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Fisioterapia em Traumato-Ortopedia

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Fisioterapia em Traumato-Ortopedia
@lorevfisioterapia_
ASSUNTO: DOR LOMBAR
• Low back pain; “Dor/desconforto, tensão muscular ou rigidez, localizados entre as margens constais e a prega glútea inferior, com ou sem irradiação para os membros inferiores”
• É um sintoma e não é uma doença propriamente dita.
· Triagem:
· Aguda: as 6 primeiras semanas para o surgimento desta dor.
· Subaguda: de 6 á 12 semanas.
· Crônica: > ou igual a 12 semanas (sente dor até 3 meses).
A dor lombar pode ter sua origem: de uma doença grave de coluna, pode ser uma doença específica da coluna, e pode ser uma dor lombar não específica ou idiopática (não sabemos a causa) a dor lombar grave ocorre apenas com 1% dos pacientes (pode levar a óbito ou ficar internado) > estas patológicas pode ser uma vértebra, um câncer, ou em partes moles perto da região lombar; A grande maioria dos pacientes apresenta: dor lombar não específica ou idiopática quase 95% dos casos.
Perda de peso inexplicável; Tumor nos últimos 5 anos; História de trauma; Uso prolongado de corticosteroides; (tem de encaminhar para ortopedista) Idade avançada; Dor de característica inflamatória; Febre associada ao início dos sintomas; (tem encaminhar para o médico, para ver se existe uma doença grave no paciente). 
Na dor lombar específica: podemos atender o paciente sim, mas é importante que seja encaminhado para o médico para verificar a razão desta dor lombar. Para seguir com o tratamento de forma mais específica.
• Dor lombar inespecífica: 
• Patologia não relevante ou ausente; 
• Coluna sensibilizada na ausência de patologia; 
• Patologia não se correlaciona com a clínica;
· Exames de imagem: pacientes com bandeiras vermelhas precisam de exames de imagem e laboratoriais. Mas a grande maioria dos pacientes não necessitam de exames de imagem, já que não vai encontrar a causa específica da dor.
· Devemos apresentar os achados clínicos baseados em evidência, para explicar ao paciente. 
· Minimizar achados em casos não específicos.
OBS: Tem pacientes com hérnia de disco mas que não tem dor lombar.
Condições específicas da dor lombar:
Estenose Lombar
· Causado por estrutura óssea, partes moles ou ambos;
· Estenose congênitas: ocorre no período embrionário na infância (normalmente a sintomatologia vai aparecer de 20 a 30 anos)
· Estenose degenerativa: tipo mais comum (homens > 50 anos)
· Estenose: estreitamento + clínica (exames de imagem + queixa clínica)
· Alterações degenerativas:
· Protrusão discal;
· Hipertrofia do ligamento amarelo.
· Hipertrofia dos processos articulares.
· Espondilolistese: deslizamento de uma vértebra em relação a outra.
Quadro clínico:
· Dor lombar crônica.
• Dor atípica do membro inferior; (ambos MMII, em apenas o membro seria abaixo do joelho, que tende aliviar em flexão lombar) 
• Fraqueza;
• Parestesias;
• Claudicação neurogênica intermitente;
• Ereção espontânea ao caminhar;
• Rigidez matinal;
• Dor radicular;
• Síndrome da cauda equina crônica; (Disfunção sexual, urinária e fecal (raízes lombosacras) > Paresia ou paralisia dos MMII (raízes lombares).
Diagnóstico:
· Precisaria de exames de imagem
· Mielografia (apresenta apenas redução do espaço, mas não apresenta uma possível causa)
· Fraturas espontâneas (fraturas osteoporóticas) 
Tratamento :
· Deve ser conservador (primeira escolha)
· Estimular atividades físicas toleráveis;
· Educação em dor;
· Tratamento cirúrgico vais ser indicado quando houver falha no tratamento conservador.> (déficit neurológico progressivo).
Hérnia de Disco
· Mais frequente na região lombar.
 • Força excessiva em flexão;
 • Contínua e insidiosa; (contínua e insidiosa que aumentam ao longo do tempo)
 • Dor mecânica; (que piora com certas posturas e que melhoram também com outras posturas)
 • Sedestação e ortostatismo pioram a dor;
Exame Neurológico:
· Localização da raiz acometida (Testes de sensibilidade, testes de reflexos; para tentar encontrar qual raiz nervosa)
· A hérnia de disco não explica a causa da dor, por isto precisa ter achados clínicos e neurológicos. 
Tratamento:
· Conservador (75% dos casos melhoram em 10 a 30 dias;)
· Repouso absoluto não é indicado.
· Cirúrgico só vai ser indicado quando houver compressão da cauda equina, paciente com disfunções sexuais, déficit neurológico progressivo vai ter discectomia, e pode ser feito uma artrodese que é uma fixação cirúrgica.
PROBLEMAS ORTOPÉDICOS EM MMII
Osteonecrose avascular da cabeça femoral
· É um problema isquêmico que vai ocasionar uma necrose da cabeça do fêmur, esta necrose ocorre na ausência de infecção > Necrose Asséptica da cabeça femoral ou Necrose avascular ou sistêmica.
Etiologia:
· Idiopática: 25% dos casos.
· Traumática: fraturas, luxações e pós procedimentos cirúrgicos.
Quadro clínico:
· A osteonecrose evolui para dor insidiosa (dor que aparece aos poucos e vai limitando.)
· Inicialmente esta dor começa de forma intermitente (dói em alguns momentos e outros não, dor não é tão bem localizada)
· Esta dor é na região inguinal (na virilha) dor nas nádegas, dor no trocante maior e nos joelhos.
· Vai limitando a função da doença 
· Vai diminuindo o comprimento do passo (claudicação)
· Redução da ADM do quadril e dor em RI do quadril
· É bilateral em 35% a 80%.
Diagnóstico:
· História pregressa (traumas, cirurgias, mas presente em pacientes com 30 a 50 anos com uso abusivo de álcool ou corticoides, radio ou quimioterapia, quadro clínico)
· Exames complementares: (para verificar doenças inflamatórias e sistêmicas > exames laboratoriais)
· Radiografia (linha esclerótica súpero-lateral / fratura subcondral)
· Complementar (RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA) RNM
· ARCO (Estágio e características)
De 0 á 4
O 0 é somente alterações histológicas
1 Radiografia ou cintilografia positiva
2 Radiografia positiva (ausência de colapso)
3 Radiografia positiva (colapso parcial)
4 Radiografia positiva (osteoartrite) 
Tratamento: 
· Cirúrgico (retirar a região necrosada para que não tenha fraturas mais na frente)
· 6 semanas sem apoio no pós-operatório
SÍNDROME DA DOR PATELOFEMORAL
Definição: 
· É um problema musculoesquelético comum, caracterizado por dor de início insidioso (começa aos poucos), é mal definida, localizada retropatelar ou peripatelar na região anterior do joelho.
· A dor é acima ou atrás da patela.
Anatomia:
· Deslizamento (lateral e medial)
· Rotação 
· Inclinação (lateral > ela vai voltar a face anterior da patela para a inclinação medial) 
· Estabilizadores estáticos e dinâmicos
· Patela 
Fatores etiológicos:
· Múltiplos fatores (aumento da pressão na faceta lateral da patela) > a patela vai deslizar para lateral, inclinar para a lateral, rotacionar para lateral por conta de atração dos tecidos mais encurtados, dificuldade no equilíbrio entre vasto lateral e vasto medial, e alterações anatômicas; por que a área vai ser reduzida por isto vai haver aumento na pressão.
· Fraqueza do quadríceps (fatores de riscos) :
· Fraqueza do complexo posterolateral do quadril 
· Valgo dinâmico do joelho (não parecer ser um fator de risco) só associado a outras condições.
· Encurtamento do quadríceps
· Encurtamento do tecidos laterais (trato iliotibial)
· Lesão dos restritores mediais – luxação patelar
História e exame clínico:
· Dor anterior no joelho.
· Agravada por atividade que aumentar a pressão patelofemoral. 
· Atividades esportivas (saltos, agachamentos).
· Escadas, corridas (dificuldade).
· Permanecer longo períodos sentados (principalmente com joelho muito fletido) > flexão.
· Crepitação (palpar na região anterior do joelho em cadeia aberta e cadeia fechada, para ver se tem ruídos, estalidos) mesmo que o paciente chegue sem dor, sem nenhum problema, tem de trabalhar com prevenção por que indica que o paciente tem alterações biomecânicas patelofemorais. 
· Derrame articular (encontrado nos exames de imagem) RNM.
· Mobilidade medial aumentada (se movimenta muito para a medial e pouca para a lateral).
Exame clínico e de imagem:
· Não existe nenhum teste especial acurado para o diagnóstico.· Apenas clínico e exames de imagem apenas para complementar.
Tratamento:
· Conservador (fisioterapia) identificar os fatores biomecânicos, além do controle dos sintomas.
· Cirúrgico (raramente é utilizado, só vai ser usado com houver falha do tratamento conservador). 
SÍNDROME DO TRATO ILIOTIBIAL
Definição
 
· joelho do corredor
Etiologia:
· Atrito entre o TIT e o epicôndilo (ao invés de ocorrer atrito poderia ocorrer tração exagerada). 
· 30º de flexão de joelho.
· Overuse: corredores e ciclistas, aumento brusco do volume ou intensidade da atividade. 
Diagnóstico:
• Dor na região lateral do joelho em queimação; 
• Se manifesta durante ou após corrida;
• Melhora com repouso;
• Caminhada ou descida de escadas.
 
 Exame físico:
• Dor a palpação próxima ao epicôndilo lateral;
• Edema discreto;
• Estalido em flexão e extensão;
• Teste de Ober (não são diagnósticos para o síndrome do trato tibial)
Diagnóstico 
RNM
Tratamento:
Conservador:
• Fisioterapia;
• Antiinflamatórios + repouso;
• Infiltração corticoide;
• Controle do retorno e incremento do volume da corrida.
 
 Cirúrgico:
• Falha do tratamento conservador;
• Alongamento do trato iliotibial;
• Ressecção de pequena porção do trato próxima ao epicôndilo.

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