Buscar

Adobe Scan 16 de set. de 2021

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

"U TÍTULOS DE CRÉDITO - NOÇÕES GERAIS íJ~ 
Há, na doutrina, debates intensos quanto à forma moderna de abordar essa matéria. O 
professor FAbio {Jlhoa Goelho tem lançado obras sobre a questão. o direito cambiário tra-
dicional, de papel, está ficando muito ultrapassado· em relação ao que está acontecendo na 
prática em pagamentos do mercado, atropelando a situação jurídica. 
Sm 
10m 
Todavia, na tradição do direito empresarial está o estudo dos títulos de créditos, e nos 
concursos públicos há a tradição de se perguntar a realidade clássica dos títulos. 
Embora os títulos eletrõnicos estejam superando os de papel, é importante estudar os 
títulos mais tradicionais. 
O título de crédito não é uma obrigação comum. Na nossa legislação, quando um título de 
crédito é lançado com obrigação, é como se não houvesse vínculo com qualquer outra obri-
. gação. Todo o título de crédito carrega em si uma obrigação, mas essa obrigação é a de ser 
pago, e não a obrigação que gerou esse título e que, por ter sido cumprida na origem, deve 
ser cumprida também no papel. 
A obrigação do título de crédito ganha vida própria. Se não fosse isso, o título seria um 
mero pedaço de papel que tem consigo uma obrigação pecuniária de pagar a obrigação que 
gerou aquele titulo, e não é essa a intenção. 
O título c1e crédito brasileiro pode ter trânsito no exterior. Mas, para isso, é preciso que 
ele atenda a legislação internacional. Isso possibilita também que investidores estrangeiros 
trabalhem no Brasil e tragam investimentos. 
O crédito se traduz na confiança que uma pessoa inspira a outra de que cumprirá, no 
futuro, uma obrigação contraída no presente. O crédito, que é a grande razão de ser dos 
títulos, não era o objetivo inicial do surgimento desses documentos. Porém, ele veio, ficou e 
trouxe diversos benefícios para o mercado. 
É a troca no tempo em lugar de ser no espaço, segundo Gide, ou, nas palavras de Stuart 
Mill, não é mais do que a permissão para usar o capital alheio. 
Seu surgimento facilitou sobremodo as operações éõmérciais, tomando-as mais rápidas 
e amplas, ao conferir poder de compra a quem não tem o dinheiro necessário para realizá-la 
no momento. 
NOÇÕES GERAIS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO 
Incorporam o crédito: tempo e confiança; 
- . ·retdar livremente; . . 
• Podem et rédito em dinheiro, formaram oc 
• T rans direiloS do credor; - . . 
• Incorporam mpra a quem nao tem dinheiro; poder de co _ . . 
• Conferem .d de de transaçoes comerc1a1s; · quantia 
• Aumentam ª nalíssimo entre credor e devedor; m o vínculo perso . . 
• Afasta . lação de nqueza. • Instrumentos de crrcu 
rtados valores que, se levados fisicamente, l>Oderiarn !lerar • 1 são transpo . "<:o,, 
Nos IJtu os, . ,,afores que só serao concretizados no futuro. · 
Aumentam a quan 
b · "azem e1rcular "' · d- · rtu ·d d d • · Tam em•· tidade de transações, po,s ao opo rn a e e negocios a quern %,, 
/1à . h •ro no momento. 
v tem dm e, éditos tiveram diferentes momentos de evolução para chegar 1sm Os títulos de Cfi 
(} 
25m 
atual condição: 
EVOLUÇÃO HISTÓRIA CAMBIÁRIA 
• Período italiano: 0 banqueiro emite a nola Promissória e a letra de câ~~io; 
_ Títulos no período italiano tiveram como finalidade a segurança mantima. 
• Período francês: cláusula à ordem - circulação do título de crédito; 
_ o período francês trouxe o princípio da negociabilidade, usado até hoje. 
• Período germânico: eodificação e princípio da independência; 
- o período Qennânico regulou o USo dos lílulos de crédito. Também trouxe o principio 
da independência, em que o titulo não se Vincula à origem. 
• Período moderno: unifonnização mundial da legislação cambiária. 
- o períD<fo moderno busca a uniformização respondendo à economia globalizada. 
DElSlaca-m, a Lei Unifonne de Genebra, que é o regime jurídico geral dos títulos de 
aédilo, e foi introdlJZida no BrasH pelo Decreto n. 57.663/1966 . 
. Há urn choque considerável enfie os títulos de crédito e o Código Civil. Os títulos são cnados tradicionalmente por 1 · · · A L · u · 
•. , ets e5J)eaa1s. e, nifonne de Genebra é um marco legal lrallSOaci~1. Que influenciou lodos os títulos de crédito no Brasil. 
O Código Civil, pretensamente · d H d 
, e um ocurnento que reguia nacionalmente a conduta aven o choque seg . · , ue-se <> caminho a seguir: 
• 
• 
RELAÇÃO ENTRE TÍTULO DE CRÉDITO E O CÓDIGO CIVIL 
• Aplica-se a legislação especial aos títulos típicos ou nominados; 
• Aplicação apenas suplementar do CC aos títulos típicos ou nominados; 
• Aplica-se o CC aos títulos atípicos ~u inominados, se admitidos; 
• A expressão •contido• deve ser ligada como •mencionadoª, no conceito de título 
de crédito. 
Conceito: Código Civil, art 887: ªDocumento necessário ao exercício do direito literal e 
autônomo nele contido, o qual somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei". 
Para Vivante, é "nele mencionado". Faz diferença, porque se é ªnele contido", então não 
se admite qualquer discussão externa. 
A expressão "mencionadoª quer dizer que todo o título de crédito nasce de uma relação 
jurídica base, originária. Para o direito cambiário, deve ser considerado o "mencionado", e 
não "contido". 
As diferenças entre título de crédito e obrigação civil são: 
Titulo de crédito Obrigação 
i . 
!Direito Empresarial O,re:to Civil 
t . 
1co.-.mopohta f'~ ãcicna : 
i 
! D-esvinculado da orig~m Vini:utad a .a c~us~; 
ÍPrincipio<, cambi.'! rios Pr ,r.c ipio~ civ ;\ ; 
i r-;e6c~:à•.•p : Cf'dida cem anuénc;a 
ATRIBUTOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO 
• Negociabilidade; 
- O título de crédito pode circular por endosso ou tradição. 
• Executividade. 
- Execução imediata da tradição. 
Não é necessário o processo de conhecimento na executividade dos títulos. 
I 
/ 
,bvoCACIAS PÚBLICAS - TÍTULOS DE CRÉDITO EM ESPÉCIE ô 2 
J ulos de Crédito - Espécies 
f uma _nota_promissória, haveria incompatibilidade com o aceite, uma vez que, sendo a 
/J prom1ssóna uma promessa de pagamento, o promitente, o emitente da nota promissó-
,1: já no título se obriga ao pagamento. É incompatível o aceite, porque este é compatível 
f,m a ordem que é dada a alguém -quando alguém toma conhecimento da ordem, concorda 
/ om ela ou não, portanto, o aceite está relacionado a um título no qual há uma ordem de 
/ pagamento e se afasta do título que tem uma "promessa de pagamento", uma vez que, na 1 
promessa de pagamento, alguém assume pagar o que está naquele papel e, nesta assunção 
de obrigação, o sujeito já está aceitando a pagar a divida. 
O aceite é incompatível com uma nota promissória, porque na nota promissória o deve-
dor não está recebendo uma ordem de pagar e dizendo se concorda com ela ou não, o deve-
dor está se comprometendo a pagar o valor que consta do titulo sem que ninguém lhe tenha 
dado ordem para pagar. 
Doutrinariamente há quem considere que a nota promissória é um título que já nasce 
com aceite, pois ela é uma espécie de título com o qual o promitente dá uma ordem para si 
mesmo, determinando o pagamento daquele valor e ele próprio já aceita pagar. As figuras do 
C) sacador e do sacado são juntadas em uma pessoa só. 
Sm 
TÍTULOS DE CRÉDITO E REGIMES JURÍDICOS APLICÁVEIS 
01 - Letra de Câmbio e Nota Promissória, Decreto n. 2.044/1908, alterado pela Lei Uni-
forme de Genebra- Decreto n. 57.663/1966; 
02 - Cheque, Lei n. 7.357/1985 (nacional) Lei Uniforme do Cheque :- Decreto n. 
57 .595/1966; 
03- Duplicata Comercial e Duplicata de Serviço, Lei n. 5.47 4/1968, alterada pelo Decreto-
-Lei n. 436/1969; 
04 - Conhecimento de Depósito e Wanant, Decreto n. 1.102/1903; 
os - Cédula Rural Pignoratícia, Cédula Rural Hipotecária, Nota de Crédito Rural, Nota 
Promissória Rural, Duplicata Rural, Decreto-Lei n. 167/1967; 
06 - Cédula de Crédito Industrial, Decreto-Lei n. 413/1969; 
Ili w 
1() 
iL---------------------- ---, o z 
ct 
10m 
111 
07 -Ações de S/A, Certificados de Depósitos de Ações, Partes Beneficiárias D 
• eb (,, res , Bônus de Subscrição de Ações, Lei n. 6.404/1976; l\\ '-'· 
08 - Cédulade Crédito à Exportação, Nota de Crédito à Exportação, Lei n. 6 .31311975 , 
Circular BCB 7.586/1977; 
09 - Letra de Crédito Imobiliário e Cédula de Crédito Imobiliário, Lei n. 10.931/2004; 
10 - Cédula de Crédito Bancário, Lei n. 10.931/2004; 
11 - Letra de Crédito do Agronegócio, Lei n. 11.076/2004; 
12 - Nota Comercial do Agronegócio, Instrução CVM n. 422/2005. 
Letra de Câmbio RS 1.000,00 
CAOO (Sacado) , pague por esta letra de 
câmbio, em 25/07/2014 o valor de um 
mil reais a MÉLVIO (beneficiârio). ou a 
sua ordem. 
Brasi1ia- DF, 21 de abril de 2014. 
TOSCO (Avalista) 
Tic10 (sacador) 
Ticio deve R S 1 000 a Mélvio e 
manda Cado paoá•los 
~upões••• que Cado deva RS 
1 ooo. oo a T,cio 
-j Min nAo e pr~1so Que exista ta! 
0 Jllld3 - ------- ---
A letra de câmbio acima pode ser transformada numa nota promissória. 
Na letra de câmbio, o sacador é quem dá a ordem. O sacado é contra quem essa ordem 
é dada. O beneficiário é a favor de quem essa ordem é dada. O sacador ainda pode ter um 
avalista . O beneficiário pode endossar. 
Tício poderia sacar essa letra contra Cada, independentemente de haver uma dívida 
entre os dois. Cada, sendo o devedor principal , continua irresponsável se não aceitar. 
Como Tício deve para Mélvio e está mandando Cada pagar, supõe-se que Cada deve 
para Tício e, por essa razão, Tício manda Cada pagar para Mélvio. 
Para transformar essa operação numa nota promissória, basta retirar Cado e Ticio pro-
meter a Mélvio que vai pagar os mil reais. 
É como se a nota promissória fosse uma letra de câmbio na qual o sacador e o sacado 
são a mesma pessoa. O próprio sacador se compromete a pagar. 
llt w ,o ..... 
o z <t 
15m 
e, 
oTA PROMISSÓRIA 
Traduz-se em um titulo de crédito abstrato, formal pelo qual uma pessoa denominada 
emitente, faz com a outra d . . . ' ' , enominada benefic1ána, um compromisso escrito de pagamento 
de c~rta soma em dinheiro, à vista ou a prazo, em seu favor ou de outrem à sua ordem, nas 
cond1ções dela constantes. Note-se que, na nota promissória, intervêm dois sujeitos: o emi-
tente (promitente), que promete o pagamento; e o beneficiário (tomador), em favor de quem 
a promessa é feita. 
Na nota promissória, há apenas duas figuras, o emitente e o beneficiário. 
Ilustrando uma nota promissória: 
"Prometo pagar por esta nota promissória o valor de R$ 1.000,00 a Mélvio (beneficiário/ 
tomador) ou a sua ordem em x/x/2020". o devedor Tfcio (promitente/emitente) assina e a lei 
exige que do titulo conste a expressão "Nota Promissória" (isso pode ser feito em qualquer 
tipo de papel). 
A Súmula 26 do STJ considera que alguém avalista da nota promissória gerada em 
contrato mútuo responde por suas cláusulas, se houver assinado o cantata como devedor 
solidário. 
20m Se o avalista é, ao mesmo tempo, avalista e devedor solidário, é avalista na nota promis-
o 
25m 
sória e é devedor solidário no contrato que gerou a nota promissória ( contrária a mitigação à 
literalidade cambiária- o que não está no titulo, não obriga). 
A Súmula 258 do STJ estabelece que nota promissória vinculada a contrato de Cheque 
Especial não goza de autonomia em face da iliquidez do titulo originário. 
expressão nota promissória 1 
i promessa pura e simples de pagar ] 
1 quantia determinada 
1 
essenéiáis 1 ] ,__ __ _, -. nome do beneficiario 
7 data de emissão ] 
-{ assinatura do emitente ] 
época do vencimento não é ' 
requisito 
não essenciais 1 - , 
'-----__..J i- local de emissão 1 
L{ local de paga~ 
1/1 
UJ o u-i:!: i---------- ----- --- ----- --------
0 
1 
1 
d 
101 
AZOS PRESCRICIONAIS 
NOTA PROMISSÓRIA E OS DIFERENTES PR 
tó · /Contra Quem Corre Prazo de prescrição da pretensão execu na 
• 3 (três) anos/Emitente e avalistas; 
• 1 (um) ano /Endossantes e avalistas; 
6 (seis) meses/ Endossante contra endossantes e avalistas. 
Súmula 504 do STJ: 5 anos para a monitória 
REGIME SUPLETIVO DAS NOTAS PROMISSÓRIAS PELAS NORMAS 
APLICÁVEIS ÀS LETRAS OE CÂMBIO 
Letra de Câmbio / Nota Promissória 
1) Ordem de pagamento; 1) Promessa de pagamento 
2) 3 pessoas: sacador, sacado e beneficiário ; 2) 2 pessoas: sacador e beneficiário 
3) O sacador é o corresponsável de regresso ; 3) O sacador é o devedor principal 
4) Admite aceite; 4) Nasce com aceite. 
~oVOCACIAS PÚBLICAS - TÍTULOS DE CRÉDITO EM ESPÉCIE - o?J 
CHEQUE ... 
CHEQUE 
O cheque, lado oposto da promissória, tem mais formalidade na hora de sua confecção 
porque,_ além da forma que deve ser respeitada, como na nota promissória e demais títulos, 
tem ª diferença de exigir um formulário prévio, para o seu saque no Brasil , que é justamente 
ª folha de cheque confeccionada pelo banco - é o banco que faz os formulários que serão 
utilizados como cheque. 
Não há uma liberdade de forma, como a existentes nos outros títulos de crédito. 
Em alguns países, o cheque pode ser confeccionado pelo titular da conta em formulário 
próprio no computador em casa, num papel oficio ou num papel sulfite normal, desde que a 
assinatura e o número da conta sejam conferidos. No caso do Direito brasileiro, há forma e 
fôrma para esse título que, além de preencher os requisitos da Lei, é elaborado a partir do 
formulário fornecido pelo próprio banco sacado. 
No cheque, existe um contrato prévio entre o correntista, que é alguém que comparece a 
um banco, faz um contrato de depósito e combina com o banco que esse depósito feito será 
retirado paulatinamente a partir dos comandos quem chegarão por meio dos cheques. 
Até 25 anos atrás, esses comandos chegavam apenas por meio de cheques. Na era da 
informação, os cheques em papel foram abandonados e começaram a ser feitas transferên-
cias diretas entre contas por meio de aplicativos da intemet, o que tornou tudo mais ágil. 
Isso não eliminou o cheque formal, esse que há atualmente e que consta de um formulário 
prévio emitido e confeccionado pelo banco, entregue ao correntista para que ele possa fazer 
os seus negócios no mercado com mais confiança dos seus credores, porque, por exemplo, 
pagar um restaurante com nota promissória seria inviável, mas pagar com um cheque seria 
viável, existindo talvez apenas dificuldade em receber cheque de terceiros. 
O que devemos trabalhar é a ideia de que o cheque tem essa possibilidade de aceitação 
social muito mais elevada do que a nota promissória. O cheque é mais confiável , porque, 
para ter o cheque ativo foi necessário abrir um contrato de mútuo bancário, houve uma inves-
C) tigaçã\ sobre a situação financeira. 
5m 
1/1 w ,o 
~L--------------------------------J 
o z 
ct: 
. ão de obrigações por conta da 
É muito comum o cheque ser usado como meio de cauç ' 
agilidade, da facilidade de ser cobrado. d a ordem de paga-
O cheque é disciplinado pela Lei n. 7.357/1985. Correspon e a um - d fundos que 
mento à vista emitida contra um banco, ou instituição assemelhada, em razao e 
a pessoa (sacador/emitente) tem naquela instituição financeira. 
. d ·r os padrões fixados pelo É um título de modelo vinculado, na medida em que eve segui 
Banco Central. 
O banco pagar o cheque é algo formal porque quem paga o cheque é o próprio corren-
tista, é o próprio sacador, tanto que, se não houver dinheiro na conta ou não houver um con-
trato de crédito na conta corrente, um contrato de mútuo atrelado ao contrato de depósito, o 
cheque é devolvido por insuficiência de fundos, o que pode causar prejuízos, como, inclusive, 
a restrição de emissão de novos cheques, de pagamentos para esse devedor que o utilizou 
indevidamente. 
O cheque é uma ordem de pagamento à vista dada ao banco ou a instituição assemelhada. 
O banco não é responsável pelo pagamento do título. A atribuição do banco é repassar, 
para quem apresenta o cheque, o valor expresso nesse meio de pagamento. O banco não 
responde pelas obrigações dos correntistas, responde pelo seu trabalho como operador do 
contrato de depósito para equilibrar os pagamentos feitos com as ordens que são dadas para 
que se efetuem esses pagamentos. 
'-~:;-ffúLOS-t.TRANFERÍVEIS PEílKTRÁDIÇÃQ~P~ 
t,;,~ • / • -~;' 1 ( 
ser meio de pagamento à vista 
efetuar pagamento à distância 
evitar a circulação de moeda 
em espécie 
ser instrumento de 
comprovação de pagamentos 
Quando se trata de pagamento à vista, a função de crédito fica em stand by, porque essa 
é a junção dos elementos tempo e confiança. 
Há crédito quando, em uma relação obrigacional, confere-se tempo, prazo para que O deve-
dor cumpra a sua obrigação e isso é feito em razão da confiança que se tem nesse devedor. 
/ 
e, 
10m 
tato de ser pagamento à vista não vai permitir que cláusulas cambiárias coloquem 
cimento no titulo de crédito, porque se desfaz a razão de ser dessa confiabilidade que o 
mercado exige ou, pelo menos, desses sinais de previsibilidade para o mercado. 
Quem tem cheque não precisa levar dinheiro, pode enviar por meio de uma carta com 
Aviso de Recebimento. Existe a figura do Cheque Postal, que é bem interessante e foi criado 
como uma espécie de transferências entre instituições bancárias para pessoas de baixa 
renda que não possuem dinheiro em conta. 
Como é feito o Cheque Postal? 
O interessado vai a uma agência dos Correios em qualquer cidade do Brasil, indica a 
pessoa para quem pretende enviar determinado valor e faz um Cheque Postal para essa 
pessoa que, no seu destino, receberá uma comunicação dos Correios para receber o ,valor 
correspondente. 
Dos títulos de crédito, o cheque permite que, uma vez compensado, seja instrumento de 
comprovação de pagamento. Segundo o artigo 28 da Lei do Cheque, se o emitente do título 
colocar no dorso ou em qualquer lugar do titulo, o motivo da origem desse, uma vez quitado 
aquele cheque, considera-se a origem mencionada, quitada. 
é à vista sempre 
submete-se aos princípios 
cambiários 
nominal ou ao portador 
é documento de 
apresentação 
r--------1 ato de natureza comercial 
r----~ é bem móvel 
é para o solvendo 
~---1 é documento formal 
-------i é documento abstrato 
O cheque é um ato de natureza comercial, regido com base no Dire·,to Em . 
presanal. Quando a obrigação é paga com cheque, título de crédito ela sai da esiera c·,v·,1 . ' em que to, confeccionada e entra na esfera do Direito Empresarial, com autonomia e dema·,s 
1 ' eementos. \ , 
Ili w o u- r----------------------_ _J o 
15m 
· ós-datação não é instituto cambiário, ou seia, 
O cheque é à vista sempre, sendo que a p d sacar o dinheiro antes desse prazo. 
d. n - t·ra o direito ao portador e . . . . o "bom para 30 ,as nao 
I 
e·a ós-datado, porque o dIreIto camb1áno 
Havendo dinheiro, o cheque é pago, mesmo que s 1 p 
não reconhece esse instituto da pós-datação. •t nte do título e o bene-
A pós-datação coloca no titulo uma inscrição que prov~ que o e:~:nta - o do título antes 
ficiário fizeram um acordo verbal , um contrato de abstençao da ap ça . t 
de determinada data. o cheque foi feito pagando a obrigação, dado em pagamen~o ª v,s a e , 
. _ osterior ele continua sendo mesmo que tenha havido uma negociaçao para o cheque ser P , 
um pagamento à vista. 
No instituto da pós-datação para justificar o não pagamento do título, é cláusula que não 
está dentro do direito cambiário e respeitada porque o Superior Tribunal de Justiça (STJ) 
considera a pós-datação como obrigação de não fazer assumida pelo portador do tftulo no 
sentido de não cobrar o título antes de uma data fixada entre as duas partes. Esse dever de 
abstenção está no contrato paralelo e o direito cambiário não admite o cheque pós-datado 
como instituto cambiário. 
O STJ estabeleceu que, se for descumprido o contrato de obrigação de não fazer que 
está provado pela cláusula do "bom para", o recebedor deve indenizar os danos causados ao 
pagador por ter apresentado antes da data. 
Essa concessão de prazo toma assim um título que é à vista em título de crédito em sen-
tido estrito com base em tempo e confiança. 
O cheque é um bem móvel como os demais títulos e transfere-se pela tradição. 
Submete-se aos princípios cambiários e é pro solvendo: quando o titulo de crédito é dado 
como pagamento de uma dívida, essa dívida não é quitada imediatamente, será quitada 
quando o cheque for quitado. Não é incomum encontrar, em boletos bancários, a inscrição 
"o pagamento feito com cheque só será considerado realizado após a sua compensação". 
O cheque pode ser nominal ou nominativo, indicando quem é o beneficiário final , o porta-
dor do título ou não indicar quem é o beneficiário, caso do cheque ao portador. A legislação 
atual só permite cheque ao portador no valor máximo de R$100,00. A lei também exige que 
só haja um endosso no cheque, não pode existir uma cadeia de endossas. Cambiariamen 
esses endossas valeriam. 
o banco efetua o pagamento do cheque ao portador a que1' apresentar o título e. sen· 
o valor acima de R$ 100,00, só poderá haver umf ~sferêncw de titularidade para rece r 
este valor - esse segundo não pode indicar o terce~ 
U1 w 
1 
( 
i L----------------------------7 
o z 
l 
20m 
cheque é documento abstrato, é documento de apresentação e é documento formal. 
Essenciais 
não essenciais 
O local do pagamento é o endereço do banco sacado. 
Ilustrando o cheque: 
É possível o aceite no cheque? 
expressão cheque 
ordem comum para apagar 
continha determinada 
nome do banco 
data e lugar da emissão 
assinatura do emitente 
época do vencimento li 
local do pagamento 
Há um sacador que é o correntista, quem dá a ordem para que o banco pague "mil reais 
a fulano" (beneficiário). 
O que o banco pode fazer com relação a essa ordem? 
Ou paga porque há fundos disponíveis ou contrato de abertura de crédito ou devolve por 
falta de fundos, irregularidade na assinatura ou outros motivos. 
O que o banco nunca faz é aceitar, porque, se aceitar, assume a responsabilidade. 
Sobre esse aceite, a legislação é muito clara: é nulo porque aceite é ato típico de devedor 
O principal ·e o banco não é devedor, ele apenas repassa fundos que estejam com ele. 
25m 
111 w 
rO u-
o z 
e( 
-
TIPOS DE CHEQUE 
• Cheque ao portador; 
• Non"'lln&b~; 
• Cheque à oroem: 
• Cheque por oonta de ~ro: 
t&roENro que Esse cheque é aquele emittdo.. sacado, mas é um tetteiro quem vai pagar, 0 
de\le ter uma PfOQnçlo ou um contntto de to1'lta ~ta que autorize o banco 8 pagar por 
conta de terceiro, 
o dinheiro da conta é bloqueado até o lin11'te do o cheque nlo é garantido 
P&lo banco, mas pela~ que esté na tot1ta do COffllfltista, 
Aquele que é para ~'°- Crundo em tnnco pwa depõsito em qualquer 
banco, trutldo em JXeto para~~ banco~ 
• Cheque pwe w tfdado em conte; 
• Chequ& &dn"'llnistrnb'vo~ 
E o cheq..., -Ido""'° banco, • como""~ dlnheln,. Q...,.do ê llllllndo """' sacar dtnhetro no QXbmor, • o tnt~·s ~-
• Cheque~; 
• Cheque~ ou~ d& ~)0- tre-,.~ ~ ; 
• ~ue~; 
" Cheque 1'scat; 
,._ ______ _ 
para devolução de Imposto de Renda (quase não existe mais). 
• Cheque pós-datado. 
Apresentação ao banco antes 
da apresentação para 
pagamento 
tem que ser nominal 
não pode ter circulado por 
endosso 
.oVOCACIAS PÚBLICAS - TÍTULOS DE CRÉDITO EM ESPÉCIE -
CHEQUE li 
ADVOCACIAS PÚBLICAS - TÍTULOS DE CRÉDITO EM ESPÉCIE - CHEQUE li 
O cheque pós-datado, criação da prática no Direito brasileiro, não é aceito cambiaria-
mente. É possível que, em decorrência de alguma reforma, chegue-se à conclusão de que 
se possa dar ao cheque, formalmente, esse poder da pós datação. 
Há um caminho já previsto em Lei autorizando as empresas simples de crédito, o que já 
leva a uma ideia inicial de quebra do monopólio dos bancos estatais, pelo menos no que diz 
respeito a financiamento, a compra de titulas no mercado e a auxilio a pequenos e médios 
empresários para facilitar o crédito e ter um pouco de concorrência no crédito. 
Hoje o cheque é um instrumento muito mais prático e poderoso de pagamentos dentro 
do mercado pela facilidade de circulação. Possivelmente chegará o momento em que será 
novamente permitida a liberdade de endosso do cheque substituindo um só endosso. 
A ideia de um só endosso partiude um presidente da República com o intuito de procurar 
grandes fortunas que se escondiam atrás de titulas ao portador. Posteriormente, com a legis-
lação do CPMF, também se colocou esse endosso único para evitar que um mesmo cheque 
passasse nas mãos de dez pessoas e gerasse apenas uma CPMF. 
Esse fato já está ultrapassado e hoje existem diversos outros instrumentos de verificação 
de fortunas que se escondiam atrás de títulos ao portador. 
É possível que haja uma liberdade com relação a um limite de valor de título ao por-
tador, que hoje está em R$100,00, quanto também se volte a ter a possibilidade de múltiplos 
endossas em um cheque. 
Pode vir até a ideia de o cheque ter data de vencimento - hoje não há data de vencimento 
para cheque, o Brasil nem admite o cheque marcado - o cheque com aceite, pois, no lugar 
do cheque marcado com aceite do banco, há o cheque visado, que não é, tipicamente, um 
aceite, é um cheque com reserva de valor ao pagamento futuro. 
Talvez se admita também no futuro, para além do cheque marcado, o cheque com ven-
cimento, atualmente ainda é uma ordem de pagamento à vista. A prática do mercado, o dia 
a dia criou a figura do cheque pós-datado, que seria um cheque com data de vencimento. 
111 w 
'8. 
o z 
ci: 
1 
5m 
h ue visto ser o ncimento no e eq ' .. · . . - admite data deve -
0 
é admitida. Direito cambiário brasileiro nao • s-datação também na 
Como o amento à vista, a cláusula de po ti icidade legal e a um 
cheque ordemb.::op:iormal e os tltulos terão de se adequarba u;çaa ppara a exigibilidade e o Direito cam 1 . 1 gislação para a co ra , procedimento pré-estabelecido na própna e 
. • h do de título de assim por diante. . , . 6 
.
0 
porque quando e c ama 
O cheque, como título de crédito, e imp~ pn .' trassenso porque crédito envolve 
nto à vista e um con 
crédito sendo uma ordem de pagame , fi nça ex·1ste quem recebe o paga-
, d ·t t mpo a con a • 
tempo e confiança e o cheque não a m1 e e - t' assando esse cheque, mas, como 
. h confia em quem es a p 
mento de uma divida em c eque _ . m resentes os dois elemen-
não há o elemento tempo para pagamento futuro, nao estaria p 
tos que constituem uma operação de crédito. tá regu 
A pós-datação funciona como um contrato escrito, paralelo ao cheque, que es -
lando a conduta do portador do titulo, no sentido de impor a esse portador por força ~e um 
contrato verbal a obrigação de se abster de depositar aquele titulo antes de determinada 
data, a obrigação de não fazer. 
Apesar de ser um contrato verbal, há uma inscrição "bom para", que é a prova escrita de 
um contrato verbal de obrigação de não fazer. 
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconhece esse contrato verbal como sendo um 
acessório ao título de crédito que não tem influência no título - o cheque "bom para 60 dias" 
apresentado ao banco no dia seguinte, se houver fundos ou um cheque especial no contrato 
de abertura de conta corrente, é pago automaticamente. Esse contrato verbal não é uma 
cláusula cambiária, portanto, não impõe obrigação cambiária ao portador do título e também 
não impede o pagamento antecipado, porque não vai proibir o banco de efetuar o pagamento. 
Essa apresentação antecipada gera dano moral, se o pagamento acontecer. 
111 w 
'8. 
o z 
<( 
Súmula 370 do STJ. Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. 
Obs.: dano decorrente do próprio fato in re ipsa- basta ter apresentado antecipadamente. 
J 
10m 
15m 
Títulos de Crédito - Espécies 
llt.Jstrando o chegue pós-datado: 
Conta da data de emissão e não 
Prazo de aceite~--------
Não é a cambiária 
Prova de contrato -
verbal de obrig de. 
não-fazer! 
hummmmmais 
_____ ouàsuaordem 
Local. 10/05 
EM 
--+Apres 
Prese. 
S . 1 1370 d ST ·I :Dano Imperial: . 
umu ª 0 J. Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de 
chegue pré-datado. - DANO IN RE IPSA 
O "bom para" deve estar escrito no titulo, é prova de contrato verbal de obrigação de não 
fazer e que deve ser respeitado para não gerar dano moral, ou mesmo dano material, se for 
compensado no cheque especial e gerar juros, correção monetária ou algo semeíhante. Esse 
dano material pode ser cobrado de quem apresentou o cheque antecipadamente. 
Quando se trata de prescrição, deve-se analisar dentro do princf pio da literalidade - a 
prescrição conta a partir da data da emissão e não do "vencimento", do "bom para". Por não 
ser uma cláusula cambiária, não se altera a contagem do prazo para prescrição, mas sim 
pela data que consta no titulo. 
No Brasil, a letra de câmbio perdeu o seu espaço de sobrevivência à custa da duplicata 
(criada em 1968) que, por ser causal, dá a impressão de ser mais segura do que a letra 
de câmbio. 
O espaço que sobrava para a letra de câmbio foi ocupado pelo cheque pós-datado. 
Não altera A situação 
cambiária do cheque 
realiza-se contrato verbal de 
obrigação de não fazer 
apresentado antes do 
pactuado gera direito de 
indenização ao emitente, com 
base no contrato 
A data estampada no titulo é 
a que deve ser considerada 
para efeito de prescrição 
\ 
.\ 
e, 
20m 
CHEQUE_ MOTIVOS PARA DEVOLUÇÃO 
ª - - Resolução n. 1.682, arts. 6º e 14; 
11 - Insuficiência de fundos - 1 apresentaçao - 1 682 arts 6º 7º e 14. 
12-lnsuficiência de fundos-2" apresentação- Resoluçao n. · '. · ' 
Quando o cheque volta pelas razõeS 11 e 12, estão autoriZadas medidas bem pesa as 
contra o devedor. . As devoluções de cheques, sejam por quais motivos forem, dispensam a necessidade de 
protestos para cobrar inclusive dos coobrigados. 
A informação do banco de que está devolvendo o cheque por falta de fundos ou por qual-
quer outro motivo é como a informação do tabelião de que o devedor principal foi cobrado e 
não pagou. O banco, quando devolve, está falando pelo próprio sacador, pelo próprio deve-
dor prtncipal. 
13- Conta encerrada - Resolução n. 1.682, arts. 6º e 14; 
20 - Folha de cheque cancelada por solicitação do correntista - Circular n 3 050 art 1 °· 21 e · · ' · ' 
- ~ntra~rd~m ou oposição ao pagamento - Resolução n. 1.682, arts. 6º e 14; 
etencIa e assinatura - Resolução n 1 682 arts 6º e 14 · 22 - D1vergene1a ou insufi · • · d !! = ~ancet lamento de talo~árto pelo banco sacado- Resoluç~o-n. 1:682,.arts. 6º 14· 
on raordem ou oposição ao pag t . • 2.655, art. 1º. ameno motivada por furto ou roubo - Circular n. 
O protesto. nos casos 20, 22. 25 e 28 ode . gerar dano moral. . P ser considerado como abuso de direito e 
sus~ação ou oposição produz 
efeitos texto prazo de 
apresentação 
revogação ou contraordem 
produz efeito após o d prazo 
_ e _apresentação 
cancelamento dev e ser feito 
antes da emissão do títul 
por motivo de extravio o, 
25m 
d o a diferença entre cheque e letra de câmbio: ,an 
. 0 sacador: na letra de câmbio, é o coobrigado; no cheque, é o devedor principal. 
. o sacado: na letra de câmbio, é o devedor principal; no cheque, é o banco (do ponto 
de vista cambiário, irresponsável pelo pagamento). 
• O contrato prévio: na letra de câmbio não é necessário; no cheque, é imprescindível. 
• O aceite: na letra de câmbio, é da natureza do titulo; no cheque, é incablvel. 
• O protesto: na letra de câmbio, para cobrar coobrigados; no cheque, é desnecessário. 
• O vencimento: na letra de câmbio, tem quatro formas: à vista, a certo tempo à vista, a 
certo tempo da data e a dia certo; no cheque, só à vista. 
A cobrança dos coobrigados: Súmula 600 do STF. 
Para cobrar o cheque dos coobrigados, este deve ser apresentado ao sacado dentro do 
prazo de apresentação, protestar o titulo ou provar que tem um carimbo de devolução. 
Para cobrar endossantes de um cheque e avalistas dos endossantes de um cheque é 
preciso provar que este foi apresentado ao sacado dentro do prazo legal, ou seja, 30 dias se 
for da mesma praça e 60 dias se for de praça diferente e voltou com o carimbo de devolução 
ou a declaração escrita e datada do sacado. Os emitentes dos cheques começaram a alegar 
que, para serem cobrados também deles, deveriamser apresentados dentro do prazo legal, 
caso contrário não poderiam ser executados. 
Se alguém quisesse executar um cheque contra o emitente teria de apresentá-lo dentro 
do prazo legal, caso contrário não poderia executar. 
A lei só exige, no artigo 47 inciso li, a apresentação dentro do prazo legal de 30 ou 60 
dias para cobrar dos coobrigados, para cobrar do devedor principal, basta o titulo, basta 
0 cheque devolvido. 
Pagamento do Cheque: 
CHEQUE EXECUCÃO ' , 
30 dias + 6 meses 
60 dias + 6 meses 
Ili 
ãr------------------------------J ;! 
o z 
<C 
CHEQUE MONITÓRIA 
30 dias + 6 meses+ 4 anos e 5 meses 
60 dias + 6 meses+ 4 anos e 4 meses 
HIPÓTESE DE PRAZO DE 10 ANOS PARA PRESCRIÇÃO DA OBRIGAÇÃO 
ORIGINÁRIA 
Apresentação: 30 dias, mesma praça; 60 dias, outra praça; 
Prescrição: 30 dias, mesma praça; 60 dias, outra praça + 6 meses; 
Locupletamento: 30 dias, mesma praça; 60 dias, outra praça + 6 meses + 2 anos; 
Monitória: 5 anos, contados do dia seguinte ao da emissão; 
O Cobrança: 1 O anos, contados do dia seguinte ao da emissão. 30m 
CAUSA DEBENDI 
Apenas para a ação de cobrança é necessário provar a causa debendi. Para as demais, 
o cheque é a causa. 
Ilustrando a cobrança do cheque: 
Findo o prazo de apresentação, seis meses para a prescrição (até este momento pode 
ser promovida a execução). Mais dois anos para a ação de locupletamento e mais dois anos 
e quatro meses ou mais dois anos e cinco meses para a ação monitória üá contados cinco 
anos desde a data da emissão). Durante todo o período anterior, o cheque é a causa debendi 
e, na prescrição da relação causal, os fatos serão a causa debendi. 
Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Edilson Enedino das Chagas. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vldeo pela leitura exclu-
siva deste material. 
"' w 
ª L------ --------------------:! o z 
e:( 
ur1iVERSIDADE NILTON LINS 
PrOJeto pedagógico do Curso de Direito 
~ ~W:-!'' .. 
hllp:J'-w.glllduacao.niltonlins.br/bibliotecaVirtuaUdireito.aspx.. 
oD 
GONÇAL~ES, Marcus Vinicius Rios. Direito Processual Civil 
E~ue~atizado. 4ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2014. Biblioteca Virtual 
Untvers1dade Nilton Uns. Disponível em 
htti>:J/www.graduacao.niltonlins.br/bibliotecaVirtual/direito.as_Qx. 
P_U<?CINELLI JUNIOR, André; VERAS, Ney Alves. [et ai]. Manual de 
direito Processual civil: volume único. 2ª Edição. São Paulo: Saraiva, 
2014. Biblioteca Virtual Universidade Nilton Uns. Disponível em 
httJ>:Jfwww.graduacao.niltonlins.br/bibliotecaVirtual/direito.aspx . 
. ff eii~ "'!;_~ ~ ~ -,11!>~ ~ ~ : ~ .iiíliió.'11)1.ijl!f ~ lni~ . 
Cheque., . .r>up)1ca~ t Duplicata fiscal. Outros títulos de crédito: rural, 
industrial, · comercial, imobiliário, conhecimento de depósito, de 
transporte, warrant, títulos de dívida agrária, títulos de sociedad~ por 
J! (ações, partes ben~fiçiárias, debêntures, bõnus d~ subscnção). 
e: !. Régimé · jurldico de ·. lil'lllvêncill'. Agente econõmrco . devedor. 
Competência_ Créditos . .\LR~per.Í~o . ~ .i/lillil,f~ 
w ~ pera~o jüdJpiãl~:tg~~~Ô'dé":,,falê.nêia.f Causa de J>!!d•r na ·áçã8'4de 
fâlência. Causas eximentes do estado . de falêncaa. Processo . e 
Procedimento. Sentenças e recursos. 'Éfeit~ da seriténçard~f íâl,éfltif. 
Ações revocatõrias. Administração da falência. Liquidação e 
encerramento. Persecucão penal falimentar. 
COELHO, Fábio Ulhõa. Manual de Direito Comercial. 2-,a Edição. São Jg m Paulo: Saraiva, 2015. 
= ;.2 MAMEDE, Gladston. Manual de Direito Empresarial. ga Edição. São 0 j Paulo:Allas, 2?15._ . . . . . . 
: RAMOS, Andre Luaz Santa Cruz. Direito Empresanal Esquematizàdo. 5ª ! Edição. São Paulo: Método, 2015. 
a. COELHO, Fábio Ulhõa. Curso de Direito Comercial, Contratos, Falência Jl e Recuperação da Empresa, vol.3. 16" Edição. São Paulo: Saraiva, 
2015. Biblioteca Virtual Universidade Nilton Uns. Disponível em 
! http://www.graduacao.niltonlins.br/bibliotecaVirtual/direito.as_px. 
ã S COELHO, Fábio Ulhõa.Código Comercial e legislação complementar 
e anotados. 108 Edição. São Paulo: Saraiva, 2011. Biblioteca Virtual 
Universidade Nillon Lins. Disponivel em ! http://www.graduacao.niJtonlins.br/biblioteca Vlrtual/direito.aspx. 
E NEGRÃO, Ricardo. Direito Empresarial: estudo unificado. 5ª Edição. 8 São Paulo: Saraiva, 2014. Biblioteca Virtual Universidade Nilton Uns. 
m Disponível em 
! http://www.graduacao.niltonlins.br/bibliotecaVirtual/direito.aspx. 
g, REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial, v. 2. 31ª Edição. São 
.e Paulo: Saraiva, 2014. Biblioteca Virtual .Universidade Nilton Uns . . 
m Disponível em 
http-Jfwww.graduacao.niltonlins.br/bibliotecaVirtual/direito.aspx. 
TEIXEIRA, Tarcisio Direito Empresarial Sistematizado. 4ª Edição. São 
Paulo: Saraiva, 2015. Biblioteca Virtual Universidade Nilton Uns. 
Disponível em 
76

Continue navegando