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Antimicrobianos e Resistência

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Michele Mallmann – T14
26/A
Antimicrobianos e Resistência
microbiologia
ANTIMICROBIANOS
Substâncias químicas que provocam morte ou inibição do crescimento de microbiano 
Origem:
· Naturais: obtidos a partir de microrganismos, ex: fungo e bactérias
· Sintéticos: obtidos totalmente por síntese química (em laboratório)
· Semissintéticos: obtidos por modificações químicas de antimicrobianos naturais, com a finalidade de melhorá-los
Efeito:
· Bacteriostático: a máxima concentração tóxica que se alcança no soro e nos tecidos impede o desenvolvimento e multiplicação de microrganismos, sem destruí-los, podendo estes se multiplicar novamente ao ser retirado o agente antimicrobiano; servem para complementar os mecanismos de defesa do hospedeiro
· Bactericida: ação letal sobre os microrganismos, pois estes perdem irreversivelmente sua viabilidade ou são lisados
Espectro de atividade:
· Reduzido: atuam sobre um pequeno número de espécies microbianas, ex: polimixina
· Intermediário: atuam sobre um número limitado de microrganismos, ex: macrolídeos
· Amplo: atuam sobre um grande número e espécies microbianas, ex: tetraciclina
Mecanismo de ação dos antimicrobianos:
· Inibição da síntese da parede celular (antibióticos: penicilna, cefalosporinas, bacitracina
· Inibição da síntese de proteínas (antibióticos: cloranfenicol, eritromicina, tetraciclinas
· Inibição da replicação de ácidos nucleicos e da transcrição (antibiótico: rifampina)
· Dano a membrana plasmática (antibiótico: polimixina)
· Inibição da síntese de metabolismos essenciais (antibiótico: sulfanilamida)
COMBINAÇÃO DE DROGAS
Sinergismo: 
· Aplicação simultânea de duas drogas
· Efeito potencializado, benéfico
· Ex: penicilina + estreptomicina = endocardite bacteriana
Antagonismo:
· Associação com efeito menos eficiente
· Ex: penicilina (dano na parede celular) x tetraciclina (melhor penetração)
AMINOGLICOSÍDEOS
Bactericidas com amplo espectro de ação
Ligam-se à fração 30S dos ribossomos inibindo a síntese proteica ou produzindo proteínas defeituosas
Efeitos contra bactérias G- aeróbios e Staphylococcus 
Bloqueia o início da síntese de proteínas
Bloqueia a tradução, promovendo terminação prematura da proteína
Incorporação de aminoácido incorreto
Em associação com beta lactâmicos, são sinérgicos contra diversos microrganismos, incluindo aqueles pouco sensíveis aos aminoglicosídeos, como Streptococcus sp e Enterococcus sp.
Aumento progressivo no grau de resistência das bacteriana e essas drogas mantêm se como uma das principais opções para o tratamento de infecções hospitalares
Efeitos colaterais: danos permanentes ao nervo auditivo e danos renais
Lista de antibióticos: 
Usados para:
· Septicemias
· Infecções do trato urinário
· Endocardites
· Infecções respiratórias
· Infecções intra-abdominais
· Meningites em recém-nascidos
· Infecções oculares
· Osteomielites
· Infecções de articulações
MACROLÍDEOS
Ligação a sub unidade 50S impedindo a tradução
Bacteriostático para a maioria das bactérias
Bactericida para alguns G+
Amplo espectro de ação
Antibióticos: 
· Azitromicina
· Claritromicina
· Eritromicina
· Espiramicina
· Miocamicina
· Roxitromicina
Utilizados para:
· Infecções do trato respiratório por estreptococos do grupo A
· Pneumonia por Streptococcus pneumoniae
· Prevenção de endocardite após procedimento odontológico
· Infecções superficiais de pele ( streptococcus pyogenes
· Profilaxia de febre reumática (faringite estreptocócica)
· Alternativa para o tratamento da sífilis
TETRACICLÍNAS
Inibem a síntese proteica, ligando-se a subunidade 30S e impedindo a ligação do RNAt ao sítio aceptor do complexo RNAm-ribossomo
Bacteriostático com amplo espectro de ação
Bactérias G+, G- e clamídias
Antibióticos:
· Tetraciclina
· Clortetraciclina
· Oxitetraciclina
· Doxiclina
· Minociclina
Utilizadas para:
· Clamídias
· Riquétsias (pulga, piolho, carrapato)
· Cólera
· Brucelose
· Actinomicose
SULFANAMIDAS
Inibem o metabolismo do ácido fólico, necessário para a síntese de DNA
Primeiros agentes antimicrobianos empregados para o tratamento e prevenção de infecções bacterianas no homem (1935)
Bacteriostáticos e apresentam amplo espectro G+ e G
Sulfametoxazol é utilizado em associação com trimetoprim
Antibióticos:
· Sulfanilamida
· Sulfisoxazol
· Sulfacetamida
· Ácido para
· aminobenzóico
· Sulfadiazina
· Sulfametoxazol
Utilizados para:
· ITU
· Uretrite
· Prostatite
· Otite
· Sinusite
GLICOPEPTÍDEOS
Inibem a síntese do peptideoglicano
Antibióticos:
· Vancomicina 
· Teicoplanina
Bactericida com espectro de ação restrito à G+
Dificuldade de penetrar a membrana externa de G
Utilizados para:
· Alternativa para pacientes alérgicos aos ß lactâmicos e para infecções causadas por estafilococos resistentes a oxacilina
· Infecções em próteses
· Endocardites
· Meningites pós neurocirúrgicas
· Peritonites pós diálise peritoneal
β-LACTÂMICOS
Interferem na síntese do peptideoglicano (parede celular)
Anel β-lactâmico
Bactericidas com amplo espectro
· Penicilinas
· Cefalosporinas
· Monobactans
· Carbapenens
Penicilinas:
· Bactericidas amplamente utilizados em várias situações clínicas
· Estrutura central comum (anel β lactâmico) + cadeia lateral
· Inibidor da síntese de parede celular
· Por que as penicilinas não afetam as células eucariontes? Por causa da parede celular
· Utilizadas em: pneumonias, otites e sinusites, faringites e epiglotites, infecções cutâneas, meningites bacterianas, infecções do aparelho reprodutor, endocardites bacterianas e profilaxia (febre reumática, H. influenzae e S. penumoniae)
Cefalosporinas:
· Agem na síntese da parede bacteriana de maneira semelhante às penicilinas
· Bactericidas com amplo espectro de ação
· Utilizado contra bactérias G+ e G-
· Relativamente pouco tóxicas
· Classificadas em gerações, que se referem à atividade antimicrobiana e características farmacocinéticas/farmacodinâmicas
Monobactâmicos:
· Não possui atividade contra bactérias G+ e nem contra microrganismos anaeróbios
· É essencialmente não alérgico, podendo ser utilizado em pacientes com alergia à cefalosporinas e penicilinas
· Aztreonam
· Utilizados para: infecções do trato urinário, bacteremias, infecções pélvicas, infecções intra-abdominais, infecções respiratórias
Carbapenêmios:
· Excelente atividade contra a maioria das bactérias G+, BG aeróbios e também contra microrganismos anaeróbios
· Úteis no tratamento de infecções por bactérias resistentes a outros antibióticos
· Inibem síntese de parede celular
· Utilizadas no tratamento de infecções polimicrobianas
· Aplicados por via endovenosa ou intramuscular
· Utilizados para: infecção abdominal, infecção do sistema nervoso central, pneumonia, infecção de pele e partes moles, infecção do trato urinário e infecções ginecológicas
POLIMIXINAS
Colistina e polimixina B
Desestabilização da membrana celular
Bactericida com ação restrito à bactérias G-
Uso clínico restrito por ser altamente tóxico (lesão renal)
QUINOLONAS
Inativa a topoisomerase II, inibindo a duplicação do DNA
Bactericidas com espectro de ação amplo (G+ e G-)
Flouroquinolonas: boa atividade antibacteriana e boas propriedades farmacológicas
Pouca ou nenhuma ação sobre Streptococcus spp., Enterococus spp. e anaeróbios
Classificados em gerações: 
Utilizados para:
· Trato gênito urinário
· Trato gastrintestinal
· Trato respiratório
· Osteomielites
· Partes moles
· Ação contra microbactérias
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA
Bloqueio de entrada ð G- são mais resistentes (parede celular)
Inativação enzimática ð produtos naturais são os mais afetados
Molécula-alvo ð alterações significativas na função celular (ex: ribossomos)
Efluxo o antibiótico ð proteínas na membrana plasmática de bactérias G- agem como bombas que expelem antibióticos (não encontra concentração efetiva)
Uso indiscriminado de antimicrobianos:
· Venda sem prescrição médica
· Utilizado para outros fins
· Tratamento incorreto
· Medicamentos vencidos, adulterados ou falsificados
Custo e prevenção:
· Custos impraticáveis em algumas regiões
· Realização de tratamento completo mesmo após térmico dos sintomasRESISTÊNCIA INTRÍNSECA
Algumas bactérias possuem mecanismos específicos de resistência
Essa informação pode ajudar na identificação do microrganismo
In vivo, o antimicrobiano não atua sobre a bactéria, mesmo que ela apresente sensibilidade in vitro ð Esses resultados devem ser reportados (laudo) como resistentes
DETECÇÃO DOS MECANISMOS DE RESISTÊNCIA
Os métodos moleculares de diagnóstico caracterizam os genes que codificam estes mecanismos de resistência ð padrão ouro
ANTIBIOGRAMA
Teste de sensibilidade aos antimicrobianos (TSA)
Consiste na realização de testes para a detecção de resistências aos antimicrobianos em bactérias isoladas de amostras clínicas
SELEÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS
O laboratório tem a responsabilidade de testar e reportar os antimicrobianos mais apropriados para o microrganismo isolado e sítio da infecção
Os antimicrobianos devem ser adequados para o tipo de hospital ou instituição
Todas as etapas envolvidas na realização dos TSA, desde a seleção dos antimicrobianos até a interpretação são padronizadas por organizações especializadas
METODOLOGIAS
Técnicas mais utilizadas para avaliar a resistência aos antimicrobianos
Método de macrodiluição em tubos
MÉTODOS DE DISCO-DIFUSÃO
1.Utilização de discos de papel-filtro impregnados com concentração padronizada do antibiótico
2.Discos colocados em placa com ágar Mueller-Hinton, previamente semeada com uma suspensão padronizada do microrganismo
3.Após incubação de 18-24h, o halo de inibição é medido e classificado como sensível, intermediário ou resistente

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