Buscar

SISTEMA DA INFORMAÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 172 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 172 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 172 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
Sistema de Informação 
Gerencial
Aula 1
Prof. Luciano Frontino de Medeiros
O Papel das Informações 
nas Empresas
� As informações são utilizadas 
a todo momento para várias 
tarefas, tais como alertar, (...)
(...) estimular, reduzir 
incertezas, revelar alternativas 
e embasar nossas tomadas de 
decisão
� As informações permeiam a 
hierarquia, formando a base 
do processo decisório e sendo 
determinantes para a 
estratégias da organização
Sistema de Informação
� Representam uma importante 
área funcional da empresa, 
tendo tanta importância 
quanto as funções de 
contabilidade, finanças, (...)
2
(...) gerência de operações, 
comercialização e administração 
de recursos humanos
Diferentes Tipos e 
Formatos
� Níveis da organização 
(operacional, tático e estratégico)
� Elo de sinergia para as equipes
� Motivação e disseminação
Fatores
� Utilização correta
� Proteção e segurança
� Diversas oportunidades de 
carreira
� Componente central para 
e-business
A Circulação das 
Informações nas 
Organizações
Tratamento das 
Informações
� Identificação da Necessidade
� Aquisição
� Organização
3
� Armazenamento
� Distribuição
� Utilização (CHOO, 2003)
Fluxos Informacionais
� Perpassam do nível estratégico 
ao nível operacional, refletindo 
e impactando nos processos 
que compõem a organização, 
(...)
(...) inclusive o processo 
decisório e, por consequência 
as estratégias de ação 
(VALENTIM, 2012)
Tipos de Fluxos de 
Informação
� Fluxos Formais
� Fluxos Informais
O Mundo Digital e a 
Revolução da 
Informação
Uma Revolução Silenciosa
� A partir da segunda metade 
do século XX, com os 
computadores 
4
� Transformou de forma 
profunda o ambiente das 
organizações
� Novos modelos organizacionais
Tecnologias Digitais
� Transformam as informações 
em registros digitais para que 
sejam processadas de forma 
eletrônica
� Substituição das tarefas 
repetitivas
Redes de Comunicação 
� Computadores e softwares
funcionam de forma 
interconectada e fazem as 
informações circularem com 
velocidade e segurança, 
percorrendo grandes distâncias 
Três Pilares
� Computadores (Hardware)
� Programas (Software)
� Redes de Comunicação 
Agilidade da Comunicação 
� Estruturas tradicionais, 
centralizadas e hierárquicas, 
onde as informações seguiam 
fluxos controlados e bem 
definidos, (...)
� (...) cederam lugar a modelos 
horizontais, nos quais as 
informações fluem de forma ágil 
diretamente entre setores, 
interna ou externamente às 
organizações
5
Ubiquidade e Assincronia
� Os modernos ambientes 
corporativos, permitindo às 
pessoas interagir, colaborar e 
compartilhar recursos de forma 
ubíqua, em qualquer tempo
TIC
� Ao longo do tempo vai 
incorporando novos avanços 
tecnológicos, aprimorados com 
base nas invenções e inovações 
produzidas desde a criação da 
informação digital
Viver Sem as TIC?
� “TI é como uma commodity
como energia elétrica; não é a 
sua presença que faz diferença; 
é a sua ausência que exclui” 
(RITTO, 2005) 
Fatores Críticos Para 
as TIC
� Obsolescência programada
� Atualização permanente
� Implantação de novos sistemas
� Treinamento e capacitação
� Integração corporativa
� Prestação de serviços
� Habilidades de gerenciamento 
de projetos
Desafios
� Cloud computing
� Interfaces homem-máquina
� Tablet computing
6
� Computing intelligence
� Business Intelligence + Big 
Data
� Redes sociais corporativas
Sistemas de Informação 
Gerencial
� Os Efeitos da Era da 
Informação na Economia
Revolução da Informação
� A concorrência entre as empresas 
torna-se cada vez mais acirrada, 
na mesma medida que distâncias 
geográficas não são mais barreiras 
para o desenrolar das atividades 
econômicas
Globalização
� Impulsionada pela explosão no 
uso da internet, permitiu a 
criação de novos modelos de 
negócio, redirecionando 
estratégias de mercado
Economia Digital
� O capital intelectual e a 
tecnologia são os principais 
fatores de sucesso das modernas 
organizações
� A Terceira Onda (TOFFLER, 
1980)
A Verdadeira Revolução
� Não está na própria informação 
em si, nem mesmo nos efeitos 
práticos que a tecnologia produz 
no cotidiano
� Está nos novos modelos 
econômicos oportunizados 
(DRUCKER)
7
Big Data
� Está sendo explorado pelas 
empresas para monitorar de 
forma contínua o desempenho 
dos negócios, para conhecer e 
estimular potenciais 
consumidores e para criar 
modelos preditivos, (...)
(...) que sejam capazes de 
antecipar as tendências e, 
assim, realimentar as 
estratégias de mercado
O Gerenciamento das 
Informações
Gerenciando Informações
� As informações tem o potencial 
de proporcionar agilidade e 
auxiliar a garantia do sucesso 
das organizações. Em caso 
contrário, podem vir a afetar de 
forma negativa o desempenho
Capital Intelectual
� Além de manter e cuidar do que 
possuem, é necessário também 
que elas cuidem do que elas 
sabem ou conhecem, ou seja, do 
capital intelectual
� Gestão da Informação e do 
Conhecimento
Gestores da Informação
� Gerentes de tecnologia se tornaram 
gestores da informação, lidando 
com os sistemas tecnológicos e 
com as políticas destinadas para 
garantir que as informações sejam 
devidamente captadas, (...)
8
(...) organizadas, armazenadas, 
acessadas, mantidas e protegidas
� CIO (Chief Information Officer) 
Executivo Chefe da Informação
Síntese
� O papel das informações nas 
empresas 
� A circulação das informações nas 
organizações
� O mundo digital e a revolução da 
informação
� Os efeitos da era da 
informação na economia
� O gerenciamento das 
informações
Referências de Apoio
� DAVENPORT, T.; PRUSAK, L. 
Conhecimento Empresarial. 
Rio de Janeiro: Campus, 1999.
� ELEUTÉRIO, M. Sistemas de 
Informação Gerencial. 
Curitiba: Intersaberes, 2016.
� LAUDON, K; LAUDON, J. 
Sistemas de Informação 
Gerenciais. 9. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2010.
� MEDEIROS, L. F. Banco de 
Dados: Princípios e Prática. 
Curitiba: IBPEX, 2007.
� REZENDE, D. Planejamento de 
Sistemas de Informação e 
Informática. São Paulo: Atlas, 
2003. p. 65.
� TURBAN, E. et al. 
Administração de Tecnologia 
da Informação. Rio de Janeiro: 
Campus, 2005. p. 100.
1
Sistema de Informação 
Gerencial
Aula 2
Prof. Luciano Frontino
de Medeiros
Tema
Sistemas de Informação 
Gerencial
� Dado e informação, 
qual a diferença?
Dados
� Sinais desprovidos de 
interpretação ou significado 
� São números, palavras, 
figuras, sons, textos, gráficos, 
datas, fotos ou qualquer sinal 
desprovidos de contexto
Informação
� Dado dotado de significado, 
tornando-se, desta forma, 
compreensível
� Para terem significado, 
os dados devem conter 
algum tipo de estrutura 
ou contexto associado
Dado e Informação
� Quando um dado é 
interpretado e analisado, 
ele ganha “relevância” 
e “finalidade”, alçando 
a sua importância: 
torna-se informação
� Podemos dizer então 
que o dado é o elemento 
básico, ou a “matéria-
prima” de uma informação
2
Escala dos Dados
� Dados geralmente são 
volumosos e capturados 
de forma automática ou 
semi-automática, residem em 
grandes BD e são manipulados 
diretamente por sistemas
Escala da Informação
� São produzidas em 
menor volume
� São compreensíveis e 
significativas às pessoas
� Se apresentam na forma 
de textos, relatórios, 
planilhas ou gráficos
Exemplo: Compra 
em E-commerce
� Cada vez que compramos 
um produto em um site
de comércio eletrônico, 
são coletados diversos 
dados sobre a transação
Exemplo 2: Análise de Dados
� Informação 1: a maior 
parte da produção anual 
concentrou-se nos meses 
de maio, junho e julho
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
130 200 250 300 700 800 900 250 230 220 30 240
� Informação 2: a produção 
média no ano foi de 
aproximadamente 
354 peças por mês
� Informação 3: no mês de 
novembro, houve uma queda 
de produção de 90% em 
relação à média anual
Tema
Sistemas de Informação 
Gerencial
� Informaçõesquantitativas 
e qualitativas
3
Informações Quantitativas
� Podem ser medidas, 
expressas em números
� São geralmente usadas 
para comparar metas e 
resultados, especificar 
recursos ou produtos finais
Exemplos
� “A inflação subiu 3% 
em relação ao mesmo 
período do ano anterior.”
� “Nossa central telefônica 
processa em média 60 
ligações por minuto.”
Informações Qualitativas
� Têm natureza subjetiva 
e são representadas 
de forma descritiva, 
expressando julgamentos 
de valor ou opiniões
Exemplos
� “O produto avaliado 
revelou desconforto 
na sua utilização.”
� “Os clientes gostaram 
da promoção feita 
no mês passado.”
Tema
Sistemas de Informação 
Gerencial
� O valor e a qualidade 
das informações
Valor Intangível
� Embora se trate de um recurso 
de característica intangível, 
pode-se afirmar que o valor 
de uma informação estará 
na medida em quanto maior 
for o seu potencial em afetar 
o negócio da empresa
4
Relevância das Informações
(Moresi, 2000)
Qualidade das Informações
� Relevância 
� Precisão
� Confiabilidade 
� Temporalidade
Tema
Sistemas de Informação 
Gerencial
� Convertendo dados 
em informações 
Dados � Informação
Contextualização
Sabemos qual a finalidade 
dos dados coletados
Categorização
Conhecemos os componentes 
essenciais dos dados
Cálculo
Os dados podem ser analisados 
matemática ou estatisticamente
Correção
Os erros são eliminados 
dos dados
Condensação
Os dados podem ser resumidos 
para uma forma mais concisa
Tema
Sistemas de Informação 
Gerencial
� A pirâmide do conhecimento
5
Conhecimento
� Conjunto completo de 
informações, dados e 
relações que levam as 
pessoas à tomada de 
decisão, à realização de 
tarefas e à criação de novas 
informações ou conhecimento
� É uma mistura fluida de 
experiência condensada, 
valores, informação contextual 
e insight experimentado, 
a qual proporciona uma 
estrutura para a avaliação 
e incorporação de novas 
experiências e informações
Pirâmide do Conhecimento Informação � Conhecimento
Comparação
De que forma as informações relativas 
a esta situação se comparam a 
outras situações conhecidas?
Consequências
Que implicações estas informações 
trazem para as decisões 
e tomadas de ação?
Conexão
Quais as relações deste novo 
conhecimento com o já acumulado?
Conversação
O que as outras pessoas 
pensam desta informação?
Pirâmide do Conhecimento
� Outra forma de visualizar 
a tríade dado-informação-
conhecimento é em um 
contexto maior do qual faz 
parte a estrutura hierárquica 
que se inicia desde o bit até 
a aplicação da inteligência 
para a resolução de problemas
Bits
� Do ponto de vista puramente 
físico, um arquivo nada 
mais é do que uma 
sequência de 0s e 1s 
gravada em um meio de 
armazenamento estático
6
� A sequência de bits é 
ininteligível do ponto de vista 
do tratamento com os dados 
� Primeiro nível, o mais baixo 
de tratamento de dados na 
hierarquia do conhecimento
Dígitos
� As sequências de dígitos
ou caracteres agrupados, 
num terceiro nível, 
formam os dados
� Caso tal agrupamento seja 
quebrado, perde-se o sentido 
do mesmo. Pode-se dizer 
que temos assim os dados 
caracterizados como átomos, 
em termos de indivisibilidade
� O nome próprio de uma 
pessoa (digamos, Maria) não 
fará nenhum sentido se for 
separado em duas partes 
(por exemplo, MAR e IA)
P a r a f u s o
7
Dados
� Porém, dados isolados 
não identificam bem 
elementos ou entidades 
da vida cotidiana que 
necessitamos trabalhar 
� Dados de diferentes 
naturezas precisam 
ser armazenados, 
como o endereço de um 
cliente (nome, endereço, 
complemento, cidade, 
estado, CEP), (...)
(...) o saldo de uma 
conta bancária (cliente, 
conta, débito, crédito) 
ou a quantidade fabricada 
em uma linha de produção 
(produto, código, 
quantidade, custo)
Nome Endereço Telefone Cidade Salário
Maria Rua das 
Camélias
222-3300 Curitiba R$2500,00
Grupos de Dados
� Em um 4o nível, temos os 
dados ou átomos agrupados, 
ou mesmo chamando tais 
como grupos de dados ou 
moléculas possibilitando que 
mais tarde, em conjunto ou 
confrontação com outros (...)
(...) conjuntos de dados e a 
seguinte transformação dos 
mesmos, venham a produzir o 
que chamamos de informação, 
que diz respeito a algo novo, 
a partir do sentido isolado 
dos dados ou átomos e 
grupos de dados, inseridos 
num certo contexto
8
Informação
� Especificamos a informação
como o quinto nível 
da hierarquia 
� Exemplos práticos de 
geração de informação são as 
consultas a banco de dados
� Ferramentas de consulta 
baseadas em linguagem SQL 
(Standard Query Language), 
extraem os dados de um 
grupo (uma tabela ou um 
conjunto de tabelas) gerando 
relatórios que atendam a um 
critério específico de consulta 
� Desta forma, são feitas 
várias operações de 
transformação de dados 
em informação, tornando 
os dados com significado 
e no seu devido contexto
Conhecimento
� O acervo formado pela 
geração de informações 
nos processos de gestão, 
devidamente filtradas 
e sistematizadas (...)
9
(...) ao longo do tempo 
em um certo ambiente 
tal como um sistema 
de informação de uma 
empresa, irá constituir 
o conhecimento
Inteligência
� O processo de tomada de 
decisão faz uso de todo o 
edifício elaborado desde 
a estrutura simplificada 
dos bits até a ponte (...)
(...) com o pensamento 
(humano ou mesmo de 
um agente de software
utilizando inteligência 
artificial)
� Vê-se que os SI 
desempenham um papel 
essencial nos procedimentos 
de nível mais alto, necessários 
para a vida das organizações
10
Síntese
� Dado e informação, qual 
a diferença? 
� Informações quantitativas 
e qualitativas
� O valor e a qualidade 
das informações
� Convertendo dados 
em informações
� A pirâmide do 
conhecimento
Referências de Apoio
� DAVENPORT, T.; PRUSAK, L. 
Conhecimento Empresarial. 
Rio de Janeiro: Campus, 1999.
� ELEUTÉRIO, M. Sistemas 
de Informação Gerencial. 
Curitiba: Intersaberes, 2016.
� LAUDON, K; LAUDON, J. 
Sistemas de Informação 
Gerenciais. 9. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2010.
� MEDEIROS, L. F. Banco de 
Dados: princípios e prática. 
Curitiba: Ibpex, 2007.
� REZENDE, D. Planejamento 
de Sistemas de 
Informação e Informática. 
Atlas, 2003. p. 65.
� TURBAN, E. et al. 
Administração de 
Tecnologia da Informação. 
Campus, 2005, p. 100.
1
Sistema de Informação 
Gerencial
Prof. Luciano Frontino de Medeiros
Aula 3
As Atividades Gerenciais
Gerenciar
� O gestor não é aquele que 
executa as tarefas 
diretamente, mas aquele que 
assegura que elas sejam 
realizadas pela sua equipe de 
acordo com os objetivos 
traçados
Atividades de Gestão
1. Estabelecer objetivos
2. Organizar atividades
3. Motivar e comunicar
4. Medir
5. Desenvolver as pessoas
(DRUCKER, 1972)
A Tomada de Decisão 
e Tipos de Decisões
Tomada de Decisão
� A tomada de decisão é 
necessária sempre que 
houver mais de uma 
alternativa para resolver 
um problema ou mudar 
uma situação
2
Uma Atividade Intelectual
� Primeiramente percebemos 
que algo deve mudar, para, 
depois, elegermos a melhor 
alternativa de ação
Tipos de Decisões
� Decisões estruturadas
� Decisões não estruturadas
� Decisões semiestruturadas
Decisões Estruturadas
� Decisões estruturadas são 
aquelas tomadas em situações 
bem-definidas, com base em 
variáveis precisas e 
informações consistentes
Decisões Não Estruturadas
� Quando as informações que 
apoiam a decisão são 
imprecisas, estimadas ou 
desconhecidas, em situações 
imprevistas
Decisões Semiestruturadas
� Ocorrem normalmente nos 
níveis gerenciais
� Os decisores se deparam com 
combinação de informações 
bem-definidas com informações 
estimadas ou qualitativas
Exemplos
Setor
Decisão
estruturada
Decisão semiestruturada
Decisão não 
estruturada
Industrial
O supervisor de 
produção decide 
desativar a linha de 
montagem para 
realizar a 
manutenção 
preventiva, conforme 
estabelecido nas 
instruções de 
operação.
O gerente de produção decide 
automatizar a linha de montagem 
apósobservar os índices de falha e 
o custo da mão de obra e após 
análise de viabilidade financeira.
O diretor-presidente 
decide investir na 
construção de uma nova 
unidade industrial, em 
outro país, apostando 
no crescimento do setor 
na região.
Educacional
O analista 
administrativo decide 
pela concessão de 
uma bolsa de 
estudos, conforme 
estabelece o 
regimento interno.
O chefe de departamento decide 
sobre o lançamento de um novo 
curso para atender à demanda do 
mercado.
A mantenedora decide 
adquirir faculdades no 
interior do estado para 
aumentar a fatia de 
mercado da instituição.
Varejo
O analista financeiro 
decide aprovar o 
crédito de um 
cliente, observando 
que este atende a 
todos os requisitos 
predefinidos.
O gerente comercial decide 
redistribuir a equipe de 
vendedores diante do aumento nas 
vendas em certas regiões.
O diretor comercial 
decide estabelecer uma 
parceria estratégica com 
um grande fornecedor 
para entrar em um novo 
mercado.
3
Tipos de Decisões
(O’BRIEN, 2002)
TIPOS DE DECISÕES
Não estruturadas
Semiestruturadas
Estruturadas
...........................................
.........................................
Gerência 
estratégica; 
Diretoria
Gerência 
intermediária
Gerência operacional
Tipos X Hierarquia
(O’BRIEN, 2002)
Estrutura de 
decisão
Administração 
operacional
Administração 
tática
Administração 
estratégica
Não 
estruturada
Administração 
de caixa
Reengenharia de 
processo empresarial
Análise de 
desempenho de grupo 
de trabalho
Planejamento de 
novos negócios
Reorganização da 
empresa
Semiestruturada
Estruturada
Administração de 
crédito
Programação da 
produção
Atribuição diária 
de trabalho
Avaliação de 
desempenho dos 
funcionários
Orçamento de capital
Orçamento de 
programas
Planejamento de 
produto
Fusões e 
aquisições
Localização de 
sede
Controle de 
estoque
Controle de 
programa de 
melhorias
As Etapas do 
Processo Decisório
Informações Quantitativas
� O modelo racional de 
decisão pressupõe o uso 
de informações objetivas 
e analíticas para eleger a 
melhor alternativa em 
uma tomada de decisão
(SIMON, 1979)
Exemplos
Combinando Informações 
para Eleger a Melhor Solução
4
Problemática de Seleção
� Tem como objetivo atribuir 
um valor – ou desempenho –
a cada alternativa e, assim, 
eleger a melhor opção
(ROY; BOUYSSOU, 1993)
Método Aditivo
� Usa uma matriz de decisão 
para dispor os valores das 
alternativas
� Neste método formulamos 
um conjunto de critérios de 
decisão que expressam a 
qualidade de cada alternativa
� A alternativa que obtiver a 
melhor avaliação no conjunto 
de critérios será selecionada
Escolha dos Critérios
� Para decidir, precisamos, 
antes de tudo, estabelecer 
os critérios que pretendemos 
levar em consideração, por 
exemplo: custo, tempo e 
conforto
Exemplo
� Uma locadora de automóveis 
pretende renovar sua frota de 
veículos em todo o território 
nacional, objetivando aumentar 
o seu faturamento
Objetivos Pretendidos
� Aumentar a geração de 
receita de locação, ofertando 
automóveis mais novos
� Minimizar o custo de 
manutenção da frota
� Maximizar o valor de revenda 
dos veículos
5
Etapa 1: Inteligência
� Procuramos validar as 
premissas de que a frota 
precisa ser renovada, ou seja, 
se existe decisão a ser tomada
Etapa 2: Concepção
� Identificação das alternativas
� Suposição de que três modelos 
de veículos são identificados 
como alternativas viáveis: 
modelos A, B e C
Etapa 3: Seleção
� Método aditivo
Etapa 4: Revisão
� Os resultados da decisão 
são continuamente 
monitorados para verificar 
se estão atingindo os 
objetivos e, também, para 
identificar formas de 
melhorar os resultados
Ferramentas de 
Apoio à Decisão
6
Sistemas de Apoio à Decisão
� Na década de 1980, em 
decorrência das pesquisas no 
campo do processo decisório e 
com o aumento na capacidade 
dos computadores, surgiram 
as primeiras ferramentas 
analíticas criadas para apoiar 
o processo de decisão
Decision Support Systems
� Ferramenta se caracteriza 
pelo uso intensivo de 
processamento numérico, 
simulações, projeções 
estatísticas e técnicas de 
modelagem de problemas 
para solucionar situações 
complexas e não estruturadas
Exemplos
� Otimização de linhas de 
produção
� Planejamento de rotas em 
uma companhia aérea
� Simulação de investimentos 
financeiros
SIGs X SADs
� SIGs se destinam à gestão 
cotidiana das organizações por 
meio de relatórios gerenciais 
� SADs buscam solucionar 
problemas complexos por 
meio de simulações de 
cenários e análises estatísticas
Ferramentas para Executivos
� Destinam-se a apresentar o 
desempenho geral da 
organização, permitindo aos 
executivos identificar situações 
de decisão e oportunidades de 
negócio
Business Intelligence
� Grandes volumes de 
dados, frequentemente 
multidimensionais, são 
processados por meio de 
técnicas computacionais 
avançadas, (...)
7
(...) como o Processamento 
Analítico Online (OLAP), 
algoritmos inteligentes e 
mineração de dados (data 
mining)
Síntese
� As atividades gerenciais
� A tomada de decisão e os 
tipos de decisões
� As etapas do processo 
decisório
� Combinando as informações 
para eleger a melhor solução
� Ferramentas de apoio à 
decisão
Referências de Apoio
� ELEUTÉRIO, M. Sistemas de 
Informação Gerencial. 
Curitiba: Intersaberes, 2016.
� LAUDON, K; LAUDON, J. 
Sistemas de Informação 
Gerencial. 9. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2010.
� MEDEIROS, L. F. Banco de 
Dados: princípios e prática. 
Curitiba: Ibpex, 2007.
� REZENDE, D. Planejamento 
de Sistemas de Informação 
e Informática. São Paulo: 
Atlas, 2003. p. 65.
� TURBAN, E. et al. 
Administração de 
Tecnologia da Informação. 
Rio de Janeiro: Campus, 2005. 
p. 100.
8
� DAVENPORT, T.; PRUSAK, L. 
Conhecimento Empresarial. 
Rio de Janeiro: Campus, 1999.
1
Sistemas de Informação 
Gerencial
Aula 4
Prof. Luciano Frontino 
de Medeiros
O Conceito de Sistema 
de Informação
Sistema
� Conjunto de elementos que 
interagem entre si com a 
finalidade de produzir um 
resultado específico
• Exemplo: automóvel
� Conjunto de partes 
interagentes e 
interdependentes que, 
conjuntamente, formam 
um todo unitário com 
determinado objetivo e 
efetuam determinada função
(OLIVEIRA, 2002)
Elementos de um Sistema
(ELEUTÉRIO, 2016)
Sistema de Informação
� Conjunto organizado de 
pessoas, hardware, software, 
redes de comunicações 
e recursos de dados 
que coleta, transforma 
e dissemina informações 
em uma organização
(O’BRIEN ,2004)
2
Sistema de Informação 
e seus Elementos
(ELEUTÉRIO, 2016)
Sistema de Informação
Software
(ELEUTÉRIO, 2016)
Elementos de um 
Computador
(ELEUTÉRIO, 2016)
Interação entre 
Elementos de um SI
(ELEUTÉRIO, 2016)
Dimensões de um SI
LAUDON e LAUDON (2010)
3
A Organização das 
Informações: uma Tarefa 
para o Banco de Dados
Banco de Dados
� “Um banco de dados é 
uma coleção de dados 
persistentes utilizada pelos 
sistemas de aplicação 
de uma empresa.”
(Date)
� [...] um grupo lógico de 
arquivos relacionados entre 
si, armazenando dados e 
associações entre eles, 
para evitar uma variedade 
de problemas associados a um 
ambiente tradicional de arquivos
(Turban)
� “Um conjunto integrado 
de elementos de dados 
relacionados logicamente.”
(O’Brien)
Redundância
� O armazenamento dos 
dados de determinada 
empresa, ao longo de 
suas atividades, pode 
tender à redundância
� Setores que dependem de 
informações comuns podem 
fazer a guarda dos mesmos 
dados simultaneamente
� A falta de cuidado na análise 
do sistema de informações 
pode incorrer em custos 
de armazenamento
4
Inconsistência
� Dados armazenados 
referentes a uma situação 
que pode sofrer alterações 
ao longo do tempo 
necessitam de atualização
� Dados desatualizados 
podem gerar inconsistência 
de representação
� A redundância pode também 
acarretar inconsistência, 
pois dados guardados (...) 
(...) em locais diferentes 
podem sofrer alterações 
diferenciadas como tempo
� Inconsistência pode gerar 
tomada de decisões 
defasadas ou errôneas
Integração
� Dados existentes em 
um BD geralmente são 
compartilhados por 
várias pessoas ou 
setores em uma empresa
� A necessidade de se haver 
integração é a de estabelecer 
procedimentos para o 
acesso em vários níveis e 
a atualização dos dados (...)
(...) de forma a manter a 
“imagem” do mundo real 
única e evitando ruídos na 
comunicação entre setores
5
Exemplo
Código Nome Quantidade Custo
1 Parafuso 1000 0,05
2 Chave de fenda 20 4,50
3 prego 2000 0,02
Campo ou 
atributo
Relação ou tabela
Coluna
R
e
g
is
tr
o
Interação entre 
Software e BD
(ELEUTÉRIO, 2016)
Linguagem SQL
Standard Query Language
� As metodologias utilizadas 
atualmente em softwares de 
BD permitem que tal esforço 
seja bem economizado
� Desde que fornecidas as 
interfaces adequadas, o 
processo inteiro de uma 
listagem ou consulta (no 
inglês, query) pode ser 
obtido com apenas uma 
declaração SQL simples
� Podemos assim enviar o 
seguinte comando, para uma 
interface de um SGBD (desde 
que a estrutura da tabela, o 
modelo lógico, esteja criada):
SELECT * FROM PRODUTO;
Resultado da Consulta
� O resultado da consulta já 
sai em um formato padrão:
Código Nome Quantidade Custo
1 Parafuso 1000 0,05
2 Chave de fenda 20 4,50
3 prego 2000 0,02
6
SGBD
� Responsável por todas 
as tarefas pertinentes 
ao armazenamento, 
recuperação, segurança e 
gerenciamento dos dados
As Aplicações de um 
Sistema de Informação
SI em Toda Parte
� Vida pessoal e profissional
� Redes sociais
� Comércio eletrônico 
� Sistemas corporativos
SI na Esfera Pública
� São usados como canais de 
informação e de serviços aos 
cidadãos, além de possibilitar 
novos meios de interação 
entre o governo e a sociedade
SI nas Empresas
� Finanças
� Vendas
� Marketing
� Recursos humanos
� Produção 
� Relacionamento 
com o cliente
7
Síntese
� O conceito de Sistema 
de Informação
� Sistema de Informação 
e seus elementos
� A organização das 
informações: uma tarefa 
para o banco de dados
� As aplicações de um 
sistema de informação
Referências de Apoio
� DAVENPORT, T.; PRUSAK, L. 
Conhecimento Empresarial. 
Rio de Janeiro: Campus, 1999.
� ELEUTÉRIO, M. Sistemas 
de Informação Gerencial. 
Curitiba: Intersaberes, 2016.
� LAUDON, K; LAUDON, J. 
Sistemas de Informação 
Gerenciais. 9. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2010.
� MEDEIROS, L. F. Banco de 
Dados: princípios e prática. 
Curitiba: Ibpex, 2007.
� REZENDE, D. Planejamento 
de Sistemas de Informação e 
Informática. Atlas, 2003. p. 65.
� TURBAN, E. et al. Administração 
de Tecnologia da Informação. 
Campus, 2005. p. 100.
1
Sistema de 
Informação Gerencial
Prof. Luciano Frontino de Medeiros
Aula 5
O Que é um Sistema de 
Informação Empresarial?
Objetivos de um Sistema de 
Informação Empresarial
Fonte: Laudon; Laudon (2010)
Importância dos SIs
� Nas modernas organizações, 
os sistemas de informação 
são usados em todos os 
níveis funcionais, integrando 
informações de diversas 
áreas e funcionando como um 
verdadeiro fio condutor dos 
negócios
O Surgimento dos SIs
Surgimento dos SIs
� Em abril de 1964 a IBM lançou 
o primeiro computador de 
grande porte (mainframe), de 
uso genérico, o revolucionário 
IBM System/360
2
IMS
� Information Management 
System
� Primeiro programa de 
computador capaz de 
armazenar, organizar e 
recuperar dados com rapidez 
em um banco de dados
A Evolução dos SIs
Evolução dos SIs
� Primeira geração (infância)
� Segunda geração (pré-
-adolescência)
� Terceira geração (adolescência)
� Quarta geração (adulta)
(HIRSCHHEIM, 2012)
Segunda Geração
� Surgimento dos 
minicomputadores e dos PCs
� Hardware se tornou menor e 
mais barato
� A tecnologia se disseminou por 
vários departamentos
Terceira Geração
� Surgimento das redes de 
dados corporativas e rápido 
desenvolvimento das 
tecnologias de hardware, 
software e telecomunicações
Quarta Geração
� Surge com o advento da 
internet e das plataformas 
online
� Competição mais acirrada e 
empresas atrás de vantagem 
competitiva
� E-commerce
3
A Classificação dos SIs
Conforme a Abrangência
� Sistemas departamentais 
(funcionais)
� Sistemas integrados 
(organizacionais)
� Sistemas interorganizacionais
Sistemas Departamentais
� Atendem às demandas 
exclusivas de um 
departamento ou de uma 
função organizacional
• Ex.: um sistema 
desenvolvido especificamente 
para o setor financeiro
Sistemas Integrados
� Agregam em um único 
sistema as informações de 
todas as áreas da organização
• Ex.: finanças, vendas, 
recursos humanos, 
marketing, produção (ERP)
Sistemas 
Interorganizacionais
� Integram as informações de 
várias empresas, movendo as 
informações além das 
fronteiras de uma organização
• Ex.: Amadeus
Sistemas para os Diferentes 
Níveis Hierárquicos
4
SPT
� Tem como finalidade registrar, 
processar, validar e armazenar 
as transações que ocorrem nas 
diversas áreas funcionais de 
uma empresa para futura 
recuperação e utilização
(MAHAJAN, 2009)
Atributos de um SPT
� Desempenho
� Integridade dos dados
� Modularidade
� Facilidade de uso
Tipos de Processamento
� Processamento em lote 
� Processamento em tempo real
(MAHAJAN, 2009)
Processamento em Lote
� Os dados são, primeiramente, 
coletados por um período de 
tempo, para, depois, serem 
processados de uma única vez
• Ex.: coleta de dados em 
catracas
Processamento 
em Tempo Real
� Os dados são processados no 
exato momento em que os 
dados são registrados
• Ex.: compra de passagens 
aéreas
SIG
� Uma das principais atividades 
é o acompanhamento 
constante da operação por 
meio de seus indicadores de 
desempenho
5
Nível Gerencial
� Os gestores precisam receber 
informações qualificadas e 
significativas, as quais 
ajudem a eles identificar 
situações de exceção e, se 
necessário, tomar decisões
Estrutura de um SIG
Fonte: Eleutério (2016)
Tipos de Relatórios 
Gerenciais
� Relatórios programados
� Relatórios sob demanda
� Relatórios de exceção
SIs
� O nível gerencial se ocupa das 
pessoas e dos processos, em 
busca da produtividade e da 
excelência operacional
Nível Estratégico
� O nível estratégico busca a 
sustentabilidade e a 
competitividade do negócio
Sistema de Informação 
Estratégico
� Ferramenta capaz de mudar 
a condução dos negócios com 
o objetivo de assegurar a 
vantagem competitiva de 
uma organização
(TURBAN, 2006)
6
Funções
� Apoiar as decisões estratégicas
� Integrar os processos de 
negócio para otimizar os 
recursos empresariais
� Usar as bases de dados da 
organização como fontes de 
inovação e descoberta de 
conhecimento
� Oferecer sistemas de tempo 
real para assegurar 
respostas rápidas e garantir 
a qualidade dos indicadores 
de desempenho
(HEMMATFAR, 2010)
Tipos de SIs
� Sistemas de Apoio à Decisão 
(SADs)
� Sistemas de Apoio aos 
Executivos (SAEs)
SADs
� Soluções computacionais 
usadas para dar suporte às 
decisões complexas e à 
resolução de problemas
(SHIM, 2002)
Surgimento dos SADs
� 1970 – baseados em modelos
� 1980 – planilhas eletrônicas e 
SADs colaborativos
� 1990 – data warehouse e 
OLAP
Características de um SAD
� Destina-se a problemas não 
estruturados e/ou 
semiestruturados
� Utiliza modelos de análise
� Possibilita a interação com o 
usuário
7
Tipos de SADs
� Baseados em:
• comunicação
• modelos
• dados
• documentos
• conhecimento
Conceito de SAEs
� Softwares destinados a 
suprir os executivos com 
informações úteis para a 
gestão estratégica da 
organização
SAEs São Diferentes de SIs
� Eles observam, 
fundamentalmente, as 
informações externas à 
organização, em particular, 
o comportamento do 
mercado, dos concorrentes, 
dos clientes e parceiros, (...)
(...) em uma visão antecipativa 
que possibilita aos executivos 
agir de forma proativa em seu 
ambiente de negócio
Business Intelligence
� Evolução dos SAEs
� Data warehouse
� Mineração de dados
� OLAP
(WALLS, 1992)
Características� Apoiam os executivos em 
suas decisões estratégicas, 
proporcionando um panorama 
da organização, identificando 
ameaças e oportunidades de 
negócios
8
� Monitoram constantemente as 
informações provenientes dos 
ambientes interno e externo à 
organização
� São capazes de antecipar 
situações que podem afetar 
a competitividade da 
organização
� Utilizam interfaces gráficas 
e amigáveis para o 
acompanhamento dos 
indicadores críticos do 
negócio por meio de painéis 
de monitoramento
� Possibilitam o acesso a 
informações em tempo real, 
dando agilidade às decisões da 
alta gestão por meio de 
tecnologias como o OLAP
� Fazem parte dos Sistemas 
Integrados de Gestão (ERP) 
na forma de módulos de BI 
(Business Intelligence)
� Podem incorporar técnicas 
avançadas de mineração de 
dados (data mining) para 
descoberta de conhecimento 
em grandes bases de dados
9
� Operam sobre bancos de 
dados heterogêneos, os 
quais integram informações 
de diferentes tipos e 
provenientes de todas as 
atividades da organização
Síntese
� O que é um sistema de 
informação empresarial?
� O surgimento dos sistemas de 
informação
� A evolução dos sistemas de 
informação
� A classificação dos sistemas 
de informação
� Sistemas para o nível 
operacional: os SPTs
� Sistemas para o nível 
gerencial: os SIGs
� Sistemas para o nível 
estratégico: os SIs
� Sistemas de Apoio à 
Decisão (SADs)
� Sistemas de Apoio aos 
Executivos (SAEs)
Referências de Apoio
� HIRSCHHEIM, R.; KLEIN, H. A 
Short and Glorious History of the 
Information Systems Field. In: 
Journal of the Association for 
Information Systems, v. 3, 
2012. Disponível em: 
<http://aisel.aisnet.org/jais/vol
13/iss4/5>
� ELEUTÉRIO, M. Sistemas de 
Informação Gerencial. 
Curitiba: Intersaberes, 2016.
� LAUDON, K.; LAUDON, J. 
Sistemas de Informação 
Gerencial. 9. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2010.
10
� MEDEIROS, L. F. Banco de 
Dados: princípios e prática. 
Curitiba: Ibpex, 2007.
� REZENDE, D. Planejamento 
de Sistemas de Informação 
e Informática. São Paulo: 
Atlas, 2003. 65 p.
� TURBAN, E. et al. 
Administração de 
Tecnologia da Informação. 
Rio de Janeiro: Campus, 2005. 
100 p.
� DAVENPORT, T.; PRUSAK, L. 
Conhecimento Empresarial. 
Rio de Janeiro: Campus, 1999.
1
Sistemas de Informação 
Gerencial
Aula 6
Prof. Luciano Frontino 
de Medeiros
SIG para a Administração 
Financeira
Transações Financeiras 
e Contábeis
� Registros de receitas 
e despesas
� Compromissos de pagamento 
� Recolhimentos de tributos
� Quitação de títulos
� Pagamentos de pessoal, caixa
� Emissão de notas fiscais
� Conciliação bancária
� Apoio à gestão 
Funções de um Sistema 
Financeiro
� Coletar informações 
financeiras provenientes de 
diversas fontes, de forma 
precisa, completa, consistente 
e no tempo correto
� Fornecer relatórios gerenciais 
para o acompanhamento 
cotidiano das transações 
financeiras da empresa
� Apoiar as decisões relativas 
às políticas fiscais e 
governamentais
2
� Apoiar as decisões 
relativas às políticas 
fiscais e governamentais
� Ajudar no planejamento e 
execução orçamentária
� Facilitar a preparação de 
documentos financeiros, 
como balanços, relatórios de 
receitas, fluxo de caixa etc.
� Fornecer informações 
financeiras aos órgãos 
fiscais em todas as esferas 
governamentais
� Possibilitar a análise financeira 
por meio de ferramentas 
de fácil utilização, incluindo 
análises comparativas 
da atividade atual com 
históricos financeiros
� Gerar informações 
detalhadas para fins 
de auditoria interna 
e/ou externa
Módulos de um Sistema 
Financeiro
� Controle contábil
� Administração de caixa
� Planejamento orçamentário
� Administração de 
investimentos
(ELEUTÉRIO, 2016)
3
SIG para o 
Relacionamento com 
os Clientes: o CRM
Relacionamento 
com o Cliente
� Conjunto de práticas e 
estratégias usadas por uma 
empresa para interagir com 
os clientes, com o objetivo 
de aumentar suas vendas
CRM
� São sistemas de informação 
usados para gerenciar as 
atividades de relacionamento 
com o cliente, com forte 
viés comercial
Módulos de um CRM
(ELEUTÉRIO, 2016)
Automação da 
Força de Vendas
� Cada vez mais as modernas 
equipes de vendas utilizam 
recursos digitais – como 
smartphones, tablets e 
notebooks – para coletar 
informações de clientes 
em suas visitas de campo
Atendimento ao Cliente
� Módulo para registro 
e gestão do contato 
e interação com os 
clientes e prospects
4
� Consiste de ferramentas 
de apoio às equipes de 
atendimento, incluindo 
as equipes de call center, 
atendimento eletrônico e 
suporte técnico (help desk)
Marketing 
� A ideia é utilizar as valiosas 
informações sobre os clientes 
e prospects, que são coletadas 
em campo pela equipe de 
vendas, para ajudar as 
equipes de marketing
SIG de Manufatura
SI de Manufatura
� São usados para planejar, 
monitorar e controlar as 
compras, os estoques e o 
fluxo de materiais e produtos
5 Componentes de um 
Processo Produtivo
� Matéria-prima
� Equipamentos
� Pessoal
� Instruções/especificações 
� Instalações de produção
Subsistemas
� Projeto e Engenharia 
(CAD e CAE)
� Planejamento e 
escalonamento da produção
� Controle de processos
� Gestão da Qualidade
5
SIG para a Gestão 
de Pessoas
RH
� Nas últimas décadas, a gestão 
dos recursos humanos tornou-
se uma atividade estratégica 
das organizações, e um dos 
principais ingredientes para 
o sucesso de seu negócio
Principais Aplicações
� Recrutamento e seleção 
� Administração da folha de 
pagamento e benefícios
� Gestão de convênios
� Planejamento de capacitação 
e treinamento
� Desenvolvimento de carreiras
� Gerenciamento de planos 
de saúde e da segurança 
no trabalho
� Avaliação de desempenho 
dos colaboradores
Sistemas de RH
� Administração de pessoal
� Treinamento e 
desenvolvimento
� Gestão salarial
SIG para a Gestão 
de Projetos
6
Abordagem de Projeto
� Novo empreendimento seja 
tratado como um projeto, 
e portanto, implantado com 
base em uma metodologia, 
chamada de gestão de projetos 
– ou PM (Project Management)
Projeto
� Conjunto de atividades com 
prazo de conclusão definido 
que visam criar algo novo 
para atender a uma 
necessidade específica
� Exemplo: Projeto de 
Automação Industrial
Metodologia de Projeto
� Estabelece detalhadamente 
como um projeto deve ser 
criado e gerenciado, 
assegurando sua execução 
dentro dos requisitos de prazo, 
custo e qualidade especificados 
em seu planejamento
Sistemas de Gestão 
de Projetos
� Gerenciamento de tarefas
� Gerenciamento orçamentário
� Gerenciamento da colaboração
Sistemas Integrados 
de Gestão (Enterprise 
Resource Planning)
Sistemas Integrados 
� Integram todas as atividades e 
processos de negócio de uma 
organização em uma única 
solução, com o objetivo de 
prover informações de forma 
simplificada e em tempo real 
para todas as áreas funcionais
7
Pacote Integrado 
e Modular
� Gestão da produção
� Gestão de clientes e 
fornecedores
� Compras
� Contabilidade
� Gestão de materiais 
e logística 
� Recursos humanos
Linha do Tempo
(ELEUTÉRIO, 2016)
Surgimento dos ERP
� MRP
� MRP II
� ERP
� ERP II
Antes do ERP
As primeiras aplicações comerciais 
tinham objetivos específicos
Foram desenvolvidas para resolver 
problemas pontuais das diversas 
áreas da empresa
Não havia a preocupação com a 
integração dos processos e dados
MRP
Material Requirement Planning
(Planejamento de 
Requisitos de Material)
Tinha uma finalidade de atender 
o setor de produção industrial
Voltado ao cálculo de necessidades 
de matéria-prima e componentes
8
Envolvia também as informações 
sobre os processos de produção
Planejamento da Produção
Plano Mestre de Produção
Necessidade de Materiais
Capacidade de Produção
Evolução do MRP MRP e MRP II
Representaram um 
grande passo em termos 
de sistematização da 
produção e integração 
de informações
Contabilidade Finanças
Vendas
ERP
Integração ERP/CRM/SCM
SCM ERP CRM
Processos externos
Fornecedores 
Processosinternos Processos externos
Operações Clientes 
Síntese
� SIG para Administração 
Financeira
� SIG para Relacionamento 
com o Cliente (CRM)
� SIG de Manufatura
� SIG para Gestão de Pessoas
� SIG para Gestão de Projetos
� Sistemas Integrados 
de Gestão – ERP
� Os Sistemas de Apoio à 
Decisão (SAD)
� Os Sistemas de Apoio 
aos Executivos (SAE)
Referências de Apoio
� DAVENPORT, T.; PRUSAK, L. 
Conhecimento Empresarial. 
Rio de Janeiro: Campus, 1999.
� ELEUTÉRIO, M. Sistemas de 
Informação Gerencial. 
Curitiba: Intersaberes, 2016.
9
� HIRSCHHEIM, R.; KLEIN, H. A 
Short and Glorious History of 
the Information Systems Field. 
Journal of the Association 
for Information Systems, 
vol. 3, 2012. Disponível em 
<http://aisel.aisnet.org/jais/v
ol13/iss4/5>.
� LAUDON, K; LAUDON, J. 
Sistemas de Informação 
Gerenciais. 9. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2010.
� MEDEIROS, L. F. Banco de 
Dados: princípios e prática. 
Curitiba: Ibpex, 2007.
� REZENDE, D. Planejamento 
de Sistemas de Informação e 
Informática. Atlas, 2003. p. 65.
� TURBAN, E. et al. 
Administração de Tecnologia 
da Informação. Campus, 
2005. p. 100.
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
Sistema de Informação Gerencial 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 01 
 
 
 
Prof. Luciano Frontino de Medeiros 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Conversa Inicial 
Lembre-se de uma situação em que você teve de lidar com informações 
relativas a alguma atividade que precisou desempenhar em seu trabalho. As 
informações que você tinha à mão serviram para tomar uma decisão importante? 
Eram suficientes? Qual o nível de tecnologia que você utilizou para lidar com as 
informações: hardware (computadores, notebooks, etc.), software (planilhas, 
relatórios, telas, etc.)? É possível nos dias de hoje desempenhar as atividades 
de forma eficaz e eficiente sem o uso de tecnologia? Tais questões refletem a 
importância de se lidar com os Sistemas de Informação nas atividades 
organizacionais. Por isso, é essencial identificar o papel das informações, a 
forma como elas circulam dentro das empresas e o seu gerenciamento, bem 
como assinalar a importância da Era Digital e da Revolução da Informação para 
as empresas e seus efeitos na economia. 
 
TEMA 01 – O papel das informações nas empresas 
As atividades de gestão, seja em grandes, médias ou pequenas 
empresas, necessitam da busca e do tratamento de informações, que são 
utilizadas a todo momento para várias tarefas, tais como: alertar, estimular, 
reduzir incertezas, revelar alternativas e embasar nossas tomadas de decisão. 
Elas permeiam a hierarquia, formando a base do processo decisório e sendo 
determinantes para a estratégia da organização. A qualidade das informações 
que recebemos influencia, em grande parte, o sucesso de nossas ações, 
ajudando a enfrentar as mudanças causadas por diversos fatores, sejam sociais, 
econômicos, normativos e tecnológicos, entre outros, os quais geram impacto na 
sustentabilidade das empresas. 
Os sistemas de informação representam uma importante área funcional 
da empresa, tendo tanta importância quanto as funções de contabilidade, 
finanças, gerência de operações, comercialização e administração de recursos 
humanos. Também contribuem para a eficiência operacional a produtividade e o 
moral dos colaboradores, além da satisfação e do atendimento ao consumidor. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
Diferentes informações para diferentes tipos de decisão 
As informações se apresentam em diferentes tipos e formatos, 
dependendo do nível funcional e das situações de decisão enfrentadas pelos 
gestores. No nível operacional, são utilizadas em episódios do cotidiano de 
característica previsível e efeito imediato, como, por exemplo, quando um 
gerente de produção resolve substituir um equipamento que vem apresentando 
níveis de falha acima da média. No nível tático ou gerencial, as informações são 
tratadas de maneira detalhada e analítica, provenientes de diversas fontes e com 
efeitos mais amplos, como, por exemplo, quando um gerente de marketing 
decide lançar uma campanha para a promoção de uma nova linha de produtos. 
No nível estratégico, os executivos fazem uso das informações em situações 
complexas e de maior incerteza, envolvendo a elaboração de cenários, 
previsões, tendências e análises especializadas, que impactam os rumos da 
organização no longo prazo. Decisões de tal tipo acontecem, por exemplo, 
quando a diretoria executiva decide fazer a aquisição de uma concorrente, ou se 
inserir em um novo mercado. 
Além do suporte à tomada de decisão, as informações constituem-se num 
elo para a sinergia entre departamentos e um importante fator motivacional dos 
colaboradores e equipes. Nas modernas organizações, os gestores criam 
condições para a motivação das pessoas, disseminando adequadamente as 
informações, estimulando os colaboradores à participação e contribuindo para a 
produtividade. Quando as informações organizacionais são transmitidas de 
forma adequada e equilibrada entre equipes, as pessoas tendem a compreender 
os aspectos relevantes dos negócios da empresa, reconhecendo os problemas 
e desafios enfrentados por ela, favorecendo a autonomia e proporcionando, 
portanto, um clima organizacional baseado em transparência e credibilidade. 
Entretanto, a utilização correta das informações é apenas um dos fatores 
que afetam o desempenho das empresas. A proteção e os quesitos de 
segurança também são essenciais para preservar o conhecimento 
organizacional e o retorno dos recursos investidos em lançamentos de produtos, 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
inovação e elaboração de novas estratégias competitivas. Nesse contexto, os 
sistemas de segurança e as políticas de controle de acesso informacional 
desempenham o papel essencial de regular a forma com que as informações 
são recuperadas e distribuídas nos diversos âmbitos da organização, interna ou 
externamente. 
Você já deve ter se deparado com alguma situação envolvendo problemas de 
segurança de dados. Mesmo os e-mails recebidos sem a sua autorização e com 
suspeita do conteúdo ou links colocados na caixa de spam são situações de 
potencial perigo. A proteção dos dados requer cuidados no uso de sistemas, 
geralmente através de senhas de acesso. Muitas pessoas não fazem ideia da 
criatividade dos hackers em obter os dados pessoais para invadir sistemas. 
Muitas vezes, cuidados simples, como a troca periódica de senhas e o acesso a 
sites confiáveis, permitem um bom nível de segurança das informações. 
Lidar com informações também é uma atividade vista como possibilidade 
profissional. O desenvolvimento de atividades na área dos sistemas de 
informação figura como oportunidade dinâmica de carreiras desafiadoras e 
compensadoras para milhões de pessoas – além de ser um componente central 
dos recursos, infraestrutura e capacidades das empresas que lidam com e-
business. 
 
TEMA 02 – A circulação das informações nas organizações 
As informações organizacionais são tratadas em um processo cíclico 
envolvendo, antes de qualquer coisa, a identificação da sua necessidade, 
passando pela sua aquisição, organização, armazenamento, distribuição e 
utilização (Choo, 2003). A cada etapa em que as informações são manipuladas, 
elas tendem a circular entre pessoas e sistemas, seguindo os denominados 
fluxos informacionais. 
Estes ocorrem em vários níveis funcionais da organização. De acordo 
com Valentim (Valentim, 2012), “os fluxos informacionais perpassam do nível 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
estratégico ao nível operacional, refletindo e impactando nos processos que 
compõem a organização, inclusive o processo decisório e, por consequência as 
estratégias de ação”. 
Em relação às regras de circulação das informações, os fluxos podem 
ocorrerde maneira formal ou informal. Fluxos formais são os que seguem 
normas e procedimentos bem definidos, previstos, estruturados e documentados 
nas políticas da organização. Eles estão na base da gestão informacional, 
refletindo as regras de circulação e proteção das informações. Como exemplo, 
o envio de um relatório pelo gestor de um projeto aos seus participantes, 
conforme previsto no termo de abertura e em conformidade com a política de 
comunicação da organização. 
Apesar disso, uma grande parte das informações segue os fluxos 
informais, iniciados de forma espontânea pelas pessoas, sem regras 
específicas e trafegando por múltiplos canais de comunicação. São as 
informações trocadas em ambientes interativos, como as salas de chat online, 
os fóruns de discussão e os ambientes de relacionamento. A diferença entre os 
fluxos informais e os formais reside na agregação de diferentes possibilidades 
de interação, proporcionando maior liberdade de expressão e sendo essenciais 
para a gestão do conhecimento em uma organização. 
De acordo com a origem e o destino das informações, os fluxos 
informacionais são divididos em três categorias: o fluxo das informações 
provenientes do mundo externo, o fluxo das informações produzidas e 
organizadas internamente e o fluxo das informações que são produzidas pela 
organização e destinadas ao mercado (Lesca e Almeida, 1994), conforme ilustra 
a figura abaixo. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
6 
 
Figura 1 - Fluxo informacional adaptado de (Lesca e Almeida, 1994). 
 
TEMA 03 – O mundo digital e a revolução da informação 
A partir da segunda metade do século XX, os computadores deram início 
a uma silenciosa revolução que mudou para sempre o cotidiano das pessoas e 
das organizações. Esse fenômeno foi denominado de “Revolução da 
Informação” e transformou de forma profunda o ambiente das organizações, 
fazendo emergir novos modelos organizacionais e moldando também o cenário 
competitivo das empresas. 
As tecnologias digitais estão na origem desta revolução, como 
invenções sem par que transformam as informações em registros digitais para 
serem processadas de forma eletrônica. Os registros armazenados fisicamente 
em papel foram-se tornando bancos de dados guardados digitalmente e 
organizados em grandes volumes. Fazendo uso de softwares específicos, as 
informações são processadas com altíssima velocidade e grau de precisão. A 
partir daí, as tarefas repetitivas executadas pelos seres humanos foram sendo 
abolidas do cotidiano empresarial, criando novos patamares de produtividade. 
Entretanto, as informações revelam a sua utilidade somente quando 
alcançam as pessoas e são devidamente utilizadas por elas. Atendendo a esta 
necessidade, o avanço seguinte – e não menos importante da Revolução da 
Informação – foi o advento das redes digitais de comunicação. Por meio delas, 
computadores e softwares funcionam de forma interconectada e fazem as 
informações circularem com velocidade e segurança, percorrendo grandes 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
7 
distâncias à velocidade da luz. Têm-se assim os três pilares tecnológicos da 
Revolução da Informação: computadores, softwares e redes de 
comunicação. 
A agilidade de comunicação alcançada pelas redes mudou o fluxo de 
informação nas empresas. As estruturas mais tradicionais, centralizadas e 
hierárquicas, com fluxos controlados e bem definidos, cederam lugar a modelos 
horizontais, nos quais as informações fluem de forma ágil, tanto em âmbito 
interno, entre os setores, quanto externo às organizações. 
Quando postamos uma informação em um site corporativo, ou enviamos 
uma mensagem por e-mail ou através de um sistema de mensagens 
instantâneas, fazemos com que a informação chegue de forma quase imediata 
a um número ilimitado de pessoas. Quando compramos um produto em uma loja 
virtual, produzimos, sem perceber, um fluxo invisível e instantâneo de 
informações entre uma infinidade de sistemas, desde o site de e-commerce, 
passando pelos sistemas bancários, pelos softwares financeiro e de estoque da 
loja, até o sistema de logística da transportadora. Assim, na prática, as novas 
formas de produzir e transmitir informações se traduzem em um imenso ganho 
de eficiência e produtividade. 
Uma consequência dos avanços da Era Digital são os modernos 
ambientes corporativos, que permitem às pessoas interagir, colaborar e 
compartilhar recursos de forma ubíqua. O trabalho em equipe já não exige mais 
a presença física. As informações estão presentes em qualquer lugar e a 
qualquer momento, sem barreiras geográficas. A comunicação digital acontece 
também de maneira assíncrona, permitindo interagir com os outros usuários em 
momentos diferentes. A ubiquidade e a assincronia são características 
determinantes das novas formas de comunicação. 
 
A tecnologia que move a informação 
A interação complexa e substancial entre computadores, softwares e 
redes de comunicação permite o alcance de uma alta capacidade de 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
8 
comunicação entre pessoas e sistemas, mantida pela Tecnologia da Informação 
e Comunicação (TIC), em inglês conhecida por ICT (Information and 
Communication Technology). 
A TIC, ao longo do tempo, vai incorporando novos avanços tecnológicos, 
aprimorados com base nas invenções e inovações produzidas desde a criação 
da informação digital. Nos dias de hoje, a TIC representa a principal força 
impulsionando a nova Era Digital e o fator central para que as empresas 
desenvolvam novos modelos de negócio. 
Podemos conceituar TI como sendo os recursos tecnológicos e 
computacionais para guarda, geração e o uso da informação e do conhecimento 
(REZENDE, 1999). Outra definição se refere ao hardware, software, tecnologia 
de armazenagem, de comunicações representam a infraestrutura da informação 
(LAUDON & LAUDON, 2010). 
Uma forma interessante de pensar na importância da evolução das 
tecnologias é imaginar a realidade sem ela. “TI é como uma commodity como 
energia elétrica; não é a sua presença que faz diferença; é a sua ausência que 
exclui” (RITTO, 2005). Se uma empresa não possui tecnologia, assim como 
possuem seus concorrentes, então existe uma séria ameaça à própria 
sobrevivência desta empresa. 
As TICs lidam com sistemas de vários tipos e de diferentes naturezas, as 
quais apresentam interações diversas e lógicas diferenciadas (se pensarmos 
que os seres humanos lidam com uma lógica diferente da dos sistemas). A tarefa 
de planejar adequadamente as TICs não se resume apenas a definir os tipos de 
equipamentos ou softwares. Os desafios são muitos e tendem a ficar complexos 
ao longo do tempo. 
Os sistemas são concebidos dentro das organizações de maneira 
simples, geralmente atendendo diretamente às necessidades de informação, e 
com vistas a controles finais e atendimento à legislação. Com o tempo, o 
crescimento e interligação com outros sistemas, novas interações e dificuldades 
aparecem. Além disso, o ambiente também tende a mudar ao longo do tempo. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
9 
Inevitavelmente, os modelos mentais que originaram estes sistemas já não 
servem mais, necessitando de soluções mais adequadas para lidar com a toda 
a complexidade que surge. 
Vários são os fatores críticos que têm impacto sobre o planejamento e a 
estruturação de uma área de TIC. Dentre alguns, podemos enumerar: 
 Obsolescência programada: novos equipamentos já saem de fábrica 
tendo seu prazo de uso praticamente definido. Computadores se tornam 
obsoletos em prazos mais curtos que um ano. Gerenciar os impactos da 
obsolescência é um grande desafio, ainda mais para empresas que 
trabalham com estratégias inovadoras e precisam lançar novos produtos 
constantemente. 
 Atualização permanente: é necessário que os sistemas contratados 
desempenhem umaagenda de atualização, tanto para novas 
características a serem atendidas pelos softwares, quanto para 
atualizações de segurança ou adequação a equipamentos. 
 Implantação de novos sistemas: com a proliferação de novos 
equipamentos baseados em tecnologia multitouch, as plataformas de 
software precisam ter alto grau de conectividade e portabilidade, e 
sistemas mais antigos têm dificuldades de se adequar às novas 
realidades. 
 Treinamento e capacitação: trata-se de um problema permanente, pois 
à medida que novos softwares e equipamentos são lançados, é 
necessário que as pessoas sejam bem capacitadas para operar tais 
sistemas e extrair a eficiência desejada. 
 Integração corporativa: empresas com estratégias de fusão ou 
aquisição precisam lidar com a integração, substituição ou 
desmobilização de outros sistemas já implantados, necessitando de 
programas de implantação que vão lidar com uma série de resistências 
culturais. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
10 
 Prestação de serviços: com a ideia de computação em nuvem (cloud 
computing), bem como o fornecimento de software como um serviço 
(SaaS – Software as a Service), as organizações precisam adaptar suas 
plataformas e infraestruturas para novas modalidades de contrato, e 
conciliar tais modalidades com projetos já implantados e funcionando, o 
que acaba se tornando um grande desafio de gestão. 
 Habilidades de gerenciamento de projetos: é necessário que os 
gestores da área de TIC estejam habituados à dinâmica de gerenciamento 
de projetos, pois cada nova solução a ser implantada é um novo projeto a 
ser gerenciado, e o controle de cronogramas de implantação com prazos 
bem definidos é crucial para que os resultados previstos sejam 
alcançados. 
Dessa forma, são vários os desafios de lidar com novas tecnologias, para 
os quais os gestores de TIC devem estar preparados: 
 Cloud computing: computação em nuvem, com servidores de dados 
localizados na internet para acesso remoto por parte da empresa. 
 Interfaces homem-máquina: novas formas de interação com os 
sistemas, tais como a movimentação de mãos para operar sistemas, 
interfaces cérebro-máquina para movimentação de cursor de forma 
automática, e dispositivos para portadores de necessidades especiais. 
 Tablet computing: a computação com tablets substituindo computadores 
e notebooks em vários setores das organizações. 
 Computing intelligence: novos softwares e dispositivos inteligentes para 
tornar as tarefas mais intuitivas, tais como reconhecimento de voz e 
sintetização de fala. 
 Business Intelligence + Big Data: novas ferramentas e softwares para 
mineração em quantidades massivas de dados. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
11 
 Redes sociais corporativas: redes sociais para uso das empresas, 
modificando os sistemas baseados em intranet e tornando as atividades 
a serem desempenhadas de forma mais colaborativa. 
A TIC deve considerar, portanto, as necessidades da empresa e dos 
usuários de tecnologia. Deve primar também pela visão da qualidade de 
produtos e serviços e, ainda, a eficiência de processos e eficácia de objetivos. 
De maneira geral, qual deve ser o objetivo da TIC? Como conciliar a 
complexidade e o caos inerente ao universo de TI com o objetivo de obtenção 
de soluções eficientes e eficazes e de fácil usabilidade para as organizações? 
 
TEMA 04 – Os efeitos da era da informação na economia 
Nas últimas décadas, as consequências da Revolução da Informação 
ultrapassaram os limites das organizações e tiveram grande impacto na 
economia do planeta. A concorrência entre as empresas torna-se cada vez mais 
acirrada, na mesma medida em que distâncias geográficas não são mais 
barreiras para as atividades econômicas. 
O fenômeno da globalização, impulsionado pela explosão no uso da 
internet, permitiu a criação de novos modelos de negócio, redirecionando 
estratégias de mercado. A tradicional economia da Era Industrial, originada no 
século XVIII e baseada na mecanização e na produção em massa, transforma-
se em uma nova economia “pós-industrial”, baseada na informação e no 
conhecimento. 
Alvin Toffler, em sua obra intitulada “A Terceira Onda” (Toffler, 1980), 
refere-se à Revolução da Informação como “a terceira onda econômica mundial”, 
em que a força das novas organizações não está mais na produção de bens, e 
sim na informação, no conhecimento e na tecnologia. De acordo com Toffler, a 
Revolução da Informação, sucedendo as revoluções agrícola e industrial, criou 
uma espécie de economia digital, na qual o capital intelectual e a tecnologia são 
os principais fatores de sucesso das modernas organizações. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
12 
Peter Drucker, considerado um dos pais da Administração e um dos mais 
influentes pensadores da gestão contemporânea, apontou que a Revolução da 
Informação não está na própria informação em si, nem mesmo nos efeitos 
práticos que a tecnologia produz no cotidiano das empresas. A real revolução 
está nos novos modelos econômicos propiciados a partir das novas tecnologias. 
Conforme Drucker (Drucker, 1999), a internet está representando para a Era da 
Informação o que as ferrovias representaram para a Era Industrial. O uso 
exponencial da internet e o avanço do comércio nos meios eletrônicos são 
fatores vitais para a nova economia, criando canais inéditos de distribuição de 
produtos e serviços, reinventando os fluxos de produção e redefinindo o perfil 
dos consumidores finais. 
 
Big Data: o mais novo fenômeno da Era Digital 
O volume cada vez maior de dados produzidos a todo momento pelos 
usuários na internet originou o fenômeno do Big Data. A partir de uma pesquisa 
na internet, cada palavra de busca digitada e link clicado são devidamente 
registrados. Qualquer ação, como assistir a um vídeo, ler um jornal virtual ou 
texto de blog, comprar um produto em uma loja virtual, é registrada. E não 
apenas os dados da transação, mas também os demais produtos visualizados 
sem ser adquiridos, a hora da compra, a localização geográfica, os dados 
pessoais, o comportamento do consumidor etc. 
Dessa forma, o extraordinário volume de informações que são capturadas 
a todo momento, em escala global, está armazenado em servidores 
corporativos, formando imensos banco de dados, de valor inestimável para as 
organizações. O fenômeno do Big Data está sendo explorado pelas empresas 
para monitorar de forma contínua o desempenho dos negócios, para conhecer e 
estimular potenciais consumidores e criar modelos preditivos, que sejam 
capazes de antecipar as tendências e assim realimentar as estratégias de 
mercado. O Big Data leva os Sistemas de Informações Gerenciais a um novo 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
13 
patamar, sendo o principal desafio conferir significado e utilidade para a imensa 
massa de dados originada das redes digitais. 
 
TEMA 05 - O gerenciamento das informações 
As informações têm o potencial de proporcionar agilidade e auxiliar a 
garantia do sucesso das organizações. Em caso contrário, podem vir a afetar de 
forma negativa o seu desempenho. Além de manter e cuidar do que possuem, é 
necessário também proteger o que sabem ou conhecem, ou seja, o seu capital 
intelectual. A partir daí, a gestão da informação e do conhecimento constituiu-
se num importante campo, chamando a atenção da alta administração e 
provocando mudanças importantes nas estruturas das empresas. 
O volume de informações crescente tratado nas organizações, assim 
como a sua dinâmica inerente, exige que a gestão informacional tenha o suporte 
de tecnologias. Dos anos 70 em diante, com o uso intensivo das tecnologias de 
armazenamento e redes de computadores, o gerenciamento das informações 
tornou-se altamente especializado. Gerentes de tecnologia se tornaram 
gestores da informação, lidando com os sistemastecnológicos e com as 
políticas destinadas para garantir que as informações sejam devidamente 
captadas, organizadas, armazenadas, acessadas, mantidas e protegidas. Isso 
reflete a importância estratégica das informações para as organizações, 
originando a denominação CIO (Chief Information Officer), ou Executivo-chefe 
de Informação. 
 
Trocando Ideias 
Fórum: poste a sua opinião sobre o Gerente de Informação e o desempenho da 
sua função em ambientes complexos e de alta mudança no contexto 
organizacional: os desafios e as oportunidades. 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
14 
Síntese 
Nesta aula, foram vistos os conceitos relativos ao papel da informação 
nas empresas, a forma como as informações circulam dentro e fora das 
organizações, os impactos da Revolução da Informação e da Era Digital nas 
atividades das organizações, bem como os efeitos desta era na economia de um 
modo geral. Por fim, o gerenciamento das informações é uma das atividades 
mais importantes a serem desempenhadas nas organizações, tendo em vista 
que todas as atividades da corporação dependem da forma como as informações 
são tratadas. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
15 
Referências 
ACKOFF, R. From data to wisdom. Journal of Applied Systems Analysis 16, 
1989. 
CHOO C. W. A organização do conhecimento. São Paulo: SENAC, 2003. 
DRUCKER, P. Beyond the Information Revolution. Atlantic Monthly, 1999. 
DRUCKER, P. F. O gerente eficaz. Rio de Janeiro: Zahar, 1972. 
ELEUTÉRIO, M. A. M. Sistemas de Informação Gerencial. Curitiba: 
Intersaberes, 2016. 
GONTIJO et al. Tomada de decisão, do modelo racional ao comportamental: 
uma síntese teórica. Caderno de Pesquisas em Administração. São Paulo, 
2004. 
HARRIS, R. Introduction to Decision Making, VirtualSalt. Disponível em 
<http://www.virtualsalt.com/crebook5.htm>. Acesso em: 04ago.2016. 1998. 
LAUDON, K; LAUDON, J. Sistemas de Informação Gerenciais, 11. ed. São 
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2014. 
LAUDON, K; LAUDON, J. Sistemas de Informação Gerenciais, 9. ed. São 
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. 
LESCA, H.; ALMEIDA, F. C. Administração estratégica da informação. Revista 
de Administração, São Paulo, 1994. 
MEDEIROS, L. F. Banco de Dados – Princípios e Prática. Curitiba: IBPEX, 
2007. 
O’BRIEN, J. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da 
internet. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
16 
POTTER, R.; RAINER, R.; TURBAN, E. Administração de Tecnologia da 
Informação – Teoria e Prática. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 
REZENDE, D. Planejamento de Sistemas de Informação e Informática. São 
Paulo: Atlas, 2003, p. 65. 
SIMON, H. Comportamento Administrativo: estudo dos processos decisórios 
nas organizações administrativas. Rio de Janeiro: FGV, 1979. 
STAIR M. R. Princípios de Sistemas de Informação: uma abordagem 
gerencial. Rio de Janeiro: LTC, 2004. 
TOFFLER, Alvin. A terceira onda. Rio de Janeiro: Record, 1980. 
TURBAN, E. et al. Administração de Tecnologia da Informação. Rio de 
Janeiro: Campus, 2005, p. 100. 
DAVENPORT, T.; PRUSAK, L. Conhecimento Empresarial. Rio de Janeiro: 
Campus, 1999. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
Sistema de Informação Gerencial 
 
 
 
 
 
AULA 02 - Dado e informação, qual a diferença? 
 
 
 
 
 
 
Prof. Luciano Frontino de Medeiros 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Conversa Inicial 
Muitas vezes, quando falamos algo relacionado a dado e informação, 
tendemos a utilizar estes dois termos indiscriminadamente. Algumas vezes 
podemos dizer: “não tenho informação suficiente para tomar essa decisão”; ou: 
“não tenho dados suficientes para decidir sobre isso”. Porém, quando falamos 
em SIG, é importante que possamos definir de maneira distinta cada um 
desses conceitos. Na interação com sistemas organizacionais, os dados 
podem se transformar em informação, caracterizados pelo valor que esta pode 
proporcionar. Também em muitas situações, podemos ter uma quantidade 
grande de informações, porém, insuficientes para avaliar certa situação. Dessa 
forma, tanto os aspectos quantitativos quanto qualitativos devem ser 
considerados, com dados e informação relacionando-se entre si e fazendo 
parte de uma estrutura construída desde os níveis mais básicos até os mais 
complexos. 
 
TEMA 01 - Dado e informação, qual a diferença? 
A diferença entre dado e informação não é evidente. Tendemos a utilizar 
estes dois termos de forma sobreposta no dia a dia. Mesmo na literatura 
especializada, são frequentemente usados de maneira inadequada. Um 
exemplo é a frase: “a era digital gera uma sobrecarga de informações sobre as 
pessoas”. Interpretando de forma correta, não se trata de sobrecarga de 
informações, e sim de dados. Mas qual é a diferença entre dado e informação? 
 Dados são sinais desprovidos de interpretação ou significado. São 
números, palavras, figuras, sons, textos, gráficos, datas, fotos ou qualquer sinal 
sem nenhum contexto. Quando alguém vê um cadastro em uma tela de 
computador, ou olha para um relatório pela primeira vez, tem contato com 
dados. Dados são entendidos, então, como estruturas sem significado. 
Informação, por sua vez, refere-se ao dado dotado de significado, 
tornando-se algo compreensível. Para terem significado, os dados devem 
conter algum tipo de estrutura ou contexto associado. À medida que as 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
informações em um cadastro são assimiladas, analisadas e percebidas, os 
dados se tornam informações. 
Portanto, dados são símbolos ou signos que representam objetos ou 
fatos. Podem ser expressos de maneira numérica, textual ou visual; por 
exemplo, um valor, uma imagem ou uma data. Os dados constituem-se de 
registros de algo que foi observado e, então, mensurado. Quando um dado é 
interpretado e analisado, ele ganha “relevância” e “finalidade”, realçando a sua 
importância e tornando-se informação. Podemos dizer então que o dado é o 
elemento básico, ou a “matéria-prima” de uma informação. Da mesma forma, 
podemos dizer que a informação é o resultado da interpretação dos dados. 
Outra característica importante dos dados é a escala em que eles são 
processados. Geralmente, são volumosos e capturados de forma automática 
ou semiautomática, estão salvos em grandes bancos de dados e são 
manipulados diretamente por sistemas computacionais. As informações, por 
outro lado, são produzidas, em menor volume, a partir dos dados. Elas são 
compreensíveis e significativas às pessoas em suas tomadas de decisão e, 
normalmente, se apresentam na forma de textos, relatórios, planilhas ou 
gráficos. 
 
Diferentes informações a partir dos mesmos dados 
De acordo com o contexto em que os dados são interpretados, eles 
podem originar diferentes informações. Veja nos exemplos a seguir 
(ELEUTÉRIO, 2016): 
Exemplo 1. Cada vez que compramos um produto em um site de 
comércio eletrônico, são coletados diversos dados sobre a transação. Entre 
eles estão o código do produto, a quantidade de itens adquiridos, a data e hora 
da compra e a localização geográfica do usuário. No banco de dados do 
sistema de e-commerce, esses dados ficam armazenados em registros 
individuais, por exemplo: (5423), (3), (02/12/2014), (12:53) e (192.09.87.31), 
indicando respectivamente o código do produto, a quantidade, a data, a hora e 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
o endereço IP do computador de origem ― que pode ser usado para identificar 
a localização geográfica do usuário. Esses registros serão ‘apenas um conjunto 
de dados’ até que sejam interpretados e relacionados entre si. Quando isso 
ocorre, eles se tornam ‘informações’, ganhando utilidade e relevância, por 
exemplo, para avaliar o desempenho de venda decada produto, detectar as 
preferências de cada região, revelar os produtos mais visitados no site, 
identificar a época do ano em que cada produto vende mais, os horários de 
maior acesso, entre outras inúmeras informações. 
 
Exemplo 2. O supervisor de uma fábrica registra o volume de produção de 
janeiro a dezembro com os seguintes dados. 
Dados de produção (quantidade de itens produzidos) 
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 
130 200 250 300 700 800 900 250 230 220 30 240 
 
Vejamos algumas informações que poderiam ser extraídas a partir desse 
mesmo conjunto de dados: 
Informação 1: a maior parte da produção anual concentrou-se nos meses de 
maio, junho e julho; 
Informação 2: a produção média no ano foi de aproximadamente 354 peças por 
mês; 
Informação 3: no mês de novembro, houve uma queda de produção de 90% 
em relação à média anual. 
 
No exemplo anterior, as informações auxiliam o gestor de produção com 
o planejamento e reorganização da operação, sendo essenciais como recursos 
valiosos na organização. 
 
TEMA 02 - Informações quantitativas e qualitativas 
As informações podem ser divididas em dois grandes grupos: 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
informações quantitativas e qualitativas. As primeiras podem ser medidas, 
expressas em números. Por exemplo: “a inflação subiu 3% em relação ao 
mesmo período do ano anterior”, ou “nossa central telefônica processa em 
média 60 ligações por minuto”. As informações quantitativas são geralmente 
usadas para comparar metas e resultados, especificar recursos ou produtos 
finais. 
Por outro lado, as informações qualitativas têm natureza subjetiva e são 
representadas de forma descritiva, expressando julgamentos de valor ou 
opiniões. Por exemplo: “o produto avaliado revelou desconforto na sua 
utilização”. Elas são especialmente úteis para expressar opiniões sobre 
produtos ou serviços, como aquelas geradas em um grupo focal formado para 
avaliar um novo lançamento no mercado. 
 
TEMA 03 - O valor e a qualidade das informações 
É possível mensurar o valor da informação? Embora se trate de um 
recurso de característica intangível, pode-se afirmar que o valor de uma 
informação é tanto maior quanto for o seu potencial de afetar o negócio da 
empresa. Tal valor potencial pode ser estimado pelo nível de atenção que a 
informação provoca nas pessoas e por quanto as empresas estão dispostas a 
pagar por ela. 
 
O propósito das informações 
Outra forma de avaliar o valor de uma informação é compreender o seu 
propósito em uma organização. Segundo Moresi (2000), as informações são 
usadas basicamente para duas finalidades: compreender o ambiente de 
negócio – interno e externo – e agir sobre ele. Isso significa que as informações 
estão diretamente ligadas à avaliação das situações e ao processo de decisão. 
Com isso, a sua importância depende do nível de criticidade que ela representa 
na atividade gerencial. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
6 
A relevância das informações 
Em relação ao nível de relevância – ou importância –, as informações 
podem ser classificadas em quatro categorias: irrelevante, potencial, mínima e 
crítica. A figura abaixo ilustra essas categorias e o impacto que representam 
para as organizações. 
 
Figura 2 - A relevância das informações, adaptada de (Moresi, 2000). 
 
Informações críticas são aquelas que garantem a sobrevivência da 
organização, como, por exemplo, os indicadores financeiros. As informações 
mínimas são usadas para o gerenciamento das atividades, por exemplo, os 
indicadores de desempenho operacionais. As informações potenciais são 
aquelas que podem ter um impacto futuro, tipicamente usadas para buscar 
diferenciais competitivos para as empresas, como por exemplo, uma tendência 
de mercado. Por fim, as informações irrelevantes não causam impacto algum 
sobre a organização, e devem ser descartadas. 
A qualidade das informações 
A qualidade de uma informação é avaliada pelos seguintes atributos: 
relevância, precisão, confiabilidade e temporalidade. A relevância reflete a 
importância da informação para a tomada de decisão. A precisão indica a 
proximidade – ou margem de erro – da informação em relação ao fato em si. A 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
7 
confiabilidade indica o grau de confiança na fonte produtora da informação. A 
temporalidade se refere ao tempo que a informação leva para ser apresentada 
ao tomador de decisão; quando esse tempo é muito curto, dizemos que a 
informação foi produzida em tempo real, como as utilizadas por operadores de 
bolsas de valores. 
 
TEMA 04 - Convertendo dados em informações 
Como visto anteriormente, os dados são geralmente coletados em 
grandes volumes e em formatos inadequados para serem usados diretamente 
pelas pessoas. Para que se tornem úteis, é necessária a sua conversão por 
meio de algum tipo de formatação ou configuração que permita sua análise. A 
conversão de dados em informações envolve três fases: a filtragem, o 
processamento e a apresentação. 
 
Figura 3 - Conversão de dados em informações. 
 
Para transformar dados em informação, a partir de um sistema 
informacional, utilizamos algumas operações específicas. Nossa tarefa de 
transformação é implícita e não percebemos que fazemos esses processos a 
todo momento, quando experimentamos qualquer conjunto de dados. De acordo 
com Davenport e Prusak (1999), podemos caracterizar as seguintes operações: 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
8 
Contextualização Sabemos qual a finalidade dos 
dados coletados. 
Categorização Conhecemos os componentes 
essenciais dos dados. 
Cálculo Os dados podem ser analisados 
matemática ou estatisticamente. 
Correção Os erros são eliminados dos dados. 
Condensação Os dados podem ser resumidos para 
uma forma mais concisa. 
 
Assim, quando vemos uma planilha de produção, contextualizamos os 
dados do setor específico de que trata o documento; verificamos os diferentes 
tipos de produtos e categorizamos aqueles que atingiram a meta ou não; 
fazemos cálculos de cabeça quanto ao atingimento geral em um prazo maior 
(por exemplo, na semana ou no mês); informamos quanto à correção de algum 
dado com erro explícito na planilha; e buscamos condensar os dados para um 
nível de informação mais resumido, como a produção do dia, ao invés de hora 
em hora. 
 
Filtragem dos dados 
A primeira etapa da conversão de dados em informações é a filtragem, 
na qual selecionamos apenas o que interessa à nossa análise. Por exemplo, se 
pretendemos avaliar o desempenho de vendas de um determinado produto em 
uma determinada região, serão descartados todos os dados que não atendem 
a essas condições. Tal tarefa é desempenhada com muita eficiência pelos 
bancos de dados e seus mecanismos de filtragem. 
 
Processamento dos dados 
Depois de filtrados, os dados passam pela etapa de processamento, 
onde são inter-relacionados, interpretados e manipulados para que se 
transformem em informações. Um relatório financeiro que agrupa receitas e 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
9 
despesas e calcula a margem de lucro a cada período é um bom exemplo. O 
processamento dos dados é realizado por rotinas de software e normalmente 
envolve operações aritméticas e estatísticas, como o cálculo de médias, 
frequências, percentuais, totalizações e sumarizações. 
Tecnicamente falando, os dados se tornam informações ao final do 
processamento. É nessa etapa que eles são inter-relacionados e se tornam 
significativos para fins de análise. Mas, na prática, para que as informações 
sejam interpretadas pelos usuários, precisam ser exibidas de forma adequada, 
o que é realizado na etapa de apresentação, como veremos baixo. 
 
Apresentação das informações 
Dados coletados e processados com qualidade terão pouca utilidade

Outros materiais