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Resumo Práticas Médicas III

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Medicina PMIII - Thayná Borba 
 
PRÁTICAS MÉDICAS III 
1. SÍNDROMES COLESTÁTICAS 
ü Cálculo na vesícula decorre de alteração do colesterol 
2. CASOS CLÍNICOS DE APARELHO REPRODUTOR 
ü Caso 1: paciente 54 anos, cansaço, fogacho; nódulo de mama. 
Características de mama que indicam tumor: eritema, rubor, pode estar quente, edemaciado, 
“podorrange” (pele em casca de laranja) 
ü Caso 2 : paciente sexo feminino, 34 anos, alteração de exame de ultrassom mamária. Relata nódulo na 
mama direita percebido a alguns meses. Na palpação o nódulo se encontra no quadrante superior 
esquerdo, próximo a aoréola, medindo 1,5 cm, fibroelástico. 
Mamografia – água aparece branco; ultrassom serve para fazer diferença se é um nódulo ou cisto. 
ü Caso 3 : câncer que começa no mamilo. Principal sintoma é a coceira no bico do peito. Paciente 81 anos, 
lesão mama esquerda com coceira há dois anos. 
ü Caso 4 : paciente pós parto, mora em alojamento conjunto, mama direita tensa, quente, hiperemiada. 
Caso de mastite de mama direita – acúmulo de leite. 
ü Lesões de amam : câncer – fibroadenoma,e fibroadenomatose.; cisto, abscesso. 
ü Caso 5 : secreção vaginal a anos, sem odor, sem prurido, caráter intermitente, mantém atividade sexual 
regular, com uso irregular de preservativo. Secreção branca, em pequena quantidade, teste de Wiff 
(teste para vaginite bacteriana) negativo, pH: 4,5 (exatamente o pH da vagina). Exame microscópico : 
leucócitos +/4+, presença de bacilos gram-positivos e raros cocos gram-positivos. 
Períodos de aumento de secreção normal é na ovulação e pré menstruação. 
Corrimento é a secreção vaginal patológica, em geral ela pode ter odor, pode ser purulenta. 
Secreção vacinal normal não tem cheiro. 
Exame do colo do útero – tamanho do colo do útero : pequeno/atrófico (pessoas na menopausa em 
geral tem um colo assim); orifícios em fenda ou puntiforme; cisto de Naboth. 
ü Caso 6: Paciente de 29 anos, com muito prurido com início a 4 dias, parceiro sexual é assintomático, ao 
exame físico observou-se hiperemia e edema – candidíase vulvar. pH da vagina está ácido. Ela pode dar 
em bebê também, chamada de candidíase ou dermatite das fraldas. 
ü Caso 7 : paciente 30 anos, corrimento brancacento, moderada intensidade, pH 5, odor fétido que piora 
após o coito. Sem outros sintomas – vaginose bacteriana, bolhas pequenas.. 
ü Caso 8: paciente 27 anos, corrimento vaginal abundante, amarelo esverdeado, bolhoso, com odor fétido, 
prurido e disúria. O pH vaginal se encontra elevado. Ao exame especular : colite 
Caso	de	tricomoníase – bolhas maiores, alteração patognomônica (só	aquele	agente	que	causa)	–	colo	
em	morango	ou	em	framboesa.	
ü Caso	9:	paciente	25	anos,	queixa	de	lesão	verrucosa	acometendo	vulva	e	períneo,	com	um	ano	de	evolução.	
Ao	exame	físico	revela	grande	lesão	condilomatosa	acometendo	grandes	e	pequenos	lábios,	introito	
vaginal,	períneo,	região	perianal	e	sulco	interglúteo	com	coloração	pardo-acinzentada,	10cm	em	seu	
maior	diâmetro.	Focos	de	necrose	dispersa.	A	lesão	impossibilitava	a	realização	de	exame	especular,	toque	
vaginal	ou	retal.	–	condiloma	genital,	verruga	genital.	
ü pH	abaixo	de	4,5	é	acometimento	por	fungo.	Acima	disso	são	outros	casos.	
 Medicina PMIII – Thayná Borba 
 2 
ü Caso	10:	menino	de	um	ano	e	meio,	aumento	do	volume	do	testículo	sem	dor	–	hidrocele	(testículo	
aumentado	pelo	acúmulo	de	água,	conteúdo	tende	a	reabsorção,	caso	não	reabsorva	parte	para	o	
tratamento).	
ü Caso	12:	criptorquidia	–	testículos	não	descem.	Testículo	fica	na	cavidade	abdominal,	esperar	até	6	meses	
se	passar	disso	e	não	resolver,	deve-se	fazer	cirurgia.	
ü Caso	13:	menino	1	ano	de	idade,	apresentou	em	exame	de	urina	de	rotina	presença	se	sangue.	Mãe	refere	
que	apresentava	ocasionalmente	urina	escura,	que	manchava	as	fraldas.	Exame	físico	:	bom	estado	geral,	
eutrófico,	mucosas	coradas,	sem	alterações	neurológicas,	aparelhos	sem	anormalidade,	hipospádia	com	
redundância	de	prepúcio	(abertura	da	uretra	não	está	no	lugar	certo)	isso	pode	causar	o	sangramento	
presente	na	urina.	
ü Caso	14:	menino	de	3	e	meio,	encaminhado	para	cirurgião	por	conta	de	fimose.	
ü Caso	15:	paciente	de	21	anos,	sexo	masculino,	queixa	de	aparecimento	de	lesão	no	pênis,	próximo	a	glande	
a	aproximadamente	15	dias.	Segundo	ele	a	lesão	teve	início	como	pequeno	caroço	na	pele,	que	depois	de	4	
dias	progrediu	com	característica	de	úlcera	com	bordas	endurecidas	não	dolorosa,	negou	a	presença	de	
qualquer	outro	sintoma.	Revelou	ter	mantido	relação	sexual	desprotegida	dom	outras	pessoas	além	de	sua	
namorada.	–	sífilis	primária.	Não	costuma	ter	dor.	
Tratamento	de	sífilis	–	tomar	uma	dose	de	bezetacil./	diagnóstico	–	exame	de	sangue	VDLR	
ü Caso	16:	hipertrofia	prostática	benigna.	
ü Caso	17: torção	testicular.	
3. CETOACIDOSE DIABÉTICA E HIPOGLICEMIA 
ü Caso clínico : paciente! 12 anos, sexo masculino, dor abdominal difusa, náuseas, vômitos e respiração 
profunda e rápida. Essa respiração companha cheiro “doce”. Última semana o paciente apresentava 
sinais de muita sede, urinando em demasia, muita fome, turvação visual , formigamento nas mãos. 
É diabético e parou o uso de insulina por fazer muita hipoglicemia. 
ü Acidemia – pH sanguíneo baixo 
ü CETOACIDOSE DIABÉTICA (CAD) 
§ Complicação hiperglicêmica aguda grave 
§ É o mais comum dos diabéticos 
§ Fisiopatologia : diabéticos tipo 1 não produzem insulina ( insulinopenia ), célula beta do 
pâncreas foi destruída. Com isso esse indivíduo não consegue fazer a glicose do plasma entrar 
na célula. Sobra glicose no sangue. A célula não irá ter seu combustível (glicose), portanto 
consome suas próprias reservas (catabolismo), se auto digere, gerando os corpos cetônicos. 
Processo chamado de beta oxidação (consumo de ácidos graxos produzindo corpos cetônicos) 
o Ceto-ácidos resíduos da beta-oxidação : ácido beta-hidroxibutírico, ácido aceto-acético, 
acetona 
o Do músculo origina o ácido lático 
o Com isso o pH sanguíneo se torna ácido 
§ Sintomas : 
o Polidipsia	-	glicemia elevada -> maior será a osmolaridade plasmática -> sede intensa 
o Poliúria	– plasma altamente osmótico ( sede intensa ); por tomar muita água leva a 
diurese mas também se tem a diurese osmótica (urina filtrada possui muita glicose, está 
muito osmótica. Com isso atrai água resultando em diurese excessiva). 
o Polifagia – glicose não entra na célula por conta da falta de insulina, catabolismo celular 
gera sinal para o hipotálamo e ocorre interpretação de falta de energia, induzindo o 
indivíduo comer (fome excessiva). 
 Medicina PMIII – Thayná Borba 
 3 
o Emagrecimento	– devido ao catabolismo celular, utilização de reservas. Mesmo com o 
aumento da fome, a glicose vai para urina. 	
§ A acidose intoxica as células musculares com isso causa a dor -> dor abdominal; (até hoje a 
fisiopatologia da dor não é bem explicada)	
	
	
	
	
§ Gasometria	: 	
o Insulinopenia -> catabolismo -> corpos cetônicos aumentados (acidose) -> diminuição 
de bicarbonato (ótimo tamponamento), ele se liga ao H formando ácido carbônico (ácido 
fraco – não abaixa muito o pH); mas se aumentar muito o ácido carbônico a reação volta 
a formar bicarbonato e íons prótons. Para isso ele se transforma em água e gás 
carbônico. Ao respirar, jogamos o gás carbônico para fora, diminuindo a acidose.	
 Medicina PMIII – Thayná Borba 
 4 
	
• Toda vez que o metabolismo produz muito ácido – acidose metabólica	
• Alcalose respiratória como forma de compensar a acidose metabólica	
• Porque o potássio está alto ? Ele é um outro sistema tampão.	
a. Toda vez que produzimos corpos cetônicos -> aumento de H. Se ele entra hemácia 
resolve o problema. Por questão eletroquímica, entrou um próton, precisa sair um 
cátion equivalente, que no caso é o potássio, íon em abundância dentro da célula. 
 
b. Toda vez que glicose entra na célula ela carrega potássio junto, mas isso depende de 
insulina. Se o indivíduo não tem insulina, a glicose não entra e potássio também não, 
com isso eleva o potássiono plasma. 
 
§ Tratamento	 
1. Insulinizar o paciente 
2. Hidratar vigorosamente o paciente 
3. Dar bicarbonato 
4. Corrigir distúrbios metabólicos 
Complicações : hipoglicemia e hipocalemia (baixo potássio) 
§ Porque da turvação visual e formigamento nas mãos ? 
o Via do Poliol (sorbitol) 
Hiperglicemia : 
Tecidos insulino-indepentendes : neurônios, glomérulos, cristalino, retina (não 
precisam de insulina para colocar glicose dentro da célula) 
 Medicina PMIII – Thayná Borba 
 5 
o Indivíduo	normal	: 
 
o Em	diabéticos : ocorre formação de sorbitol mas a sorbitol desidrogenase não consegue 
formar o sorbitol em D-frutose, pois a hiperglicemia altera a proporção de NADH/NAD+. 
Não consegue transformar NAD+ em NADH. 
Se sobra sorbitol, ele por ser muito osmótico, faz entrar muita água e a célula destrói 
resultando em perda de retina (cones e bastonetes), glomérulo, neurônios. Isso acontece 
mais cronicamente. 
 
o Mioinusitol entra na célula e através de diversas reações, promove o funcionamento de 
bombas. Com a entrada de glicose, bloqueia a entrada de mioinusitol, a bomba não 
funciona, não há despolarização. O paciente não sente impulso nervoso. 
Resultado : turvação visual e parestesia (formigamento das mãos). 
 
 Medicina PMIII – Thayná Borba 
 6 
ü HIPOGLICEMIA 
• Definição : Presença de valor glicêmico abaixo de 55mg/L + sinais e sintomas característicos + 
melhora dos sintomas após elevação dos níveis glicêmicos –> Tríade	de	Whipple 
• Neurônio é incapaz de sintetizar e armazenar glicose -> são células sensíveis 
• Na hipoglicemia o cérebro ativa uma sequência de respostas : 
o Liberação de hormônios	contra	–	reguladores (ex: Glucagon, Cortisol, Gh, 
Catecolaminas – adrenalinas e noradrenalinas), eles vão agir evitando a hipoglicemia. 
Atuam a maioria das vezes no fígado e músculo. 
o Supressão da liberação da INSULINA 
• Sinais	e	sintomas	: 
Sensação	de	fome,	visão	turva,	diplopia,	sonolência,	cefaleia,	agitação,	amnésia,	mudança	de	humor,	
inconsciência,	convulsões,	morte.	
o Referentes a ação das catecolaminas : (sintomas referente ao excesso de catecolaminas – 
reação adrenérgica) 
Palidez,	suor	frio,	tremores,	taquicardia,	pele	fria,	diminuição	da	perfusão	periférica,	
taquipnéia.	
*	Muitas	coisas	fazem	subir	a	catecolamina,	nem	sempre	é	hipoglicemia.	
*	glicemia	no	corpo	se	mantém	por	72h,	não	é	porque	deixou	de	comer	por	um	momento	que	
causa	a	hipoglicemia.	
• Hipoglicemia	Pós	–	Prandial		
o A	glicemia	de	jejum	é	sempre	normal	(nunca	é	baixa)		
o O	paciente	tolera	o	jejum	sem	que	haja	queda	da	glicemia	
o A	hipoglicemia	sintomática	ocorre	2	a	4h	após	a	ingestão	alimentar	
1) Hipoglicemia	funcional	(hipoglicemia	reativa): é uma condição caracterizada 
pela diminuição dos níveis de glicose no sangue até 4 horas após uma refeição. 
Ocorre geralmente devido a uma intolerância a frutose, galactose, ou a maioria das 
vezes é idiopática(não se sabe de onde vem). É rara	
	
*Meninas	magras	até	20	anos,	tem	tendência	a	fazer	hipoglicemia	assintomática	na	
terceira	e	quarta	hora	após	a	refeição	
2) Hipoglicemia	reativa	do	Diabetes	Latente	
É uma condição que acomete : 
o indivíduos obesos 	
o Com história familiar para diabetes	
 Medicina PMIII – Thayná Borba 
 7 
o Glicemia de jejum é normal 	
o No teste a curva é francamente diabética nas primeiras 2h	
o Secreção de insulina é TARDIA – 3 a 4h depois as células beta produzem insulina 
em grande quantidade levando a hipoglicemia.	
o Indivíduo	vai	ficar	diabético,	célula	beta	não	consegue	produzir	insulina	
adequadamente.		
3) Hipoglicemia	Pós	–	Gastroenterostomia		(síndrome	de	“Dumping”):	
É	uma	condição	de	:		
o Absorção	de	glicose	muito	acelerada	
o Eleva	muito	rápido	a	glicemia	(200-300	mg/dL)	na	1ª	hora	
o Estímulo	anormal	da	secreção	de	insulina	
o Resultado	:	hipoglicemia	sintomática	
o Isso	ocorre	pra	sempre,	mas	ele	se	adapta.	
• Hipoglicemia	de	jejum	:		
o A	glicemia	de	jejum	é	geralmente	baixa	
o O	paciente	não	tolera	jejum	
o O	diagnóstico	se	faz	pela	prova	do	jejum	prolongado	
1) Hipoglicemias	de	jejum	com	baixa	insulina	endógena	(insulina	não	tem	
papel	nisso)	
o Hipoglicemia	induzida	por	álcool	->	impede	a	glicogenólise	(álcool	impede	
a	saída	de	glicogênio	do	fígado)	
o Doença	hepatocelular	(cirrose)	->	fígado	sem	estoque	de	glicogênio	
o Hipopituitarismo	(falta	de	Gh/falta	de	ACTH)	–	hipófise	não	funciona	
direito,	não	produzindo	o	Gh	e	ACTH	->	hipoglicemia	
o Doença	de	Addison	(falta	de	cortisol)	–	destruição	da	adrenal	–	falta	de	
cortisol	->	hipoglicemia	
o Resumindo	:	não	há	ação	de	contra-reguladores.	
2) Insulinoma	(altos	níveis	de	insulina)		
o Tumor de célula beta 	
o Maioria benigno	
o Raros	
o Teste –> jejum prolongado até 72h –> colhe-se glicemia, peptídeo C 	
o Esses pacientes aumenta insulina e ao mesmo tempo glicemia começa 
cair. Com jejum prolongado colhe-se glicemia (que vai caindo) e peptídeo 
C (garante um valor mais preciso sobre a quantidade de insulina 
secretado). Toda vez que o pâncreas secreta insulina, secreta na forma 
 Medicina PMIII – Thayná Borba 
 8 
de pré – pró – insulina (cadeia alfa, beta e peptídeo C). Isso prova que ele 
tem tumor secretor de insulina.	
3) Hipoglicemia	Auto-imune	(Doença	de	Hirata)	
o Presença de anticorpos Anti-insulina (IAA)	
o Causa frequente de hipoglicemia no Japão	
o Hiper-secreção anômala de insulina em respostas a destruição pelos IAA. 
(Destruição	de	insulina	da	periferia,	células	beta	secretam	mais	insulina	
para	repor)	
4) Hipoglicemia	Exógena		
o Causa mais frequente 
o Secundária a administração de insulina ou hipoglicemiantes orais 
4. ANAMNESE, EXAME FISICO, EXAMES COMPLEMENTARES DO SISTEMA 
DIGESTÓRIO 
v Anamnese	 
§ Identificação: nome, idade, sexo, estado civil, religião, ocupação, data de nascimento, nome da mãe 
§ Queixa 
§ Atributos do sintoma 
o Dor	abdominal		
Localização – onde dói ? Irradia ? 
Característica – como é ? 
Intensidade 
Cronologia – início, duração, frequência 
Situações em que ocorreu, fatores ambientais, atividades pessoais, reações emocionais ou 
outras circunstâncias que possam ter contribuído para a enfermidade. 
Fatores atenuantes e agravantes 
Manifestações associadas – náuseas, vômitos, alteração do hábito intestinal (constipação, 
diarreia, quanto tempo ?); hábito alimentar; afilamento das fezes; sangramento ao evacuar. 
o Dor	epigástrica 
Queimação ? Irradia ? Melhora com alimentação ? Piora ? Refluxo ? 
o Dor	em	hipocôndrio	direito 
Cólica? Irradia? Febre? Icterícia? Colúria? Acolia? 
o Náuseas/vômitos 
Quando? Quantidade? Bilioso? Alimentar? Fecalóide? 
o Distensão	abdominal 
o Parada	de	eliminação	de	gases	e	fezes 
o Sangramento	digestivo	 
§ Alto – hematêmese (vômito com sangue) ou melena (fezes escura) 
§ Baixo – enterorragia (sangue vivo pelo ânus) ou hematoquezia (sangue nas fezes) 
v Exame	Físico 
§ FC, FR, temperatura, PA 
 
 
 Medicina PMIII – Thayná Borba 
 9 
5. ABDOME AGUDO E DIARREIA 
ü Dor	abdominal	aguda	com	duração	maior	que	6h, que leva o paciente a procurar ajuda médica. 
ü Abdome agudo: 
§ Inflamatório 
§ Obstrutivo 
§ Perfurativo 
§ Hemorrágico 
§ Vascular 
ü Abdome	agudo	inflamatório 
§ Achados clínicos 
o Dor abdominal: característica própria, tempo, localizada X difusa, intensidade 
o Náuseas/ vômitos associados (normalmente pelo quadro de dor) 
o Função intestinal (pode ter diarreia associado ou constipação) 
o Febre (em geral está presente em abdome agudo inflamatório) 
o Sintomas associados: icterícia, colúria (urina escura), acolia fecal, melena, disúria 
§ Exame físico 
o Abdominal: inspeção, percussão, ausculta 
o Palpação - dor, sinais de irritação peritoneal (localizada X difusa), pesquisa de sinais 
(Murphy, Rovsing , Lapisnky); no ponto de McBurney – em apendicite causa dor (DB) 
§ Diagnóstico 
o Quadro clínico e exame físico 
o Exames laboratoriais 
o Exames de imagem 
§ Exames laboratoriais 
o Hemograma: leucocitose 
o Bilirrubinas 
o Fosfatase alcalina/ gama GTo Amilase 
o Urina I 
§ Exames de imagem 
o Radiografia de abdome 
Distensão de alças intestinais 
Sinais indiretos: Barramento do psoas; alça sentinela 
Descartar pneumoperitôneo (alguma alça perfura e o ar fica fora da alça) 
Paciente em pé, deitado e em cúpulas. 
o Ultrassonografia abdominal 
Geralmente confirma o diagnóstico; 
É um exame de escolha, consegue ver direitinho a alça, em apêndice consegue ver o 
tamanho, e etc. 
o Tomografia computadorizada 
Usa-se geralmente na dúvida do diagnóstico 
Diagnóstico diferencial 
§ Causas 
o Apendicite 
o Colecistite, colangite 
o Diverticulite (inflamação do divertículo) 
o Pancreatite aguda 
 Medicina PMIII – Thayná Borba 
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o Doença inflamatória pélvica – dor, febre, mal estar, leucocitose 
o Hepatite aguda 
o Colite 
o Abcessos 
o Peritonite (alça que perfurou, tem-se líquido, fezes, conteúdo gástrico na cavidade, abdômen 
fica em tábua). 
o Pielonefrite 
§ Apendicite	
o Quadro	clínico:	dor em região epigástrica, periumbilical e localiza em fossa ilíaca direita; 
náuseas e vômito; febre baixa (37,8 – 37,9); inapetência	
o Exame	físico:	toxemia, dor em FID, DB+ (blumberg), Rovsing ( dor na FID após a 
compressão em FIE)	
o Exame	de	imagem	:	ultrassom, TC de abdome quando tem dúvida	
o Tratamento:	cirúrgico	
o Incisão	de	McBurney	
§ Colecistite	aguda	
o Dor em cólica em epigástrio e hipocôndrio direito (HCD) que piora com alimentos 
gordurosos, náuseas/vômitos, febre baixa 	
o Exame físico: dor em HCD, Murphy + (pausa na inspiração)	
o Exames laboratoriais : leucocitose	
o Exames de imagem: US, TC abdômen	
o Tratamento: antibiótico e cirurgia (aberta x laparoscopia)	
o Antiga incisão: Kocher (dois dedos abaixo do gradeado costal)	
§ Colangite	
o Quadro mais grave; infecção da vesícula devido a cálculo. Dor em HCD, febre, icterícia 
(tríade de Charcot); confusão mental e sepse (pentade de Reynalds); náuseas e vômitos 
o Exame físico: toxemia, doe em FID, DB+, Murphy + 
o Exames laboratoriais: leucocitose, hiperbilirrubinemia, elevação TGP/TGO (enzima 
hepática; Transaminases) 
o Exames de imagem: US, CPRE, TC de abdome 
o Tratamento: antibiótico, CPRE, cirurgia. 
§ Diverticulite 
o Dor em abdome inferior (principalmente em FIE), insidiosa 
o Exame físico: dor em FIE, DB+ 
o Exames de imagem: US, TC 
o Tratamento: clínico (analgesia, antibiótico); cirúrgico (falha, perfuração, sepse) 
§ Pancreatite	aguda	–	inflamação do pâncreas	
o Dor em faixa em abdômen superior; náusea/vômito precoces. Colelitíase/ álcool	
o Inflamação medicamentosa, alcoólica, cálculo que obstrui e inflama o pâncreas (colelitíase)	
o Exame laboratorial: leucocitose, amilase	
o Exame físico: toxemia, dor em faixa	
o Exames de imagem: US, TC abdômen	
o Tratamento: clínico (analgesia, antibiótico, hidratação).	
ü Abdome	agudo	perfurativo	
§ Perfuração de Vísceras ocas	
§ Dor aguda lancinante (sabe dizer o que estava fazendo quando sente a dor) menos de 6h de 
duração, intensa, úlcera ou tumor perfuram; náuseas/vômitos; abdômen em tábua.	
§ Exames físico: abdômen em tábua, doloroso	
 Medicina PMIII – Thayná Borba 
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§ Tratamento 	
o Cirurgia: tratar a causa	
	
ü Diarreia	
§ As doenças diarreicas agudas (DDA) correspondem a um grupo de doenças infecciosas 
gastrointestinais 	
§ Ocorrência de no mínimo três episódios de diarreia aguda me 24h, ou seja, diminuição da 
consistência das fezes e aumento do número de evacuações.	
§ Quadro que pode ser acompanhado de náuseas, vômito, febre e dor abdominal. Em alguns casos, 
há presença de muco e sangue, quadro conhecido como disenteria.	
§ Em geral, são doenças autolimitadas com duração de até 14 dias	
§ A depender do agente causador da doença e de características individuais dos pacientes, as DDA 
podem evoluir clinicamente para quadros de desidratação que variam de leve a grave.	
§ A diarreia pode ser de origem não infecciosa podendo ser causada por medicamentos, como 
antibióticos, laxantes e quimioterápicos utilizados para tratamento de câncer, ingestão de 
grandes quantidades de adoçantes, gorduras não absorvidas, e até uso de bebidas alcoólicas, 
por exemplo.	
§ Diarreia aguda: até 14 dias 	
§ Diarreia crônica: acima de 14 dias	
§ Diarreias crônicas 	
Algumas doenças não infecciosas também podem desencadear a diarreia, como a doença de 
Chron, as colites ulcerosas, a doença celíaca, a síndrome do intestino irritável e intolerâncias 
alimentares como a lactose e ao glúten. 
§ Diagnóstico	
o Quadro clínico e exame físico	
o Exames laboratoriais	
o Exames de imagem (para investigar diagnóstico diferencial)	
§ Tratamento	
o Prevenção	
o Hidratação 	
o Analgesia	
o Medicamentos	
o Avaliar necessidade de investigação/ internação	
ü Síndrome	do	intestino	irritável	
§ A síndrome do intestino irritável é um distúrbio do trato digestivo que provoca dor abdominal e 
constipação ou diarreia recorrentes. (Pode	ocorrer	desde	a	boca	até	o	reto)	
ü Doença	inflamatória	intestinal	
§ São doenças crônicas que inflamam os intestinos em intensidades variadas.	
§ Nas formas mais leves, a pessoa pode sentir dores abdominais e alteração do hábito intestinal 
como diarreia ou constipação.	
§ Nas formas mais graves, dores intensas, sangramentos retais, perda de peso repentina, cansaço 
ou fraqueza.	
§ As principais são Doença de Crohn, retocolite ulcerativa e colites indeterminadas.	
§ A doença de Crohn é um tipo de doença inflamatória intestinal (DII) que pode afetar qualquer 
parte do aparelho digestivo, desde a boca até ao ânus. Os sintomas geralmente incluem dores 
abdominais, diarreia (que pode conter sangue no caso de inflamações graves), febre e perda de 
peso.	
 Medicina PMIII – Thayná Borba 
 12 
§ A retocolite ulcerativa (RCU) ou colite ulcerativa é uma doença inflamatória intestinal (DII), que 
é crônica e não contagiosa. Nela, ocorrem inflamações e ulcerações no intestino grosso, e 
também na mucosa do reto. Como consequência, podem ter sintomas como diarreia, 
hemorragia, cólicas e febre.	
ü Predisposição	
§ Indivíduos geneticamente predispostos que adotam no estilo de vida o uso de medicamentos 
que transformam a imunidade e modificam a flora intestinal.	
§ As doenças costumam acometer mais pacientes jovens, em fase ativa, principalmente a partir 
dos 30 ou 40 anos, mas também ocorrem em crianças e idosos.	
ü Exames:		
§ Endoscopia digestiva alta 	
§ Colonoscopia 	
§ TC de abdome	
§ Ressonância magnética de abdome	
ü Tratamento	
§ Hidratação e suporte clínico	
§ Medicamentos para reduzir a inflamação 	
§ Medicamentos para reduzir a resposta imunológica.	
6. CASOS CLÍNICOS SISTEMA DIGESTÓRIO 
1. Paciente masculino, 18 anos, refere que há 1 dia iniciou quadro de dor abdominal de forte intensidade, 
com início em região epigástrica, com irradiação para mesogástrio e fossa ilíaca direita. Associado ao 
quadro, refere febre e inapetência. Exame físico: febril, taquicárdico, dor a palpação em fossa ilíaca 
direita. 
Qual a hipótese diagnóstica ? 
R: apendicite 
Qual a sequência do exame abdominal que deve ser seguida? 
R: inspeção, ausculta, percussão, palpação 
Qual o sinal no exame abdominal que deve ser pesquisado? 
R: sinal de blumberg; ponto de McBurney 
Qual o exame complementar que deve ser solicitado para confirmar o diagnóstico ? 
R: US e TC de abdome (se for necessário e se tiver dúvida) 
Qual o tratamento preconizado ? 
R: cirúrgico (Apendicectomia) e antibiótico 
 
2. Paciente masculino de 46 anos, diagnóstico de cirrose alcoólica, procurou o PS com quadro clínico de 
hematêmese volumosa, de início há 1 hora. Apresentava-se torporoso, confuso, hipotenso, taquicárdico, 
FR de 40ipm, descorado 2+/4, afebril. Abdome globoso, depressível, peristalse aumentada, DB-. Toque 
retal : melena. Exames laboratoriais: Hb: 10,6g/dL, plaquetas: 70000, INR: 2,4, albumina sérica: 3,0g/dL 
Qual hipótese diagnóstica ? Tipo? 
R: hemorragia digestiva alta, normalmente pacientes cirróticos possuem hemorragia digestiva alta 
varicosa. 
Quais os exames solicitados parao diagnóstico? 
R: endoscopia, US de abdômen para ver o fígado. 
Qual o tratamento que deveria ser instituído para o caso? 
R: reposição volêmica, entubação, depois de estabilizar o quadro clínico 
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 13 
Qual o tratamento medicamentoso e não medicamentoso ? 
R: inibidor de bomba de próton e não medicamentoso a endoscopia 
 
3. Paciente feminino de 50 anos, com quadro de dor em região epigástrica e hipocôndrio direito, contínua, 
de início há 2 dias. Refere piora da dor há 1 dia, tipo cólica, acompanhada de náuseas e vômitos. Relata 
febre de 38,5 C. Ao exame físico: dor a palpação em hipocôndrio direito, plastrão palpável. 
Qual a hipótese diagnóstica ? 
R: colecistite aguda 
Qual o sinal no exame físico que deve ser pesquisado e está presente nesse caso ? 
R: sinal de Murphy 
Quais os exames solicitados para o diagnóstico ? 
R: US, TC de abdome (para casos que suspeite de complicação) 
Qual o tratamento que deveria ser instituído para o caso? 
R: antibiótico e cirugia (vídeo laparoscopia) 
Quais complicações podem ocorrer, considerando o diagnóstico principal? 
R: perfuração da vesícula, migração do cálculo para o colédoco 
 
4. Paciente masculino, 60 anos, etilista crônico pesado, refere anorexia, fadiga, perda de peso, prurido, 
colúria e acolia fecal. Ao exame físico: emagrecido, ictérico, eritema palmar, edema maleolar e sinal de 
piparote positivo. 
Qual a principal hipótese diagnóstica ? 
R: insuficiência hepática. Cirrose hepática 
Quais os exames que devem ser solicitados ? 
R: US, Colangiorressonância e biópsia hepática 
Qual o significado do Sinal de Piparotte positivo ? 
R: ascite intrabdominal. Sinal de pior prognóstico 
Qual o tratamento preconizado ? 
R: se tiver cálculo no colédoco, fazer uma colangiografia endoscópica retrógrada para retirada de 
cálculos ou passagem prótese. Se o quadro da icterícia for pela insuficiência hepática grave, usar 
medicamentos para o prurido (colestiramina); diurético, antibiótico ou punção abdominal (ascite); 
inibidor de bomba de próton (como tentativa de prevenir a HDA). 
 
5. Paciente feminino, 45 anos refere dor epigástrica em queimação, melhora com a alimentação e com uso 
de antiácidos. Relata despertar noturno pela dor e ganho de peso. Apresentou episódio de melena, sem 
instabilidade hemodinâmica. 
Qual a hipótese diagnóstica? 
R: úlcera duodenal (com sinais de sangramento) *ulcera péptica refere tanto a úlcera duodenal quanto a 
úlcera gástrica só que nesse último caso não há melhora após a alimentação. 
Quais os dados da história que justificam o diagnóstico? 
R: melhora após a alimentação e com antiácidos 
Qual o exame solicitado para confirmar o diagnóstico ? 
R: endoscopia digestiva alta 
Qual o tratamento medicamento preconizado ? 
R: inibidor de bomba de próton 
Quais as opções de tratamento não medicamentoso ? 
R: colocação de clip, eletrocoagulação e injeção de substância esclerosante por endoscopia digestiva 
alta. 
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 14 
 
6. Paciente masculino, 30 anos refere que, após 15 dias de um almoço com a família em um restaurante 
japonês, iniciou quadro de náuseas, falta de apetite, fadiga, diarreia, dores musculares e articulares, 
febre. Relata colúria. Só exame físico: ictérico, hepatomegalia 
Qual a principal hipótese diagnóstica ? 
R: hepatite A 
Quais os exames utilizados para o diagnóstico em questão ? 
R: dosagem de anticorpo HAV e US abdominal 
Qual a via de transmissão e a forma de prevenção da doença? 
R: via fecal-oral. Lavagem de mãos e de alimentos. 
Qual o tratamento preconizado ? 
R: repouso e alimentação adequada. (Fracionada, palatável ao paciente). 
 
7. Paciente masculino 40 anos, realizou transfusão sanguínea por ocasião de um acidente automobilístico. 
Após 30 dias, iniciou quadro de letargia, dores musculares e articulares, cansaço intenso. 
Qual a principal hipótese diagnóstica ? 
R: hepatite C 
Quais as formas da doença? Qual a forma de transmissão? Qual o tempo de incubação? 
R: forma aguda e crônica (principal). Transfusão sanguínea. Tempo de incubação: 15 a 150 dias. 
Qual exame é utilizado para o diagnóstico? 
R: dosagem sanguínea de anticorpo anti HCV 
Qual o tratamento preconizado? 
R: repouso, alimentação adequada, suspensão de bebida alcoólica por 1 ano. Nos casos graves: 
interferon (imunossupressor). 
Qual é a forma de prevenção primária? 
R: controle rigoroso dos bancos de sangue. 
 
8. Paciente masculino, 40 anos refere dor em região epigástrica com irradiação para região retroesternal, 
tipo queimação. Piora com café, condimentos, chocolate e bebida alcoólica. Refere tosse frequente e 
rouquidão. 
Qual a principal hipótese diagnóstica ? 
R: refluxo gastroesofágico 
Quais os sintomas presentes no caso que sugerem um quadro de piora do quadro ? 
R: tosse e rouquidão 
Qual o exame utilizado para confirmar o diagnóstico? 
R: endoscopia digestiva alta. Manometria esofágica, pH-metria 
Qual tratamento medicamentoso preconizado ? 
R: inibidor de bomba de próton, medicação para motilidade e melhora do esvaziamento gástrico 
(Bromoprida), não realizar refeições volumosas, evita álcool, café, bebidas gaseificadas, chocolate, 
frituras; elevar a cabeceira da cama; não tomar líquidos a noite; dormir após 1h da refeição. 
 
7. EXAMES DE IMAGEM EM SÍNDROMES DO SISTEMA DIGESTÓRIO, REPRODUTOR E 
ENDÓCRINO 
ü Raio X e Tomografia Computadorizada (TC): 
o Estímulo: esses exames se baseiam em raios X 
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 15 
o Emissão: tubo produtor de raios X 
o Leitura: filme radiográfico (raio-x), detectores (TC) 
o Imagem: formada	a	partir	das	diferentes	densidades	teciduais. 
o No raio – X normal pulmão fica preto por conta do ar. Na coluna, a maioria do raio x é 
atenuado, o filme fica branco, porque pouco raio x chega no filme. 
o Na tomografia, existe mais densidade (níveis de tons de cinza); 
o Densidades	radiográficas	: o ar fica bem preto; 
o Tomografia: 
o A tomografia possui mais detalhes pelo maior espectro de densidades 
o Estruturas mais densas são chamadas ❓ 
ü Ultrassonografia	(US):	
o Estímulo: ondas sonoras 
o Emissão e leitura: transdutor (efeito piezoelétrico) 
o Imagem: formada a partir da reflexão das ondas a cada mudança de meio tecidual 
(interfaces – ecogenicidade) 
o 
 
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 16 
o No Doppler quando está mais vermelho é quando a estrutura está se aproximando do 
transdutor 
o Estruturas líquidas são anecóicas 
ü Radiologia	abdominal		
o Abdome agudo não traumático: 
§ Dor abdominal que se instala no período de algumas horas e requer tratamento 
clínico ou cirúrgico de emergência. 
§ Causas 
• Apendicite aguda (30%) 
• Colecistite aguda (inflamação da vesícula biliar) (10%) 
• Obstrução intestinal (abdômen agudo obstrutivo) (5-10%) 
o Para avaliar pode usar a radiografia 
o Radiografia é útil em suspeita	de	perfuração ou obstrução	intestinal 
o Rotina	de	abdome	agudo (três incidências): 
§ Decúbito dorsal 
§ Ortostase – verifica o nível hidroaéreo (ar fica em cima e líquido em baixo) 
§ Cúpulas diafragmáticas – pneumoperitônio : ar acumulado na cavidade peritoneal 
(paciente fica de pé por um tempo 
o Precisa da tomografia para avaliar melhor (causa e nível de obstrução) 
o Ultrassonografia	 
§ Útil para avaliar vesícula biliar 
§ Alterações de origem ginecológica (cisto hemorrágico, corpo lúteo, gravidez 
ectópica); TC não é boa para ver essas alterações. Mas se tiver dúvida com a 
ultrassonografia, tem que partir para a ressonância. 
§ Criança/paciente magro: pode iniciar investigação de apendicite aguda por US 
§ Distúrbios dos órgãos abdominais sólidos 
§ As alças intestinais são difíceis de observar pelo US 
o Tomografia	 
§ Papel central na avaliação da dor abdominal aguda no adulto (*exceções – patologias 
da vesícula biliar, ginecológicas, pacientes magros ou crianças, grávida) 
§ Distúrbios dos órgãos abdominais sólidos 
§ Apendicite em paciente obeso posso ir para TC direto 
§ Cálculo no sistemaurinário não precisa injetar contraste; de resto sempre injetar. 
§ A TC não é boa para ver vesícula porque o cálculo da vesícula biliar é composto por 
colesterol, assim ele não fica branco no exame, ele é pouco denso. 
§ Com contraste EV os órgãos ficam mais vivos. O iodo pode ser usado por via oral 
também. 
§ No raio x contrastado em suspeita de perfuração não pode usar o bário. 
o Caso clínico 
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 17 
§ Mulher 30 anos, dor no mesogástrio há 1 dia, febre. – tenho que suspeitar de 
apendicite, ela pode começar com uma dor periumbilical que migra para fossa ilíaca 
direita. Se ela for uma paciente magra, posso começar investigar por ultrassom. 
Apêndice fica incompressível, aumento de dimensão – sinais de inflamação. Se ainda 
houver dúvida pode-se fazer TC. 
§ Mulher 40 anos, dor abdominal á direita há 6 horas, febre – posso começar avaliando 
com US. – suspeita de colecistite 
Quando a vesícula está inflamada ocorre espessamento da parede, aumento das 
dimensões, dentro da vesículas pode-se ver os cálculos. 
A tomografia pode ser utilizada, mas pode ou não ver os cálculos. A vesícula vai estar 
com parede espessada, se tiver muito inflamada verifica borramento de gordura 
adjacente. 
 A ressonância os cálculos podem ser vistos 
§ Homem 40 anos, dor epigástrica intensa há 1 hora. US Normal. Colher enzimas 
pancreáticas em suspeitas de pancreatite. Na TC pâncreas fica com dimensões 
aumentadas. 
§ Mulher de 60 anos, dor na FIE há 1 dia 
Se for pensar em alguma alteração ginecológica suspeita-se de neoplasia. 
Diverticulite – US e TC – divertículo inflamado (parede espessada) 
o Casos de abdômen agudo obstrutivo 
§ Homem, 60 anos, dor e distensão abdominal há 1 dia 
§ Parada de eliminação de gases e fezes 
§ Radiografia e TC 
ü Sistema	endócrino	 
o Hipófise	 
§ Adenoma hipofisário : uma das neoplasias mais comuns – ressonância magnética 
§ Microadenoma 
§ Macroadenoma 
ü Sistema	reprodutor	 
o Feminino	 
§ Estudo dos órgãos ginecológicos pélvicos: US	e	RM 
§ TC – pouca acurácia 
§ US: primeiro exame – útero e ovários 
• Transvaginal: mais sensível 
• Suprapúbico: pacientes virgens, útero volumoso por miomas 
§ Mulher de 30 anos, sangramento vaginal há 10 dias e dor pélvica, BHCG negativo – 
mioma é uma causa frequente desse sangramento e dor abdominal 
§ Mulher sangramento vaginal há 2 dias e dor pélvica, BHCG positivo – aborto 
(endométrio espessado, heterogêneo -> restos ovulares) 
§ Mulher 30 anos, sangramento vaginal há 2 dias, BHCG positivo – dentro da cavidade 
não se encontrou nada -> gestação ectópica 
§ Paciente com dor, febre e corrimento vaginal – doença inflamatória pélvica 
o Masculino 
§ US	e	RM	 
§ TV pouca acurácia 
§ US: Primeiro exame – próstata e testículos 
§ Próstata suprapúbuco; transretal – reservado para biópsia 
§ Causa mais comum de dor testicular é a inflamação do testículo e do epidídimo 
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 18 
§ Orquiepididimite e torção testicular 
 
DOCUMENTAÇÃO MÉDICA, ÉTICA E RESOLUÇÃO DE 
CONFLITOS 
ü Atestado	médico		
Cabeçalho: nome, endereço do profissional, número do CRM, CPF e especialidade (desde que registrada no 
CRM) se for receituário do médico. Se for receituário da clínica ou do hospital já tem o nome, endereço e 
CNPJ do serviço. 
Superinscrição : nome, endereço do paciente, idade (facultativo). 
Redação: atesto para os devidos fins, a pedido, que o(a), Sr.(a) (nome. Inscrita no CPF sob o n° xxxxx, 
paciente sob os meus cuidados, foi atendido(a) no dia (data) as (horário) apresentando quadro de código 
CID e necessitando de x dias de repouso. No caso o CID é J 06.9 
Data, assinatura e número do CRM (pode ser escrito, de preferência o carimbo). 
Obs: não esquecer de colocar o nome do profissional, CRM e endereço do consultório (cabeçalho) no seu 
atestado, uma vez que no modelo não consta; pôde-se colocar dois CID. 
ü Atestado	é	diferente	de	laudo	
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Normalmente o laudo não tem a questão do tempo que o paciente tem que ficar afastado; possui função 
diferente 
ü Receita	médica		
Prescrição ambulatorial 
Cabeçalho: nome, endereço do profissional, número do CRM, CPF especialidade (desde que registrada no 
CRM) 
Superinscrição: nome e endereço do paciente, idade (facultativo), abaixo escrever de uso interno ou 
externo 
 
ESCOVAÇÃO, PARAMENTAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO 
CIRÚRGICA 
 
§ Equipe cirúrgica 
o Cirurgião 
o Assistente (médico com alguma especialidade cirúrgica) 
o Instrumentador (curso técnico de instrumentação) 
o Anestesista 
§ 
§ Moral da história: NÃO CAUSAR INFECÇÃO 
§ Assepsia	e	anti-sepsia		
o Assepsia: ausência de germes. Manobras realizadas com o intuído de manter o doente e o ambiente 
cirúrgico livre de germes 
§ Ex: paramentação (avental e luvas estéreis), Campos estéreis, instrumentos esterilizados. 
o Anti-sepsia: manobras feitas para destruir os germes ali já locados. 
§ Ex: escovação da equipe, preparo da pele do paciente. 
o Desinfecção: objetos inanimados. 
§ Anti-sepsia	do	campo	operatório	(área	do	corpo	do	paciente	onde	será	feita	a	cirurgia) 
o Degermação: lavar com sabão detergente anti-séptico 
o Uso de anti-séptico a base de álcool (exceto mucosas – a base de água) – clorexidina 
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 20 
§ Preparo	da	equipe	
o Roupa: uniforme privativo deve ser vestido somente em cima de roupa íntima. 
o Retirar adornos 
o Gorros e toucas: cobrir todo o cabelo 
o Máscara: abrangendo boca e nariz; 
o Anti-sepsia das mãos: escovação 
§ Escovação 
o Eliminar microbiota temporária da mão e antebraço 
o Reduzir microbiota residente 
o Antes da escovação: lavar as mãos; unhas curtas e limpas; adornos 
o Clorexidina 
o Tempo (primeira escovação do dia 5 min; escovações subsequentes 2/3min) 
§ Aventais estéreis: Dupla proteção – paciente e médico 
§ Luvas estéreis: dupla proteção – paciente e médico 
§ Óculos de proteção 
§ Operações	fundamentais	: 
o Diérese:	toda manobra destinada a criar descontinuidade de tecidos; mesmo uma punção com 
trocarte 
o Hemostasia: toda manobra destinada a evitar ou estancar a hemorragia 
o Exsérese	(tempo principal da cirurgia; mas nem sempre é o momento principal): retirada de algum 
tecido 
o Síntese:	tempo em que procede ao fechamento de todas as camadas que foram abertas na diérese 
§ Diérese 
o Incisão – corte com bisturi 
o Secção – corte com a tesoura 
o Divulsão – movimento de entrar com a tesoura fechada e abrir com intuito de separar os tecidos 
o Punção – furar com uma agulha 
o Dilatação 
o Serração 
§ Instrumentos	de	diérese		
o Bisturi		
	
	
	
	
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 21 
	
o Tesoura		
§ Mayo	–	mais robusta 	
§ Metzembaum	– mais delicada 	
§ Todas	as	tesouras	tanto	Mayo	quanto	Metzembaum	podem	ser	curvas	ou	retas,	longas	
ou	curtas,	pontiagudas	ou	rombas.	
§ Hemostasia		
o Temporária	–	contém	o	sangramento	temporariamente	
§ Pinçamento (pinças hemostáticas atraumáticas)	
o Definitivas	–	após	aplicada	o	vaso	não	deve	sangrar	mais	
§ Ligadura		
§ Cauterização		
§ Fotocoagulação	(laser)	
§ Sutura		
§ Grampeamento	
§ Obturação	(esponjas)	
§ Oclusão	endovascular		
o Pinças	hemostáticas	
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 22 
§ Traumáticas	– machucam o tecido	
§ Atraumáticas – não machucam o tecido 	
o Pinças	traumáticas		
§ As pinças traumáticas são as mais comuns, a mais usada é a pinça Kelly.	
§ Pinça Kelly possui ranhuras transversas nas garras até metade da superfície de preensão 	
§ Pinça Halsted (ou mosquito) possui ranhuras transversas nas garras por toda a superfície de 
preensão; e ela é mais curta.	
§ Elas podem ser retas ou curvas.	
§ Pinça de Crille – reta ou curva; ranhura em toda superfície de preensão	
§ Pinça Mixter – ponta com ângulo reto 	
§ Pinça	Kocher	– pode ser curva ou reta, na ponta possui um dente; pouco usada para 
hemostasia	
o Pinças	atraumáticas		
§ Pinça	Satinsky	
§ Pinça	Glover		
o Materiais	auxiliares	ou	especiais–	pertencem ao tempo especial 	
§ Pinças	de	dissecção	(anatômica	e	dente	de	rato)	
§ Pinças	de	tração	ou	preensão		
• Pinça	Allis	– preensão traumática de tecidos; aponeurose, músculo, subcutâneo, 
estruturas a serem ressecadas.	
• Pinça	Duval	
• Pinça	Babcock	– alças intestinais 	
• Pinças	clamp	intestinal,	coprostase	
• 	
§ Afastadores:	dinâmicos	e	estáticos.	
• Farabeuf	
• Langenbeck	
• Volkman	
• Válvula	de	Doyan	
§ Afastador	autostático	– é aquele no qual você coloca no lugar e ele trava.	
• Gosset	
• Balfour	
• Finochietto	
§ Síntese		
o Porta-agulha		
o Pinça	auxiliar		
o Sutura,	grampeamento,	cola,	“ponto	falso”	
o Pinça	anatômica	–	ranhuras transversas na ponta, não possui dente	
§ Uso	geral	
§ Pode	usar	em	órgão	oco	ou	parenquimatosos		
§ Evitar	na	pele;	preensão	menos	firme.	
o Pinça	dente	de	rato	–	não possui ranhuras; utilizada para preensão de pele, músculo, aponeurose.	
§ Não usar em órgãos ocos ou parenquimatosos	
§ Preensão mais firme	
o Pinça	de	Adson	
o Porta	agulha	– utilizado apenas para segurar a agulha para dar ponto 	
§ Mayo	Hegar	
 Medicina PMIII – Thayná Borba 
 23 
• Superfície de preensão pequena.	
§ Mathieu	
§ Posicionamento	da	equipe		
o Mediante o posicionamento da equipe é que o instrumentador escolhe como vai montar sua mesa	
o Se o cirurgião está à direita do paciente o material na mesa se dispõem da direita para a esquerda 	
o Se o cirurgião está a esquerda do paciente o material na mesa vai se dispor da esquerda para a 
direita.	
o Dispor	os	matérias	na	sequência:	diérese,	hemostasia,	especiais	e	síntese		
o Começando	com	a	diérese	e	fazendo	um	“C”;		
o Diérese	estará	mais	perto	do	instrumentador	e	mais	perto	do	paciente,	hemostasia	ao	lado	d	
diérese	porém	se	afastando	do	paciente,	os	especiais	estadão	acima	da	hemostasia	e	a	
síntese	acima	da	diérese.	
o Posicionamento	da	mesa:		
§ Cirurgia no andar superior do abdome -> cirurgião fica a direita do paciente (com mão 
direita dominante) 
§ Cirurgia em andar inferior do abdome/ pelve -> cirurgião fica a esquerda do paciente 
§ Anestesista não muda sua posição 
§ Auxiliar fica de frete ao cirurgião 
§ O instrumentador ao lado do primeiro auxiliar e mais distante do cirurgião (diagonal) 
§ Se houver um segundo auxiliar ele fica ao lado do cirurgião. 
§ Mesa do instrumentador fica ao seu lado

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