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NEFROLOGIA - Introdução à nefrologia

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Gabriella Herculano – Centro Universitário das Américas (FAM) 
 
Introdução à nefrologia 
Clínica médica – nefrologia
Anatomia e fisiologia básica 
 
❖ Cada rim é irrigado por uma artéria renal 
´proveniente da aorta 
❖ A veia renal direita tem um trajeto mais curto, 
devido a sua proximidade da veia cava inferior 
 
 
 
❖ O rim possui 3 principais funções: 
➢ Excreção de toxinas do metabolismo 
➢ Regulação do equilíbrio hidroeletrolítico 
➢ Função endócrina 
▪ Eritropoetina 
• Metabolismo hematológico 
▪ Calcitriol 
• Regula o metabolismo mineral-
ósseo 
Função excretora e seus exames 
❖ Quando o corpo metaboliza a proteína é 
originado as chamadas escórias nitrogenadas 
(ureia e creatinina). Elas são as principais 
toxinas formadas diariamente e eliminadas 
pelo rim. 
❖ Síndrome urêmica ou uremia → é um termo 
sindrômico, utilizado para caracterizar sinais e 
sintomas resultantes de uma injúria renal 
grave. 
❖ Azotemia → elevação da ureia e da creatinina 
❖ Taxa de filtração glomerular (TGF) → é o 
parâmetro que quantifica a função renal. 
➢ O valor, em média, é de 125 ml/min 
➢ Sabendo a taxa de filtração glomerular, é 
possível medir a função excretória renal. 
Os principais métodos avaliativos são: 
▪ Ureia sérica 
▪ Creatinina sérica 
▪ Clearance de creatinina 
▪ Clearance de radioterapias 
▪ Clearance de insulina 
Gabriella Herculano – Centro Universitário das Américas (FAM) 
 
Ureia sérica 
❖ Tanto o metabolismo proteico endógeno 
quanto a produção das bactérias intestinais é 
gerado amônia, que é transformado pelo 
fígado em ureia. 
❖ A ureia é eliminada quase que exclusivamente 
pelo rim, e é de fácil dosagem 
❖ De uma forma geral, a ureia é aumentada 
quando os níveis de TFG estão abaixo de 50 
ml/min. 
❖ Valor de referência para ureia: 20-40 mg/dL 
❖ Sua medição não é 100% confiável em alguns 
casos. Isso porque a ureia é reabsorvida pelo 
túbulo proximal (cerca de 40-50%) em casos 
de hipovolemia (que estimula a reabsorção 
pelo túbulo). 
➢ Um outro motivo está relacionado ao seu 
aumento do volume sérico sem que aja 
problemas na função renal. Um exemplo é 
o aumento do catabolismo proteico que 
ocorre na sepse e no uso de 
corticosteroides. 
Creatinina sérica 
❖ A creatinina é uma substância atóxica 
produzida pelo tecido muscular através da 
creatina. 
❖ Como ela não é absorvida no túbulo, possui 
uma vantagem em relação a dosagem de 
ureia. 
❖ Os níveis de creatinina dependem da massa 
muscular e da ingesta de carne. 
❖ O valor considerado normal é: 
➢ Homens → <1,5 mg/dL 
➢ Mulheres → < 1,3 mg/dL 
❖ Variações na creatinina séricas basal 
➢ Aumento 
▪ Jovem 
▪ Raça negra 
▪ Grande massa muscular 
▪ Grande ingesta de carne 
➢ Redução 
▪ Idoso 
▪ Hispânicos ou asiáticos 
▪ Amputado 
▪ Doença crônica 
• Desnutridos 
• Estados inflamatórios crônicos 
▪ Vegetarianos 
❖ A creatinina sérica é inversamente 
proporcional à TFG 
➢ Porém, a grande desvantagem em utilizar 
a creatinina como marcador é que, para 
os níveis de creatinina sérica 
ultrapassarem os níveis de normalidade, a 
TFG já estará menos que 50% do normal. 
▪ Isso dificulta o manejo de terapias que 
retardam a progressão da 
insuficiência renal, como é o caso da 
IECA. 
❖ Algumas drogas e substâncias podem 
aumentar a creatinina sérica sem que haja 
queda na TFG, pelo fato de competirem com a 
secreção no túbulo proximal. 
➢ Penicilina 
➢ Probenecida 
➢ Cimetidina 
➢ Trimetoprim 
Clearence de creatinina 
❖ Mede a quantidade creatinina eliminada na 
urina. 
❖ É um bom método avaliativo para a taxa de 
filtração glomerular, tendo em vista a sua não 
reabsorção, entretanto, cerca de 10-15% da 
creatinina é eliminada por secreção tubular, 
deixando a medida superestimada. 
❖ Execução 
➢ Coleta-se toda a urina do paciente durante 
24h 
➢ Determina-se a concentração urinária de 
creatinina (Cru) e o volume urinário em 
24h (V). Sabendo-se a concentração de 
creatinina sérica (Cr), calcula-se o 
clearance de creatinina (Clcr) pela fórmula 
a seguir: 
 
Clcr = Cr urinária X V 
 Cr sérica X 1440 
 
❖ O clearance de creatinina é o exame mais 
utilizado para diagnosticar o estágio inicial da 
injúria renal, particularmente quando a 
creatinina sérica ainda não se elevou acima 
dor valores de referência (azotemia). 
❖ Na injúria renal avançada, o clearance 
começa a perder sua precisão, pois começa a 
superestimar o TFG. 
❖ Existem algumas formas para estipular o 
clearance de creatinina sem precisar dos 
valores da urina de 24h, sendo eles: 
➢ Fórmula de Cockcroft-gault 
▪ Clcr = (140-idade) x peso 
 ------------------------- 
 72 x Cr 
▪ Lembrar que para mulheres, é 
necessário multiplicar o valor por 0,85 
➢ Fórmula do estudo MDRD 
▪ TFG = 1,86 x (Cr) -1.154 x (idade) -0.203 
Gabriella Herculano – Centro Universitário das Américas (FAM) 
 
➢ CKD-EPI 
▪ Calculadora específica 
Nenhuma dessas fórmulas deve ser utilizada 
nos casos de injúria renal aguda!!!

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