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Situações de Asfixia / Afogamento / Desmaios e Convulsões: Asfixia: A asfixia ocorre em todas as situações onde há a obstrução das vias respiratórias, resultando na falta de oxigenação no cérebro e consequente desmaio. Dentre as causas mais comuns da asfixia, estão os engasgos, reações alérgicas onde há edema na região da glote (inchaço na garganta do animal, impedindo a passagem de ar), edema pulmonar (acúmulo de líquido nos pulmões) condição de caráter urgente, onde há retorno de líquido de origem pulmonar para a boca ou focinho. Todas essas situações devem ser encaminhadas com o máximo de rapidez para uma clínica veterinária com capacidade para atendimento emergencial. Deve-se tentar identificar a causa da asfixia, e para tanto podemos utilizar os seguintes materiais: · Luvas descartáveis (se der tempo de calçar). · Lanterna. · Gaze. · Toalha. Independente da causa da asfixia, deve-se tentar reestabelecer a passagem de ar do animal, enquanto o encaminha para a clínica, logo, podemos proceder da seguinte maneira: · Manter a calma. · Tirar a coleira, caso o animal esteja usando uma. · Abrir a boca do animal, puxar a língua com uma gaze e com a lanterna observar se há algum objeto alojado na garganta, bloqueando a passagem de ar. · Se houver um objeto, tentar retirá-lo com a pinça, quando o animal não permitir, fazem-se as manobras de desengasgo. · Se houver presença de líquido na boca ou focinho vá limpando enquanto o encaminha rapidamente ao médico veterinário, pois pode ser por edema pulmonar agudo, uma situação de emergência. · Se o motivo da obstrução do ar for por edema de glote causado por alergia forte, deve-se fazer respiração artificial para forçar o ar a entrar nos pulmões e encaminhar o animal o mais rápido possível ao médico veterinário. Desmaios: Episódios de desmaios estão frequentemente relacionados à falha no suprimento de oxigênio do cérebro. Logo, animais com problemas cardíacos, respiratórios, circulatórios ou idosos podem apresentar desmaios em situações de muita excitação (como a “festa” durante a chegada do dono à casa, por exemplo), pela deficiência do suprimento de oxigênio nesses. Normalmente o animal se recupera do desmaio após alguns minutos. Nos casos de episódios frequentes de desmaio o animal deve ser acompanhado por um médico veterinário para investigar a causa e, quando possível, tratá-la. O uso de coleiras apertadas ou do tipo enforcador, principalmente em animais que puxam muito durante os passeios; manter animais amarrados por corda em quintais; contenção exagerada durante manejo dos animais (banho, tosa, etc.) ou exposição a situações de muito estresse para os animais, são situações de risco para a ocorrência de asfixia e desmaios. Durante o manejo de um animal em situação de desmaio, os seguintes materiais podem ser necessários. · Luvas descartáveis. · Lanterna. · Gaze. · Pinça. Proceder da seguinte forma no atendimento emergencial de animais, durante episódios de desmaio: · Observar o animal e verificar se há respiração e batimentos cardíacos. · Afrouxar coleiras, cordas ou enforcadores e verificar se não há presença de objetos obstruindo a passagem de ar. · Deve-se elevar o corpo do animal, mantendo a cabeça baixa por alguns minutos para que chegue sangue oxigenado ao cérebro. · Se não funcionar deve-se massagear vigorosamente o corpo do animal para estimular a circulação. · Se não funcionar pode-se voltar a elevar o corpo mantendo a cabeça mais baixa. · Deve-se monitorar os batimentos cardíacos e a respiração. · Não se deve colocar substâncias de cheiro forte para o animal inalar, pois seu olfato é muito mais sensível que o nosso, podendo agravar o caso. · Se o animal após essas manobras não recuperar a consciência deve-se encaminhá-lo imediatamente a uma clínica que tenha condições de atender emergências. · Sempre comunique ao médico veterinário se o animal teve algum episódio de desmaio. Afogamento: Apesar de, instintivamente, os animais aprenderem a nadar com facilidade, algumas situações onde ocorrem o desgaste físico, como falta de apoio ou degraus para que o animal possa sair de uma piscina, por exemplo, podem levar ao afogamento. Nessas situações não é incomum que se perceba que aconteceu um afogamento tarde demais, quando o animal já veio a óbito ou está há muito tempo sem respirar, logo, a tentativa de salvamento de afogamento só será possível quando executada poucos minutos após o animal afundar e engolir água. Deve-se ter cuidado nas proximidades da piscina, em especial, com animais jovens, idosos, que têm episódios de desmaio frequente ou convulsões, sendo recomendado o isolamento da área da piscina com tela, para evitar acidentes. Algumas raças de cães têm especial atração pela água, como os Labradores, Golden Retrievers, Terra Novas, logo o cuidado deve ser redobrado com esses animais. No entanto animais de outras raças ou sem raça definida podem apresentar interesse especial por piscinas, cabendo aos tutores identificar e prever as situações de risco nesses casos. Para poder agir em uma situação de emergência envolvendo um animal afogado, são necessários os seguintes materiais: · Termômetro. · Cobertor. Devemos seguir os seguintes passos quando nos depararmos com uma situação de afogamento: · Deve-se manter a calma, antes de tudo! · Manter o animal inclinado, com a cabeça para baixo para que o excesso de água possa sair pela sua boca. · Verifica-se se há presença de batimentos cardíacos e respiração. · Se não houver deve-se proceder a respiração artificial e massagem cardíaca. · Se a temperatura estiver baixa deve-se enrolar o animal com o cobertor e continuar a reanimação. · Caso o animal não retorne os batimentos cardíacos e respiratórios em até 30 minutos do começo do procedimento, dificilmente sobreviverá. Convulsão: Ataques convulsivos são episódios que podem assustar bastante os tutores do animal ou pessoas inexperientes, pois há uma excitação excessiva do animal, com salivação excessiva e até defecação e micção, porém, é uma circunstância transitória, onde deve-se manter a calma para controle da situação. Esse tipo de episódio pode acontecer de forma isolada ou recorrente, quando o animal apresenta várias convulsões (epilepsia), e deve ser acompanhado por um médico veterinário para determinar a causa da convulsão. Algumas raças, inclusive, podem ter mais chances de apresentar episódios de convulsão, como é o caso dos Pastores Alemães, Poodles, Beagles, entre outros, e animais com esse tipo de quadro clínico não devem ser utilizados para a reprodução visto que essa condição é hereditária, podendo afetar os filhotes. Dessa forma, é importante reconhecer um ataque convulsivo e diferenciar, principalmente, de episódios de desmaio. Portanto deve-se prestar atenção em alguns sinais, como os descritos a seguir: · O animal fica descoordenado, cai no chão e permanece deitado de lado em movimentos de pedalagem (como se estivesse tentando levantar, de forma a parecer que está pedalando uma bicicleta no ar). · Em alguns episódios pode urinar ou defecar involuntariamente durante a crise. · Pode haver, ou não, perda de consciência. · O animal fica ofegante e aos poucos vai se acalmando. · Alguns animais voltam ao normal após alguns minutos, outros podem ficar quietos durante todo o dia, por cansaço. · Nos casos mais graves as crises podem demorar mais ou haver várias crises durante horas, e o animal deve ser encaminhado imediatamente ao médico veterinário para ser medicado. · Alguns animais apresentam comportamentos específicos antes de ter uma crise convulsiva, podendo ficar agitados demais ou calmos de mais momentos antes da crise. Durante uma crise de convulsão apenas serão necessários uma toalha grande, ou cobertor e um pano limpo, e deve-se proceder da seguinte forma: · Observe o animal e evite que ele se machuque enquanto ele se debate. · Só é necessário se preocupar com a língua do animal caso ele a esteja machucando, caso contrário não se deve tentar puxá-la para evitar acidentes, visto que o animal não tem controle dos movimentos.· Se for preciso coloque um pano limpo enrolado entre os dentes para proteger a língua. · Se o animal for saudável, sem problemas cardíacos graves, não há risco de morte e deve-se aguardar o episódio passar. · Ataques muito duradouros ou recorrentes o animal deve ser encaminhado ao médico veterinário transportado em uma maca feita de toalha ou cobertor. · Só se deve oferecer água ou alimento ao animal 100% consciente, do contrário há risco de engasgo. · Cães e gatos epiléticos devem evitar áreas de piscina ou andar soltos pela rua, para evitar acidentes. · Tente contar quanto tempo durou o ataque e o intervalo entre os ataques (caso haja mais de um) e informe ao médico veterinário para que ele possa lhe orientar.
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