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Medicina PMIII - Thayná Borba PRÁTICAS MÉDICAS III 1. SÍNDROMES COLESTÁTICAS ü Cálculo na vesícula decorre de alteração do colesterol 2. CASOS CLÍNICOS DE APARELHO REPRODUTOR ü Caso 1: paciente 54 anos, cansaço, fogacho; nódulo de mama. Características de mama que indicam tumor: eritema, rubor, pode estar quente, edemaciado, “podorrange” (pele em casca de laranja) ü Caso 2 : paciente sexo feminino, 34 anos, alteração de exame de ultrassom mamária. Relata nódulo na mama direita percebido a alguns meses. Na palpação o nódulo se encontra no quadrante superior esquerdo, próximo a aoréola, medindo 1,5 cm, fibroelástico. Mamografia – água aparece branco; ultrassom serve para fazer diferença se é um nódulo ou cisto. ü Caso 3 : câncer que começa no mamilo. Principal sintoma é a coceira no bico do peito. Paciente 81 anos, lesão mama esquerda com coceira há dois anos. ü Caso 4 : paciente pós parto, mora em alojamento conjunto, mama direita tensa, quente, hiperemiada. Caso de mastite de mama direita – acúmulo de leite. ü Lesões de amam : câncer – fibroadenoma,e fibroadenomatose.; cisto, abscesso. ü Caso 5 : secreção vaginal a anos, sem odor, sem prurido, caráter intermitente, mantém atividade sexual regular, com uso irregular de preservativo. Secreção branca, em pequena quantidade, teste de Wiff (teste para vaginite bacteriana) negativo, pH: 4,5 (exatamente o pH da vagina). Exame microscópico : leucócitos +/4+, presença de bacilos gram-positivos e raros cocos gram-positivos. Períodos de aumento de secreção normal é na ovulação e pré menstruação. Corrimento é a secreção vaginal patológica, em geral ela pode ter odor, pode ser purulenta. Secreção vacinal normal não tem cheiro. Exame do colo do útero – tamanho do colo do útero : pequeno/atrófico (pessoas na menopausa em geral tem um colo assim); orifícios em fenda ou puntiforme; cisto de Naboth. ü Caso 6: Paciente de 29 anos, com muito prurido com início a 4 dias, parceiro sexual é assintomático, ao exame físico observou-se hiperemia e edema – candidíase vulvar. pH da vagina está ácido. Ela pode dar em bebê também, chamada de candidíase ou dermatite das fraldas. ü Caso 7 : paciente 30 anos, corrimento brancacento, moderada intensidade, pH 5, odor fétido que piora após o coito. Sem outros sintomas – vaginose bacteriana, bolhas pequenas.. ü Caso 8: paciente 27 anos, corrimento vaginal abundante, amarelo esverdeado, bolhoso, com odor fétido, prurido e disúria. O pH vaginal se encontra elevado. Ao exame especular : colite Caso de tricomoníase – bolhas maiores, alteração patognomônica (só aquele agente que causa) – colo em morango ou em framboesa. ü Caso 9: paciente 25 anos, queixa de lesão verrucosa acometendo vulva e períneo, com um ano de evolução. Ao exame físico revela grande lesão condilomatosa acometendo grandes e pequenos lábios, introito vaginal, períneo, região perianal e sulco interglúteo com coloração pardo-acinzentada, 10cm em seu maior diâmetro. Focos de necrose dispersa. A lesão impossibilitava a realização de exame especular, toque vaginal ou retal. – condiloma genital, verruga genital. ü pH abaixo de 4,5 é acometimento por fungo. Acima disso são outros casos. Medicina PMIII – Thayná Borba 2 ü Caso 10: menino de um ano e meio, aumento do volume do testículo sem dor – hidrocele (testículo aumentado pelo acúmulo de água, conteúdo tende a reabsorção, caso não reabsorva parte para o tratamento). ü Caso 12: criptorquidia – testículos não descem. Testículo fica na cavidade abdominal, esperar até 6 meses se passar disso e não resolver, deve-se fazer cirurgia. ü Caso 13: menino 1 ano de idade, apresentou em exame de urina de rotina presença se sangue. Mãe refere que apresentava ocasionalmente urina escura, que manchava as fraldas. Exame físico : bom estado geral, eutrófico, mucosas coradas, sem alterações neurológicas, aparelhos sem anormalidade, hipospádia com redundância de prepúcio (abertura da uretra não está no lugar certo) isso pode causar o sangramento presente na urina. ü Caso 14: menino de 3 e meio, encaminhado para cirurgião por conta de fimose. ü Caso 15: paciente de 21 anos, sexo masculino, queixa de aparecimento de lesão no pênis, próximo a glande a aproximadamente 15 dias. Segundo ele a lesão teve início como pequeno caroço na pele, que depois de 4 dias progrediu com característica de úlcera com bordas endurecidas não dolorosa, negou a presença de qualquer outro sintoma. Revelou ter mantido relação sexual desprotegida dom outras pessoas além de sua namorada. – sífilis primária. Não costuma ter dor. Tratamento de sífilis – tomar uma dose de bezetacil./ diagnóstico – exame de sangue VDLR ü Caso 16: hipertrofia prostática benigna. ü Caso 17: torção testicular. 3. CETOACIDOSE DIABÉTICA E HIPOGLICEMIA ü Caso clínico : paciente! 12 anos, sexo masculino, dor abdominal difusa, náuseas, vômitos e respiração profunda e rápida. Essa respiração companha cheiro “doce”. Última semana o paciente apresentava sinais de muita sede, urinando em demasia, muita fome, turvação visual , formigamento nas mãos. É diabético e parou o uso de insulina por fazer muita hipoglicemia. ü Acidemia – pH sanguíneo baixo ü CETOACIDOSE DIABÉTICA (CAD) § Complicação hiperglicêmica aguda grave § É o mais comum dos diabéticos § Fisiopatologia : diabéticos tipo 1 não produzem insulina ( insulinopenia ), célula beta do pâncreas foi destruída. Com isso esse indivíduo não consegue fazer a glicose do plasma entrar na célula. Sobra glicose no sangue. A célula não irá ter seu combustível (glicose), portanto consome suas próprias reservas (catabolismo), se auto digere, gerando os corpos cetônicos. Processo chamado de beta oxidação (consumo de ácidos graxos produzindo corpos cetônicos) o Ceto-ácidos resíduos da beta-oxidação : ácido beta-hidroxibutírico, ácido aceto-acético, acetona o Do músculo origina o ácido lático o Com isso o pH sanguíneo se torna ácido § Sintomas : o Polidipsia - glicemia elevada -> maior será a osmolaridade plasmática -> sede intensa o Poliúria – plasma altamente osmótico ( sede intensa ); por tomar muita água leva a diurese mas também se tem a diurese osmótica (urina filtrada possui muita glicose, está muito osmótica. Com isso atrai água resultando em diurese excessiva). o Polifagia – glicose não entra na célula por conta da falta de insulina, catabolismo celular gera sinal para o hipotálamo e ocorre interpretação de falta de energia, induzindo o indivíduo comer (fome excessiva). Medicina PMIII – Thayná Borba 3 o Emagrecimento – devido ao catabolismo celular, utilização de reservas. Mesmo com o aumento da fome, a glicose vai para urina. § A acidose intoxica as células musculares com isso causa a dor -> dor abdominal; (até hoje a fisiopatologia da dor não é bem explicada) § Gasometria : o Insulinopenia -> catabolismo -> corpos cetônicos aumentados (acidose) -> diminuição de bicarbonato (ótimo tamponamento), ele se liga ao H formando ácido carbônico (ácido fraco – não abaixa muito o pH); mas se aumentar muito o ácido carbônico a reação volta a formar bicarbonato e íons prótons. Para isso ele se transforma em água e gás carbônico. Ao respirar, jogamos o gás carbônico para fora, diminuindo a acidose. Medicina PMIII – Thayná Borba 4 • Toda vez que o metabolismo produz muito ácido – acidose metabólica • Alcalose respiratória como forma de compensar a acidose metabólica • Porque o potássio está alto ? Ele é um outro sistema tampão. a. Toda vez que produzimos corpos cetônicos -> aumento de H. Se ele entra hemácia resolve o problema. Por questão eletroquímica, entrou um próton, precisa sair um cátion equivalente, que no caso é o potássio, íon em abundância dentro da célula. b. Toda vez que glicose entra na célula ela carrega potássio junto, mas isso depende de insulina. Se o indivíduo não tem insulina, a glicose não entra e potássio também não, com isso eleva o potássiono plasma. § Tratamento 1. Insulinizar o paciente 2. Hidratar vigorosamente o paciente 3. Dar bicarbonato 4. Corrigir distúrbios metabólicos Complicações : hipoglicemia e hipocalemia (baixo potássio) § Porque da turvação visual e formigamento nas mãos ? o Via do Poliol (sorbitol) Hiperglicemia : Tecidos insulino-indepentendes : neurônios, glomérulos, cristalino, retina (não precisam de insulina para colocar glicose dentro da célula) Medicina PMIII – Thayná Borba 5 o Indivíduo normal : o Em diabéticos : ocorre formação de sorbitol mas a sorbitol desidrogenase não consegue formar o sorbitol em D-frutose, pois a hiperglicemia altera a proporção de NADH/NAD+. Não consegue transformar NAD+ em NADH. Se sobra sorbitol, ele por ser muito osmótico, faz entrar muita água e a célula destrói resultando em perda de retina (cones e bastonetes), glomérulo, neurônios. Isso acontece mais cronicamente. o Mioinusitol entra na célula e através de diversas reações, promove o funcionamento de bombas. Com a entrada de glicose, bloqueia a entrada de mioinusitol, a bomba não funciona, não há despolarização. O paciente não sente impulso nervoso. Resultado : turvação visual e parestesia (formigamento das mãos). Medicina PMIII – Thayná Borba 6 ü HIPOGLICEMIA • Definição : Presença de valor glicêmico abaixo de 55mg/L + sinais e sintomas característicos + melhora dos sintomas após elevação dos níveis glicêmicos –> Tríade de Whipple • Neurônio é incapaz de sintetizar e armazenar glicose -> são células sensíveis • Na hipoglicemia o cérebro ativa uma sequência de respostas : o Liberação de hormônios contra – reguladores (ex: Glucagon, Cortisol, Gh, Catecolaminas – adrenalinas e noradrenalinas), eles vão agir evitando a hipoglicemia. Atuam a maioria das vezes no fígado e músculo. o Supressão da liberação da INSULINA • Sinais e sintomas : Sensação de fome, visão turva, diplopia, sonolência, cefaleia, agitação, amnésia, mudança de humor, inconsciência, convulsões, morte. o Referentes a ação das catecolaminas : (sintomas referente ao excesso de catecolaminas – reação adrenérgica) Palidez, suor frio, tremores, taquicardia, pele fria, diminuição da perfusão periférica, taquipnéia. * Muitas coisas fazem subir a catecolamina, nem sempre é hipoglicemia. * glicemia no corpo se mantém por 72h, não é porque deixou de comer por um momento que causa a hipoglicemia. • Hipoglicemia Pós – Prandial o A glicemia de jejum é sempre normal (nunca é baixa) o O paciente tolera o jejum sem que haja queda da glicemia o A hipoglicemia sintomática ocorre 2 a 4h após a ingestão alimentar 1) Hipoglicemia funcional (hipoglicemia reativa): é uma condição caracterizada pela diminuição dos níveis de glicose no sangue até 4 horas após uma refeição. Ocorre geralmente devido a uma intolerância a frutose, galactose, ou a maioria das vezes é idiopática(não se sabe de onde vem). É rara *Meninas magras até 20 anos, tem tendência a fazer hipoglicemia assintomática na terceira e quarta hora após a refeição 2) Hipoglicemia reativa do Diabetes Latente É uma condição que acomete : o indivíduos obesos o Com história familiar para diabetes Medicina PMIII – Thayná Borba 7 o Glicemia de jejum é normal o No teste a curva é francamente diabética nas primeiras 2h o Secreção de insulina é TARDIA – 3 a 4h depois as células beta produzem insulina em grande quantidade levando a hipoglicemia. o Indivíduo vai ficar diabético, célula beta não consegue produzir insulina adequadamente. 3) Hipoglicemia Pós – Gastroenterostomia (síndrome de “Dumping”): É uma condição de : o Absorção de glicose muito acelerada o Eleva muito rápido a glicemia (200-300 mg/dL) na 1ª hora o Estímulo anormal da secreção de insulina o Resultado : hipoglicemia sintomática o Isso ocorre pra sempre, mas ele se adapta. • Hipoglicemia de jejum : o A glicemia de jejum é geralmente baixa o O paciente não tolera jejum o O diagnóstico se faz pela prova do jejum prolongado 1) Hipoglicemias de jejum com baixa insulina endógena (insulina não tem papel nisso) o Hipoglicemia induzida por álcool -> impede a glicogenólise (álcool impede a saída de glicogênio do fígado) o Doença hepatocelular (cirrose) -> fígado sem estoque de glicogênio o Hipopituitarismo (falta de Gh/falta de ACTH) – hipófise não funciona direito, não produzindo o Gh e ACTH -> hipoglicemia o Doença de Addison (falta de cortisol) – destruição da adrenal – falta de cortisol -> hipoglicemia o Resumindo : não há ação de contra-reguladores. 2) Insulinoma (altos níveis de insulina) o Tumor de célula beta o Maioria benigno o Raros o Teste –> jejum prolongado até 72h –> colhe-se glicemia, peptídeo C o Esses pacientes aumenta insulina e ao mesmo tempo glicemia começa cair. Com jejum prolongado colhe-se glicemia (que vai caindo) e peptídeo C (garante um valor mais preciso sobre a quantidade de insulina secretado). Toda vez que o pâncreas secreta insulina, secreta na forma Medicina PMIII – Thayná Borba 8 de pré – pró – insulina (cadeia alfa, beta e peptídeo C). Isso prova que ele tem tumor secretor de insulina. 3) Hipoglicemia Auto-imune (Doença de Hirata) o Presença de anticorpos Anti-insulina (IAA) o Causa frequente de hipoglicemia no Japão o Hiper-secreção anômala de insulina em respostas a destruição pelos IAA. (Destruição de insulina da periferia, células beta secretam mais insulina para repor) 4) Hipoglicemia Exógena o Causa mais frequente o Secundária a administração de insulina ou hipoglicemiantes orais 4. ANAMNESE, EXAME FISICO, EXAMES COMPLEMENTARES DO SISTEMA DIGESTÓRIO v Anamnese § Identificação: nome, idade, sexo, estado civil, religião, ocupação, data de nascimento, nome da mãe § Queixa § Atributos do sintoma o Dor abdominal Localização – onde dói ? Irradia ? Característica – como é ? Intensidade Cronologia – início, duração, frequência Situações em que ocorreu, fatores ambientais, atividades pessoais, reações emocionais ou outras circunstâncias que possam ter contribuído para a enfermidade. Fatores atenuantes e agravantes Manifestações associadas – náuseas, vômitos, alteração do hábito intestinal (constipação, diarreia, quanto tempo ?); hábito alimentar; afilamento das fezes; sangramento ao evacuar. o Dor epigástrica Queimação ? Irradia ? Melhora com alimentação ? Piora ? Refluxo ? o Dor em hipocôndrio direito Cólica? Irradia? Febre? Icterícia? Colúria? Acolia? o Náuseas/vômitos Quando? Quantidade? Bilioso? Alimentar? Fecalóide? o Distensão abdominal o Parada de eliminação de gases e fezes o Sangramento digestivo § Alto – hematêmese (vômito com sangue) ou melena (fezes escura) § Baixo – enterorragia (sangue vivo pelo ânus) ou hematoquezia (sangue nas fezes) v Exame Físico § FC, FR, temperatura, PA Medicina PMIII – Thayná Borba 9 5. ABDOME AGUDO E DIARREIA ü Dor abdominal aguda com duração maior que 6h, que leva o paciente a procurar ajuda médica. ü Abdome agudo: § Inflamatório § Obstrutivo § Perfurativo § Hemorrágico § Vascular ü Abdome agudo inflamatório § Achados clínicos o Dor abdominal: característica própria, tempo, localizada X difusa, intensidade o Náuseas/ vômitos associados (normalmente pelo quadro de dor) o Função intestinal (pode ter diarreia associado ou constipação) o Febre (em geral está presente em abdome agudo inflamatório) o Sintomas associados: icterícia, colúria (urina escura), acolia fecal, melena, disúria § Exame físico o Abdominal: inspeção, percussão, ausculta o Palpação - dor, sinais de irritação peritoneal (localizada X difusa), pesquisa de sinais (Murphy, Rovsing , Lapisnky); no ponto de McBurney – em apendicite causa dor (DB) § Diagnóstico o Quadro clínico e exame físico o Exames laboratoriais o Exames de imagem § Exames laboratoriais o Hemograma: leucocitose o Bilirrubinas o Fosfatase alcalina/ gama GTo Amilase o Urina I § Exames de imagem o Radiografia de abdome Distensão de alças intestinais Sinais indiretos: Barramento do psoas; alça sentinela Descartar pneumoperitôneo (alguma alça perfura e o ar fica fora da alça) Paciente em pé, deitado e em cúpulas. o Ultrassonografia abdominal Geralmente confirma o diagnóstico; É um exame de escolha, consegue ver direitinho a alça, em apêndice consegue ver o tamanho, e etc. o Tomografia computadorizada Usa-se geralmente na dúvida do diagnóstico Diagnóstico diferencial § Causas o Apendicite o Colecistite, colangite o Diverticulite (inflamação do divertículo) o Pancreatite aguda Medicina PMIII – Thayná Borba 10 o Doença inflamatória pélvica – dor, febre, mal estar, leucocitose o Hepatite aguda o Colite o Abcessos o Peritonite (alça que perfurou, tem-se líquido, fezes, conteúdo gástrico na cavidade, abdômen fica em tábua). o Pielonefrite § Apendicite o Quadro clínico: dor em região epigástrica, periumbilical e localiza em fossa ilíaca direita; náuseas e vômito; febre baixa (37,8 – 37,9); inapetência o Exame físico: toxemia, dor em FID, DB+ (blumberg), Rovsing ( dor na FID após a compressão em FIE) o Exame de imagem : ultrassom, TC de abdome quando tem dúvida o Tratamento: cirúrgico o Incisão de McBurney § Colecistite aguda o Dor em cólica em epigástrio e hipocôndrio direito (HCD) que piora com alimentos gordurosos, náuseas/vômitos, febre baixa o Exame físico: dor em HCD, Murphy + (pausa na inspiração) o Exames laboratoriais : leucocitose o Exames de imagem: US, TC abdômen o Tratamento: antibiótico e cirurgia (aberta x laparoscopia) o Antiga incisão: Kocher (dois dedos abaixo do gradeado costal) § Colangite o Quadro mais grave; infecção da vesícula devido a cálculo. Dor em HCD, febre, icterícia (tríade de Charcot); confusão mental e sepse (pentade de Reynalds); náuseas e vômitos o Exame físico: toxemia, doe em FID, DB+, Murphy + o Exames laboratoriais: leucocitose, hiperbilirrubinemia, elevação TGP/TGO (enzima hepática; Transaminases) o Exames de imagem: US, CPRE, TC de abdome o Tratamento: antibiótico, CPRE, cirurgia. § Diverticulite o Dor em abdome inferior (principalmente em FIE), insidiosa o Exame físico: dor em FIE, DB+ o Exames de imagem: US, TC o Tratamento: clínico (analgesia, antibiótico); cirúrgico (falha, perfuração, sepse) § Pancreatite aguda – inflamação do pâncreas o Dor em faixa em abdômen superior; náusea/vômito precoces. Colelitíase/ álcool o Inflamação medicamentosa, alcoólica, cálculo que obstrui e inflama o pâncreas (colelitíase) o Exame laboratorial: leucocitose, amilase o Exame físico: toxemia, dor em faixa o Exames de imagem: US, TC abdômen o Tratamento: clínico (analgesia, antibiótico, hidratação). ü Abdome agudo perfurativo § Perfuração de Vísceras ocas § Dor aguda lancinante (sabe dizer o que estava fazendo quando sente a dor) menos de 6h de duração, intensa, úlcera ou tumor perfuram; náuseas/vômitos; abdômen em tábua. § Exames físico: abdômen em tábua, doloroso Medicina PMIII – Thayná Borba 11 § Tratamento o Cirurgia: tratar a causa ü Diarreia § As doenças diarreicas agudas (DDA) correspondem a um grupo de doenças infecciosas gastrointestinais § Ocorrência de no mínimo três episódios de diarreia aguda me 24h, ou seja, diminuição da consistência das fezes e aumento do número de evacuações. § Quadro que pode ser acompanhado de náuseas, vômito, febre e dor abdominal. Em alguns casos, há presença de muco e sangue, quadro conhecido como disenteria. § Em geral, são doenças autolimitadas com duração de até 14 dias § A depender do agente causador da doença e de características individuais dos pacientes, as DDA podem evoluir clinicamente para quadros de desidratação que variam de leve a grave. § A diarreia pode ser de origem não infecciosa podendo ser causada por medicamentos, como antibióticos, laxantes e quimioterápicos utilizados para tratamento de câncer, ingestão de grandes quantidades de adoçantes, gorduras não absorvidas, e até uso de bebidas alcoólicas, por exemplo. § Diarreia aguda: até 14 dias § Diarreia crônica: acima de 14 dias § Diarreias crônicas Algumas doenças não infecciosas também podem desencadear a diarreia, como a doença de Chron, as colites ulcerosas, a doença celíaca, a síndrome do intestino irritável e intolerâncias alimentares como a lactose e ao glúten. § Diagnóstico o Quadro clínico e exame físico o Exames laboratoriais o Exames de imagem (para investigar diagnóstico diferencial) § Tratamento o Prevenção o Hidratação o Analgesia o Medicamentos o Avaliar necessidade de investigação/ internação ü Síndrome do intestino irritável § A síndrome do intestino irritável é um distúrbio do trato digestivo que provoca dor abdominal e constipação ou diarreia recorrentes. (Pode ocorrer desde a boca até o reto) ü Doença inflamatória intestinal § São doenças crônicas que inflamam os intestinos em intensidades variadas. § Nas formas mais leves, a pessoa pode sentir dores abdominais e alteração do hábito intestinal como diarreia ou constipação. § Nas formas mais graves, dores intensas, sangramentos retais, perda de peso repentina, cansaço ou fraqueza. § As principais são Doença de Crohn, retocolite ulcerativa e colites indeterminadas. § A doença de Crohn é um tipo de doença inflamatória intestinal (DII) que pode afetar qualquer parte do aparelho digestivo, desde a boca até ao ânus. Os sintomas geralmente incluem dores abdominais, diarreia (que pode conter sangue no caso de inflamações graves), febre e perda de peso. Medicina PMIII – Thayná Borba 12 § A retocolite ulcerativa (RCU) ou colite ulcerativa é uma doença inflamatória intestinal (DII), que é crônica e não contagiosa. Nela, ocorrem inflamações e ulcerações no intestino grosso, e também na mucosa do reto. Como consequência, podem ter sintomas como diarreia, hemorragia, cólicas e febre. ü Predisposição § Indivíduos geneticamente predispostos que adotam no estilo de vida o uso de medicamentos que transformam a imunidade e modificam a flora intestinal. § As doenças costumam acometer mais pacientes jovens, em fase ativa, principalmente a partir dos 30 ou 40 anos, mas também ocorrem em crianças e idosos. ü Exames: § Endoscopia digestiva alta § Colonoscopia § TC de abdome § Ressonância magnética de abdome ü Tratamento § Hidratação e suporte clínico § Medicamentos para reduzir a inflamação § Medicamentos para reduzir a resposta imunológica. 6. CASOS CLÍNICOS SISTEMA DIGESTÓRIO 1. Paciente masculino, 18 anos, refere que há 1 dia iniciou quadro de dor abdominal de forte intensidade, com início em região epigástrica, com irradiação para mesogástrio e fossa ilíaca direita. Associado ao quadro, refere febre e inapetência. Exame físico: febril, taquicárdico, dor a palpação em fossa ilíaca direita. Qual a hipótese diagnóstica ? R: apendicite Qual a sequência do exame abdominal que deve ser seguida? R: inspeção, ausculta, percussão, palpação Qual o sinal no exame abdominal que deve ser pesquisado? R: sinal de blumberg; ponto de McBurney Qual o exame complementar que deve ser solicitado para confirmar o diagnóstico ? R: US e TC de abdome (se for necessário e se tiver dúvida) Qual o tratamento preconizado ? R: cirúrgico (Apendicectomia) e antibiótico 2. Paciente masculino de 46 anos, diagnóstico de cirrose alcoólica, procurou o PS com quadro clínico de hematêmese volumosa, de início há 1 hora. Apresentava-se torporoso, confuso, hipotenso, taquicárdico, FR de 40ipm, descorado 2+/4, afebril. Abdome globoso, depressível, peristalse aumentada, DB-. Toque retal : melena. Exames laboratoriais: Hb: 10,6g/dL, plaquetas: 70000, INR: 2,4, albumina sérica: 3,0g/dL Qual hipótese diagnóstica ? Tipo? R: hemorragia digestiva alta, normalmente pacientes cirróticos possuem hemorragia digestiva alta varicosa. Quais os exames solicitados parao diagnóstico? R: endoscopia, US de abdômen para ver o fígado. Qual o tratamento que deveria ser instituído para o caso? R: reposição volêmica, entubação, depois de estabilizar o quadro clínico Medicina PMIII – Thayná Borba 13 Qual o tratamento medicamentoso e não medicamentoso ? R: inibidor de bomba de próton e não medicamentoso a endoscopia 3. Paciente feminino de 50 anos, com quadro de dor em região epigástrica e hipocôndrio direito, contínua, de início há 2 dias. Refere piora da dor há 1 dia, tipo cólica, acompanhada de náuseas e vômitos. Relata febre de 38,5 C. Ao exame físico: dor a palpação em hipocôndrio direito, plastrão palpável. Qual a hipótese diagnóstica ? R: colecistite aguda Qual o sinal no exame físico que deve ser pesquisado e está presente nesse caso ? R: sinal de Murphy Quais os exames solicitados para o diagnóstico ? R: US, TC de abdome (para casos que suspeite de complicação) Qual o tratamento que deveria ser instituído para o caso? R: antibiótico e cirugia (vídeo laparoscopia) Quais complicações podem ocorrer, considerando o diagnóstico principal? R: perfuração da vesícula, migração do cálculo para o colédoco 4. Paciente masculino, 60 anos, etilista crônico pesado, refere anorexia, fadiga, perda de peso, prurido, colúria e acolia fecal. Ao exame físico: emagrecido, ictérico, eritema palmar, edema maleolar e sinal de piparote positivo. Qual a principal hipótese diagnóstica ? R: insuficiência hepática. Cirrose hepática Quais os exames que devem ser solicitados ? R: US, Colangiorressonância e biópsia hepática Qual o significado do Sinal de Piparotte positivo ? R: ascite intrabdominal. Sinal de pior prognóstico Qual o tratamento preconizado ? R: se tiver cálculo no colédoco, fazer uma colangiografia endoscópica retrógrada para retirada de cálculos ou passagem prótese. Se o quadro da icterícia for pela insuficiência hepática grave, usar medicamentos para o prurido (colestiramina); diurético, antibiótico ou punção abdominal (ascite); inibidor de bomba de próton (como tentativa de prevenir a HDA). 5. Paciente feminino, 45 anos refere dor epigástrica em queimação, melhora com a alimentação e com uso de antiácidos. Relata despertar noturno pela dor e ganho de peso. Apresentou episódio de melena, sem instabilidade hemodinâmica. Qual a hipótese diagnóstica? R: úlcera duodenal (com sinais de sangramento) *ulcera péptica refere tanto a úlcera duodenal quanto a úlcera gástrica só que nesse último caso não há melhora após a alimentação. Quais os dados da história que justificam o diagnóstico? R: melhora após a alimentação e com antiácidos Qual o exame solicitado para confirmar o diagnóstico ? R: endoscopia digestiva alta Qual o tratamento medicamento preconizado ? R: inibidor de bomba de próton Quais as opções de tratamento não medicamentoso ? R: colocação de clip, eletrocoagulação e injeção de substância esclerosante por endoscopia digestiva alta. Medicina PMIII – Thayná Borba 14 6. Paciente masculino, 30 anos refere que, após 15 dias de um almoço com a família em um restaurante japonês, iniciou quadro de náuseas, falta de apetite, fadiga, diarreia, dores musculares e articulares, febre. Relata colúria. Só exame físico: ictérico, hepatomegalia Qual a principal hipótese diagnóstica ? R: hepatite A Quais os exames utilizados para o diagnóstico em questão ? R: dosagem de anticorpo HAV e US abdominal Qual a via de transmissão e a forma de prevenção da doença? R: via fecal-oral. Lavagem de mãos e de alimentos. Qual o tratamento preconizado ? R: repouso e alimentação adequada. (Fracionada, palatável ao paciente). 7. Paciente masculino 40 anos, realizou transfusão sanguínea por ocasião de um acidente automobilístico. Após 30 dias, iniciou quadro de letargia, dores musculares e articulares, cansaço intenso. Qual a principal hipótese diagnóstica ? R: hepatite C Quais as formas da doença? Qual a forma de transmissão? Qual o tempo de incubação? R: forma aguda e crônica (principal). Transfusão sanguínea. Tempo de incubação: 15 a 150 dias. Qual exame é utilizado para o diagnóstico? R: dosagem sanguínea de anticorpo anti HCV Qual o tratamento preconizado? R: repouso, alimentação adequada, suspensão de bebida alcoólica por 1 ano. Nos casos graves: interferon (imunossupressor). Qual é a forma de prevenção primária? R: controle rigoroso dos bancos de sangue. 8. Paciente masculino, 40 anos refere dor em região epigástrica com irradiação para região retroesternal, tipo queimação. Piora com café, condimentos, chocolate e bebida alcoólica. Refere tosse frequente e rouquidão. Qual a principal hipótese diagnóstica ? R: refluxo gastroesofágico Quais os sintomas presentes no caso que sugerem um quadro de piora do quadro ? R: tosse e rouquidão Qual o exame utilizado para confirmar o diagnóstico? R: endoscopia digestiva alta. Manometria esofágica, pH-metria Qual tratamento medicamentoso preconizado ? R: inibidor de bomba de próton, medicação para motilidade e melhora do esvaziamento gástrico (Bromoprida), não realizar refeições volumosas, evita álcool, café, bebidas gaseificadas, chocolate, frituras; elevar a cabeceira da cama; não tomar líquidos a noite; dormir após 1h da refeição. 7. EXAMES DE IMAGEM EM SÍNDROMES DO SISTEMA DIGESTÓRIO, REPRODUTOR E ENDÓCRINO ü Raio X e Tomografia Computadorizada (TC): o Estímulo: esses exames se baseiam em raios X Medicina PMIII – Thayná Borba 15 o Emissão: tubo produtor de raios X o Leitura: filme radiográfico (raio-x), detectores (TC) o Imagem: formada a partir das diferentes densidades teciduais. o No raio – X normal pulmão fica preto por conta do ar. Na coluna, a maioria do raio x é atenuado, o filme fica branco, porque pouco raio x chega no filme. o Na tomografia, existe mais densidade (níveis de tons de cinza); o Densidades radiográficas : o ar fica bem preto; o Tomografia: o A tomografia possui mais detalhes pelo maior espectro de densidades o Estruturas mais densas são chamadas ❓ ü Ultrassonografia (US): o Estímulo: ondas sonoras o Emissão e leitura: transdutor (efeito piezoelétrico) o Imagem: formada a partir da reflexão das ondas a cada mudança de meio tecidual (interfaces – ecogenicidade) o Medicina PMIII – Thayná Borba 16 o No Doppler quando está mais vermelho é quando a estrutura está se aproximando do transdutor o Estruturas líquidas são anecóicas ü Radiologia abdominal o Abdome agudo não traumático: § Dor abdominal que se instala no período de algumas horas e requer tratamento clínico ou cirúrgico de emergência. § Causas • Apendicite aguda (30%) • Colecistite aguda (inflamação da vesícula biliar) (10%) • Obstrução intestinal (abdômen agudo obstrutivo) (5-10%) o Para avaliar pode usar a radiografia o Radiografia é útil em suspeita de perfuração ou obstrução intestinal o Rotina de abdome agudo (três incidências): § Decúbito dorsal § Ortostase – verifica o nível hidroaéreo (ar fica em cima e líquido em baixo) § Cúpulas diafragmáticas – pneumoperitônio : ar acumulado na cavidade peritoneal (paciente fica de pé por um tempo o Precisa da tomografia para avaliar melhor (causa e nível de obstrução) o Ultrassonografia § Útil para avaliar vesícula biliar § Alterações de origem ginecológica (cisto hemorrágico, corpo lúteo, gravidez ectópica); TC não é boa para ver essas alterações. Mas se tiver dúvida com a ultrassonografia, tem que partir para a ressonância. § Criança/paciente magro: pode iniciar investigação de apendicite aguda por US § Distúrbios dos órgãos abdominais sólidos § As alças intestinais são difíceis de observar pelo US o Tomografia § Papel central na avaliação da dor abdominal aguda no adulto (*exceções – patologias da vesícula biliar, ginecológicas, pacientes magros ou crianças, grávida) § Distúrbios dos órgãos abdominais sólidos § Apendicite em paciente obeso posso ir para TC direto § Cálculo no sistemaurinário não precisa injetar contraste; de resto sempre injetar. § A TC não é boa para ver vesícula porque o cálculo da vesícula biliar é composto por colesterol, assim ele não fica branco no exame, ele é pouco denso. § Com contraste EV os órgãos ficam mais vivos. O iodo pode ser usado por via oral também. § No raio x contrastado em suspeita de perfuração não pode usar o bário. o Caso clínico Medicina PMIII – Thayná Borba 17 § Mulher 30 anos, dor no mesogástrio há 1 dia, febre. – tenho que suspeitar de apendicite, ela pode começar com uma dor periumbilical que migra para fossa ilíaca direita. Se ela for uma paciente magra, posso começar investigar por ultrassom. Apêndice fica incompressível, aumento de dimensão – sinais de inflamação. Se ainda houver dúvida pode-se fazer TC. § Mulher 40 anos, dor abdominal á direita há 6 horas, febre – posso começar avaliando com US. – suspeita de colecistite Quando a vesícula está inflamada ocorre espessamento da parede, aumento das dimensões, dentro da vesículas pode-se ver os cálculos. A tomografia pode ser utilizada, mas pode ou não ver os cálculos. A vesícula vai estar com parede espessada, se tiver muito inflamada verifica borramento de gordura adjacente. A ressonância os cálculos podem ser vistos § Homem 40 anos, dor epigástrica intensa há 1 hora. US Normal. Colher enzimas pancreáticas em suspeitas de pancreatite. Na TC pâncreas fica com dimensões aumentadas. § Mulher de 60 anos, dor na FIE há 1 dia Se for pensar em alguma alteração ginecológica suspeita-se de neoplasia. Diverticulite – US e TC – divertículo inflamado (parede espessada) o Casos de abdômen agudo obstrutivo § Homem, 60 anos, dor e distensão abdominal há 1 dia § Parada de eliminação de gases e fezes § Radiografia e TC ü Sistema endócrino o Hipófise § Adenoma hipofisário : uma das neoplasias mais comuns – ressonância magnética § Microadenoma § Macroadenoma ü Sistema reprodutor o Feminino § Estudo dos órgãos ginecológicos pélvicos: US e RM § TC – pouca acurácia § US: primeiro exame – útero e ovários • Transvaginal: mais sensível • Suprapúbico: pacientes virgens, útero volumoso por miomas § Mulher de 30 anos, sangramento vaginal há 10 dias e dor pélvica, BHCG negativo – mioma é uma causa frequente desse sangramento e dor abdominal § Mulher sangramento vaginal há 2 dias e dor pélvica, BHCG positivo – aborto (endométrio espessado, heterogêneo -> restos ovulares) § Mulher 30 anos, sangramento vaginal há 2 dias, BHCG positivo – dentro da cavidade não se encontrou nada -> gestação ectópica § Paciente com dor, febre e corrimento vaginal – doença inflamatória pélvica o Masculino § US e RM § TV pouca acurácia § US: Primeiro exame – próstata e testículos § Próstata suprapúbuco; transretal – reservado para biópsia § Causa mais comum de dor testicular é a inflamação do testículo e do epidídimo Medicina PMIII – Thayná Borba 18 § Orquiepididimite e torção testicular DOCUMENTAÇÃO MÉDICA, ÉTICA E RESOLUÇÃO DE CONFLITOS ü Atestado médico Cabeçalho: nome, endereço do profissional, número do CRM, CPF e especialidade (desde que registrada no CRM) se for receituário do médico. Se for receituário da clínica ou do hospital já tem o nome, endereço e CNPJ do serviço. Superinscrição : nome, endereço do paciente, idade (facultativo). Redação: atesto para os devidos fins, a pedido, que o(a), Sr.(a) (nome. Inscrita no CPF sob o n° xxxxx, paciente sob os meus cuidados, foi atendido(a) no dia (data) as (horário) apresentando quadro de código CID e necessitando de x dias de repouso. No caso o CID é J 06.9 Data, assinatura e número do CRM (pode ser escrito, de preferência o carimbo). Obs: não esquecer de colocar o nome do profissional, CRM e endereço do consultório (cabeçalho) no seu atestado, uma vez que no modelo não consta; pôde-se colocar dois CID. ü Atestado é diferente de laudo Medicina PMIII – Thayná Borba 19 Normalmente o laudo não tem a questão do tempo que o paciente tem que ficar afastado; possui função diferente ü Receita médica Prescrição ambulatorial Cabeçalho: nome, endereço do profissional, número do CRM, CPF especialidade (desde que registrada no CRM) Superinscrição: nome e endereço do paciente, idade (facultativo), abaixo escrever de uso interno ou externo ESCOVAÇÃO, PARAMENTAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA § Equipe cirúrgica o Cirurgião o Assistente (médico com alguma especialidade cirúrgica) o Instrumentador (curso técnico de instrumentação) o Anestesista § § Moral da história: NÃO CAUSAR INFECÇÃO § Assepsia e anti-sepsia o Assepsia: ausência de germes. Manobras realizadas com o intuído de manter o doente e o ambiente cirúrgico livre de germes § Ex: paramentação (avental e luvas estéreis), Campos estéreis, instrumentos esterilizados. o Anti-sepsia: manobras feitas para destruir os germes ali já locados. § Ex: escovação da equipe, preparo da pele do paciente. o Desinfecção: objetos inanimados. § Anti-sepsia do campo operatório (área do corpo do paciente onde será feita a cirurgia) o Degermação: lavar com sabão detergente anti-séptico o Uso de anti-séptico a base de álcool (exceto mucosas – a base de água) – clorexidina Medicina PMIII – Thayná Borba 20 § Preparo da equipe o Roupa: uniforme privativo deve ser vestido somente em cima de roupa íntima. o Retirar adornos o Gorros e toucas: cobrir todo o cabelo o Máscara: abrangendo boca e nariz; o Anti-sepsia das mãos: escovação § Escovação o Eliminar microbiota temporária da mão e antebraço o Reduzir microbiota residente o Antes da escovação: lavar as mãos; unhas curtas e limpas; adornos o Clorexidina o Tempo (primeira escovação do dia 5 min; escovações subsequentes 2/3min) § Aventais estéreis: Dupla proteção – paciente e médico § Luvas estéreis: dupla proteção – paciente e médico § Óculos de proteção § Operações fundamentais : o Diérese: toda manobra destinada a criar descontinuidade de tecidos; mesmo uma punção com trocarte o Hemostasia: toda manobra destinada a evitar ou estancar a hemorragia o Exsérese (tempo principal da cirurgia; mas nem sempre é o momento principal): retirada de algum tecido o Síntese: tempo em que procede ao fechamento de todas as camadas que foram abertas na diérese § Diérese o Incisão – corte com bisturi o Secção – corte com a tesoura o Divulsão – movimento de entrar com a tesoura fechada e abrir com intuito de separar os tecidos o Punção – furar com uma agulha o Dilatação o Serração § Instrumentos de diérese o Bisturi Medicina PMIII – Thayná Borba 21 o Tesoura § Mayo – mais robusta § Metzembaum – mais delicada § Todas as tesouras tanto Mayo quanto Metzembaum podem ser curvas ou retas, longas ou curtas, pontiagudas ou rombas. § Hemostasia o Temporária – contém o sangramento temporariamente § Pinçamento (pinças hemostáticas atraumáticas) o Definitivas – após aplicada o vaso não deve sangrar mais § Ligadura § Cauterização § Fotocoagulação (laser) § Sutura § Grampeamento § Obturação (esponjas) § Oclusão endovascular o Pinças hemostáticas Medicina PMIII – Thayná Borba 22 § Traumáticas – machucam o tecido § Atraumáticas – não machucam o tecido o Pinças traumáticas § As pinças traumáticas são as mais comuns, a mais usada é a pinça Kelly. § Pinça Kelly possui ranhuras transversas nas garras até metade da superfície de preensão § Pinça Halsted (ou mosquito) possui ranhuras transversas nas garras por toda a superfície de preensão; e ela é mais curta. § Elas podem ser retas ou curvas. § Pinça de Crille – reta ou curva; ranhura em toda superfície de preensão § Pinça Mixter – ponta com ângulo reto § Pinça Kocher – pode ser curva ou reta, na ponta possui um dente; pouco usada para hemostasia o Pinças atraumáticas § Pinça Satinsky § Pinça Glover o Materiais auxiliares ou especiais– pertencem ao tempo especial § Pinças de dissecção (anatômica e dente de rato) § Pinças de tração ou preensão • Pinça Allis – preensão traumática de tecidos; aponeurose, músculo, subcutâneo, estruturas a serem ressecadas. • Pinça Duval • Pinça Babcock – alças intestinais • Pinças clamp intestinal, coprostase • § Afastadores: dinâmicos e estáticos. • Farabeuf • Langenbeck • Volkman • Válvula de Doyan § Afastador autostático – é aquele no qual você coloca no lugar e ele trava. • Gosset • Balfour • Finochietto § Síntese o Porta-agulha o Pinça auxiliar o Sutura, grampeamento, cola, “ponto falso” o Pinça anatômica – ranhuras transversas na ponta, não possui dente § Uso geral § Pode usar em órgão oco ou parenquimatosos § Evitar na pele; preensão menos firme. o Pinça dente de rato – não possui ranhuras; utilizada para preensão de pele, músculo, aponeurose. § Não usar em órgãos ocos ou parenquimatosos § Preensão mais firme o Pinça de Adson o Porta agulha – utilizado apenas para segurar a agulha para dar ponto § Mayo Hegar Medicina PMIII – Thayná Borba 23 • Superfície de preensão pequena. § Mathieu § Posicionamento da equipe o Mediante o posicionamento da equipe é que o instrumentador escolhe como vai montar sua mesa o Se o cirurgião está à direita do paciente o material na mesa se dispõem da direita para a esquerda o Se o cirurgião está a esquerda do paciente o material na mesa vai se dispor da esquerda para a direita. o Dispor os matérias na sequência: diérese, hemostasia, especiais e síntese o Começando com a diérese e fazendo um “C”; o Diérese estará mais perto do instrumentador e mais perto do paciente, hemostasia ao lado d diérese porém se afastando do paciente, os especiais estadão acima da hemostasia e a síntese acima da diérese. o Posicionamento da mesa: § Cirurgia no andar superior do abdome -> cirurgião fica a direita do paciente (com mão direita dominante) § Cirurgia em andar inferior do abdome/ pelve -> cirurgião fica a esquerda do paciente § Anestesista não muda sua posição § Auxiliar fica de frete ao cirurgião § O instrumentador ao lado do primeiro auxiliar e mais distante do cirurgião (diagonal) § Se houver um segundo auxiliar ele fica ao lado do cirurgião. § Mesa do instrumentador fica ao seu lado
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