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Síndrome do olho Vermelho

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Síndrome do olho Vermelho
Introdução
- Sinais que sugerem gravidade:
- Dor ocular acentuada
- Redução da acuidade visual
- Sensação de desconforto intenso,
provocando fechamento palpebral
reflexo
- Pupila não fotorreagente ou pouco
fotorreagente
- Fotofobia
- Opacidade corneana
- Hipópio
- Sinais e sintomas compatíveis com
crise aguda de glaucoma
Tipos de sd olho vermelho
Evolução favorável - tto pelo clínico Evolução desfavorável - oftalmo
1- Conjuntivites (a maioria dos tipos)
2- Hemorragia subconjuntival
3- Episclerites
4- Hordéolo (terçol)
1- Algumas conjuntivites
2- Ceratites
3- Ceratoconjuntivites
4- Uveítes
5- Blefarite
6- Endoftalmite
7- Crise aguda de glaucoma
Conjuntivites
Causa mais comum de olho vermelho
Anatomia
- Conjuntiva = membrana mucosa transparente que
reveste o globo ocular
- anterior até o limbo córneo = conjuntiva
bulbar
- face anterior até pálpebras = conjuntiva
tarsal ou palpebral
- Composição conjuntiva
- epitélio escamoso não queratinizado
- lâmina própria de tecido conjuntivo
frouxo vascularizado
- Transição = fórnix ou fundo de saco
conjuntival
- Inflamação da conjuntiva → vasodilatação
→ vermelhidão + vasos visíveis na
superfície ocular
Etiologia e classificação
- Conjuntivite viral - Mais comum - adenovírus
- Conjuntivite bacteriana
- Conjuntivite alérgica
- Conjuntivite não infecciosa, não alérgica.
Quadro clínico
- Diagnóstico clínico
- Hiperemia ocular difusa - inflamação da conjuntiva bulbar
- Secreção ocular, crostas matinais aderindo às pálpebras e inflamação da porção interna da
pálpebra → SUGERE CONJUNTIVITE
- Normalmente se inicia com o olho e depois é afetado bilateralmente
- Conjuntivite não complicada
- Desconforto ocular → sensação de areia ou corpo estranho
Diagnóstico
- Exame da lâmpada de fenda - biomicroscopia
- ilumina o olho do pct ao mesmo tempo que observa através de lentes de aumento
- Hiperemia e injeção conjuntival → predomínio periférico
- Diversos tipos de secreção
- Conjuntiva tarsal inflamada → papilas folículos, pseudomembranas ou membranas
- blefarite associada - edema a inflamação palpebral
Achado na lâmpada de fenda
Papilas reação papilar Folículos Papilas gigantes -
hipertrofia papilar
Pseudomembranas e
membranas
+ conjuntiva + conjuntiva tarsal elevações poligonais Camadas de leucócitos e
tarsal superior
Mosaico de pequenos
pontos vermelhos
hiperplasia do epitélio
conjuntival + do
estroma
subconjuntival e
vasos
+ inespecífica
inferior
protuberâncias
arredondadas translúcidas
com vasos na periferia
Peq. nódulos linfáticos
reativos
+ conjuntivites virais
por clamídia e
tóxica
chatas, eritematosas
ou pálidas
possui 1 vaso central
conjuntivite alérgica
crônica, primaveril e
lentes de contato
fibrina aderidos a conjuntiva
tarsal
“membrana amarelada”
pseudo - pode ser removida
sem sangrar
membrana - deixa uma
zona sangrante
+ conjuntivite
bacteriana,
ceratoconjuntivite,
Sd Stevens-Johnson
e queimaduras
Tratamento
- Varia conforme a causa e tipo
- Geral
- compressas água gelada 4x/dia → alívio imediato dos sintomas
- Colírios lubrificantes - hidroxipropilmetilcelulose 4-6x/dia
- colírios vasoconstritores → tetrahidrozolina 2-4x/dia - alívio imediato - pode ter
efeito rebote
- Não esfregar os olhos
Conjuntivite bacteriana
Agentes:
- Agente + comum = Staphylococcus aureus - adultos
- Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae, + kids
- Pseudomonas aeruginosa - lente de contato
Transmissão
- contato, secreção
- Início em 1 olho e depois acomete o outro em torno de 1-2 dias
Quadro clínico
- Vermelhidão ocular
- desconforto
- remela aderente matinal
- Eliminação contínua de secreção - purulenta
- Reação papilar
- Pode ter pseudomembranas ou membranas
- pode ter ceratite associada
- Curso autolimitado 7-10 dias em 60% dos casos
Tratamento
- Diagnóstico clínico
- Colírio ATB - ciprofloxacina, norfloxacina, tetraciclina, tobramicina, cloranfenicol
- Compressas geladas
- Colírios lubrificantes
- Pomadas oftálmicas + kids
Tipos especiais de conjuntivite bacteriana
Conjuntivite gonocócica
- Forma grave
- Neisseria gonorrhoeae
- Transmissão
- mão - genitália - mão - olho
- Manifestação - 12 horas após
- Hiperagudo
- Quadro clínico
- Muito purulenta
- dor ocular
- secreção amarelo-esverdeada
- quemose acentuada
- blefarite
- adenopatia pré-auricular
- pode ter ceratite ulcerada - pode levar a rotura corneana e endoftalmite
- Cultura = gram negativos - diplococos
- Tratamento
- Pelo oftalmologista
- ATB sistêmico
- ceftriaxone IM + eritromicina VO - 2-3 sems
- Lavagem com soro fisiológico
Blefaroconjuntivite bacteriana crônica
- S. aureus ou Moraxella lacunata
- Quadro clínico
- inflamação da pálpebra = blefarite
- Crostas purulentas na base do cílio
- hórdeolo
- perda de cílios
- Telangiectasias
- conjuntivite papilar com hiperemia difusa
- Pouca secreção purulenta
- Pode ter ulceração periférica da córnea
- Tratamento
- escovação e desinfecção diária da pálpebra
- Xampu neutro
- ATB e corticoide
- compressas de água quente
- casos graves ATB sistêmico
Conjuntivite flictenular
- Hipersensibilidade tipo IV
- Decorre de produtos da degradação bacteriana
- + comum conjuntivite estafilocócica e TB primária
- Clínica
- conjuntivite crônica e dolorosa
- bilateral
- Reação papilar hipertrófica
- formação de flictênulas - lesões arredondadas
gelatinosas no limbo e na periferia da córnea
- ceratite marginal
- Tratamento
- Estabelecer a causa
- Colírios corticoides
Síndrome oculoglandular de Parinaud
- conjuntivite infecciosa subaguda/crônica
- associado a adenite pré-auricular
- Bartonella henselae + comum
- complicação da febre da arranhadura do gato
Chlamydia trachomatis
- IST
- Incubação 5-14 dias
- Reação folicular
- Crônico
- Quadro clínico
- Unilateral
- hiperemia acentuada
- secreção mucoide ou mucopurulenta
- folículos proeminentes
- hipertrofia papilar
- Pode ter ceratite
- Diagnóstico
- Swab conjuntiva tarsal, sorologia, teste de antígeno
- Tratamento
- Terapia sistêmica
- Doxiciclina
- eritromicina
Tracoma
- Ceratoconjuntivite granulomatosa crônica recidivante por Chlamydia
- + áreas pobres
- Transmissão
- contato próximo
- insetos - moscas
- + kids até 2 anos
- Incubação 5 - 14 dias
- Quadro clínico
- Olho vermelho
- fotofobia
- blefaroespasmo
- sensação de areia nos olhos
- lacrimejamento
- pode ter secreção purulenta
- Folicular
- Bilateral
- folículos proeminentes e hipertrofia papilar
- Complicações
- pannus - invasão fibrovascular da córnea
- cicatrização fibrosa da conjuntiva tarsal
superior
- Entrópio - inversão palpebral
- Triquíase - lesa a córnea
- ceratite ulcerativa
- Opacidade corneana
- Pode levar a cegueira
- estrias de arlt - estrias brancas horizontais
- fossetas de Herbert - cicatrização dos folículos límbicos deixa pequenas depressões
- Classificação OMS
- Tracoma folicular - 5 ou + folículas conjuntiva tarsal superior
- Tracoma intenso - espessamento inflamatório da conjuntiva tarsal superior -
obscurecendo pelo metade dos vasos profundos
- Cicatrização conjuntival tracomatosa - cicatrizes na conjuntiva tarsal superior
- Triquíase tracomatosa - pelo menos um cílio
- Opacidade corneana - presença de manchas opacas da córnea, obscurecendo pelo
menos parte da margem papilar
- Tratamento
- Azitromicina
- tetraciclina, doxiciclina, eritromicina
- triquíase
Conjuntivite alérgica comum
Hipersensibilidade tipo I
Fontes principais
- ácaros
- contato com gatos
- mofo..
pode está associado com rinite
Clínica
- lacrimejamento
- secreção mucóide
- quemose
- prurido intenso
Tratamento
- colírios anti-histamínicos
Tipos especiais alérgica crônica
Conjuntivite alérgica crônica
- normalmente associada a dermatite atópica e outras
- Papilas hipertrofiadas
- pode ter caráter sazonal
- Tratamento
- colírio anti-histamínico H1
- colírio estabilizador de mastócitos
- colírios AINEs
Conjuntivite primaveril
- Vernal
- Predomina na primavera
- + homens
- 5-20 anos
- Papilas gigantes
- Quadro clínico
- prurido
- secreção mucopurulenta
- lacrimejamento- blefaroespasmo e fotofobia
- Formas de apresentação
- forma palpebral - papilas gigantes e achatadas - calçadas de pedras na conjuntiva
tarsal inferior
- forma límbica - surgimento de uma massa gelatinosa
papilar no limbo superior
- Manchas de Horners-Trantas - máculas
esbranquiçadas composta por eosinófilos e
debris epiteliais
- Tratamento
- colírio corticoide
- uso crônico regular de colírio cromoglicato de sódio
Conjuntivites não infecciosas não alérgicas
Conjuntivite tóxica folicular
- Reação inflamatória proveniente da hipersensibilidade IV
- Cosméticos e colírios
- conjuntivite subaguda/crônica
- Reação folicular, hipertrofia papilar, blefarite eczematosa
- TTO - eliminação agente causador + corticoide
Conjuntivite mecânica
- causas - Corpo estranho, sd. olho seco
- Conjuntivite branda
- descarga mucóide
- TTo - retirada do causador ou lubrificantes
Conjuntivite da lente de contato
- PCTs com + de 8 meses de uso
- acomete + conjuntiva tarsal da pálpebra superior
- Comum lentes de contato gelatinosas não descartáveis
- Quadro clínico
- prurido, hiperemia ocular discreta
- descarga mucóide
- intolerância a lente de contato
- Exame físico
- Manchas de Horner-Trantas no limbo
Conjuntivite associadas a doenças sistêmicas
- Principais doenças relacionadas - Sd. Reiter, Sd. Sjogren, outras colagenoses, policondrite
recidivantes, penfigóide cicatricial, Sd. Stevens-Johnson, sarcoidose, ceratoconjuntivite límbica
superior, sd. da pálpebra frouxa
Conjuntivite neonatal
Conjuntivite que se manifesta dentro do primeiro mês após o nascimento
Normalmente transmitida no canal genital
Tipos mais comuns
- Chlamydia trachomatis - comum da afecção
- Neisseria gonorrhoeae
- ceratoconjuntivite herpética
Conjuntivite química Conjuntivite bacteriana (gonocócica ou não
gonocócica)
• Principal agente causador: Nitrato de prata
1%.
• Início dos sintomas: 1- 2 dias após a
administração.
• Sintomas: hiperemia conjuntival leve.
• Tratamento: Por se tratar de um processo
autolimitado, a maioria dos casos não precisa
de tratamento específico. Lágrimas artificiais
podem ser utilizadas.
• Principais agentes causadores: Neisseria
gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.
• Durante o parto vaginal, em mães com infecção
por algum desses agentes, o risco de transmissão
para o recém-nascido varia entre 30 a 50%.
• O tratamento sistêmico é indicado pelo alto risco
de complicações.
• Importante: a mãe e o(s) parceiro(s) também
deve(m) ser tratado(s) e submetido(s) a exame
genital e exames sorológicos para outros tipos de
DST.
Conjuntivite bacteriana gonocócica Conjuntivite bacteriana não gonocócica
Neisseria gonorrhoeae
• Início dos sintomas: 24-48h após o parto.
• Sintomas: edema de pálpebra importante,
secreção purulenta em grande quantidade e
hiperemia conjuntival. Pode causar lesões
oculares graves, inclusive perfuração. A infecção
sistêmica pode causar sepse, meningite e
artrite.
• Tratamento: Ceftriaxone intramuscular
Clamydia trachomatis
• Início dos sintomas: 5-14 dias após o parto.
• Sintomas: edema da pálpebra, hiperemia
conjuntival e secreção leve a moderada. A infecção
sistêmica pode causar pneumonia, otite e rinite.
• Tratamento: Eritromicina oral
Conjuntivite viral Profilaxia
• Causa rara de conjuntivite neonatal.
• Principal agente causador: Vírus Herpes
Simples (HSV-2).
• Início dos sintomas: 5-14 dias após o parto.
• Sintomas: vesículas palpebrais e hiperemia
conjuntival. Alterações sistêmicas como
septicemia, meningite e pneumonia podem estar
associadas.
• Tratamento: antiviral tópico ou sistêmico
• A profilaxia ocular da oftalmia neonatal deve ser
feita rotineiramente na 1ª hora após o nascimento,
independente do tipo de parto.
• Há diferenças quanto à orientação dessa profilaxia
entre os diversos países.
• No Brasil, as Diretrizes da Saúde Ocular na
infância, edição de 2013, orientam o uso
de povidona a 2,5% como profilaxia.
• o Manual de Controle das DSTs, de 2016, orientam
aplicação única de Nitrato de prata a 1% (Método
de Crede), Eritromicina a 0,5% (colírio) ou
Tetraciclina a 1% (colírio).
TTO geral
- ciprofloxacino ou tetraciclinas 5-7 dias
Hemorragia subconjuntival
Coleção de sangue circunscrita entre a conjuntiva e a esclera
Comum
Causas:
- Normalmente decorrente de pequeno trauma
- Crise de tosse ou vômito
- Após manobra de valsalva
Fisiologia:
- Rotura de pequenas veias da conjuntiva ou da episclera
Clínica:
- mancha vermelho vivo na região branca do olho
- Normalmente assintomática e circunscrita
fatores predisponentes
- Uso de corticoides, contraceptivos orais, HAS, DM, Sd febris agudas , cirurgias oculares,
anticoagulantes…
Tratamento
- Não há necessidade de tto
- Evolução sempre benigna
- Mancha vermelha regride em 2-3 semanas
Síndrome do Olho seco e ceratoconjuntivite de exposição
- Decorre de um distúrbio lacrimal
- Redução da produção lacrimal
- Aumento da evaporação lacrimal
- alterações qualitativas da lágrima
- Anatomia e fisiologia do sistema lacrimal
- lágrima = fluido que forma uma
película protetora que reveste a
superfície ocular externa
- Película lacrimal composta por:
- Mucina - camada interna
- Aquosa - camada
intermediária
- Lipídica - Camada
externas
- Porção mucinosa
- secretada pelas células caliciformes do epitélio conjuntival e pelo epitélio da
córnea
- Perda gera instabilidade lacrimal = não se adere a superfície ocular
- Porção aquosa
- Secretada pelas glândulas lacrimais
- Glândula lacrimal principal - na
região ântero-lateral do teto
orbitário
- Responsável pelo
lacrimejamento reflexo -
irritação da córnea ou
descargas emocionais
- Perda pode ocorrer por
desnervação da córnea
- Glândulas lacrimais acessórias - Wolfring e Krause - no recesso conjuntival
superior
- Responsáveis pela produção basal contínua de lágrima
- Porção lipídica
- Produzido pelas Glândulas de Meibomius
- disfunção - alteração lipídica - permitindo sua evaporação
- Ato de piscar
- Piscar permite que a lágrima seja espalhada por toda superfície ocular -
Defeitos podem levar a síndrome do olho seco grave
- Drenagem da lágrima
- Ocorre no canto medial do olho - escoando pelos canalículos lacrimais -
pontos lacrimais - saco lacrimal - ducto nasolacrimal - meato nasal inferior
Causas de Síndrome do Olho Seco
Redução da secreção lacrimal - fase aquosa Redução da produção de mucina (muco)
- Relacionado à idade
- Relacionado à menopausa
- Efeito de medicamentos
- LASIK
- Diabetes mellitus
- Síndrome de Sjögren
- Desordens infiltrativas (HIV, sarcoidose, etc.)
- Herpes-zóster, herpes simplex
- Hipovitaminose A
- Síndrome de Stevens-Johnson
- Tracoma
- Penfigoide cicatricial
- Queimaduras químicas
Redução da produção de lipídios (sebo)
(maior evaporação)
Aumento da exposição da superfície ocular
(maior evaporação)
- Rosácea
- Blefarite estafilocócica crônica
- fatores ambientais
- Lagoftalmo
- Ectrópio, entrópio
- Exoftalmia
- Estado de coma
Outros
Lentes de contato (uso crônico)
Causas - leve -moderada - COMUNS
- Olho Seco relacionado a idade
- Causa + comum
- 10% dos idosos
- Após 50-60 anos - ocorrem alterações
degenerativas na glândula principal →
↓componente reflexo da prod lacrimal - entrobio?
- Mulheres na menopausa
- Deficiência de androgênios
- Fatores ambientais
- Fatores agravantes em indivíduos predispostos
- Pode causar sintomas transitórios em hígidos
- Clima seco, grandes altitudes, ar condicionado, fumaça, vento, muito tempo frente a
tela de computador
- Olho seco medicamentoso
- Uso de drogas anticolinérgicas + comum
- Inibem a secreção pelas glândulas lacrimais - que estas recebem estímulo
fisiológico parassimpático
- Anti-histamínicos, anti espasmódico, anti depressivos tricíclicos, Inibidores da
MAO, antipsicóticos, lítio e disopiramida
- Uso de antiadrenérgicas
- BB, clonidina, metildopa
- Terapia de reposição hormonal - fator agravante
- Lentes de contato
- Uso crônico
- Lente absorve o filme lacrimal após acumular proteínas
- Existem modelos formulados para prevenção
- LASIK
- Ocorre desnervação corneanatransitória - cortando o componente reflexo da secreção
lacrimal
- Tende desaparecer 6 meses após a cirurgia
- DM
- Pode ocorrer desnervação da córnea
Causas Grave
Síndrome de Sjogren
- Colagenose com mecanismo autoimune
- Ocorre infiltração linfoplasmocitária das glândulas lacrimais e salivares:
- Olho seco - xeroftalmia
- boca seca - Xerostomia
- Hipertrofia das glândulas salivares
- + mulheres 9:1
- 30-50 anos
Desordens infiltrativas
- Ocorre infiltração patológica das glândulas lacrimais
- HIV, sarcoidose, amiloidose, hemocromatose e doença enxerto versus hospedeiro
Herpes Zoster e Herpes Simplex
- Acomete as fibras do ramo oftálmico do trigêmeo e as terminações livres do epitélio
corneano - gera desnervação
Hipovitaminose A
- Vitamina A atua na renovação epitelial da conjuntiva e da córnea
- Deficiência - degeneração das células caliciformes do epitélio conjuntival → ↓ produção de
Mucina
- O problema é agravado pela renovação deficiente do epitélio corneano, causando
ceratomalácia e erosões ou úlceras corneanas, que evoluem facilmente para ceratite
infecciosa.
Sd de Stevens-Johnson
- Lesão do epitélio conjuntival, com degeneração das células caliciformes, evoluindo para
deficiência da produção de mucina e instabilidade lacrimal
Rosácea e Blefarite
- disfunção das glândulas Palpebrais de meibomius
Exposição ocular
- incapacidade de das pálpebras em manter a superfície constantementes lubrificada
Clínica
- Normalmente bilateral
- Irritação ocular - ceratoconjuntivite seca - tipo queimação, prurido, pontada, corpo estranho
- Fotofobia
- fadiga ocular
- olho vermelho
- Pode apresentar lacrimejamento excessivo
- Inflamação conjuntival secundária
- Provocada pela hiperosmolaridade lacrimal, é decorrente da liberação local de
citocinas, podendo provocar degeneração do epitélio, com a formação de placas de
queratinização e degeneração das células caliciformes, reduzindo o componente
mucinoso da película lacrimal, o que irá agravar ainda mais o quadro.
- Achados
- Hiperemia e injeção conjuntival
- redução do brilho da córnea
- perda do menisco lacrimal
- Ceratite
- ponteada - forma branda
- filamentosa - acúmulo de filamentos de muco ressecados aderidos a erosões da
córnea
- Ulcerada - pior, casos graves, ocorrem na periferia ou na região paracentral -
leucomas cicatriciais, perfuração de córnea ou ceratite bacteriana secundária
Diagnóstico
- Teste de Schirmer
- É o teste de realização mais prática e disponível.
- feito com a colocação de uma fita de papel de filtro no canto externo dos olhos, com
o paciente mantendo as pálpebras fechadas, quando então mede-se a extensão do
papel que se tornou umidificada após 5 min.
- Uma extensão menor que 5 mm indica olho seco.
- Feito em duas etapas...
- Schirmer I (mede o lacrimejamento total, reflexo e basal): realizado sem
anestesia tópica, permitindo a estimulação ocular pelo papel de filtro.
- Schirmer II (mede apenas o lacrimejamento basal): realizado com anestesia
tópica.
- Teste de ruptura lacrimal
- mede a instabilidade lacrimal.
- Após a aplicação de fluoresceína no recesso conjuntival inferior para corar o fluido
lacrimal, mede-se o tempo entre uma piscada palpebral e o aparecimento de um
“defeito” na película corneana.
- Um tempo inferior a 5 segundos é compatível com instabilidade lacrimal suficiente
para provocar lesão de córnea (ceratite).
- Teste do rosa Bengala
- Rosa-bengala é capaz de corar a superfície epitelial íntegra quando esta está
desprovida de mucina.
- Toda síndrome do olho seco, independente do mecanismo, acaba degradando a
camada de mucina.
- indivíduos com síndrome do olho seco podem apresentar impregnação
- de áreas da córnea ou conjuntiva pelo rosa -bengala. De acordo com o número de
regiões coradas, um “escore de olho seco” é atribuído.
Tratamento
- Colírios ou pomadas lubrificantes
- Nos casos de grave inflamação ou lesão de córnea estéril, pode-se aplicar colírios de
corticóide e, mais recentemente, colírio de ciclosporina. Na ceratite filamentosa, o uso de
mucolíticos tópicos (acetilcisteína 2-10%) podem desfazer os filamentos de muco. A retirada
manual dos filamentos guiada pela lâmpada de fenda por ser útil
-

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