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TXXIV Larissa Cardeal 4. BAIXA E ALTA ESTATURA a) generalidades - genéticos: endócrina, metabólitos - extrínsecos: abuso sexual, vitimização, infecções repetidas (podem desacelerar o crescimento) - em casos de desaceleração do crescimento, deve-se avaliar retrogressivamente e pode ter que se avaliar progressivamente também - a criança do gráfico estaria em uma baixa estatura, embora esteja seguindo a mesma curva > no geral, 80% são apenas crianças de baixa estatura, sem doença associada > pode ser baixa estatura associada à genética - crianças que possuem estatura sempre abaixo de seu canal familiar pode também significar alguma patologia, embora esteja dentro dos dp pré estabelecidos de normalidade - se estiver muito abaixo pode significar patologia associada > o vermelho é mais provável de patologia associada do que o preto b) baixa estatura - há síndromes que cursam com desproporção entre tronco e membros > displasias ósseas - crianças que possuem problemas psicossociais associadas pode levar diminuição do crescimento - uso crônico de corticoides também gera deficiências hormonais que diminuem velocidade do crescimento - quando o canal familiar já é baixo, pode ser que os pais já apresentem alguma deficiência hormonal (GH) e acabaram ficando mais baixos > mas pode ser feita uma reposição hormonal nessa criança * GnRH, GH, IGF-1 - lesão no parto, anóxia/hipóxia > podem implicar em falhas hormonais também TXXIV Larissa Cardeal - pontos pretos indicam alta estatura - alta estatura é menos frequente que baixa estatura - patologias são raras - ao se fazer o canal familiar, pode ser que signifique questão genética familiar - a puberdade precoce pode ser associada à alta estatura > estirão precoce e criança cresce mais cedo, mas cessa crescimento mais cedo também - a obesidade também adianta a puberdade, há uma aceleração do crescimento > mas o estacionamento do crescimento pode acontecer antes do geral das crianças não obesas - tudo isso deve ser questionado na anamnese - questionar sobre uso de álcool e drogas - pequeno para idade gestacional > bebês que nascem muito pequenos e podem não conseguir entrar no canal familiar de crescimento - investigar anóxia, hipóxia neonatal - investigar doenças hepáticas, celíacas, erros inatos do metabolismo, uso crônico de corticoides (mesmo em forma de pomadas), infecções de repetição - avaliações prévias de peso e altura > fazer a curva - idade da menarca da mãe e idade que o pai começou ter aumento da bolsa escrotal e do pênis - acima dos 2a já consegue se ter um parâmetro do canal familiar > antes dos 2a a criança está tentando encontrar seu canal familiar, corrigindo fatores da primeira infância > deve-se medir a altura dos pais - o sexo masculino é maior que o sexo feminino por volta de 13cm a mais que o homem - o sexo masculino começa o estirão depois que o feminino, mas fica persistente por mais tempo - 95% dos filhos saudáveis estarão dentro do canal familiar > 5% são saudáveis e não seguem o canal familiar TXXIV Larissa Cardeal - estigmas sugestivos de síndromes genéticas > síndrome de Down: estatura (mais baixos) e peso diferentes > síndrome de Turner: curva específica de estatura - sempre verificar se não se trata de erro de medida > 1 ponto anormal > deve-se repetir a medida – verificar se tirou sapato, chinelo, boné, chapéu, prendedor de cabelo > pode ser necessário que se peça um retorno pra avaliar o crescimento - o retorno deve ser dentro de pelo menos 4m > o crescimento é variável - baixa estatura não é urgência > devem ser convocados os pais para calcular canal familiar e acompanhar o crescimento da criança - há patologias que necessitam de outras medidas de proporção > envergadura: ponto mais distal do dedo médio até o outro | comparado à estatura >> se estiver alterado: patologia desproporcionada > mmii (sínfise púbica até o chão) relacionado aos mmss - estadiamento de Tanner - intervalo de tempo entre as 2 medidas: mín 4m - cálculo de VC é regra de 3 - normal estar entre P3 e P90 > 80% de chance de ter patologias se estiver abaixo do P10 > velocidade de crescimento abaixo de P10 deve- se acender um alerta > pode haver alguma patologia desacelerando a velocidade de crescimento - a desaceleração da velocidade de crescimento evidencia uma probabilidade de patologia > mãe pode questionar porque menina está desenvolvendo mais rápido que o menino: lembrar da diferença do início do estirão entre meninos e meninas e lembrar do fator de obesidade - no primeiro ano de vida, a avaliação da velocidade de crescimento deve ser feita mês a mês > se houver queda do crescimento pode ser por baixo aporte de leite, por alergia à proteína do leite, por doença celíaca >> problemas nutricionais >> nessa faixa etária é comum que problemas nutricionais interfiram muito na curva de crescimento - crianças que entram em creches e pegam infecções repetidas podem ter sua curva diminuída ou estacionada TXXIV Larissa Cardeal - o tamanho da criança quando tem 1 ano pode ser estimado: 1,5x o comprimento do nascimento >> mais utilizado em urgências - logo antes de começar a puberdade ocorre uma desaceleração do crescimento e depois vem o pico do estirão - sempre que o crescimento for abaixo de 4cm/ano antes da puberdade >> alerta!! Algo pode estar errado - há diferentes ritmos de crescimento: desenvolvimento puberal com maturação normal, tardia ou precoce > pode acontecer nos meninos ou nas meninas e pode ainda assim estar dentro da normalidade - o estadiamento de Tanner deve ser feito para se determinar quando esperar o estirão - acompanhamento junto de estatura e de estadiamento de Tanner - a grande maioria são variações da normalidade - baixa e alta estatura dentro da normalidade deve-se avaliar a idade óssea - o resto dos exames dependem dos fatores externos avaliados - má absorção: investigação de doenças celíacas e erros inatos * síndrome de Turner e de Klinefelter: solicitar cariótipo - teste de secreção de GH quando há suspeita de escassez de IGF-1 - imagem de hipófise e hipotálamo para verificar lesão TXXIV Larissa Cardeal - pré definido: mão esquerda - exame para avaliar maturidade óssea - conforme vai crescendo, fatores hormonais e IGF-1 vai ossificando as cartilagens de crescimento - fraturas de cartilagem podem gerar término do crescimento antes do normal e membro crescer menos que o que cresceria - pode indicar sinais de puberdade atrasada - idade óssea pode ser adiantada por uso de hormônios sexuais - +-2dp desvios padrões ainda estão dentro da normalidade - a idade óssea pode estar atrasada para a idade cronológica do indivíduo - abaixo do P3 (baixa estatura) - indivíduo vai crescer ainda > está abaixo, mas encontra-se em IO atrasada - trata-se de um diagnóstico de exclusão, mas é o mais comum do que as patologias - se a criança não tiver estigmas e nem alterações que sugiram patologias, podem indicar casos de baixa estatura constitucional > paciente ainda entrará no seu estirão e atingirá sua altura do canal familiar > geralmente, há algum familiar que começa entrar na puberdade um pouco depois > mais avançado, no final da idade possível, mas sem indicar patologia - idade óssea nos * e estatura em pontinhos - individuo conseguiu crescer e adentrar ao seu canal familiar - começou o estirão aos 15a a terminou depois TXXIV Larissa Cardeal - idade óssea também estava atrasada, tinha potencial para crescimento - canal familiar mais alto, mas paciente conseguiu acompanhar o crescimento - paciente era maturador tardio- anormalidade familiar - canal familiar é baixo - a idade óssea não se encontra atrasada - genético do canal familiar que já é mais baixo * se o pai e a mãe forem baixos pode indicar alguma deficiência nos pais e que pode ser corrigido nos filhos - puberdade dentro da idade - sem atraso - canal familiar mais baixo > criança está dentro de seu canal familiar > chegará dentro do que predispõe sua genética - maturador tardio - puberdade começa mais tarde e associado ao canal familiar mais baixo - canal familiar é abaixo de P3 e indivíduo é maturador tardio - indivíduo chega no P10 - idade óssea atrasada > ainda está chegando o estirão - a velocidade de crescimento deve ser normal, nunca crescendo menos de 4cm por ano TXXIV Larissa Cardeal - doenças raras - importante fazer medidas de envergadura e de tronco - pode ser visto mais de um indivíduo com a desproporção na família - diagnóstico pode ser mais tardio - criança nasceu com PIG (pequeno para idade gestacional) > desde o US permite verificar baixo crescimento intrauterino - crescimento facial triangular - baixa estatura > abaixo de P3 – seguindo canal, mas sempre mais baixo que o geral - algumas síndromes (Turner, PIG, Russel-Silver) podem ter indicação de reposição hormonal de GH >> indivíduo consegue crescer um pouquinho a mais - pescoço alado - há quadros mais leves que podem ser percebidos por baixa estatura ou puberdade atrasada > solicita-se cariótipo - há indivíduos que descobrem apenas quando se tenta engravidar - alta estatura é mais raro aparecer nos consultórios - pais geralmente são altos - criança logo cedo já se encontra em alta estatura - importante medir a envergadura - pode ser por tumor > pode ser necessários exames de imagem - hipotireoidismo (baixa) | hipertireoidismo (alta) - distúrbios que geram aceleração do crescimento > mas criança pode não ser alta na idade adulta > cresceu mais cedo, mas fechará cartilagens de crescimento mais cedo na puberdade precoce - na obesidade, as crianças são altas para a idade e podem ter puberdade mais cedo > obesidade com baixa estatura pode indicar uso crônico de corticoides > síndrome de Cushing TXXIV Larissa Cardeal - masculino > alto, ancas largas, testículos reduzidos, membros compridos, ombros estreitos, ginecomastia, pelos mais femininos (triangular), pênis pequeno, fraco crescimento de barba > X a mais - fazer a envergadura > braços e mãos grandes - doença do colágeno > pode haver hérnias associadas - pectus escavatum ou de pombo - paciente tem hipermobilidade - escoliose
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