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Caso clínico: Aparelho Cardiovascular
Paciente do sexo masculino, 62 anos, negro, aposentado, natural e residente de Tocantins, Palmas, procurou o Hospital de urgência com queixas de “forte dor no peito”. A dor em aperto em região precordial que iniciou há 10 dias com piora progressiva é agravada após moderado esforço físico como caminhar dois quarteirões planos, ou subir dois lances de escadas e dura pouco tempo, com melhora após repouso. No momento da consulta a intensidade é 8, numa escala de 0 a 10. Paciente referiu apresentar também desconforto em região de dorso e membro superior esquerdo. Refere ainda que sente palpitações, náuseas e tonturas. Em relação aos antecedentes pessoais, paciente é hipertenso, diabético, obeso e tabagista. Relata histórico familiar de infarto agudo do miocárdio (pai faleceu aos 50 anos) e de hipertensão (mãe hipertensa).
Ectoscopia: Regular estado geral, lúcido, orientado em tempo e em espaço, afebril, leve cianose em extremidades (1+/4+), anictérico, hidratado.
Sinais vitais: Taquipneico (26irpm), taquicárdico (128 bpm) e com pressão arterial de 170/130 mmHg e Saturação de Oxigênio de 88% . Apresentava sudorese, edema em membros inferiores (1+/4+), pulsos irregulares e estase jugular. 
AR: Murmúrio vesicular amplamente distribuídos em ambos hemitórax, ausência de ruídos adventícios.
ACV: Bulhas arritímicas normofonéticas em 3 tempos, com rítimo de galope, com discreto sopro sistólico em foco aórtico e sopro diastólico em foco mitral. 
AB: Abdome flácido, globoso, com ruídos hidroaéreos presentes, som timpânico, fígado e baço não palpáveis e indolor à palpação superficial e profunda.
Fatores de risco
· TABAGISMO
· HIPERCOLESTEROLEMIA
· HIPERTENSÃO
· DIABETES MELLITUS
· OBESIDADE
· ESTRESSE
· HISTÓRIA FAMILIAR DE IAM
Manifestações clínicas
- Dispneia, diafores, náusea e vômitos
- Dor subesternal visceral e profunda, irradiada para dorso, mandíbula, braço esquerdo ou direto, ombros..
Dias ou semanas antes do evento, cerca de dois terços dos pacientes desenvolvem sintomas prodrômicos, incluindo angina instável ou crescente, falta de ar e fadiga. Geralmente, o primeiro sintoma do infarto é a dor subesternal, visceral e profunda, descrita como dor ou pressão, irradiada para dorso, mandíbula, braço esquerdo ou direito, ombros ou todas essas áreas. A dor é semelhante à angina do peito, mas geralmente é mais grave e tem longa duração; mais frequentemente acompanhada de dispneia, diaforese, náuseas e vômitos; e aliviada um pouco ou apenas temporariamente com repouso ou nitroglicerina. Entretanto, o desconforto pode ser leve e cerca de 20% dos IAMs são silenciosos (assintomáticos ou com sintomas vagos e não reconhecidos como doença pelo paciente) e ocorrem com mais frequência em diabéticos. Geralmente, os pacientes interpretam o desconforto como indigestão, em especial porque o alívio espontâneo pode ser falsamente atribuído à eructação ou ao consumo de antiácidos.
Semiologia
O que podemos afirmar apenas com os sinais e sintomas?
Síndrome coronariana aguda
· Angina instável
· IAM com supra de ST
· IAM sem supra de ST
Exames para diagnóstico
· ECG periódicos
· Avaliação clínica
· Angiografia coronária imediata
· Marcadores cardíacos periódicos
Os marcadores cardíacos (marcadores séricos da lesão miocárdica celular) são enzimas cardíacas (p. ex., CPK-MB) e conteúdos celulares (p. ex., troponina I, troponina T e mioglobina) que são liberados na corrente sanguínea após necrose da célula miocárdica. Os marcadores surgem em períodos diferentes após a lesão, e os níveis diminuem em proporções difere
ECG
Exames complementares
Eletrocardiograma = mostrou supradesnivelamento do segmento ST acima do valor de corte nas derivações D1 e AVL no eixo frontal e também de V2 até V6 no eixo transversal. Na pesquisa de marcadores bioquímicos de lesão miocárdica houve elevação das troponinas acima do percentil 99 do limite máximo de referência, porém a CK-MB massa estava dentro da normalidade.
Diagnóstico IAM
Critérios diagnósticos:
1.Elevação da troponina > 99th p.
2.Elevação do segmento ST >2mm (homem maior de 40 anos) em duas derivações contiguas (nesse caso em D1 e AVL e também de V2 até V6)
3.Sintomas de Isquemia
Tratamento
Morfina
Oxigênio (satO2 < 90%)
Nitratos
AAS (300mg)
Betabloqueador IV
Estatinas (LDL < 70mg/dl)
AAS 100mg/dia
Ticagrelor
Betabloqueador (continuado) ?
Captopril ?
O infarto do miocárdio é definido como necrose miocárdica em uma condição clínica consistente com isquemia miocárdica
A principal causa do infarto é a aterosclerose, doença em que placas de gordura se acumulam no interior das artérias coronárias, chegando a obstruí-las. Na maioria dos casos o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas, levando à formação do coágulo e interrupção do fluxo sanguíneo, levando a diminuição da oxigenação das células do músculo cardíaco (miocárdio).
O infarto pode ocorrer em diversas partes do coração, depende de qual artéria foi obstruída. Em casos raros o infarto pode acontecer por contração da artéria, interrompendo o fluxo de sangue ou por desprendimento de um coágulo originado dentro do coração e que se aloja no interior dos vasos.​
Conduta
O paciente foi internado em unidade coronária de terapia intensiva, sendo administrado ácido acetilsalicílico (300mg/dia), estatina 80mg, betabloqueador (Metoprolol 5 mg IV), sulfato de morfina (VI) na dose de 3mg diluídos a cada 5 minutos e oxigênio a 100% (3 l/min), por meio de máscara nasal, e nitroglicerina (VI). 
Foi encaminhado para hemodinâmica para realizar uma angioplastia de resgate. Não houve outras intercorrências durante o período que o paciente ficou no hospital. O mesmo teve alta uma semana depois do procedimento. O paciente foi incentivado a aderir uma dieta saudável associada a atividade física regular e abandono do tabagismo.
Referências
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Doenças Cardiovasculares. MANUAL MDS PARA PROFISSIONAIS. Disponível em < https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7a-coronariana/infarto-agudo-do-mioc%C3%A1rdio-iam> Acesso em 31 maio 2021.
Infarto Agudo do Miocárdio. HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN. Disponível em <https://www.einstein.br/especialidades/cardiologia/doencas-sintomas/infarto-do-miocardio> Acesso em 31 maio 2021.
2017 ESC Guidelines for the management of acute myocardial infarction in patients presenting with ST-segment elevation: The Task Force for the management of acute myocardial infarction in patients presenting with ST-segment elevation of the European Society of Cardiology (ESC).
Eur Heart J., (2017),

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