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Transtornos de personalidade paranoide, esquizoide e esquizotípico

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1 
Alice Kipper Fertig 
ATM 2024.2 
TRABALHO SAÚDE MENTAL – 09/04/21 
 
• Descreva os aspectos principais para o diagnóstico diferencial entre os transtornos de 
personalidade paranoide, esquizoide e esquizotípico: 
No transtorno de personalidade paranoide o indivíduo é extremamente desconfiado e apresenta 
sensibilidade excessiva a rejeições e a contratempos, tendência a guardar rancores persistentemente, 
desconfiança excessiva e tendência exagerada a distorcer as experiências por interpretar erroneamente 
as ações neutras ou amistosas de outros como hostis ou depreciativas, obstinado senso de direitos 
pessoais e sensação de estar sendo injustiçado em relação a esses direitos, em desacordo com a situação 
real, suspeitas recorrentes, sem justificativa, com respeito à fidelidade sexual do parceiro, tendência a 
experimentar autovalorização excessiva, manifesta por meio de atitude persistente de auto-referência, 
preocupação com explicações “conspiratórias”, sem fundamento em dados reais. A prevalência desse 
transtorno é de 0,5 a 2,5% da população geral, 10 a 30% dos pacientes psiquiátricos hospitalizados e 2 a 
10% dos pacientes psiquiátricos ambulatoriais. Sendo aumentada em familiares de pessoas com 
esquizofrenia e transtorno delirante, tipo paranóide. É mais diagnosticada em homens e possui maior 
risco de comorbidade com DM, TOC, agorafobia e abuso ou dependência de substância. 
No transtorno esquizoide o paciente irá ser socialmente indiferente e demonstrar distanciamento 
afetivo, afeto embotado, aparente frieza emocional, capacidade limitada para expressar sentimentos 
calorosos, ternos ou raiva para com os outros, indiferença aparente a elogios ou críticas, poucas atividades 
produzem prazer, pouco interesse em ter experiências sexuais com terceiro, referência quase invariável 
por atividades solitárias, preocupação excessiva com fantasias e introspecção, ausência de amigos íntimos 
ou de relacionamentos confidentes, insensibilidade marcante em relação a normas e convenções sociais. 
A prevalência é em torno de 7,5% da população geral, sendo aumentada a probabilidade em familiares 
de pessoas com esquizofrenia ou personalidade esquizotípica. Além disso, os mais diagnosticados são os 
homens, que também apresentam maior prejuízo funcional. 
Já o indivíduo esquizotípico a principal característica é o ser excêntrico, irá demonstrar desconforto 
e incapacidade importante para ter relações interpessoais íntimas, frequentes ideias de auto-referência 
(tudo o que acontece no mundo se refere a ele), ideias e crenças estranhas, tendendo ao pensamento 
mágico, experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões corporais, pensamento e discurso 
incomuns, estranhos, por exemplo, pensamento vago, exageradamente metafórico, hiperelaborado ou 
estereotipado, ideação paranoide, indivíduo muito desconfiado, afetos inapropriados ou muito reduzidos, 
comportamento e/ou aparência física (inclusive vestimenta) estranhos, os pacientes parecem excêntricos 
ou muito peculiares, ausência de amigos íntimos ou confidentes, além dos parentes de primeiro grau, 
ansiedade excessiva em situações sociais, que não diminui com a familiaridade em relação a tal situação 
ou é colorida com ideação paranoide. A prevalência desse transtorno é de 3% da população geral, é 
influenciado pelo padrão familiar e genético e é frequentemente diagnosticado em mulheres com 
síndrome do X frágil. 
 
• A partir das lâminas da aula e daquele texto, descreva os aspectos principais para o diagnóstico 
diferencial entre os transtornos da personalidade evitativa, dependente e obsessivo-compulsiva: 
No transtorno de personalidade evitativa a pessoa apresenta fobia e inibição, estado constante de 
tensão e apreensão, crença de ser socialmente incapaz, desinteressante ou inferior aos outros 3. 
Preocupação ou medo excessivo em ser criticado ou rejeitado, restrições na vida diária devido à 
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Alice Kipper Fertig 
ATM 2024.2 
necessidade de segurança física ou psíquica, evitação de atividades sociais e ocupacionais que envolvam 
contato interpessoal significativo, principalmente por medo de críticas, desaprovação ou rejeição. Sua 
prevalência é de 0,5 a 1% na população geral e 10% em pacientes psiquiátricos ambulatoriais. Ocorre 
igualmente em mulheres e homens e frequentemente inicia na infância com timidez e medo de estranhos 
e de novas situações. 
Já no transtorno obsessivo-compulsivo a característica principal é o perfeccionismo. O indivíduo 
apresenta preocupação excessiva com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou esquemas, 
perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas, dúvidas excessivas sobre assuntos irrelevantes, 
cautela demasiada, rigidez e teimosia, insistência incomum para que os outros submetam-se exatamente 
à sua maneira de fazer as coisas, excesso e escrúpulos e preocupação indevida com detalhes da vida, a 
rigidez impede ou anula o prazer nas relações interpessoais, adesão excessiva às convenções sociais e 
certo pedantismo. Prevalência de 1% na população geral, 3 a 10% empacientes psiquiátricos ambulatoriais 
e 2 vezes mais comum em homens. 
Além disso, no transtorno de personalidade dependente o paciente é muito submisso, mostra 
subordinação das próprias necessidades e desejos àqueles dos outros dos quais é dependente, solicitação 
constante de que outros (dos quais depende) tomem as decisões importantes em sua vida pessoal, 
sentimento de desamparo quando sozinho por causa de medo exagerado de ser incapaz de se cuidar, 
preocupação e/ou medo exagerado de ser abandonado pela pessoa da qual depende, capacidade limitada 
de tomar decisões cotidianas sem excesso de conselhos e reasseguramento pelos outros, relutância em 
fazer exigências ainda que razoáveis à pessoa da qual depende. Relatado como o mais frequente dos 
transtornos de personalidade.

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