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A1 PSICOPATOLOGIA

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1 - Cite os sintomas somáticos e psíquicos do ataque de pânico.
Somáticos: Taquicardia, sudorese, tremores, sensações de falta de ar ou sufocamento, sensações de asfixia, dor ou desconforto torácico, sensação de tontura, vertigem ou desmaio, calafrios ou ondas de calor, parestesias 
Psíquicos: Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo), Medo de perder o controle ou “enlouquecer” e Medo de morrer.
2 - Sobre o Transtorno do Pânico: 
A) definição
Um ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos.
B) características diagnosticas. 
Transtorno de pânico se refere a ataques de pânico inesperados recorrentes/ sensação de mal-estar físico e cognitivo.
C) prevalência.
Ataques de pânico são 2 a 3 vezes mais frequentes em mulheres, ocorrendo normalmente entre a puberdade e os 35 anos de idade. Nos homens costumam ocorrer em idades mais precoces. Sintomas de pânico iniciados na adolescência são preditivos de risco elevado para outros transtornos de ansiedade e de humor na vida adulta.
D) características associadas que apoiam o diagnóstico, desenvolvimento e curso. 
O risco do transtorno de pânico é aumentado em parentes de primeiro grau. A prevalência ao longo da vida para esse transtorno, em serviços de atenção primária, fica entre 4% e 6 %. É muito comum a comorbidade com depressão (que pode chegar de 50 a 60% dos indivíduos com TP) e com abuso de substâncias psicoativas, além de outros transtornos de ansiedade
E) diagnóstico diferencial.
Ameaças de separação podem levar a extrema ansiedade e mesmo a um ataque de pânico. No transtorno de ansiedade de separação, em contraste com o transtorno de pânico, a ansiedade envolve a possibilidade de se afastar das figuras de apego e a preocupação com eventos indesejados ocorrendo com elas, em vez de ficar incapacitado por um ataque de pânico inesperado.
3 - Sobre a Agorafobia:
A) definição
Agorafobia é o medo e a ansiedade de ficar em situações ou locais sem uma maneira de escapar facilmente ou em que a ajuda pode não estar disponível no caso de a ansiedade intensa se desenvolver.
B) características diagnosticas. 
O diagnóstico requer que os sintomas ocorram em pelo menos duas das cinco situações seguintes: 1) uso de transporte público, como automóveis, ônibus, trens, navios ou aviões; 2) permanecer em espaços abertos, como áreas de estacionamento, mercados ou pontes; 3) permanecer em locais fechados, como lojas, teatros ou cinemas; 4) permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão; ou 5) sair de casa sozinho. Os exemplos de cada situação não são exaustivos; outras situações podem ser temidas. Quando experimentam medo e ansiedade acionada por essas situações, os indivíduos geralmente experimentam pensamentos de que algo terrível possa acontecer.
C) prevalência.
A cada ano, 1,7% dos adolescentes e adultos têm um diagnóstico de agorafobia. Pessoas do sexo feminino têm uma probabilidade duas vezes maior do que as do masculino de apresentar o transtorno. A agorafobia pode ocorrer na infância, mas a incidência atinge o pico no fim da adolescência e início da idade adulta.
D) características associadas que apoiam o diagnósticos, desenvolvimento e curso. 
A porcentagem de indivíduos com agorafobia que relatam ataques de pânico ou transtorno de pânico antes do início de agorafobia varia de 30% nas amostras da comunidade a mais de 50% nas amostras clínicas. Em dois terços de todos os casos de agorafobia, o início ocorre antes dos 35 anos. Existe um risco substancial de incidência no fim da adolescência e início da idade adulta, com indicações para um segundo pico de incidência depois dos 40 anos. O início na infância é raro. A idade média geral de início para agorafobia é 17 anos, embora a idade de início sem ataques de pânico ou transtorno de pânico anterior seja de 25 a 29 anos.
E) diagnostico diferencial.
Diferentemente dos indivíduos com agorafobia, aqueles com transtorno de ansiedade de separação não são ansiosos quanto a ficarem presos ou incapacitados em situações em que a fuga é percebida como difícil no caso de sintomas similares a pânico ou outros sintomas incapacitantes.
A agorafobia é diagnosticada independentemente da presença de transtorno de pânico. Se a apresentação de um indivíduo satisfaz os critérios para transtorno de pânico e agorafobia, ambos os diagnósticos devem ser dados.
4 - Sobre Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social) :
A) definição
Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação por outras pessoas. Exemplos incluem interações sociais (p. ex., manter uma conversa, encontrar pessoas que não são familiares), ser observado (p. ex., comendo ou bebendo) e situações de desempenho diante de outros (p. ex., proferir palestras).
B) características diagnosticas. 
A característica essencial do transtorno de ansiedade social é um medo ou ansiedade acentuados ou intensos de situações sociais nas quais o indivíduo pode ser avaliado pelos outros. Em crianças, o medo ou ansiedade deve ocorrer em contextos com os pares, e não apenas durante interações com adultos. Quando exposto a essas situações sociais, o indivíduo tem medo de ser avaliado negativamente. Ele tem a preocupação de que será julgado como ansioso, débil, maluco, estúpido, enfadonho, amedrontado, sujo ou desagradável. O indivíduo teme agir ou aparecer de certa forma ou demonstrar sintomas de ansiedade, tais como ruborizar, tremer, transpirar, tropeçar nas palavras, que serão avaliados negativamente pelos demais. Alguns têm medo de ofender os outros ou de ser rejeitados como consequência. O medo de ofender os outros – por exemplo, por meio de um olhar ou demonstrando sintomas de ansiedade – pode ser o medo predominante em pessoas de culturas com forte orientação coletivista
C) prevalência.
A fobia social afeta cerca de 9% das mulheres e 7% dos homens durante período de 12 meses, mas a prevalência ao longo da vida pode ser de pelo menos 13%. 
D) características associadas que apoiam o diagnóstico, desenvolvimento e curso. 
A idade média de início do transtorno de ansiedade social nos Estados Unidos é 13 anos, e 75% dos indivíduos têm idade de início entre 8 e 15 anos. O início também pode ocorrer no princípio da infância. Pode se seguir a uma experiência estressante ou humilhante (p. ex., ser alvo de bullying, vomitar durante uma palestra pública) ou pode ser insidioso, desenvolvendo-se lentamente. O início na idade adulta é relativamente raro e é mais provável de ocorrer após um evento estressante ou humilhante ou após mudanças na vida que exigem novos papéis sociais (p. ex., casar-se com alguém de uma classe social diferente, receber uma promoção no trabalho). O transtorno de ansiedade social pode diminuir depois que um indivíduo com medo de encontros se casa e pode ressurgir após o divórcio
E) diagnostico diferencial.
A recusa de ir à escola pode ser devida a transtorno de ansiedade social (fobia social). Nesses casos, a esquiva da escola se deve ao medo de ser julgado negativamente pelos outros, e não a preocupações relativas a ser separado das figuras de apego
A agorafobia refere-se à esquiva fóbica associada ao transtorno do pânico, na qual pacientes, por medo de apresentarem um ataque de pânico, caracterizado por ataque agudo de ansiedade, evitam estar em locais ou situações de onde seja difícil ou embaraçoso escapar ou obter ajuda, caso sejam acometidos por um ataque de pânico. A distinção entre o TAS e a agorafobia se torna difícil quando o paciente apresenta ataques de pânico no TAS10(D).
5 - Sobre a Fobia específica, defina esse transtorno, apontando os principais objetos fóbicos.
É comum que os indivíduos tenham múltiplas fobias específicas. O indivíduo com fobia específica em geral teme três objetos ou situações, e aproximadamente 75% daqueles com fobia específica temem mais de uma situação ou objeto. Uma característica essencial da Fobia Específica é que o medo ou ansiedade estão circunscritosà presença de uma situação ou objeto particular, que pode ser denominado estímulo fóbico.
Exemplos de situações/objetos: voar, alturas, animais (cobras, aranhas, cães, etc.), ver sangue, tomar uma injeção.
Muitas pessoas temem diversos objetos ou situações. Para o diagnóstico de fobia específica, a reação deve ser diferente dos medos normais transitórios que comumente ocorrem na população.
Para atender os critérios para um diagnóstico, o medo ou ansiedade devem ser intensos ou graves.

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