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SISTEMA RESPIRATÓRIO . Inspeção e palpação - Tórax descoberto; - Paciente sentado; - Paciente em decúbito dorsal; - Ambiente bem iluminado; - Cuidado com exposição excessiva; - Identificar estruturas de referência; - Ter a maca não encostada na parede (poder circular o paciente); Exame Físico Geral - Crânio - depressão e nódulos → metástases e mieloma múltiplo; - Nariz - rinite alérgica → asma; - Pescoço - turgência jugular → Síndrome da Veia Cava Superior - compressão (veia saltada no pescoço); - MMSS - baqueteamento digital (unha em vidro de relógio → hipóxia crônica) - convexa; - Tumor de ápice de pulmão → Tumor de Pancoast INSPEÇÃO ● Sentado e deitado; ● Inspeção estática: forma e deformidades; ● Inspeção dinâmica: movimentos respiratórios; ● Ángulo de Charpy: normolineo (90°), longilíneo (<90°), brevilíneo (>90°); ● Inspeção da pele - cor, hidratação e presença de lesões elementares; ● Cianose central (lábios e nariz) X periférica (dedos); ● Atípico = normal Tipos de Tórax - Normal - Plano ou alado: perde a gordura, praticamente só tem gradil costal - Tonel, barril ou globoso: hiperinsuflação pulmonar, retifica o diafragma, menos tecido e mais ar - Infundibuliforme (pectus excavatum): alteração de crescimento das cartilagens intercostais, cresceu para dentro (possibilidade de distúrbio cardiovascular) - Cariniforme (pectus carinatum): alteração de crescimento das cartilagens intercostais, cresceu para fora - Cônico ou sino: aumento da área cardíaca - Cifótico: curvatura da coluna dorsal - Cifoescoliótico: além da cifose, um desvio da coluna para o lado (escoliose), pode apresentar alteração respiratória Linhas de Referência ● 3 dedos abaixo da escápula termina o pulmão Respiração: ● Frequentemente respiramos errado (elevação do diafragma ● Tempo de inspiração é semelhante ao tempo de expiração (Ti = Te) ● Mesma amplitude ● Leve pausa ● Ritmos respiratórios anormais: Cheyne-Stokes, Biot, Kussmaul, Suspirosa Tipos de respiração 1. Cheyne-Stokes: ICC, HIC, AVC e TCE - devido variação na tensão de CO2 e O2 - mais “audível” do que visível; 2. Biot: ICC, HIC, AVC e TCE → grave comprometimento cerebral → anárquica; 3. Kussmaul: acidose metabólica (DM) - cetoacidose diabética - 4 fases 4. Suspirosa: tensão emocional e ansiedade 5. Tiragem: supraclavicular, infraclavicular, intercostal e epigástrica. Uso de musculatura acessória para ajudar na respiração (bater asa do nariz). ESQUEMA PARA LEMBRAR: C = Card e cerebral B = Brain K = Ketose PALPAÇÃO ● Mobilidade da caixa torácica ● Sensibilidade superficial e profunda (dor) ● Temperatura cutânea - dorso da mão e bilateral ● Sudorese - se unilateral → Sd Claude Bernard-Horner (simpático) ● Enfisema subcutâneo (bolhas de ar sob a pele = semelhante ao "sagu") = pneumotórax ● Edema = Sd Veia Cava Superior ● Empiema de necessidade = fístula pleuro-subcutânea (pûs) ● Gânglios endurecidos que se fundem e fistulizam = Tb ● Gânglios duros e isolados = Neoplasia 1. Expansibilidade - abraçar o tórax do paciente, pedir para respirar e ver o quanto os dedos se espaçam 2. Frêmito Tóraco Vocal (FTV) - mão no tórax do paciente, pedir para ele falar o número 33 e vai sentir o vibrar da corda vocal na mão (através da árvore brônquica) a. Simpática: Alterações de parênquima (pneumonia, tumor,...) b. Antipática: Alterações de pleura 3. Frêmito brônquico - sensação tátil de estertores 4. Frêmito pleural - sensação tátil do atrito pleural (sentir no local exato que está) PERCUSSÃO ● Médico atrás; ● De cima para baixo ● Unilateral → bilateral ● Sons - claro pulmonar timpânico (Traube), submaciço e maciço ● Diferencia derrame pleural (submaciço) e pneumotórax (hipertimpânico) AUSCULTA ● É a manobra semiotécnica principal no exame físico dos pulmões ● É funcional (diferente da percussão) ● Exige máximo de silêncio (e concentração) ● Posição confortável para paciente e examinador ● Examinador inicialmente atrás do paciente ● Paciente confortável, relaxado e com tórax despido ● Respiração profunda e pausada, com a boca entreaberta ○ “cada vez que eu mudar o aparelho você respira fundo pela boca” ● Uso de estetoscópio - diafragma (ausculta direta ou imediata → desuso) ● Posterior → lateral → anterior (simétrica) ● Até 4 dedos abaixo da ponta da escápula Sons Pleuropulmonares Sons Normais: ● Som Traqueal - Dois componentes (inspiratório e expiratório) - Audível na região de projeção da traquéia no pescoço e esterno - Som tubular, intenso e soproso - Expiração (passagem) → inspiração (troca) ● Som Brônquico - Dois componentes (inspiratório e expiratório) - Audível na região de projeção dos brônquios de maior calibre - expiração = inspiração ● Murmúrio Vesicular (MV) - Dois componentes (inspiratório e expiratório) - Audível na maior parte do tórax - turbulência do ar - Som suave (ondas do mar) - periférico - Expiração < inspiração ● Som Broncovesicular - Esternal superior e interescapulovertebral D 3ª/4ª - Expiração = inspiração Condições que alteram os sons pulmonares ● Fisiológicas: obesidade e hipertrofia ● Patológicas: redução difusa (enfisema, edema, broncoespasmo), localizada (atelectasias - é o colapso do tecido pulmonar com perda de volume, obstruções, corpo estranho, pneumotórax, ressecção cirúrgica) Sons Anormais Descontínuos: ● Estertores finos ou crepitantes (abertura subida de um alvéolo pois algo estava espremendo ele) - Final da inspiração - Alta frequência, duração curta - Não modificam com a tosse - Podem mudar com a posição - Não irradiação para vias aéreas centrais - Semelhante ao velcro/friccionar cabelo ● Estertores grossos ou bolhosos - Inspiratórios/expiratórios - Baixa frequência - Maior duração - Não modifica com a posição - Modificam com tosse Estertores Finos Estertores Grossos não desaparecem com a tosse desaparecem com a tosse podem desaparecer com mudança de posição não desaparecem com mudança de posição não irradiam para vias aéreas centrais podem irradiar para vias aéreas centrais aparecem do meio para o final da inspiração inspiração e/ou expiração Sons Anormais Contínuos: ● Roncos (graves) e sibilos (agudos) - estreitamento das vias aéreas, predominantemente expiratórios, fugazes e mutáveis - Roncos - sons < 200 Hz - ocorre mais na expiração - Sibilos - sons > 400 Hz - ocorre tanto na inspiração quanto na expiração ● Estridor - Semi-obstrução de traquéia e laringe - Som intenso e agudo - Tanto inspiratório quanto expiratório ● Atrito Pleural - Semelhante a couro atritado - Inflamação da pleura Ausculta de Voz: ● #33 → ressonância vocal ● Broncofonia - aumento da ressonância vocal (semelhantes ao FVT) - escuta-se a voz sem nitidez (consolidação pulmonar) → auscultar o paciente falando 33 ● Egofonia - semelhante ao balido da cabra (nasalada e metálica), bordo superior de derrames pleurais “iiiiiii” (delimita onde começa o derrame, com derrame muda para “eeeee”) - já percuti, já auscultei e viu que está alterada ● Pectorilóquia - aumento da nitidez do som, fônica (voz normal e nítida ausculta) e afônica (voz cochichada e nítida ausculta) - pede para falar qualquer coisa PUNÇÃO DE TÓRAX ● Bordo superior da costela inferior - 2 dedos abaixo da ponta da escápula ○ +/- metade ○ Pulmão de 3/4 dedos abaixo da ponta da escápula ○ Para tirar líquido, quanto mais no limite inferior eu estiver - mais eu vou conseguir tirar ANOTAÇÕES EXTRAS ➔ Pneumonia, tumor e TEP → consolidam parênquima → aumenta o frêmito e a broncofonia ➔ Líquido/ar/sangue/pus (derrame pleura, pneumotórax, hemotórax, empiema) → aumentam a distância → diminui frêmito ➔ Pneumotórax - hipertimpânico (espaço de traube) ➔ Derrame pleural - maciço ➔ Pneumotórax hipertensivo → toracocentese → torna-se somente pneumotórax ➔ Pneumonia não faz egofonia ➔ Diminuição generalizada do FTV: enfisema, obesidade, edema de parede torácica ➔ Diminuição localizada do FTV: PNTX, D. pleural, Atelectasia ➔ Aumento localizado do FTV: PNM com condensação (precisa ter brônquio pérvio) ➔ MANOBRASEMIOTÉCNICA PARA DIFERENCIAR DERRAME PLEURAL E PNTX? ◆ PERCUSSÃO DE TÓRAX, hipertimpânico é pneumotórax e sólido é derrame pleural RESUMO ➢ Expansibilidade superior e inferior ➢ Frêmito toracovocal (33 - quadrado - vibrar - fazer lateral) ➢ Ausculta (quadrado) ➢ Ressonância - broncofonia (33 - voz sem nitidez - quadrado) ➢ Egofonia (iiiiiii - baixo) ➢ Percussão (baixo - baixo - quadrado) CASOS CLÍNICOS → BB, 4 meses, tosse seca e coriza há 3 dias, MV presente e diminuído, sibilo e tempo expiratório prolongado OBSTRUTIVA E VIAS INFERIORES por apresentar sibilos e grande tempo expiratório, pacientes com problemas obstrutivos prolongam o tempo respiratória pelo aumento da expiração Restritivo seria doença pleural, obesidade, paciente acamado com SARA, queimadura circunferencial em tórax, fratura de costela → HOMEM, 67 anos, tabagista, HAS e diabetes, dispneia progressiva há 30 dias, nega febre e emagrecimento de 3 kg, PA 140/90, FC 98, dispneia, sudorese, palidez e cianose de extremidades. Pensando em PNEUMONIA DE COMUNIDADE, qual a ausculta deveria ter? MURMÚRIO VESICULAR NÃO É PRESENTE, ESTÁ ABOLIDO, PODE TER SIBILO NO FIM DA INSPIRAÇÃO (teleinspiratório), MAS OBSERVA-SE MACICEZ → HOMEM, 42 anos, pós operatório, acesso venoso central para nutrição, escolha de veia subclávia direita, após 1h ocorre dor torácica (pleurite) e desconforto respiratório, sons pulmonares diminuídos à direita, PA ok? PNEUMOTÓRAX, complicação de acesso central, pela pressão e saturação, primeiro entra ar; No hemotórax fica hipotenso; → MULHER, 36 anos, insuficiência cardíaca, 2 infartos prévios, dispneia progressiva e confusão mental, pouco responsiva, qual sinal clínico é determinante para quadro e intervenção precoce? RESPIRAÇÃO DE BIOT, caso de insuf. cardíaca e leva comprometimento cerebral (isquemia) → MASCULINO, 87 anos, perdeu 10kg, tosse seca, falta de ar progressiva, parou de fumar há 30 anos, HAS. Ausculta pulmonar com diminuição global do MV à D, com macicez à percussão. O que o raio x mostra? DERRAME PLEURAL, faz macicez → EXAME FÍSICO de paciente com pneumonia lobar, espera-se encontrar o que? TRÍADE DA PNEUMONIA - frêmito aumentado, macicez, MV diminuído