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1 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS Saúde da mulher e da criança. DIVISÃO: o Câncer de colo do útero; o Câncer de corpo do útero. : Incidência - É o câncer que mais mata as mulheres (4° tipo de câncer mais comum entre as mulheres no brasil e na região nordeste encontra-se em segundo lugar). É um câncer que tem evolução lenta, por isso que é passível de ser curado, dês de que seja diagnosticado precocemente. Na maioria das vezes é assintomático e se apresenta algum sinal ou sintoma é porque já está em estado avançado. Classificação – (carcinoma epídermóide 90% dos casos, carcinoma glandular 10% dos casos). O epídermóide é o que tem melhor prognóstico. O glandular tem o pior prognóstico. FATORES DE RISCO: o HPV – papiloma vírus humano; Sozinho não é capaz de provocar o câncer, mas associado a outros fatores de risco sim é capaz; (mais importante); 80% das lesões causadas acabam regredindo, as 20% quando não tratadas podem evoluir para o câncer de colo de útero; Vírus sexualmente transmitido, tanto pelo sexo oral como pelo sexo genital; Pode causar lesões benignas (verrugas genitais) e também malignas – câncer (vagina, vulva, colo de útero, pênis, anus e orofaringe – o único que pode rastrear é o câncer de colo de útero) o Multiplicidade de parceiros; o Tabagismo – nicotina é considerada cancerígeno; o Iniciação sexual precoce; o Idade; Em mulheres jovens. Em mulheres no período reprodutivo. o ISTs. – Histórico de infecções sexualmente transmissíveis; 2 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS → CLASSIFICAÇÃO DO HPV: o HPV cutaneotrópico; - tem um tropismo pela pele (EX: verrugas que crescem em membros inferiores e superiores) o HPV mucoso-genitotrópico; - tem tropismo pela genitália feminina e masculina; → MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: o Forma clínica; - Observa a lesão, não é necessário de exame para confirmar o diagnóstico; Se expressão através dos condilomas acuminados (cristas de galo); - formações verrugosas. São formações verrugosas provocadas pelo HPV subtipo 6 (65%) e pelo HPV subtipo 11 (20%) o Forma subclínica; - Não tem lesão, só descobre o HPV através do preventivo ou do papanicolau; Só descobre através da colpocitologia, microflora (preventivo ou papanicolau) e colposcopia – é um complemento. o Forma latente (doença permanece inativa por um tempo). - Só descobre o HPV como o exame de biologia molecular (para descobrir o subtipo); HPV 6 e HPV 11: causadores do condiloma acuminados – de baixo risco. Podem aparecer agrupadas ou então isoladas. Não aparecem apenas na genitália externa. Espicula na parede vaginal Verruga no colo do útero HPV 16 e HPV 18: são de alto risco. Se não tratados podem evoluir para o câncer de colo de útero http://www.grupoescolar.com/thumbnail.php?imagem=painel/files/CDA43.jpg&l=240&a=240 3 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: Tripé: o Citologia e Microflora (preventivo, papanicolau); - principal exame de rastreamento. o Colposcopia; - observar o colo. NÃO FAZ PARTE DO RASTREAMENTO. o Histopatologia; PADRÃO OURO: Anatomia Patológica → CITOLOGIA E MICROFLORA: o Exame barato; o Possível de ser feito por profissionais não médicos; o Espátula de ayre, escovinha citológica, lâmina; o Solução de Hoffmann; - solução de álcool e éter ou álcool absoluto onde deposita-se as lâminas. o Técnica: colheita da ectocérvice, colheita da endocérvice; - colhe primeiro da ectocérvice porque pode sangrar. → CLASSIFICAÇÃO CITOLOGIA CERVICO-VAGINAL: o Epitélio pavimentoso estratificado; o Epitélio colunar. Espátula de ayre e escovinha citológica. → COLPOSCOPIA: o Aparelhagem cara; o Especialização médica; o Técnica do exame: escolha do espéculo (1 - pequeno,2 - médio e 3 - grande), exame antes da aplicação do ácido acético (colocar o espéculo), exame após a aplicação do ácido acético, teste de schiller; o O que é o exame do ácido acético? o O que é o teste de schiller? 4 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS Nomenclatura histopatológica Condultas frente aos laudos 5 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO ALVO: o Rastreamento tem um padrão oportunístico; o De 25 anos com vida sexual ativa a 64 anos de idade; - devem fazer preventivo. o A cada 3 anos (após 2 ou 3 exames anuais consecutivos negativos) SITUAÇÕES ESPECIAIS QUE PODEM FAZER PREVENTIVO: o Gestantes; o Mulheres na pós menopausa; - essas mulheres podem apresentar lesões no colo do útero devido à baixa do estrogênio. Pedir para passar creme a base de estrogênio de 14 a 21 dias antes do exame. o Histerectomizadas; se for total não deve, mas a subtotal, que tira apenas o corpo e deixa o colo, pode fazer. o Mulheres sem histórico de atividade sexual; * Não tem indicação. o Imunodeprimidas. (deve fazer anualmente – CD4 abaixo de 200 deve fazer de 6 em 6 meses). → CLASSIFICAÇÃO COLPOSCÓPICA: o Zona transformação normal: Orifícios glandulares; Cistos de Naboth; Ilhotas de ectopia; Linguetas de reepitelização. Epitélio colunar O epitélio colunar recobre a endocérvice e o epitélio pavimentoso estratificado que recobre a ectocérvice. Pode ocorrer do epitélio colunar ir para o local do epitélio pavimentoso estratificado. Quando isso ocorre o epitélio pavimentoso estratificado passa por cima do epitélio colunar – quando isso acontece este epitélio pavimentoso não cobre uniformemente deixando orifícios abertos ou passando por cima de glândulas. Pavimentoso estratificado 6 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS o Zona de transformação anormal: Mosaico; quando os vasos sanguíneos chegam paralelamente. Pontilhado; quando os vasos sanguíneos chegam perpendicularmente. Aceto branco; ácido acético coagulou as proteínas do núcleo das células imaturas. Zona iodo negativa muda; Vasos atípicos. Cisto ou ovo de Naboth Ilhotas de ectopia Epitélio aceto branco Teste de schiller Vasos chegando perpendicularmente - pontilhado 7 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS → BIOLOGIA MOLECULAR: o Detecção do DNA ou RNA; o Método: PCR, captura hibrida ou hibridização Captura hibrida: o Grupo A, de baixo risco (6, 11, 42, 43, 44). – Subtipos de HPV. o Grupo B, de alto risco (16, 18, (colo de útero) 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 58, 59, 68). TRATAMENTO: Tratamento deve ser feito depois do diagnóstico usando o tripe microflora, citologia e colposcopia. o Cauterização; bisturi elétrico ou/ o Cauterização química (ATA 80%, podofilina – não pode em gestantes); - essa cauterização pode ser feita tanto para lesões de baixo grau como para o condiloma acuminado, forma clínica do HPV. o LEEP ou CAF – cirurgia de alta frequência: Tira a lesão, ao invés de queimar, e manda para anatomia patológica para saber se foi tirada toda lesão ou se ficou algum resquício. (margens livres ou comprometidas); o Conização – para carcinoma incito que está mais profundo. É um procedimento cirúrgico. o Cirurgia de grande porte – é para carcinoma invasivo onde se retira útero, colo, linfonodo, anexo. PREVENÇÃO: o Vacina contra o HPV. o Sexo seguro; o Rastreamento periódico. – Oportunístico. 8 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS : : Incidência: mulheres com faixa etária mais avançada, que estão no período da menopausa. FATORESDE RISCO: o Obesidade – principal fator. O carcinoma de endométrio é estrogênio dependente, para que desenvolva esse câncer a paciente deve estar sobre estimulo frequente e continuo de estrogênio. Mulheres obesas tem o endométrio proliferado por estroma – tipo de estrogênio. o HAS; o Diabetes; LESÕES PRECURSORAS: São as hiperplasias endometriais. O endométrio se prolifera continuamente devido ao estimulo do estrogênio, dando origem a hiperplasia gandular (simples ou complexa com atipia ou sem atipia). A hiperplasia complexa com atipia 80% dos casos evolui para carcinoma de endométrio. QUADRO CLÍNICO: o Sangramento pós menopausa; (principal) – mas nem sempre está presente. o Corrimento; o Dor no B. V. o Aumento do volume abdominal; o Sinusorragia; 9 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS DIAGNÓSTICO: o Biópsia do endométrio; Curetagem uterina (paciente com sangramento); Desvantagem: feita às cegas; o Histeroscopia. – (Quando melhora o sangramento). Endoscopia ginecológica. o Se for uma paciente assintomática pede como primeiro exame uma transvaginal - ultrassonografia. Vai diagnosticar se o endométrio está espessado ou não. Normal de 4 ate 5 milímetros em pacientes que não fazem terapia hormonal – 8 até 10 milímetros.
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