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Pneumotórax hipertensivo O pneumotórax hipertensivo ocorre por um vazamento de ar para o espaço pleural por um sistema de válvula unidirecional sem potencial de saída. Desse modo, tem-se aumento da pressão intratorácica, colapso e colabamento do pulmão, gerando desvio do mediastino, compressão do pulmão contralateral e diminuição do retorno venoso com consequente choque obstrutivo – afeta ventilação (A), respiração (B) e circulação (C). Como causas tem-se lesão pleuro-pulmonar, ventilação com pressão positiva em pacientes com lesão da pleura visceral, tentativas mal sucedidas de cateterização de acesso central, evolução de um pneumotórax simples não tratado, curativos oclusivos recobrindo incorretamente uma lesão de parede torácica, entre outras situações. No pneumotórax hipertensivo o diagnóstico é clínico e evidenciado por dor torácica, dispneia importante, taquicardia e hipotensão pela diminuição do retorno venoso, diminuição da saturação de oxigênio, desvio da traqueia para o lado contrário à lesão, turgência jugular (sobrecarga do sistema venoso), ausência unilateral de murmúrio vesicular, redução do movimento respiratório do hemitórax acometido, timpanismo à percussão e cianose como manifestação tardia da hipoxemia. O raio-X de tórax deve ser realizado apenas após descompressão torácica e pode apresentar área de hipertransparência, sem parênquima pulmonar, colabamento do pulmão com um ‘linha’ visível e desvio mediastinal. Quando disponível, o diagnóstico pode ser realizado pelo FAST estendido (eFAST). Pode ser tratado inicialmente por uma toracocentese de alívio com agulha de grosso calibre no 5º espaço intercostal entre a linha axilar anterior e média – transforma o pneumotórax hipertensivo em pneumotórax simples. Se o comprimento abocat não alcançar a cavidade pleural, pode-se fazer descompressão digital, sendo que o tratamento definitivo é feito por drenagem torácica para permitir a expansibilidade pulmonar.
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