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Aula 4 - Staphylococcus e Streptococcus

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Gabriela Maia Couto - 4º Aula (14/09) 
 @AJUDAUNIVERSITÁRIO.COM.BR 
Os Staphylococcus seriam os 
cocos gram positivos (coram em 
roxo). Eles não são formadores 
de esporos (mecanismo de 
defesa), visto que são muitos 
adaptáveis, metabolizando 
facilmente o que é ofertado a 
eles, sendo assim, anaeróbio 
facultativo (metaboliza na 
presença ou ausência do O²). 
Há outras bactérias que irão ser 
coradas em roxo e estarão 
arranjadas em cachos, por isso, 
para que se consiga diferencia-las 
dos Staphylococcus, precisa se 
fazer provas bioquímicas (como 
a catalase), ou seja, provas 
comprovatórias metabólicas. 
OBS: Prova comprovatória 
morfotintorial se refere a 
interação com corantes e apenas 
ela não se consegue fechar o 
diagnóstico. 
Se caracterizam por serem 
catalase positivas, não 
apresentam flagelos, portanto, 
são imóveis, são termo 
resistentes, ou seja, conseguem 
se manter no ambiente por 
horas e apresentam sensibilidade 
variada quando exposto a 
agentes antimicrobianos 
(antibióticos). 
Os Staphylococcus se encontram 
na família Micrococcaceae, qual 
abriga quatro gêneros: 
Stomatococccus, Staphylococcus 
(ambos anaeróbios facultativos), 
Micrococcus e Planococcus 
(ambos aeróbios restritos). 
Dentro do gênero 
Staphylococcus, há as espécies 
de importância veterinária: 
Staphylococcus aureus 
 Gabriela Maia Couto - 4º Aula (14/09) 
 @AJUDAUNIVERSITÁRIO.COM.BR 
(relacionado a infecções de pele), 
Staphylococcus epidermidis 
(relacionado a infecções de pele), 
Staphylococcus saprophyticus 
(são ambientais) e 
Staphylococcus haemoliticus 
(relacionado a septicemia). 
Os Staphylococcus fazem parte 
da microbiota (quantidade de 
bactérias normais que residem 
nos tecidos e fluidos) de pele, via 
respiratórias e trato 
gastrointestinal, presentes na 
grande maioria dos mamíferos, 
ou seja, o Staphylococcus tem 
uma ampla distribuição. 
OBS: A microbiota é uma 
condição comum que também 
funciona como proteção de 
outros agentes. 
OBS: O uso diário de sabonetes 
com ação microbiana não é 
recomendado pois eles 
removem a microbiota, tornando 
o indivíduo desprotegido e 
propenso a infecções fúngicas, 
entre outros. 
A sua patogenicidade seria desde 
a intoxicação alimentar a 
bacteremia (caso de 
Staphylococcus hemolíticos, 
podem causar bactéria no 
sangue, resultando em 
septicemia) e abcessos em vários 
órgãos. 
FATORES DE VIRULÊNCIA 
Para que os staphylococcus 
colonizem o ambiente, há fatores 
ideias que possibilitarão o 
processo de infecção, como: 
PROTEÍNA A: a mesma pode ser 
encontrada na capsula (porção 
externa da bactéria que irá 
interagir com a célula hospedeira). 
A capsula é rica em proteína A e 
essa proteína apresenta 
característica antifagocitaria e 
pelo Staphylococcus não ser 
reconhecido como maléfico a 
reposta imunológica tem 
dificuldade em realizar ações 
fagocíticas, ou seja, a proteína A 
não permite que esse grupo de 
bactérias seja fagocitado, por 
este motivo os staphylococcus 
conseguem fazer parte da 
 Gabriela Maia Couto - 4º Aula (14/09) 
 @AJUDAUNIVERSITÁRIO.COM.BR 
microbiota, colonizando sem ser 
eliminado. 
CATALASE: caso aconteça a 
fagocitose, ocorre a produção de 
catalase. A catalase impede que 
haja a digestão intracelular., ou 
seja, o macrófago é uma célula 
fagocítica que quando engloba há 
a liberação de enzimas que irá 
degradar o antígeno, mas a 
catalase impede que isso 
aconteça. Impedindo esse 
processo, o macrófago servirá 
como um disseminador de 
bactérias no organismo animal. 
COAGULASE: está diretamente 
relacionada a produção de fibrina 
e a fibrina garante uma 
agregação das bactérias nos 
tecidos. Portanto, a proteína A 
impede a fagocitose, se houver 
fagocitose não vai acontecer a 
ingestão intracelular e pelo 
macrófago a fibrina chega ao seu 
destino se aderindo ao tecido. 
ESTAFILOQUINASE: para se 
desprender do tecido há a 
produção de estafiloquinase. Seria 
o fator de disseminação, 
enquanto a fibrina promove a 
agregação a estafiloquinase 
quebra esses depósitos, 
garantindo a disseminação de 
bactérias para outros órgãos e 
tecidos. 
DIAGNÓSTICO 
BIOQUÍMICO 
Para a diferenciação e 
diagnostico bioquímicos, há duas 
enzimas importantes, catalase e 
coagulase. 
CATALASE: tem a capacidade 
de converter o peróxido de 
hidrogênio em água e oxigênio. 
Ela é um método de identificação 
bioquímico de bactérias, 
diferenciando o staphylococcus 
do Streptococcus. 
COAGULASE: seria outro teste 
que diferencia a espécies de 
staphylococcus. 
HIALURONIDASE (fator de 
propagação): garante a 
replicação bacteriana. 
 Gabriela Maia Couto - 4º Aula (14/09) 
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MANIFESTAÇÕES 
CLÍNICAS 
Como características clinicas, 
temos: 
INFECÇÕES PATOGÊNICAS: 
seriam as infecções com a 
presença de pus, elas se 
encontram na pele e estão 
caracterizadas por ser a principal 
característica de processos 
infecciosos por staphylococcus. 
INFECÇÕES OPORTUNISTAS: 
são infecções que procedem a 
partir de algum quadro clínico já 
existente, ou seja, algo 
aconteceu com o animal para 
que o processo infeccioso 
existisse. 
Ex: Osteomielite, septicemia, 
pneumonia (relacionada a 
migração das bactérias pelas vias 
respiratórias), endocardite 
(relacionada as placas dentárias) 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
Pode se chegar ao diagnostico 
utilizando o exame bacterioscópio 
e cultura. 
EXAME BACTERIOSCÓPIO: é a 
observação de bactérias na 
microscopia, sendo nela a 
identificação dos cocos em 
cachos, coloração de gram. 
OBS: Quando não se identifica 
nada significativo nessa análise 
microscópica, precisa 
CULTURA: o cultivo de bactérias 
é feito em um ambiente artificial 
chamado de meio de cultura. O 
mesmo, com uma quantidade 
ideal de água e rico em 
nutrientes, será colocado na 
estufa., visando crescer as 
bactérias para diferencia-las. 
OBS: Se bactérias são mesófilas 
a temperatura da estufa será de 
36,5°C. 
OBS: O tempo de cultura é de 
24/48 horas. 
 Gabriela Maia Couto - 4º Aula (14/09) 
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OBS: As colônias na placa de 
petri são redondas, lisas, elevadas 
e brilhantes. 
OBS: As colônias de S. aureus 
são acinzentadas a amarelo 
dourado intenso, já as colônias de 
S. epidermidis apresentam 
coloração de cinza a branca. 
Há meios de cultura específicos, 
como o ágar sangue, ágar 
chapman, ágar manitol salgado, 
ágar nutriente, staphylococcus 110 
e ágar chocolate. 
 Ágar Sangue = é o meio 
de cultura com uma base de 
nutrientes enriquecido com 
sangue (de equino ou carneiro 
ou coelho ou humano, etc). Este 
é o meio de cultura ideal para o 
crescimento de staphylococcus. 
O staphylococcus usa as 
hemácias para fundos 
metabólicos, portanto, a sua 
classificação é de acordo da 
forma que ele consome a 
hemácia. Esta classificação pode 
ser: 
. 
Alfa - 
Hemólise 
Hemólise 
parcial 
Fica verde 
Beta - 
Hemólise 
Hemólise 
total 
Fica branco 
Gama - 
Hemólise 
Sem 
hemólise 
 
 Staphylococcus 110 = é o 
meio de cultura seletivo, nele só 
crescerá o staphylococcus 
OBS: Chapman stone e manitol 
salgado também são 
considerados meio de cultura 
ideias. 
ESQUEMA DE 
IDENTIFICAÇÃO 
Para identificarmos e gênero e as 
espécies precisamos seguir os 
seguintes passos: 
1°: Coloração de gram - 
podemos identificar se eles são 
positivos ou negativos. 
2°: Catalase - adicionamos uma 
gota de água oxigenada a colônia 
e se a mesma borbulhar é 
positivo (staphylococcus), se não, 
é negativo (streptococcus). 
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3° Coagulase (para 
staphylococcus) –se for positiva 
será S. aureus (β) e se for 
negativa S. epidermidis e S. 
saprophyticus. 
4° Teste da Novobiocina: esta 
prova é um teste de sensibilidade 
aos antimicrobianos, onde 
colocamos um disco impregnado 
de antibióticos e observamos o 
crescimento bacteriano. 
Se a bactéria crescer em volta 
do disco, a mesma é resistente 
(S. saprophyticus) mas se ela não 
cresceem volta e forma um alo, 
ela é sensível (S. epidermidis), ou 
seja, ela morre. 
 Gabriela Maia Couto - 4º Aula (14/09) 
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O Streptococcus não faz parte 
da microbiota de pele, mas sim 
da microbiota do trato 
respiratório (presente na 
nasofaringe), por isso, quando 
está no tecido, o mesmo sempre 
está trazendo um processo 
infeccioso. Logo, ele está 
relacionado várias doenças de 
pele, tanto nos animais quanto 
nos humanos, podendo causar 
também infecções no trato 
respiratório, pele e tecidos moles, 
endocardites e sepse. 
O agente Streptococcus 
pneumoniae, também conhecido 
como pneumococo, é 
responsável por causar doenças 
invasivas graves, como meningite 
bacteriana (no humano). 
Os streptococcus pertencem a 
família Setreptococcaceae, 
também são cocos, em cadeias, 
gram positivos (corados em 
roxo), sendo anaeróbios 
facultativos, imóveis, não 
produtores de catalase (catalase 
negativa) e de citocromo-oxidase. 
Como os staphylococcus, eles 
são caracterizamos em ágar 
sangue (alfa-hemólise, beta-
hemólise, gama-hemólise), e com 
essas características podemos 
classificar as espécies de 
streptococcus, sendo quatro 
delas de importância medico 
veterinária: pneumoniae e 
viridans (ambas alfa-hemolítica), 
pyogenes e agalactiae (ambas 
beta-hemolítica). 
 
Referente aos casos clínicos, 
quando ocorre qualquer alteração 
na microbiota pode fazer com 
que o streptococcus vire um 
agente patogênico. 
Bacteremia ou septicemia é 
quando há bactérias no sangue, 
sendo que essa infecção pode 
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se tornar generalizada 
(bacteremia pneumocócica), 
acometendo a dois ou mais 
órgãos ou sistemas, podendo 
levar a um quadro de septicemia 
fulminante. 
Essa disseminação para outros 
órgãos pode resultar em 
pneumonia (doença mais 
frequente causada pelo 
streptococcus., atingindo 
principalmente animais jovens e 
idosos), entre outros. 
Em lesões de pele podem causar 
otites médias, por estarem 
presente no tecido eles migram 
para o conduto auditivo 
resultando neste quadro. 
DIAGNÓSTICO 
Pode se chegar ao diagnóstico 
do mesmo modo que o 
staphylococcus, contudo, alguns 
detalhes serão diferentes. Há a 
utilização de bacterioscopia, o 
meio de cultura (ágar sangue e 
ágar chocolate), no meio de 
cultura será feito hemólise ao 
invés da coagulase. 
OBS: O ágar sangue é feito com 
o sangue vivo (sangue vermelho), 
ou seja, um sangue não digerido. 
OBS: O ágar chocolate seria o 
sangue aquecido em uma 
temperatura de 80°C a 85°C, 
resultando na colocação como 
chocolate. 
ESQUEMA DE 
IDENTIFICAÇÃO 
Para identificarmos e gênero e as 
espécies precisamos seguir os 
seguintes passos: 
1°: Coloração de gram - 
podemos identificar se eles são 
positivos ou negativos. 
2°: Catalase - adicionamos uma 
gota de água oxigenada a colônia 
e se a mesma borbulhar é 
positivo (staphylococcus), se não, 
é negativo (streptococcus). 
3° Hemólise – é o estágio que a 
bactéria será semeada no ágar 
sangue. Se as hemácias foram 
totalmente consumidas, ocorreu 
uma beta-hemólise (s. pyogenes 
ou s. agalactiae), se houve o 
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consumo parcial, é alfa-hemólise 
(s. pneumoniae). 
OBS: A diferenciação do s. 
pyogenes e s. agalactiae é feita 
por testes comprados 
comercialmente.

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