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Maria Eduarda Alencar Santos 4 periodo – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 4 periodo – UNL Síndrome coronariana crônica © Causa número #1 → obstrução por placa aterosclerótica (somado aos fatores de risco para a doença, ao longo da vida, a placa tende a aumentar e se infiltrar nos vasos sanguíneos – quanto maior fica a placa, menor fica o espaço para passagem de fluxo sanguíneo, o que gera menor oxigenação do miocárdio gerando isquemia miocárdica © Com 70% de obstrução o paciente geralmente começa a sentir os sintomas © Quando tem lesão endotelial e o sangue entra em contato com ambiente estranho pode haver agregação plaquetária/solução de continuidade que vai ajudar na formação de trombo e a cascata de coagulação © No quadro crônico NÃO há lesão endotelial Fatores de risco para doença coronariana © Hipertensão arterial © Diabetes mellitus © Dislipidemia © Tabagismo © Historia familiar (homem abaixo de 55 anos e mulheres abaixo de 65 anos) O que é a Síndrome Coronariana? © Por definição, qualquer alteração na artéria coronariana pode provocar uma síndrome coronariana, como um espasmo ou uma embolia seja ela gasosa ou gordurosa © A Síndrome Coronariana Crônica (SCC) é nada mais que o aumento da placa de gordura. Essa placa aterosclerótica está envolta por uma capa denominada de endotélio © Lembrando que na SCC o endotélio é integro, diferente da SCAguda Maria Eduarda Alencar Santos 4 periodo – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 4 periodo – UNL Angina pectoris © Dor torácica causada por isquemia miocárdica Característica da dor torácica © Qualidade © Localização © Irradiação © Sintomas associados © Duração (só quando faz esforço, 15 a 20 min em repouso melhora) © Fatores desencadeantes © Fatores de alivio Angina típica © Aquela dor em aperto, localizada pré-cordial, irradiada para membro superior esquerdo e região cervical 1. Qualidade, localização e duração 2. Fatores desencadeantes 3. Fatores de melhora Angina atípica © Nem todo paciente vai aparecer com o quadro certinho e de diagnostico óbvio, as vezes ele pode ter sintomas diferenciados Exemplo: dor em pontada, ou sem irradiação clássica, mas ainda com muitos fatores de risco para doença coronariana 1. 2 das características acima Dor não cardíaca © Apenas pela anamnese pode-se excluir causas cardíacas. Pode ser, por exemplo, DRGE ou pneumonia 1 ou nenhuma das características acima Maria Eduarda Alencar Santos 4 periodo – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 4 periodo – UNL Dor torácica cardiovascular © Pode ser isquêmica ou não isquêmica © Se isquêmica → aguda ou crônico © Se não isquêmica → pericárdica ou aórtica Formas de apresentação clinica das síndromes coronarianas © Angina estável → o paciente só tem dor (quadro de angina) quando faz esforço, ou seja, em repouso fica bem © Isquemia silenciosa → quando o paciente passa anos e não sabe que tem a doença coronariana... são aqueles que tem um mal súbito e vão a óbito © Miocardiopatia isquêmica → enquandra-se também nos pacientes de SCC, aqueles que já tiveram um infarto do miocárdio Angina estável Definição © Presença de dor ou desconforto no tórax desencadeada por esforço físico ou estresse e aliviada por nitrato ou repouso, por pelo menos 6 semanas com características inalteradas sem piora evolutiva Etapas na abordagem do paciente com dor torácica 1.Classificação da dor torácica Estimativa da probabilidade DAC Avaliação da apresentação clinica da DAC Estimativa da graduação da angina Avaliação das condições que podem causar ou exacerbar isquemia Estratificação de eventos cardiovasculares em pacientes com angina Classificação funcional da angina De acordo com a Sociedade Canadense de Cardiologia I – Dor com atividades físicas extenuantes (grandes esforços) II – Dor quando caminha rápido ou caminha mais de 2 quadras no plano (médios esforços) III – Dor com atividades físicas habituais ou menos de 2 quadras no plano (pequenos esforços) IV – Dor em repouso Maria Eduarda Alencar Santos 4 periodo – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 4 periodo – UNL Exames complementares © ECG – onda T simétrica invertida é característica de isquemia e infra desnivelamento do segmento ST © Teste ergométrico – em V2, V3 e V4 é possível ver um infradesnivelamento do segmento ST durante o esforço © Cintilografia miocárdica sob estresse físico ou farmacológico © Ecocardiograma sob estresse farmacológico © Angiotomografia coronariana © Cineangiocoronariografia Obs.: sendo os três primeiros para rastrear isquemia Cintilografia miocárdica © Caso o paciente não consiga passar muito tempo na esteira (problemas ortopédicos, AVC anterior, dentre outros), é possível fazer uma cintilografia miocárdica © É injetado no paciente um rádio isótopo que vai ser totalmente captado pelo miocárdio no transverso © Em repouso ele é totalmente captado, mas durante o estresse farmacológico aquela área obstruída deixa de ser visível Ecocardiograma sob estresse © É possível avaliar a contractilidade de cada segmento miocárdico, comparando o repouso com baixas e altas doses de medicações que aumentem a frequência cardíaca © Deve-se verificar se quando tem essa diferença na contractilidade, se existe alguma obstrução © Para confirmar a obstrução e verificar onde é, deve-se fazer um exame anatômico, como angiotomografia das artérias coronárias Cateterismo cardíaco © É a conduta padrão © A partir da verificação da obstrução, é possível indicar ao paciente qual o melhor tratamento que deve ser seguido Maria Eduarda Alencar Santos 4 periodo – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 4 periodo – UNL Estratificação de risco © Infarto prévio ( tomar cuidado, pois ele pode ter outro) © Alterações ao exame físico © Classe funcional III e IV de angina © Angina refratária ao tratamento clínico (se ela persiste mesmo com o uso do medicamento adequado) © Disfunção ventricular (baixa ejeção) © Extensa área de isquemia em exames não invasivos Tratamento Primeiramente: © Correção dos mecanismos desencadeantes ou de doenças associadas © Controle dos fatores de risco © Mudança de estilo de vida Em seguida, tratamento medicamentoso © Vaso dilatador (nitrato) → dilatador da artéria coronária © Beta bloqueador → reduz a frequência cardíaca © Anti agregante plaquetario → evita a formação de trombos / AAS © Bloqueador dos canais de cálcio © IECA → enzima conversora de angiotensina Tratamento intervencionista (invasivos) © Angioplastia (com stent) © Cirurgia de revascularização Terapia de combinação © Na pratica clinica, a combinação de AAS, um agene beta- bloqueador e um nitrato de ação prolongada tem sido largamente empregada © Os antagonistas de canais de cálcio podem ser utilizados nas angina vasoespática, na contraindicação aos beta- bloqueadores e em associação ao beta-bloqueador quando não houver controle da angina Maria Eduarda Alencar Santos 4 periodo – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 4 periodo – UNL Fatores prognósticos indicadores de alto risco © Infarto prévio © Alterações ao exame físico © Classe funcional III ou IV de angina © Angina refrataria ao tratamento clinico © Disfunção ventricular © Extensa área de isquemia em exames não invasivos Revascularização com intervenção coronária percutânea ou cirurgia de revascularização miocárdica© Recomenda-se revascularização do miocárdio em pacientes com indícios clínicos e ou anatômicos de alto risco nos quais o tratamento clinico isolado seja desfavorável © Pacientes com angina leve a moderada podem ser tratados clinicamente com segurança © Estratégias de revascularização são também indicadas na falência do tratamento clínico otimizado © Revascularização com intervenção coronária percutânia = STENT © Revascularização Miocárdica = Ponte de Safena © Angioplastia isolada e sem stent: passava o fio guia e abria-se o balão na área da obstrução. Entretanto, com o passar do tempo, aquela região obstruída de novo © Por isso, hoje em dia, coloca-se o stent (mola metálica que fica na região e impede que a área de ateroma volte) © Às vezes, não tem como colocar vários stents na paciente quando a mesma possui vários focos de obstrução, logo, faz-se uma cirurgia de revascularização (cirurgia de peito aberto), nesse caso, a ponte de safena é indicada Maria Eduarda Alencar Santos 4 periodo – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 4 periodo – UNL © Pega-se um segmento da safena, faz uma anastomose na aorta e coloca a ponte depois da obstrução © Pode usar, também, a ponte da artéria mamária, que sai da artéria subclávia, e também a ponte da artéria radial Obs.: valido lembrar que a artéria mamaria (por ser artéria, ou seja, mais calibrosa) tem uma maior resistência que a veia safena (que pode obstruir)
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