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ENG 1531 – Estratégia/Gestão de Compras – Tópico 2 O Processo de Terceirização Agenda • Principais tópicos Aula 1; • Integração Vertical; • Terceirização Importância crescente do Processo de Compras para as Empresas • Custo dos bens e serviços comprados de terceiros; • Terceirização de atividades importantes; • Aumento da complexidade e número de interfaces com os fornecedores. Fundamentos Teóricos • Compras e Stakeholders; • Compras e a Cadeia de Valores; • Compras e a Logística Integrada; • Compras e a Cadeia de Suprimentos. Integração Vertical Estratégia Corporativa • Define nas organizações, a estratégia de onde uma firma deve competir em termos de geografia, produtos e integração vertical; • Define as fronteiras e o escopo da organização. Escopo da Organização Especialização x Integração P1 P2 P3 C1 C2 C3 Escopo Vertical Escopo de Produto Escopo Geográfico Várias Empresas Especializadas V1 V2 V3 Empresa Integrada V1 V2 V3 P1 P2 P3 C1 C2 C3 Integração Vertical Definição • É a propriedade, por parte da empresa, de atividades relacionadas verticalmente com o negócio; • O grau de integração vertical é medido pela razão entre o valor adicionado pela empresa e as suas vendas. Fonte: Grant, 2005 Integração Vertical Abrangência • Integração Total: Quando toda a produção de um dos estágios de produção é transferida para o estágio seguinte, não havendo venda para terceiros ou compra de terceiros; • Integração Parcial: Quando a produção interna não é auto-suficiente ou há excedentes. Integração Vertical Cadeia de Valor Genérica Extração / Produção Matéria-Prima Conversão Matéria-Prima Fabricação de Partes e Componentes Montagem do Produto e Teste Distribuição Usuário Final Fonte: Baseado em Beckman & Rosenfield Integração Vertical Direções V1 V2 V3 Integração para trás V1 V2 V3 Integração para frente Integração Vertical Cadeia de Valor Indústria de Cervejarias Produtor Cevada Fabricante Malte Fabricante Cerveja Envase Distribuição Varejo Integração Vertical Direções Integração para trás Empresa Integração para frente Logística Entrada Montagem Componente Gestão Armazém etc Serviço Pós-venda Distribuição Propaganda etc Manufatura Peça 1 Manufatura Peça 2 Varejo Cliente Final etc Exemplo de Cadeia de Valor Computadores Pessoais Montagem Final Distribuição Fabricante Intermediário Varejo Matéria Prima Cliente Final Dow Chemical Union Carbine Kyocera Intel Seagate Asus Quanta Compal Wistron Pegatron Hon Hai Fed-Ex UPS TNT FastShop Apple Store Ponto Frio Fonte: Adaptado de McIvor, 2005Onde Está Dell, HP, Apple? Integração Vertical Custos (Transação x Administração) Várias Empresas Especializadas V1 V2 V3 Empresa Integrada V1 V2 V3 • Relações reguladas Internamente; • Custos Envolvidos de Administração do Negócio: • Diferenças entre escalas ótimas dos estágios de Produção; • Desenvolvimento de capacitações distintas; • Gestão estratégica de negócios distintos; • Falta de Incentivos. • Relações reguladas pelo mercado; • Custos Envolvidos nas transações de troca entre empresas: • Seleção de Fornecedores; • Negociação e Formalização dos contratos; • Acompanhamento dos Contratos; • Disputas Judiciais, .... Integração Vertical Estratégias Distintas na Indústria Desenho Fabricação Venda Z A R A Desenho Fabricação Venda G A P Outros Exemplos – Indústria de Computadores, Indústria de Caminhões Integração Vertical Estratégias Distintas na Cadeia de Valores Minério de Ferro Aço Folhas de Aço Latas Contratos de Mercado Contratos de Mercado Integração Vertical Integração Vertical Integração vertical pode resultar em redução de custos Evita custos de transação: • Harmoniza incentivos, substituindo a maximização de lucro em estágios individuais, pela maximização do lucro no conjunto todo; • Evita ações de oportunismo pelo controle hierárquico, evitando os custos legais de elaborar contratos e de fazer que sejam cumpridos; • Aprimora a troca de informação entre sucessivos estágios de produção. Fonte: D´Aveni e Ravescraft, 1994 Integração Vertical Pode resultar em redução de custos Explora oportunidades de coordenação de atividades internas e interdependências tecnológicas: • Pode diminuir substancialmente os custos de carregar estoques e da falta de uso da capacidade instalada pela coordenação integrada da produção e dos estoques; • Permite a aplicação de uma tecnologia eficiente e compartilhamento de P&D pela combinação de dois estágios sucessivos de produção. Fonte: D´Aveni e Ravescraft, 1994 Integração Vertical Pode resultar em redução de custos Cria poder sobre fornecedores e compradores • Prove a firma com informações sobre os processos e custos associados a uma entrada, diminuindo a assimetria de informação e permitindo uma melhor negociação com os fornecedores; • Prove adequados pontos de venda, reduzindo distorções de preço quando existem distribuidores e revendedores muito fortes Fonte: D´Aveni e Ravescraft, 1994 Integração Vertical Pode resultar em aumento de custos • Transferências de bens e serviços entre dois estágios de produção , aumentam as despesas fixas advindas da estrutura burocrática responsável pela coordenação necessária; • Estruturas hierárquicas maiores, aumentam a complexidade da comunicação interna e seus custos correspondentes • Falta de competição direta do mercado, nos custos de produtos intermediários, pode resultar em níveis mais elevados de ineficiência; Fonte: D´Aveni e Ravescraft, 1994 Integração Vertical Pode resultar em aumento de custos •Amplia a necessidade de desenvolvimento de novos conhecimentos e habilidades organizacionais; quanto mais longe das competências essenciais, mais difícil; •Acordos internos, podem resultar no fornecimento ineficiente e a preços maiores de produtos em relação ao mercado (firma é um mercado cativo). Fonte: D´Aveni e Ravescraft, 1994 Integração Vertical Pode resultar em aumento de custos • Custos Burocráticos aumentam quando o ambiente é volátil, pois como as subunidades são mais integradas, torna a adaptação a alterações de demanda, ciclo de negócios, sazonalidade e outras adaptações mais complexas, requerendo mais equipes para: • Monitorar, coletar e sintetizar informações do ambiente de negócio; • Programar e coordenar atividades de produção entre unidades verticalmente integradas; • Gerenciar os estoques entre as linhas de negócio integradas verticalmente Fonte: D´Aveni e Ravescraft, 1994 Trabalho Para Próxima Aula • Pesquise a cadeia de valor de uma indústria, não analisada em sala de aula; • Desenhe as suas principais etapas; • Em uma empresa dessa indústria, descreva as integrações verticais, se existirem. Terceirização Terceirização Definição • Fornecimento de bens e serviços, que eram produzidos internamente, ou são necessários no futuro por fornecedores externos (McIvor, 2005); • Compra de bens e serviços de fornecedores externos – Kotabe e Mol, 2005 Terceirização redefine as fronteiras da organização e portanto deve ser vista por elas como uma atividade estratégica (Quélin & Duhamel, 2004). Outras Definições Offshoring – Fornecimento de bens e serviços do exterior, normalmente países de baixo custo, principalmente custo de m.o.; Nearshoring – Fornecimento de localizações em países vizinhos; Farmshoring – Fornecimento de localizações de baixo custo do país sede da empresa; Onshoring – Fornecimento local Merk et al, 2014 Outsourcing + Offshoring Fonte: Adaptado The Economist, 2013 30 40 50 60 70 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 % de contratos de terceirização com elementos de Offshore Terceirização • Terceirização pode ser: • Bens e serviços intermediários; • Produtos acabados; • Atividades e subatividades Terceirização Terceirização deBens e Serviços Intermediários Consórcio modular MAN Brasil Maxion – Montagem chassiRemon – Rodas e pneus Arvin Meritor – Eixo e suspensão Powertrain – Motores e transmissãoAKC – Armação da cabine Continental – Acabamento da cabine Carese - Pintura MAN + Eaton Cummins + ZF Terceirização Terceirização de Produtos Acabados Acer Apple Dell Hewlett- Packard Lenovo Motorola Nokia Sony Toshiba EMPRESAS * Original Design Manufacturer ODM* Terceirização Atividades ou subatividades Recebimento e Conferencia Inspeção de Qualidade Armazenagem Itens Movimentaçã o interna Gestão do Estoque Gestão das peças Outros Tipos de Relacionamentos Alto Baixo Baixo Alto Grau de Compromisso Grau de Formalização Contratos Spot Contratos Longo Prazo Relações Informais entre fornecedor/cliente Sociedade entre Comprador e fornecedor Joint Ventures Integração Vertical Franquias Acordos com agentes Tipos de relação vertical, baseado em Grant (1998). Referencial Teórico Terceirização Referencial Teórico • Perspectivas teóricas que apoiam as decisões de terceirização – Economia do Custo de Transação; – Teoria dos Recursos; – Teoria da Agência Teoria da Firma Neoclássicos Empresa Função Tecnológica Mercados Atrito = 0 Atrito = 0 Economia dos Custos de Transação Custos de Transação Origem do Conceito • Por que as Firmas existem? • Por que a Firmas param de crescer? Fonte: Coase, 1937 Custos de Transação Mercado Firma Coordenação Mecanismo de Preço Empreendedor Fonte: Coase, 1937 Custos de Transação • Definição de Transação: transferência de bens e serviços de um agente econômico para outro (MILGRON e ROBERTS, 1992). Custos de Transação Definição de firma: Entidade legal, que constitui contratos com seus fornecedores, distribuidores, empregados e frequentemente com seus clientes. Quando existir divisão de trabalho dentro da firma, ou se ela executa mais que uma atividade, a firma também é uma entidade administrativa, onde um time de administradores é necessário para coordenar e monitorar essas diferentes atividades. Uma vez estabelecida, uma firma se torna um conjunto de recursos físicos, habilidades aprendidas e capital líquido. Finalmente, firmas com fins lucrativos são os instrumentos, nas economias capitalistas, para a produção e distribuição de bens e serviços, para o planejamento e alocação de produção e a distribuição futura (CHANDLER, 1992). Custos de Transação • Todos os custos necessários para que uma negociação ocorra; – Busca de informação, negociação, contrato, acompanhamento de contrato, entre outros; – Mercados organizados → Custo de transação baixo. Custos de Transação • Transações poderiam ocorrer (Richardson, 1972) Mercado Firma Coordenação Mecanismo de Preço Empreendedor Cooperação Custos de Transação • Racionalidade Limitada; • Oportunismo; • Pequeno número de fornecedores; • Assimetria de Informação Fonte: Williamson (1985). Fatores que geram custos nas transações Custos de Transação • Racionalidade limitada – – Custos Ex-ant. Caso queira-se diminuir os impactos da racionalidade limitada, os custos de contratos podem aumentar muito e o tempo de elaboração também pode aumentar muito. – Custos ex-post. Como não pode-se prever tudo, quando a realidade muda, as partes tem que renegociar e isto acarreta novos custos. Fonte: Williamson (1985). Fatores que geram custos nas transações Custos de Transação • Oportunismo - Risco moral • ex-ant não explicita a realidade → assimetria de informação. • ex-post – por falta de controle/percepção do que realmente esta entregando. - Hold up – ex-post. Assalto quando percebe uma oportunidade Fonte: Williamson (1985). Fatores que geram custos nas transações Características das Transações • Freqüência; • Investimento Especializado; • Incerteza. Fonte: Williamson (1985). Características das Transações Freqüência • Uma transação; • Ocasional; • Recorrente. Características das Transações Investimento Especializado • Não Específico; • Misto; • Idiossincrático: – Capital Físico; – Capital Humano. Características das Transações Investimento Especializado • Especificidade de Local: Trata-se de deslocamento físico do ativo. Certas relações transacionais devem ocorrer em locais ou regiões estratégicas para dar viabilidade ao projeto. É comum que unidades de processamento de alimentos estejam próximas as fazendas que produzem os insumos. • Especificidade de Tempo: Refere-se às transações que devem ocorrer dentro de um período específico de tempo. Produtos perecíveis ou que possuem validades curtas precisam ser comercializados em período determinado para não perder o seu valor. • Especificidade de Ativos Físicos: Refere-se a limitação de uso do ativo que impossibilita a versatilidade funcional do mesmo. Certos equipamentos são projetados especificamente pra um determinado uso e não conseguem ser reaproveitados para outra tarefa. Características das Transações Investimento Especializado • Especificidade de Ativos Humanos: Refere-se ao conhecimento e habilidade que uma pessoa possui para exercer um tipo de atividade. Determinadas tarefas que exigem alto nível de qualificação precisam de profissionais bem treinados para serem executadas. • Ativos Dedicados: Refere-se à investimentos realizados para atender um cliente ou projeto específico. • Especificidade de Marca: Refere-se à reputação que o produto ou a empresa possui. Uma marca específica pode ser privilegiada no fornecimento devido ao seu grande reconhecimento. Características das Transações Incerteza • Número de fatores contratuais que podem sofrer mudanças ao longo do tempo, não previstas nas negociações. Categorias de Contratos • Clássicos; • Neoclássicos; • Relacionais. Categorias de Contratos Clássicos • Natureza do acordo delimitada; • Aspectos formais prevalecem; • Remédios são prescritos previamente; • Participação de terceiros é desencorajada; • Ênfase em aspectos legais e documentos formais. Categorias de Contratos NeoClássicos • Contratos de longa duração; • Executados sob condições de incerteza; • Contrato original não exaustivo; • Prevê estruturas de governança; • Prevê assistência de terceiros para resolver disputas e avaliar desempenho ( arbitragem); • Desencoraja o Litígio. Categorias de Contratos Relacionais • Contratos de longa duração e de alta complexidade; • Normas específicas da relação contratual; • Pode ou não incluir um acordo original; • Base contratual é a relação em andamento. Estruturas de Governança • Matriz institucional dentro da qual as transações são negociadas e executadas; – Estruturas de Governança harmonizam interesses, que de outra forma poderiam levar a atividades de antagonismo e submetas; – Evitam/atenuam oportunismo nas relações; – Minimizam o custo de transação. Tipos de Estruturas de Governança • Não Específicas de Transação (Mercado); • Semi-específicas ou Híbridas; • Unificada ou Hierárquica. Estruturas de Governança Atributos • Intensidade dos Incentivos; • Controle Administrativo; • Adaptação Autônoma (A); • Adaptação Coordenada (C); • Contratos. Estruturas de Governança Tipos x Atributos Fonte: Williamson, 1996 Relações Governança X Contratos • Governança de Mercado X Contratos Clássicos • Governança Trilateral X Contratos Neoclássicos; • Governança Específica X Contratos Relacionais. Transações Comerciais Não Específico Misto Idiossincrático Compra de Equipamento Padrão Compra de Equipamento Customizado Construir uma Fábrica Compra de Material Padrão Compra de Material Customizado Transferência de sítio específico de produto intermediário através de sucessivos estágios Característica do Investimento R e c o rr e n te O c a s io n a l F re q ü ê n c ia Fonte: baseado em Williamson (1979).Transações Comerciais Não Específico Misto Idiossincrático Governança Bilateral Governança Unificada Característica do Investimento R e c o rr e n te O c a s io n a l F re q ü ê n c ia G o v er n an ça d e M er ca d o C o n tr at o s C lá ss ic o s Contratos Relacionais Contratos Neoclássicos Governança Trilateral Fonte: baseado em Williamson (1979). Transações Comerciais Fonte: baseado em Williamson (1985). Teoria dos Recursos • Recursos são muito mais amplos que os recursos tradicionalmente descritos pelos economistas; • Gestão específica de recursos levam a desempenho superiores; • Alguns recursos podem ser fontes duráveis de vantagem competitiva Fonte: Barney, 1991; Peteraf, 1993 Tipos Principais de Recursos Tangíveis Intangíveis Humanos Financeiro Tecnológico Habilidades/conheci mento Físico Reputação Capacidade de comunicação e colaboração Cultura Motivação Fonte: Grant, 2005 Tipos Principais de Recursos Características e Indicadores Tangíveis Característica Indicador Financeiro • Capacidade de Empréstimo • Geração interna de fundos • Resiliência e capacidade de investimento • Débito/ativos • Fluxo de caixa operacional • Fluxo de caixa livre • Rating de crédito Fonte: Grant, 2005 Tipos Principais de Recursos Características e Indicadores Tangíveis Característica Indicador Recursos Físicos • Tamanho, localização, sofisticação técnica, e flexibilidade da planta e equipamento; • Localização e usos alternativos para a terra e prédios; • Reservas de matéria prima • Valor de mercado dos ativos fixos; • Boa qualidade dos equipamentos de capital • Escala das plantas • Flexibilidade dos ativos fixos Fonte: Grant, 2005 Tipos Principais de Recursos Características e Indicadores Intangíveis Característica Indicador Recursos Tecnológico s • Propriedade intelectual: portfolio de patentes, copyright, segredos comerciais; • Recursos para inovação: centros de pesquisa, funcionários técnicos e cientistas • Número e significância das patentes; • Faturamento de licenças de uso (patentes e copyrights); • % funcionários P&D/ Total de empregados; • Número e localização dos centros de pesquisa Fonte: Adaptado de Grant, 2005 Tipos Principais de Recursos Características e Indicadores Intangíveis Característica Indicador Reputação • Reputação com clientes através da propriedade de marcas e trademarks; • Reputação da empresa com fornecedores, governo e comunidade • Reconhecimento da marca; • Valor da marca; • % de compras repetitivas; • Pesquisa da reputação corporativa Fonte: Adaptado de Grant, 2005 Tipos Principais de Recursos Características e Indicadores Intangíveis Característica Indicador Recursos Humanos • Educação, treinamento e experiência dos funcionários determina as habilidades disponíveis na firma; • Adaptabilidade dos funcionários contribui para a flexibilidade da firma; • Comprometimento e lealdade dos funcionários determina a capacidade da firma de atingir e manter vantagem competitiva • Qualificação profissional, técnica e educacional dos funcionários; • % de dias perdidos por greves ou outras manifestações; • Taxa de absenteísmo; • Taxa de rotatividade Fonte: Adaptado de Grant, 2005 Tipos Principais de Recursos Capacitações existentes nas Funções* Área Funcional Capacitações Funções Corporativas • Controle financeiro; • Gestão estratégica de múltiplos negócios; • Inovação estratégica; • Coordenação multidivisional; • Gestão de aquisições; • Gestão internacional Fonte: Adaptado de Grant, 2005 * Capacitações organizacionais: Capacidade da firma de empreender uma atividade produtiva particular Tipos Principais de Recursos Capacitações existentes nas Funções Área Funcional Capacitações TI P & D • Rede integrada e compreensiva de sistemas de informação, ligadas ao processo de tomada de decisão. • Pesquisa; • Capacidade de desenvolvimento inovador de novos produtos; • Rápido ciclo de desenvolvimento de novos produtos Fonte: Adaptado de Grant, 2005 Tipos Principais de Recursos Capacitações existentes nas Funções Área Funcional Capacitações Operações Desenho de produtos • Eficiência na fabricação de altos volumes; • Melhoria contínua nas operações; • Resposta rápida e flexível. • Capacitação de design Fonte: Adaptado de Grant, 2005 Tipos Principais de Recursos Capacitações existentes nas Funções Área Funcional Capacitações Marketing Venda e distribuição • Gestão da marca; • Promover a reputação pela qualidade; • Rapidez de respostas a tendências de mercado. • Promoção e execução eficaz de vendas; • Eficiência e velocidade do processamento do pedido; • Velocidade de distribuição; • Qualidade e eficácia no serviço ao cliente Fonte: Adaptado de Grant, 2005 Capacitações Organizacionais como Rotinas Fonte: Adaptado de Grant, 2005 • Capacitações organizacionais requerem o conhecimento especializado de vários indivíduos para ser integrado com os recursos físicos, tecnológicos e intagíveis; • Atividades produtivas envolvem times de pessoas executando ações coordenadas muito próximas sem direção e comunicação verbal expressiva; • Rotinas organizacionais: Padrões regulares e previsíveis de atividades feitas por indivíduos numa sequencia de ações coordenadas; • Rotina estão para organizações, assim como habilidades estão para os indivíduos Teoria dos Recursos • Recursos que geram vantagem competitiva (características) → Valor; → Raros; → Não Imitáveis; → Não Substituíveis; → Renda Econômica • Concentrar os recursos próprios da empresa num conjunto de “competências essenciais”, onde ela pode atingir vantagens definitivas e prover valor único aos seus clientes; • Terceirizar outras atividades,nas quais a empresa não tem necessidade estratégica crítica, nem capacitações especiais. (Quinn & Hilmer, 1994). Por que Terceirizar? O que são Competências Essenciais? • Conjunto de habilidades e conhecimentos, não produtos ou funções: – Habilidades Intelectuais; – Sistemas de Gestão; – Desenho de Produto; – P & D; – Desenho de Processos. Produtos podem ser duplicados, sofrer engenharia reversa ou mesmo substituídos, portanto não são competências centrais. O que são Competências Essenciais? • Plataformas flexíveis, de longo prazo, com capacidade de adaptação ou evolução: – Habilidades dominantes nas quais os clientes vão dar valor no longo prazo; – Normalmente habilidades não associadas diretamente aos produtos. • Limitadas em número: – Normalmente 2 ou 3; – Nunca uma e raramente mais que cinco. O que são Competências Essenciais? • Fontes únicas de alavancagem na cadeia de valores: – Atuação em imperfeições de mercado; – Atuação em lacunas de conhecimento; – Atuação onde recursos intelectuais são altamente alavancados. • Áreas nas quais a empresa pode dominar: – Atividades Importantes para os Clientes; – Atividades executadas mais eficientemente que em outros lugares; – Dominância medida, comparando-se, não somente com concorrentes, mas também com fornecedores. O que são Competências Essenciais? • Elementos importantes para os clientes no longo prazo : – Pelo menos uma das competências centrais deve ser relacionada diretamente com o entendimento e o serviço ao consumidor; • Competências firmemente fixadas nos sistemas organizacionais: – Independe de uma ou duas estrelas; – Atrelada à reputação Corporativa; – Inserida na Cultura Organizacional; – Acessível nos sistemas e bases de conhecimentos. Quando não terceirizar atividades não essenciais? • Imperfeições no Mercado: – Capacidade instalada esgotada; – Problemas de qualidade; – Cartel; – Monopólio. • Riscos de variação de preço, qualidade, tempo; • Custos de transação altos em relação ao custo da atividade. Teoria da Agência Terceirização Teoria da Agência • Relacionamentode agência – Quando um contrato sob o qual uma ou mais pessoas (principal) contratam uma pessoa(s) (agente(s)) para desempenhar algum serviço em nome dele, o qual envolve delegação de algumas decisões, dando autoridade ao agente. Fonte: Jensen e Meckling, 1976 Exemplos Principal Agente Acionista CEO Contratante Terceirizado Terceirização Teoria da Agência– Dois atores: Principal e o Agente; – Principal delega atividades para serem executadas pelo agente; – Os interesses podem ser conflitantes; – Incentivos são usados para o agente atingir resultados esperados ou superá-los; – Monitoração pode reduzir o risco moral em relação ao prestador de serviço. Terceirização Teoria da Agência • Incentivos são explicitados na forma de pagamento do agente P = a + bx Onde P = pagamento a = parcela fixa bx = parcela variável x = resultado medido Fonte: Salles, 2012 Terceirização Teoria da Agência Como contratar a e bx bx(Variável) Quanto maior for a (fixo) - Informação sobre o comportamento do contratado + - A incerteza do resultado + - A aversão ao risco do fornecedor + + A aversão ao risco do comprador - + O conflito de objetivos entre fornecedor e comprador - - A programabilidade das tarefas + - A mensurabilidade do resultado + - A duração da relação + Baseado: Eisenhardt, 1989 Teoria dos Contratos Teoria dos Contratos • Um contrato ótimo deve ligar pagamentos a todos os resultados que podem potencialmente prover informações sobre as ações que tiverem sido tomadas • Quanto mais difícil for a observação dos esforços dos agentes, menos o pagamento do agente deve ser baseado em desempenho; • Risco Pagamento Fixo Estabilidade Pagamento atrelado ao Desempenho; • Quando o agente está envolvido em múltiplas tarefas, algumas observáveis, outras menos, deve-se optar por pagamento fixo. Fonte: Holmström 1979, 1991 Teoria dos Contratos • Contratos Incompletos surgem pela: – Dificuldade em ter medidas precisas de desempenho; – As partes são incapazes de articular termos detalhados dos contratos de antemão; • Contratos devem dividir os riscos entre as partes; • Quando é inútil tentar especificar o que vai acontecer no futuro, é importante especificar quem tem o direito de decidir, quando as duas partes do contrato não chegam a um acordo. A força nas relações; • Assimetria de informação pode levar ao risco moral. Fonte: Hart, 1988 Terceirização Teoria da Agência • Problemas para a terceirização: – Dificuldade de monitoração; – Não alinhamento do incentivo com o desempenho; – Dificuldade de estabelecer indicadores e coletá-los. Terceirização nas Firmas • Tempo de entrada no mercado: – Construção de Fábricas; – Rede de Distribuição; – Pontos de Venda; – Serviços Locais e de Pós-venda. • Custos internos altos: – Sindicatos Fortes; – Plano de Benefícios; – Estrutura Organizacional. Por que Terceirizar? • Perda de Controle da Atividade Interna: – Caixa Preta; – Baixa Produtividade; – Estabilidade. • Falta de Recursos de Investimento: – Fontes de Recursos; – Volume de Investimentos; – Tempo de Retorno. Por que Terceirizar? • Desenvolvimento de Novas Tecnologias: – Tempo de desenvolvimento muito longo; – Investimentos Altos; – Riscos Envolvidos; – Patentes Existentes. Por que Terceirizar? Benefícios da Terceirização • Maximiza os retornos dos recursos internos, pela concentração de investimentos e energia naquilo que a empresa desempenha melhor; • Provê barreiras contra competidores atuais ou futuros, por meio de competências centrais bem desenvolvidas; • Utiliza os investimentos, inovações e capacitações profissionais dos fornecedores, que seriam extremamente dispendiosas ou mesmo impossíveis de serem duplicadas internamente; • Diminui os riscos e investimentos, encurta ciclos e melhora o tempo de resposta às necessidades dos clientes. Riscos da Terceirização • Perda de habilidades críticas; • Perda de habilidades cruzadas entre funções; • Perda de controle sobre os fornecedores. Dificuldades no Processo Terceirização • Tempo de contratação pode ser longo: – Formação de Equipe; – Definição de Lideranças; – Levantamento de Dados; – Valoração do Contrato. • Custos invisíveis do processo de terceirização: – Busca do fornecedor e sua contratação; – Transição para o novo fornecedor; – Gerenciamento do contrato de terceirização; – Custos de migração para um novo fornecedor. Dificuldades no Processo Terceirização • Resistências Internas: – Falta de entendimento do processo; – Impactos culturais; – Perdas financeiras; – Demissões; – Sabotagens. • Gestão da Mudança: – Comunicação; – Lideranças da Mudança; – Agentes de Mudança. Dificuldades no Processo Terceirização • Dificuldades de levantar os custos totais de propriedade: – Dados salariais; – Dados benefícios; – Gastos com manutenção; – Gastos com desativação; – Valoração dos ativos; – Seguros; – .............. Terceirização na Manufatura Européia Terceirização Indústria Café Solúvel 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Finanças Segurança Produção de café solúvel Folha de pagamento Gestão de Resíduos Análise laboratorial Marketing Serviços pós-venda Tecnologia da Informação Fluídos, vapor, calor Limpeza Industrial Força de Vendas Pesquisa e Desenvolvimento Manutenção industrial Energia Serviços Gerais Contabilidade Recrutamento e seleção Logística Telecomunicação Compras Terceirizou Terc. Parcialmente Não Terceirizou Fonte: Neves, 2009 Bibliografia • Coase, R. H. "The Nature of the Firm" Economica, New Series, Nov 1937, Vol. 4, N.16. • GRANT, Robert M. CONTEMPORARY STRATEGY ANALYSIS. 8. ed. Wiley. 2013. • PRAHALAD, C. K. e HAMEL, G. "The core competence of the corporation". Harvard Business Review, v. 90, n. 3, p.79- 91, May/June, 1990 • QUINN, James Brian; HILMER, Frederick G. Strategic Outsourcing. MIT Sloan Management Review, p. 43-55, Summer 1994. • Willianson, O. E. Transaction-cost economics: The governance of contractual relations. Journal of Economics Issues Oct 1979. University of Pennsylvania.
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