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Situação de emergência ou urgência no dia-a-dia

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Situação de emergência ou urgência que podem ocorrer no dia-a-dia:
Não é incomum observar pessoas que criam animais de estimação realizarem algum procedimento em casa ou automedicando os animais, visando economizar tempo e dinheiro. Contudo, esses procedimentos, mesmo aparentemente simples, se executados por alguém que não possui conhecimento e experiência, podem trazer consequências negativas à saúde do animal.
Todo procedimento, inclusive de banho, tosa ou corte de unhas dos animais deve ser realizado por alguém que conheça sobre a espécie e que saiba executar as técnicas de forma adequada e segura, visto que, por mais simples que pareça ser a sua execução, nunca se deve tentar realizar nenhum procedimento para o qual não se esteja bem treinado, sendo essencial a busca pelos serviços de um profissional. Dessa forma algumas situações de risco ao animal são evitadas, consequentemente.
Exemplo temos a hemorragia pelo corte da unha:
Cortar as unhas do cão ou do gato faz parte da rotina de manejo e é um procedimento necessário para manter a higiene e saúde desses animais. Mesmo que pareça um procedimento simples, se realizado de forma inadequada pode gerar complicações ao animal.
Além disso, alguns cães, que possuem o quinto dedo (dedo posicionado elevado em relação aos demais, presente em alguns animais), se não houver um acompanhamento, podem apresentar lesões por perfuração devido ao crescimento exagerado da unha.
Com o processo evolutivo, alguns cães passaram a nascer sem os quintos dedos, o que é visto como benefício por parte dos criadores, visto que diminui as chances de lesões por crescimento exagerado das unhas.
Nos gatos só há indicação de corte das unhas em casos específicos, quando orientado pelo médico veterinário, já que esses animais fazem o aparo naturalmente, arranhando superfícies duras, podendo haver indicação apenas em gatos com criação indoor (sem acesso à rua) ou com distúrbios comportamentais destrutivos (destruição de objetos da casa por excesso de arranhadura).
Por outro lado, gatos que têm acesso à rua ou quintais, ou que não apresentem comportamento compulsivo de arranhadura, devem ser mantidos sem cortar as unhas, pela sua necessidade para atividades como escaladas, por exemplo. A fim de se evitarem transtornos com a arranhadura dos gatos em objetos, deve-se proporcionar ao animal arranhadores próprios desde filhote, para que este crie o hábito de aparar as unhas no local adequado.
Os cães também apresentam o comportamento de aparo das unhas, porém o fazem de forma diferente dos gatos, cavando pisos duros, como cimento, pedra ou terra batida. Com isso, o atrito das unhas com a superfície dura promove o desgaste e mantém as unhas curtas. Em contrapartida, esse comportamento natural pode gerar transtornos aos tutores como buracos no quintal, paredes ou locais inapropriados. Animais sem acesso frequente à rua devem ter as suas unhas aparadas periodicamente com aparadores específicos para esse fim.
O corte das unhas deve ser feito tomando-se o cuidado de não cortar a porção “viva” da unha, observada facilmente nos animais de unhas claras, como uma faixa rosada na base do dedo. Já em animais de unhas escuras, é impossível visualizar a porção “viva” da unha, exigindo maior cuidado e experiência no momento do corte. O aparo deve ser realizado logo após a porção “viva” da unha, na diagonal e em um movimento rápido e preciso, para evitar laceração das unhas.
Desenho representando a orientação do corte das unhas de cães e gatos, atentando para a presença da porção viva da unha, representada em vermelho:
Lembrando que os animais que possuem o quinto dedo, este em questão não entra em contato como o chão, desta forma a unha tende a crescer, enrolar e penetrar no coxim do animal, se não for cortada corretamente.
Mesmo quando realizado por profissionais, é um procedimento delicado, passível de acidentes, pois em alguns animais ocorre sangramento das unhas mesmo tomando-se todos os cuidados para que isso não ocorra, principalmente quando o animal se movimenta inesperadamente no momento da realização do corte, portanto, nessas situações deve-se fazer uso dos seguintes materiais:
· Luvas descartáveis.
· Gaze.
· Pó hemostático.
· Pomada antibacteriana ou cicatrizante.
Em casos de hemorragias provocadas pelo corte das unhas, deve-se proceder da seguinte maneira:
· O primeiro passo é conter a hemorragia pressionando o local por alguns minutos com o auxílio de uma gaze ou aplicando o pó hemostático.
· Deve-se conter bem o animal, pois hemorragias por corte de unhas são processos bastante dolorosos.
· Em casos de hemorragia não se deve lavar o ferimento ou remover os coágulos, pois pode iniciar uma nova hemorragia.
· Após controle do sangramento aplica-se pomada antibacteriana ou cicatrizante no local.
· Levar o animal ao médico veterinário para avaliação e prescrição de medicamentos para a dor e antibióticos, quando for necessário.
Outro exemplo de situação é a Hemorragia Nasal:
Várias situações na rotina dos animais podem levar a episódios de hemorragias nasais, seja por traumas ou causadas por doenças que alteram a coagulação do sangue (processo em que o corpo lança mão de mecanismos para controlar hemorragias). 
Por se tratar de uma hemorragia externa, e localizada no rosto do animal, é de fácil visualização, e como qualquer tipo de hemorragia, pode ter intensidade de sangramento de leve a intenso, dependendo da causa e da capacidade do animal em promover a coagulação.
​Algumas doenças dos cães, como as relacionadas à presença de carrapatos (Erliquiose), podem levar a episódios de hemorragia nasal, dessa forma, o controle das infestações desses parasitas faz-se necessário para evitar esse tipo de ocorrência, além de outros problemas, como: anemias graves, problemas neurológicos, falência de órgãos, problemas nutricionais, problemas de pele, entre outros, associados aos carrapatos.
Sempre que houver episódios de hemorragias nasais espontâneas, sem ter causa aparente relacionada a trauma, o animal deve ser imediatamente encaminhado ao atendimento veterinário para realização de exames e administração de medicamentos para o controle do sangramento. Em contrapartida, hemorragias nasais causadas por traumas, dependendo da intensidade do sangramento, podem facilmente ser controladas, antes de o animal ser levado ao atendimento clínico, sendo necessário o seguinte material:
· Luvas descartáveis.
· Gaze.
· Pó hemostático.
· Pomada antibacteriana ou cicatrizante.
· Bolsa de gel ou água congelada ou gelo.
· Lanterna.
Nos casos de hemorragias nasais devemos proceder da seguinte forma:
· Manter o animal calmo.
· Fazer compressa gelada na parte de cima do nariz quando possível.
· Identificar a causa da hemorragia (Trauma? Hemorragia espontânea?)
· Identificar a origem (Ferimento nasal? Origem pulmonar?), observando as vias respiratórias com o auxílio de uma lanterna, para ver se também há sangue na boca e garganta do animal, que sugira perfuração por algum objeto que tenha engolido ou qualquer outra causa.
· Quando for possível visualizar a origem, deve-se pressionar no local por alguns minutos com o auxílio de gaze, até parar o sangramento, se for possível o acesso.
· Quando não se consegue observar a origem deve-se levantar a cabeça do animal e mantê-la elevada acima do coração. Caso o sangramento persista ou em casos de perda de um grande volume de sangue, deve-se encaminhar o animal para atendimento veterinário imediatamente.
As Fraturas são bem frequentes no dia-a-dia:
As fraturas são lesões nos ossos que podem acontecer por várias causas, desde quedas, atropelamentos, até quando cães de porte pequeno pulam de lugares como sofás, cadeiras, escadas, etc. 
Podem ser parciais (fissuras) ou completas, expostas (quando há perfuração da pele e exposição do osso) ou não. Acontecem em maior frequência nos membros, porém qualquer osso do corpo pode ser fraturado.
As fraturas são processos extremamente dolorosos, com aumento de volume no local, indicando inflamação dos tecidos e por esse motivo deve-se preveniracidentes contendo-se bem os animais sempre que for necessária a manipulação, pois tendem a reagir à dor com agressividade. É possível antecipar os cuidados com o local da fratura, utilizando-se os seguintes materiais:​
· Luvas descartáveis.
· Faixa ou atadura.
· Esparadrapo.
· Tala, pedaço de madeira ou cano PVC serrado.
· Cobertor para fazer maca.
· Bolsa de água ou gel congelada ou gelo
​Deve-se proceder da seguinte maneira:​
· Conter o animal com focinheira ou mordaça.
· Nos casos de fratura sem exposição do osso, deve-se procurar pelo local observando se o animal não apoia algum membro, se não se locomove normalmente ou se sente dor ao toque em algum local.
· Seu houver inchaço, deve-se aplicar compressa de gelo por alguns minutos para aliviar a inflamação.
· Com cuidado devem-se apalpar os membros ou ossos, em toda a sua extensão, inclusive articulações, em busca do local de origem da dor.
· Se a fratura estiver em um membro, deve-se colocar uma tala de madeira ou pedaço de cano (qualquer material duro do comprimento do membro do animal) na parte de baixo de todo o membro e enfaixar para evitar movimentação, diminuindo a dor.
· Caso a fratura seja exposta, lave o local com solução fisiológica e se o animal permitir, aplique pomada antibacteriana. Nesses casos o animal pode não permitir a colocação da tala.
· Cuidado ao enfaixar o membro, pois se ficar muito apertado pode dificultar a circulação e piorar a situação.
· A tala de urgência deve ser usada apenas enquanto não se encaminha o animal ao atendimento veterinário, que deve ser feito o mais rápido possível.
· Não permita que o animal faça esforço no local, transportando-o em uma maca improvisada.
· Se a suspeita da fratura estiver na coluna, deve-se movimentar o animal o mínimo possível e a maca deve ser de material rígido, como uma tábua de madeira, por exemplo.
Por ultimo exemplo temos os Atropelamentos e Quedas:
Atropelamentos e quedas são algumas causas de acidentes com animais de companhia mais comuns na rotina da clínica médica veterinária, principalmente envolvendo animais de pequeno porte como gatos e cães de raças pequenas. Dessa forma, alguns cuidados podem ser tomados para evitar esse tipo de acidentes.
Mesmo que um cão seja adestrado ou muito obediente nunca se deve passear na rua sem o uso de coleiras ou guias, pois os acidentes podem acontecer em questão de segundos.
Além do perigo de atropelamento há ainda o risco de ingestão de lixo ou substâncias tóxicas, contração de doenças e agressão direcionada a pessoas ou outros animais. Os gatos devem ser criados sem acesso à rua (criação indoor) para prevenir os mesmos problemas
Acidentes com carros, motos ou bicicletas podem ser fatais, podendo causar hemorragias graves (internas ou externas) sem chances de atendimento médico veterinário. Além disso as quedas de superfícies altas também podem provocar graves riscos à vida do animal, inclusive não são incomuns episódios de cães que sofreram quedas de lajes ou sacadas ao latir para pessoas ou algum animal que passava na rua, por exemplo, ou de gatos que caíram de varandas e janelas altas, em busca de caças, ou simplesmente brincando. Por esse motivo, o acesso a esses lugares deve ser limitado, colocando-se telas ou redes de proteção em todas as janelas e varandas e impedindo que os animais subam em locais sem a devida proteção.
Alguns acidentes também acontecem durante passeios de carro, onde os animais são transportados soltos, dentro do veículo e por algum estímulo externo acabam por saltar do veículo em movimento. Por este motivo existem cintos de segurança próprios para cachorros, adaptadores de cinto (que encaixam no peitoral ou coleira de uso normal do animal) e caixas de transporte desenvolvidos exclusivamente para garantir a segurança dos animais durante o transporte em carros.
Exemplo de cinto de segurança para cachorros:
.
Sinais de atropelamento ou quedas são múltiplos, por comprometer um ou mais sistemas do corpo do animal, portanto o procedimento vai depender de cada caso, podendo necessitar de todos os materiais contidos no kit de primeiros socorros. Nesses casos, devemos proceder da seguinte forma:
· Animais com reações agressivas devem ser contidos com mordaça ou focinheira, e no caso dos gatos pode-se jogar uma toalha e conter o animal com ela, para tranquiliza-lo.
· Deve-se fazer o exame completo do animal, verificando se é um caso de emergência (choque por hemorragia severa, trauma na cabeça, convulsão, parada cardiorrespiratória, exposição de vísceras) ou urgência (fraturas, hemorragias simples).
· Em caso de fraturas, deve-se identificar o local e imobilizá-lo com talas, quando possível. Transportar o animal em maca dura ou de tecido, de acordo com o tipo de fratura.
· Todas as situações descritas abaixo são de emergência, devendo ser encaminhado o animal o mais rápido possível a uma clínica veterinária que tenha condições de atender emergências:
· Sinais de choque (frequência respiratória e cardíaca aumentadas e temperatura diminuída) deve-se aquecer o animal.
· Parada cardiorrespiratória é necessário fazer a massagem cardíaca e a respiração artificial enquanto se encaminha o animal ao atendimento.
· Em hemorragias externas, de difícil controle, deve-se manter o local comprimido com gaze ou elevar acima do nível do coração para diminuir o sangramento até o atendimento.