárias; e) Exames vaginais devem ser efetuados tão frequentemente quanto compatível com a prática segura (1 vez a cada 2 a 4 horas é o recomendado, podendo ser realizado com maior frequência se necessário); f) Parteiras e outras pessoas lidando com o trabalho de parto podem ter dificuldade em traçar as linhas de alerta e de ação, e é melhor usar um partograma com as linhas já gravadas, conquanto muitas possam adicionar posterior confusão.
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