Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Maria Clara Zanin UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO Gastrite Aguda Introdução CASO CLÍNICO 2 • presença de hiperemia – antro avermelhado • presença de glândulas mucosas – produtoras de muco • vasos/capilares sanguíneos hiperemiados e presença de neutrófilos ↳ infiltrado inflamatório agudo! • diagnóstico caso clinico: gastrite! OBS: pode ter úlcera e erosão tanto na gastropatia quanto na gastrite! GASTRITE ➜ processo fisiopatológico geral da gastrite = inflamação! ↳ lesão inflamatória – lesão de células epiteliais com alta capacidade proliferativa; ➜ infiltrado inflamatório proeminente neutrofílico (polimorfonuclear) - gastrite aguda! OBS 1: o processo fisiopatológico geral é a inflamação e com o tempo pode ser aguda ou crônica! OBS 2: tem regeneração tanto na gastropatia quanto na gastrite!!! Gastrite Aguda – ocorre agressão na mucosa gástrica! • gastrite é diagnosticada após análise histológica – avaliar se há presença de células inflamatórias ou não! ➜ pode ocorrer no corpo gástrico ou antro! Qual é o quadro clinico (sintomas) que faz parte da gastrite aguda? R: queimação (pirose em termos médicos), epigastralgia, náuseas e vômito, empachamento e eructação (arroto); OBS: a gastrite aguda em um paciente alcoólatra pode entrar em choque hemorrágico (hipovolêmico) por hematêmese e melena!!!! Quais são os fatores de risco? ✓ AINES (uso contínuo) ✓ álcool (piora os sintomas associados ao AINE – quebra a ligação de bicarbonato no estômago) ✓ refluxo biliar (rompe a barreira de proteção da mucosa gástrica) Maria Clara Zanin UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO ✓ tabagismo (faz vasoconstrição da região gástrica, diminui a capacidade proliferativa das células gástricas – diminui O2 – hipóxia acontece) ✓ estresse (lesão mecânica – sonda nasogástrica ou em momentos de choque hipovolêmico – primeiro órgão afetado é o estômago e estresse do dia a dia) OBS 1: células epiteliais da mucosa gástrica – suco gástrico tem pH ácido, é necessário para a homeostasia – células da mucosa gástrica se protegem do pH ácido produzindo mucina – evita que os íons H+ penetrem na mucosa e provocam uma agressão! OBS 2: sais biliares e álcool rompem as moléculas de bicarbonato dissolvendo-o – abre espaço para o suco gástrico entrar em contato com as células da mucosa gástrica, agredindo essas células! ➜ em condições normais, tanto a acidez gástrica (hipersecreção) quanto as enzimas pépticas (pepsinogênio) são capazes de lesionar a mucosa gástrica – para isso não acontecer, deve-se produzir muco e bicarbonato (forma-se barreiras de proteção) - bom fluxo sanguíneo relacionado com a capacidade de regeneração – capacidade proliferativa das células – barreira epitelial – parede das células é composta por fosfolipídio (proteção) – barreira celular - fosfolipídio contribui para que os íons não ultrapassem a mucosa gástrica - produção de prostaglandinas! OBS 3: prostaglandina é produzida pela mucosa gástrica – auxilia na motilidade, na circulação e na secreção (inibe secreção ácida)! ↳ é capaz de aumentar a secreção de muco e bicarbonato! Qual é a relação dos AINES com o desenvolvimento de gastrite aguda? R: os AINEs agem inibindo duas enzimas: COX 1 e COX 2 – relacionadas com a formação/produção de prostaciclina e prostaglandina (E2); COX1 – enzima constitutiva e age no corpo controlando a mucosa gástrica (proteção da mucosa gástrica) ↳ AINES bloqueia a ação da COX 1 e COX 2 – não haverá produção de prostaglandina e prostaciclina! ↳ prostaglandina – controla a produção de HCl – se houver excesso de HCL – diminui produção de muco e bicarbonato – células vão sendo agredidas – diminui a produção de fosfolipídios para formar a membrana celular – diminui capacidade proliferativa das células – lesão da mucosa gástrica – erosão ou ulceração! ➜ gastrite aguda é autolimitada – pode curar espontaneamente ou cura por terapia ↳ inibidor de bombas de próton ou antiácido - contribui para melhorar o pH do estômago – células entram em processo de regeneração – refaz a barreira com produção de muco e bicarbonato; Maria Clara Zanin UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO ➜ AINES – bloqueia a ação da COX 1 e COX 2 – não há produção de prostaglandina e prostaciclina – aumenta a secreção de HCl e reduz produção de mucina e bicarbonato - pode proporcionar ulceração (não quer dizer que vá acontecer)! Por que os sintomas da paciente pioram com o álcool? R: porque o álcool dissolve o muco, então há a quebra de ligações da mucina! Maria Clara Zanin UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
Compartilhar