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[Gastroenterologia] - Pancreatite Aguda - Exercicios Helano

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1 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
1 
Gastroenterologia 
Pancreatite Aguda 
Questões 
1. De modo geral, como se caracteriza a pancreatite aguda? 
2. Nos casos mais graves, como se comporta a PA? 
3. Como se subdivide a pancreatite aguda? Cite as principais 
características de cada forma. 
4. Quais as principais enzimas pancreáticas envolvidas na PA? Quais 
são armazenadas na forma de zimogênios? 
5. Entre as enzimas pancreáticas qual delas é capaz de ativar a si 
mesma e todas as outras enzimas? 
6. Como ocorre o processo fisiopatológico da PA? 
7. Qual o papel das enzimas fosfolipase A, lipase e elastase na PA? 
8. Qual a relação entre PA e distúrbios da coagulação? 
9. Como se dá o processo de translocação bacteriana na PA? 
10. Quais as causas mais comuns da PA? 
11. Em relação à PA decorrente da ação de fármacos, diga quais as 
principais drogas envolvidas no desencadeamento desse quadro. 
12. Quais os principais sintomas da PA? 
13. Quais os principais achados físicos da PA? 
14. Quais os achados cutâneos característicos da PA? 
15. Cite algumas das possíveis complicações da PA. 
16. Quais os principais componentes do quadro de choque no 
paciente com PA? 
17. Quais os principais achados laboratoriais inespecíficos da PA? 
18. No paciente com PA, o que se espera encontrar ao avaliar os 
marcadores hepáticos? 
19. Quais os principais diagnósticos diferenciais da PA? 
20. Em relação a achados laboratoriais, como pode ser confirmado o 
diagnóstico da PA? Cite as principais características desses 
achados. 
21. Em relação aos exames de imagem, quais as melhores opções para 
avaliação e diagnostico da PA? Quando solicitar tais exames? 
22. Descreva os critérios de Ranson para classificação da PA. Como se 
dá o diagnostico a partir deles? 
 
 
 
2 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
2 
23. Relacione os critérios de Ranson e a letalidade da PA. 
24. Descreva os critérios de Atlanta para classificação da PA. 
25. Descreva os critérios tomográficos de gravidade da PA. 
26. Em relação aos principais critérios diagnósticos, como classificar a 
PA em leve e em grave? 
27. Quais as recomendações gerais para abordagem inicial de um 
paciente com PA? 
28. Como deve ser tratada a forma leve da PA? 
29. Como deve ser tratada a forma grave da PA? 
30. Em que situações se recomenda o uso de antibióticos? Quais 
esquemas podem ser prescritos ao paciente com PA? 
Gabarito 
1. Autodigestão tecidual pelas enzimas pancreáticas. 
2. Comporta-se como uma doença multissistêmica, levando à 
síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) com alta 
letalidade. 
3. Pancreatite aguda edematosa – apenas edema agudo do pâncreas, 
sem necrose. Curso autolimitado entre 3 a 7 dias. Pancreatite aguda 
necrosante – extensa necrose parenquimatosa, hemorragia 
retroperitoneal, quadro sistêmico grave. Duração de 3 a 6 semanas. 
4. Amilase, lipase. Armazenadas como zimogênio – tripsinogênio, 
quimiotripsinogênio, pró-elastase, pró-fosfolipase A. 
5. Tripsina – atua como “gatilho” para processo digestivo pancreático. 
6. Lesão acinar provoca fusão entre grânulos contendo zimogênio e 
vesículas lisossomais, que contem a enzima catepsina B – capaz de 
converter o tripsinogênio em tripsina dentro da célula acinar, 
ativando todos os outros zimogênios. Além disso, aumentos da 
concentração intracelular de cálcio também parecem ser capazes de 
promover autoativação do tripsinogênio. 
7. Fosfolipase A e lipase atuam na autodigestão da gordura 
pancreática e peripancreática, enquanto a elastase é responsável 
pela lesão do tecido intersticial e pela ruptura da parede vascular. 
8. A tripsina converte a pré-calicreína em calicreína, ativando a via 
intrínseca da coagulação, formando microtrombos, além de ativar o 
sistema complemento com liberação de diversas citocinas – IL1, IL8, 
IL6, TNF alfa. 
 
 
 
3 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
3 
9. Hipovolemia/isquemia e shunts arteriovenosos induzidos pela PA 
acarretam quebra da barreira intestinal, o que promove a 
translocação bacteriana, especialmente por meio do colón 
transverso. 
10. Litíase biliar (principal) e álcool são responsáveis por 75% dos casos. 
11. Principalmente os imunossupressores (azatioprina, por exemplo). 
Além desses, tem-se antibióticos (metronidazol, tatraciclina), 
diuréticos, drogas usadas em doenças intestinais inflamatórias 
(sulfassalazina, 5-ASA), anticonvulsivantes, anti-hipertensivos 
(metildopa, iecas, clonidina), cálcio, estrógenos e tamoxifeno. 
12. Dor abdominal ‘em cinta’ – continua (com rápida progressão), com 
irradiação para dorso, localizada em mesogástrio ou em quadrante 
superior direito. Além disso, tem-se náuseas e vômitos (que não 
aliviam a dor). 
13. Febre, sinais de desidratação, taquicardia, distensão abdominal, 
icterícia leve. 
14. Sinal de Gray Turner – equimose em flancos. Sinal de Cullen – 
equimose periumbilical. Paniculite – necrose gordurosa subcutânea. 
Sinal de Fox – equimose na base do pênis. 
15. Retinopatia de Purtscher – escotomas e súbita perda da visão. 
Derrame pleural, atelectasia e SDRA. Insuficiência renal. 
16. Hipovolemia – perda de 6 a 10 litros para o retroperitônio ou para o 
peritônio nos pacientes com pancreatite grave. Vasodilatação 
sistêmica – choque distributivo, mesma fisiopatologia do choque 
séptico, exceto pela ausência de infecção. Em resumo, tem-se queda 
acentuada da resistência vascular periférica associada a 
venodilatação e a aumento do debito cardíaco. 
17. Leucocitose, PCR aumentado, hiperglicemia, hipocalcemia, aumento 
de escorias nitrogenadas, alargamento do TAP e do TTPa. 
18. Aumentos das aminotransferases, da FA e da bilirrubina. ALT >150 
apresenta 96% de especificidade para PA biliar. 
19. Doença péptica; ulcera perfurada; colelitíase; coledocolitíase; 
colecistite aguda; isquemia mesentérica; obstrução intestinal 
aguda; IAM inferior; dissecção da aorta abdominal; gravidez 
ectópica. 
20. Amilase e lipase séricas > 3x LSN. Amilase – elevação precoce, 
mantendo-se alta por 3 a 5 dias. Sensibilidade: 85 a 90% entre 2 a 5 
dias. (Normal: <160mg/dl). Lipase – Permanece elevada por um 
 
 
 
4 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
4 
período prolongados (7 a 10 dias). Sensibilidade: 85% e 
especificidade: 80% (maior do que a amilase). (Normal: até 
140mg/dl). 
21. TC com contrate – melhor método de imagem para avaliar 
complicações (aumento do pâncreas; borramento da gordura 
peripancreática e perirrenal; coleções liquidas peripancreática; etc.). 
Indicada em casos considerados graves. O melhor momento para 
realização da TC é após 3 dias do início do quadro. 
22. Na admissão – Idade > 55 anos; leucocitose > 16.000; glicose > 
200mg/dl; LDH > 350 UI/L; TGO > 250 UI/L. Nas 48h iniciais – PaO2 < 
60mmHg; excesso de bases mais negativo que -4mEq/L; sequestro de 
líquidos > 6L; hematócrito reduzido em mais de 10%; ureia elevada 
em mais de 10mg/dl; cálcio < 8mg/dl. Diagnostico – presença de 3 ou 
mais critérios. 
23. 0 a 2 – 1%. 3 a 4 – 16%. 5 a 6 – 40%. >6 – 100%. 
24. PA Leve – ausência de falência orgânica e ausência de complicações 
locais ou a distância. PA Moderada – falência orgânica transitória 
(<48h duração) ou presença de complicações locais/distantes. PA 
Grave – falência orgânica persistente (>= 48h duração). 
25. Grau A – morfologia normal – boa evolução. Grau B – aumento 
volumétrico – boa evolução. Grau C – inflamação peripancreática – 
raramente fatal. Grau D – coleção liquida única – mortalidade > 
15%. Grau E – duas ou mais coleções liquidas ou presença de gás – 
mortalidade > 15%. 
26. Leve – Ranson <3; APACHE II <8; ausência de complicações orgânicas 
sistêmicas. Grave – Ranson >=3; APACHE >=8; presença de 
complicações orgânicas sistêmicas; presença de complicações locais 
– necrose, abcesso e pseudocisto. 
27. Reposição volêmica, analgesia e dieta zero. Definir se a forma é leve 
ou se é grave. Na forma grave, orientar condutamediante resultado 
da TC contrastada. Observar o surgimento de complicações tardias. 
Recomeçar a dieta oral no momento adequado. 
28. Analgesia – meperidina ou outros opiáceos. Hidratação IV. Controle 
eletrolítico e acido básico. Dieta zero até melhora do quadro clinico 
e ate que haja peristalse audível. 
29. Analgesia – meperidina ou morfina (casos severos). Hidratação IV – 
pelo menos 6L de cristaloide nas primeiras 24h (Ringer lactato ou 
soro fisiológico). Suporte nutricional – dieta zero > 4 semanas; 
 
 
 
5 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
5 
nutrição enteral jejunal (primeiras 48h) com dieta rica em proteínas 
e pobre em lipídios. Importante – NÃO há indicação para uso de 
antibióticos, exceto quando constatada a presença de infecção da 
necrose. 
30. PA grave necrotizante com constatação de infecção. Imipenem-
cilastina 1g 8/8h OU ciprofloxacina 400mg 12/12h + metronidazol 
500mg 12/12h.

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