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Alterações geniturinárias no idoso Sistema geniturinário › Os rins têm peso e volume reduzidos em 20 a 30%, entre 30 e 90 anos e o número de glomérulos diminui de 30 a 50% até, aproximadamente, os 80 anos. › Os túbulos renais têm redução em número, volume e extensão. › A membrana do néfron torna-se espessa e endurecida. › As arteríolas tornam-se espessadas na camada ínt ima e podem apresentar grau de estenose variável. › O fluxo plasmático renal decl ina de 600ml/min aos 30 anos para 300ml/min aos 80 anos. Em concomitância, há queda da taxa de fi lt ração glomerular. As funções de excreção e reabsorção também são alteradas. › Há um declínio progressivo da taxa de reabsorção tubular renal da glicose, aumento da excreção urinária de enzimas e diminuição da depuração de água livre. › Importante ressaltar que em condições hígidas a função renal é capaz de atender as demandas orgânicas. Porém, nas condições em que haja sobrecarga hídrica, a resposta pode não ser rápida e provocar intercorrências (hipervolemia). → Alterações anatômicas em Bexiga, Uretra, Próstata, Vagina e Pavimento Pélvico › Bexiga – Diminuição no número de nervos autonômicos, divertículos, funcionamente altera a capacidade de acomodação, pode haver contrações involuntárias, resíduos pós-miccional. Bexiga tem seu tecido elástico e musculatura l isa substituídos por tecido fibroso, f icando com capacidade menor de reter a urina e também com esvaziamento incompleto, aumentando o risco de infecções do trato urinário. A eliminação urinária também pode ficar alterada por problemas na abertura esfincteriana com atraso de ref lexo. Nas mulheres, por relaxamento da musculatura de assoalho pélvico devido a partos vaginais, pode haver escape de urina ao tossir , espirrar e rir . Nos homens, pode ocorrer obstrução do f luxo urinário devido à hiperplasia de próstata. › Uretra – Diminuição no número de células e substituição por tecido fibroso; funcionalmente, altera a capacidade de acomodação e pressão de fechamento. › Próstata – Crescimento, Hiperplasia. › Vagina – Alterações celulares e atrofia epitelial . › Pavimento Pélvico – Depósito de colágeno, f ibroses, debil idade muscular. Incontinência urinária A perda da continência urinária deteriora a qualidade de vida do idoso, afeta o seu estado físico e podendo provocar infecções, úlceras cutâneas, quedas e fraturas. O estado psicológico, por causa de depressão, frustação e problemas pessoais e famil iares; e a sua vida social, sendo uma das principais causas de institucionalização. → Medicamentos relacionados com a incontinência urinária e mecanismos impl icados. › Diuréticos – Pol iúr ia, polaciúria, urgência miccional. › Hipnóticos – Sedação, imobil idade, delí r io. › Antipsicóticos – Sedação, parkinsonismo, imobil idade, delír io. › Antagonistas do cálcio – Retenção urinária. › Anticol inérgicos – Retenção urinária, impactação fecal, delí r io. › Opiáceos – Retenção urinária, impactação fecal, delí r io. → Assistência de Enfermagem no manejo da incontinência urinária › Manter a vigilância da pele, garantindo a integridade cutânea e o controle da umidade. › Estimular a ingesta hídrica a fim de evitar infecções do trato urinário e a constipação intest inal. Consumo de líquido pela manhã e diminuindo a tarde e noite. › Sempre que possível, administrar medicamento diurético pela manhã. › Proporcionar alimentação rica em fibras para reduzir a constipação, considerando este, r isco para incontinência urinária. › Evitar ingestão de alimentos irr i tantes vesicais, como cafeína, bebidas gaseif icadas, pimenta, alimentos e bebidas ácidas. › Favorecer a redução de peso, o excesso de peso pode aumentar a pressão intra-abdominal e, consequentemente, a pressão intravesical, podendo comprometer a função do trato inferior. › Estimular a prática de exercícios f ísicos que fortaleçam a musculatura do assoalho pélvico, auxil ia no mecanismo de fechamento uretral . › Praticar exercícios f ísicos que favoreçam a mobil idade do idoso, por conseguinte o acesso ao banheiro em tempo hábil . › Modificar as barreiras arquitetônicas para maior acessibil idade ao banheiro. › Promover roupas de fáci l abertura. › Oferecer papagaio/piriquito, deixando próximo ao idoso no período noturno. › Adequar absorventes/fraudas mais apropriados e funcionais de acordo com o volume urinário do idoso. Hiperplasia prostática benigna Considera no aumento do volume da próstata não canceroso, comum em homens idosos. Acometem homens com mais de 40 anos de idade, e 50% dos homens a apresentam ao chegar aos 60 anos de idade, constitui a segunda causa mais comum de intervenção cirúrgica em homens com mais de 60 anos. › Causa ainda não bem elucidada. → Fatores de risco: Tabagismo, eti l ismo, obesidade, redução do atividade física, hipertensão arterial , cardiopatias, diabetes melitus, dieta ocidental (r ica em gordura e proteína animal, carboidratos refinados, baixo teor de fibras). Desenvolvimento lento e progressivo, que causa alterações na via urinária lenta e insidiosamente. › Os lobos hipertrof iados da próstata podem causar obstrução do colo da bexiga e da uretra, provocando esvaziamento incompleto da bexiga e retenção urinária. Em consequência pode ocorrer dilatação gradual dos ureteres (hidroureter) e dos rins (hidronefrose). › A retenção urinária pode resultar na infecção do trato urinário. Visto que a urina que permanece na via urinária atua como meio de cultura para microrganismos infecciosos. → Manifestações clínicas › Polaciúria › Urgência urinária › Nictúria › Hesitação no início da micção › Força diminuída ou intermitente do jato urinário › Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga › Gotejamento urinário (pós micção) › Retenção urinária aguda e infecção do trato urinário (ITU) recorrentes. → Diagnóstico médico › Toque retal, para avaliar o tamanho e forma da próstata. › Ultrassom. › Biópsia da próstata. › Estudos do f luxo de urina. › Cistoscopia, para observar o interior da bexiga. → Tratamento Medicamentoso para f luxo de urina e estacionar ou reduzir o crescimento prostático, procedimentos de ablação transuretral e cirurgias de Ressecção transuretral da próstata. Hiperplasia maligna A renovação das células é um processo natural do corpo humano. Tal processo é fundamental para a manutenção da saúde e vital idade dos órgãos. Cada célula tem determinado tempo de vida, sendo substituída por outra periodicamente. A morte das células ocorre por meio de um mecanismo programado chamado de apoptose. No câncer, porém, as células multiplicam-se de maneira exagerada e deixam de morrer por apoptose; tudo isso ocorre como consequência de alterações do DNA das células tumorais (por exemplo, as mutações). Os fatores de risco mais conhecidos para o câncer de próstata são idade, histórico famil iar, raça, dieta e obesidade → Diagnóstico médico › Sugere-se que os homens sejam avaliados anualmente através do toque retal e de dosagens sanguíneas de PSA (antígeno prostático específ ico). › Aqueles com história de câncer de próstata na famíl ia acometendo parentes de primeiro grau (pai e irmãos) e de homens negros devem iniciar essa avaliação aos 40 anos, devido ao maior r isco. › Ultrassonografia transretal com biópsia com no mínimo 12 fragmentos. → Tratamento › Visando a Cura: Cirúrgico – Prostatectomia radical ( remoção da próstata, vesícula seminal e das extremidades do canal deferente). Radioterapia curativa. Braquiterapia. › Visando o Controle: Hormonioterapia antiandrogênica. Quimioterapia. Perspectiva de sobrevida de no mínimo 10 anos, ao se consideraro estado geral de saúde do paciente e da doença associada. Braquiterapia da próstata → Efeitos do tratamento › Incontinência urinária › Impotência sexual → Diagnóstico de Enfermagem › Eliminação urinária prejudicada. › Deambulação prejudicada. › Sentimento de impotência. › Manutenção do lar prejudicada. › Padrões de sexualidade ineficazes. › Medo, ansiedade, tristeza crônica. › Risco de queda. › Risco de síndrome do estresse por mudança. › Sentimento de pesar disfuncional. → Cuidados de enfermagem › Reduzir o estresse e melhorar a capacidade de enfrentamento da patologia com orientações pós operatórias e cuidados domicil iares. › Melhorar o padrão de el iminação urinária. › Manter o bom estado nutricional. › Retomar ou apreciar a atividade sexual modif icada. › Aliviar a dor. › Melhorar a mobil idade física. › Acompanhamento médico › Estimular atividade física. › Estimular ao lazer, buscando o bem estar e tranqui l idade mental, f ísica e espir itual.