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Graduação em Medicina Veterinária Acadêmicas: Gabriele Casagrande e Katiane Carvalho Colombo Orientadora: Profe. Diane Alves de Lima e Liziane Bertotti Crippa ASPECTOS FISIOPATOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS DA RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA FELINA Rinotraqueite Infecciosa Felina (RIF) Trato respiratório superior Cosmopolita Altamente contagiosa Fácil disseminação abrigos e gatis Infecção latente Etiologia Herpesvírus felino tipo 1 (FHV-1, do inglês Feline herpesvirus 1) DNA dupla fita Capsídeo icosaédrico tegumento protéico envelope contendo glicoproteínas e fosfolipídios Instável fora do hospedeiro Agentes desinfetantes, detergentes, calor Persistência e disseminação no ambiente Epidemiologia Adultos e idosos Filhotes (menores de 12 meses) mais grave e maior taxa de infecção Frequente em abrigos Fisiopatogênia Contato direto com secreções nasais, lacrimais e salivares Disseminação via corrente sanguínea não é comum Penetração do vírus na mucosa das vias nasais, oral e conjuntival Replicação nas células epiteliais do trato respiratório superior Lise epitelial, com necrose local e exsudação, propiciando infecção bacteriana secundária Infecção neural onde fica inacessível ao sistema imune Inicia um estado de latência nos gânglios trigêmeos após a infecção primária e aguda até ocorrer a reativação viral Portadores vitalícios Uso prolongado de glicocorticoides (70% ) Estresse por lactação (40%) Mudança de ambiente e/ou proprietários (18%) Imunodeficiência adquirida dos felinos (FIV) Vírus da leucemia felina (FeLV) Fisiopatogênia Sinais Clínicos 4-5 dias após a inoculação do vírus Principais manifestações clínicas: Febre Anorexia Prostração Espirros Secreção nasal (inicia-se mucoide e evolui para purulenta) Inchaço da conjuntiva do olho Espasmos dos músculos perioculares Secreção ocular Tosse Sinais Clínicos Diagnóstico Histórico do animal Sinais clínicos Proteína C-reativa (PCR) método mais sensível e específico aguda e crônica Conduta Terapêutica Inespecífico e de suporte Reposição de fluidos, eletrólitos e restabelecimento do equilíbrio acidobásico Sonda nasogástrica Limpeza com solução salina e nebulização com fármacos descongestionantes Anti-inflamatórios não-esteroidais Antibióticos Fármacos antivirais ganciclovir e cidofovir Controle e Prevenção Vacinas disponíveis amenizam os sinais clínicos não impedem que a infecção ocorra ou que o animal se torne portador Vacinas inativadas gatas prenhes reforçam os níveis de anticorpos maternos forma passiva para os filhotes Vacinas intranasais intensificam os sinais clínicos manifestados no trato respiratório não têm seu efeito inibido pelos anticorpos maternos dos filhotes Vacinação essencial em locais com grande densidade de animais doença é endêmica Gatos que residem abrigos, gatis ou que têm acesso a rua vacinação anual Animais com baixo risco de exposição vacinação trienal Controle da doença boas práticas de manejo em relação a higienização e desinfecção dos gatis e abrigos Evitar manter animais susceptíveis aglomerados Aplicar quarentena ao introduzir novos animais em um gatil Tratar pacientes infectados isoladamente Controle e Prevenção Ocorre frequentemente em abrigos e gatis, por conta da alta densidade de gatos em um mesmo ambiente. É necessário a adoção de medidas profiláticas para impedir o crescimento constante do número de casos da RIF. Entre essas medidas estão o manejo em relação à higienização e desinfecção dos gatis e abrigos. Evitar aglomerações de animais susceptíveis, aplicar quarentena para animais novos em um gatil ou abrigo são outras maneiras efetivas para impedir a proliferação FHV-1. Conclusão Referências Bibliográficas BINNS S. H.; DAWSON S.; SPEAKMAN A. J.; CUEVAS L. E.; HART C. A.; GASKELL C. J.; MORGAN K. L.; GASKELL R. M. A Study of Feline Upper Respiratory Disease with Reference to Prevalence and Risk Factors for Infection with Feline Calicivirus and Feline Herpesvirus Journal of Feline Medicine and Surgery, v.2, n.3, p.123-133, 2001 BISSO, A; BULLING, C; NICOLODI, P. Rinotraqueíte Infecciosa Felina - Revisão. XVI SEMINÁRIO INTERINSTITUCIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – IEPE, XVI, 2011, Cruz Alta. XVI ed. Anais eletrônicos. Cruz Alta: UNICRUZ, 2011. COUTTS A. 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