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literatura brasileira e modernidade

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Local: Sala 1 - Sala de Aula / Andar / Polo Rio Real / EAD - UNIDADE RIO REAL 
Acadêmico: 030LPL6AM
Aluno: VANESSA SANTOS DE JESUS 
Avaliação: A2
Matrícula: 183001610 
Data: 12 de Dezembro de 2020 - 08:00 Finalizado
Correto Incorreto Anulada  Discursiva  Objetiva Total: 8,00/10,00
1  Código: 35839 - Enunciado: “João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da
Babilônia num barracão sem número. / Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro / Bebeu
/ Cantou / Dançou / Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.” (Fonte:
BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980.
Adaptado). 
No Poema tirado de uma notícia de jornal, Manuel Bandeira opera, de modo original, a linguagem
literária, mantendo uma relação forte com cotidiano. Nesse sentido, pode-se concluir o que se
segue:
 a) Recursos linguísticos próprios da notícia de jornal são recuperados por Bandeira em
diálogo estreito com o Modernismo, com representação crítica de elementos próprios do
cotidiano.
 b) Com base nas informações presentes, observamos que o fato concretamente existiu, o
que permite afirmar que Bandeira discute problemáticas cotidianas que circulam na mídia.
 c) O texto é um exemplo de como Bandeira produziu profusamente para a imprensa da
época, com meticulosas reportagens sobre acontecimentos com homens que habitam as
periferias.
 d) O texto em pauta é um exemplo de texto em prosa, uma narração curta que lamenta a
morte de mais um cidadão desprovido de suas necessidades básicas, como moradia e emprego.
 e) O autor emprega substantivos próprios que oferecerem concretude à cena narrada.
Assim, veracidade e autenticidade são elementos chave para a interpretação do texto moderno.
Alternativa marcada:
a) Recursos linguísticos próprios da notícia de jornal são recuperados por Bandeira em diálogo
estreito com o Modernismo, com representação crítica de elementos próprios do cotidiano.
Justificativa: Resposta correta: Recursos linguísticos próprios da notícia de jornal são
recuperados por Bandeira em diálogo estreito com o Modernismo, com representação crítica de
elementos próprios do cotidiano. A forma literária moderna e modernista tende a dialogar
abertamente com discursos que circulam no meio social, como o jornalístico. 
Distratores:Com base nas informações presentes, observamos que o fato concretamente existiu,
o que permite afirmar que Bandeira discute problemáticas cotidianas que circulam na mídia.
Incorreta. A alternativa afirma que o “fato concretamente existiu”, mas não é possível afirmar
isso, visto que não há elementos que o comprovem.O autor emprega substantivos próprios que
oferecerem concretude à cena narrada. Assim, veracidade e autenticidade são elementos chave
para a interpretação do texto moderno. Incorreta. O texto moderno lida com questões que estão
na ordem da verossimilhança, com dados que circulam no cotidiano, mas não se sabe se são
verdade.O texto em pauta é um exemplo de texto em prosa, uma narração curta que lamenta a
morte de mais um cidadão desprovido de suas necessidades básicas, como moradia e emprego.
Incorreta. O texto lírico lida com elementos narrativos, mas jamais seria possível afirmar que se
trata de um “texto em prosa”, como apresenta a alternativa.O texto é um exemplo de como
Bandeira produziu, profusamente, para a imprensa da época, com meticulosas reportagens
sobre acontecimentos com homens que habitam as periferias. Incorreta. O texto de Bandeira não
foi produzido para a imprensa da época, nem Bandeira escreveu reportagens, embora tenha sido
cronista.
1,50/ 1,50
2  Código: 35901 - Enunciado: “João amava Teresa que amava Raimundo / Que amava Maria que
amava Joaquim que amava Lili / Que não amava ninguém. / João foi para os Estados Unidos,
Teresa para o convento, / Raimundo morreu de desastre, Maria ficou pra tia, / Joaquim suicidou-
se e Lili casou com J. Pinto Fernandes / Que não tinha entrado na história.” (ANDRADE, C. D. de.
Quadrilha. In: ______. Prosa e poesia. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988, p. 240. Texto adaptado). 
A partir da leitura do poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade, permite concluir que:
 a) A narratividade presente no poema contribui para a objetivização da linguagem poética,
com o afastamento do eu lírico.
 b) A poesia de Drummond é fortemente emotiva, como observamos por um léxico carregado
de elementos subjetivos.
 c) O poema ressalta a força das escolhas de cada um dos personagens, de modo a dar
visibilidade ao livre-arbítrio.
 d) Os desencontros amorosos e as assimetrias do poema o tornam irregular, fugindo-se de
recorrências ou paralelismos.
 e) A Quadrilha drummondiana é uma brincadeira sem grandes intenções do ponto de vista
da expressão literária.
Alternativa marcada:
d) Os desencontros amorosos e as assimetrias do poema o tornam irregular, fugindo-se de
recorrências ou paralelismos.
Justificativa: Resposta correta: A narratividade presente no poema contribui para a
objetivização da linguagem poética, com o afastamento do eu lírico.A narratividade presente no
poema afasta sua estrutura como expressão subjetiva, objetivando-a.  Distratores:A poesia de
Drummond é fortemente emotiva, como observamos por um léxico carregado de elementos
subjetivos. Incorreta. Não é possível associar o poema à subjetividade e à emotividade, pois sua
base é em terceira pessoa.A Quadrilha drummondiana é uma brincadeira sem grandes intenções
do ponto de vista da expressão literária. Incorreta. A expressão literária tem leveza e
coloquialidade; é também uma construção literária com grande expressividade poética.Os
desencontros amorosos e as assimetrias do poema o tornam irregular, fugindo-se de
recorrências ou paralelismos. Incorreta. A narrativa dos desencontros amorosos é elaborada por
uma série de paralelismos, recorrências e simetrias.O poema ressalta a força das escolhas de
cada um dos personagens, de modo a dar visibilidade ao livre-arbítrio. Incorreta. O poema, pelo
contrário, aponta para desfechos que não dependem dos personagens, de suas escolhas.
0,00/ 1,50
3  Código: 35814 - Enunciado: “Lima ainda questionava sem dó nem piedade ‘a mania brasileira’
de medir-se pelo que ocorria na Europa e nos Estados Unidos. A irritação que sentia não o
impedia, porém, de manter-se bastante bem informado acerca de tudo que ocorria naquelas
searas; em particular na área da literatura e das artes. [...] Além do mais, Lima foi daquelas
testemunhas que suportam a solidão de uma responsabilidade e, ao mesmo tempo, assumem a
responsabilidade de estar num lugar, no seu caso, muitas vezes repleto de solidão. [...] O fato é
que não há mais como discorrer sobre o período da Primeira República sem mencionar a obra de
Lima Barreto, seus escritos, suas provocações.”(Fonte: SCHWARCZ, L. M. Lima Barreto: triste
visionário. São Paulo: Companhia das Letras, 2017. p. 17-18). 
Com relação ao modo como a Primeira República aparece nos escritos de Lima Barreto, pode-se
identificar como característica de seu processo criativo:
 a) Subjetividade é a grande chave interpretativa da obra de Lima Barreto, pois o autor
fundamentalmente rompeu expectativa de objetividade e clareza.
 b) O conteúdo histórico-social é refletido em sua obra sem mediações, de modo que o
resultado final é um fiel retrato de uma época e suas contradições.
 c) Forma literária e conteúdo histórico-social são dialetizados, de modo que sua obra retrata
artisticamente uma época de grandes transformações.
 d) A condição periférica do país surge de um modo pouco crítico na obra de Lima Barreto,
mais interessado em abordagens testemunhais dos problemas.
0,00/ 0,50
 e) A forma literária não pretende abordar o conteúdo histórico-social, que ficaria a cargo de
outras áreas e instituições, voltadas aos estudos especializados.
Alternativa marcada:
b) O conteúdo histórico-social é refletido em sua obra sem mediações, de modo que o resultado
final é um fiel retrato de uma época e suas contradições.
Justificativa: Respostacorreta: Forma literária e conteúdo histórico-social são dialetizados, de
modo que sua obra retrata artisticamente uma época de grandes transformações.Lima Barreto
conseguiu, por meio de livros como Triste Fim de Policarpo Quaresma, dialetizar forma e
conteúdo literários. 
Distratores:O conteúdo histórico-social é refletido em sua obra sem mediações, de modo que o
resultado final é um fiel retrato de uma época e suas contradições. Incorreta. Lima Barreto
dialetiza forma e conteúdo literários de modo mediado, de maneira que não se pode falar em
fidelidade, mas em aproximações.A forma literária não pretende abordar o conteúdo histórico-
social, que ficaria a cargo de outras áreas e instituições, voltadas aos estudos especializados.
Incorreta. A forma literária pode, sim, abordar o conteúdo histórico-social, mas por meio das
transformações operadas artisticamente.A condição periférica do país surge de um modo pouco
crítico na obra de Lima Barreto, mais interessado em abordagens testemunhais dos problemas.
 Incorreta. Lima Barreto, embora tenha desenvolvido a literatura de cunho testemunhal, não
deixa de ter uma visão crítica da realidade.Subjetividade é a grande chave interpretativa da obra
de Lima Barreto, pois o autor fundamentalmente rompeu expectativa de objetividade e clareza.
Incorreta. Lima Barreto não se lança em uma interpretação meramente subjetiva da realidade;
pelo contrário, tem uma visão sagaz sobre o real.
4  Código: 35837 - Enunciado: “Nesse sentido, foi um marco histórico, daqueles que fazem sentir
vivamente que houve um ‘antes’ diferente de um ‘depois’. Em grande parte, porque gerou um
movimento de unificação cultural, projetando na escala da Nação fatos que antes ocorriam no
âmbito das regiões. A esse aspecto integrador é preciso juntar outro, igualmente importante: o
surgimento de condições para realizar, difundir e ‘normalizar’ uma série de aspirações,
inovações, pressentimentos gerados no decênio de 1920 que tinha sido uma sementeira de
grandes mudanças.”(CANDIDO, A. A revolução de 1930 e a cultura. In: ______. A educação pela
noite e outros ensaios. São Paulo: Ática, 2000, p. 181-182). 
Segundo Antonio Candido, a década de 1930 funcionou como um eixo catalisador ou
dinamizador de grandes transformações artísticas e intelectuais. Assim, considerando-se a
relação entre as décadas de 1920 e 1930, pode-se concluir que:
 a) As mudanças posteriores do Modernismo não lograram as inovações da década de 1920,
de modo que continuaram à sombra e dependentes dos movimentos vanguardistas que surgiram
antes no Brasil.
 b) Não houve relações profundas entre os eventos ocorridos na década de 1920 e os eventos
da década de 1930 em diante, pois houve rupturas, sem substanciais pontos de contato ou
diálogos.
 c) Os modernistas dos anos 1920 sustentaram de tal modo a importância das vanguardas e
das constantes rupturas que as décadas seguintes não conseguiram alterar um padrão
hegemônico de modernidade.
 d) As condições para os avanços vanguardistas estabeleceram-se ao longo da década de
1920, de modo que as perspectivas culturais posteriores se renovaram com as experiências dos
modernistas.
 e) No Brasil, não houve releituras posteriores do Modernismo fundado no eixo Rio-São
Paulo, de modo que os movimentos subsequentes continuam a tomar as renovações
modernistas como matriz única.
Alternativa marcada:
1,50/ 1,50
d) As condições para os avanços vanguardistas estabeleceram-se ao longo da década de 1920, de
modo que as perspectivas culturais posteriores se renovaram com as experiências dos
modernistas.
Justificativa: Resposta correta: As condições para os avanços vanguardistas estabeleceram-se ao
longo da década de 1920, de modo que as perspectivas culturais posteriores se renovaram com
as experiências dos modernistas. As experiências culturais posteriores, mesmo dando ênfase ao
conteúdo, foram alimentadas pelo que se alcançou previamente, com a técnica modernista. 
Distratores:Não houve relações profundas entre os eventos ocorridos na década de 1920 e os
eventos da década de 1930 em diante, pois houve rupturas, sem substanciais pontos de contato
ou diálogos. Incorreta. Pelo contrário, a década de 1920 passou a estimular renovações na
década de 1930, mesmo quando o sentido e o conteúdo do texto literário eram
preferencialmente enfocados.Os modernistas dos anos 1920 sustentaram de tal modo a
importância das vanguardas e das constantes rupturas que as décadas seguintes não
conseguiram alterar um padrão hegemônico de modernidade. Incorreta. Embora tenha havido
um padrão de modernidade voltado para as experiências formais de cunho cosmopolita, houve
também alternativas a esse modelo, como o Movimento Regionalista do Nordeste.No Brasil, não
houve releituras posteriores do Modernismo fundado no eixo Rio-São Paulo, de modo que os
movimentos subsequentes continuam a tomar as renovações modernistas como matriz única.
Incorreta. Na senda do Modernismo fundado no eixo Rio-São Paulo, houve outros modernismos
espalhados pelo Brasil, como movimento regionalista-modernista do Nordeste, que questionava
o vanguardismo paulista.As mudanças posteriores do Modernismo não lograram as inovações da
década de 1920, de modo que continuaram à sombra e dependentes dos movimentos
vanguardistas que surgiram antes no Brasil. Incorreta. Movimentos como o Regionalismo do
Nordeste e o Romance de 1930 foram bastante diversos das principais linhas do Modernismo
oficial; desse modo, buscava diferenciações claras com relação aos vanguardistas.
5  Código: 35812 - Enunciado: “O dispositivo literário capta e dramatiza a estrutura do país,
transformada em regra da escrita. E, com efeito, a prosa narrativa machadiana é das raríssimas
que, pelo seu mero movimento, constituem um espetáculo histórico-social complexo, do mais
alto interesse, importando pouco o assunto de primeiro plano. Neste aspecto caberiam
comparações com a prosa de Chateaubriand, Henry James, Marcel Proust ou Thomas
Mann.” (SCHWARZ, R. Prefácio. In: ______. Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de
Assis. São Paulo: Ed. 34, 2000, p. 11). 
A apreciação crítica acima, de autoria do crítico literário brasileiro Roberto Schwarz, pode ser
conectada à seguinte obra de Machado de Assis:
 a) Crisálidas (1864).
 b) Tu, só tu, puro amor (1880).
 c) Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).
 d) Ressurreição (1872).
 e) A mão e a luva (1874).
Alternativa marcada:
c) Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).
Justificativa: Resposta correta: Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881). O livro Memórias
póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de Assis, constitui um marco da prosa narrativa
rumo à complexificação, com sua ácida ironia e inovação formal. Possui, portanto, alto grau de
complexidade. 
Distratores:A mão e a luva (1874). Incorreta. O romance A mão e a luva (1874), de Machado de
Assis, é o segundo livro do gênero escrito pelo autor, ainda com clara presença de elementos
românticos, apesar da linguagem límpida, com tendência realista. Não possui alto grau de
complexidade.Crisálidas (1864). Incorreta. O livro Crisálidas (1864), de Machado de Assis, é o
primeiro livro de poesia de Machado de Assis. Desse modo, não pode ser comparado à prosa de
autores supramencionados, como Chateaubriand, Henry James, Marcel Proust ou Thomas
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Mann.Tu, só tu, puro amor (1880). Incorreta. A peça de teatro Tu, só tu, puro amor, de Machado de
Assis, não possui um teor realista como sua prosa começava a desenvolver. Sua matéria principal
são amores do escritor Camões, suas ilusões e desilusões, por uma jovem da alta
nobreza.Ressurreição (1872). Incorreta. O romance Ressurreição, de Machado de Assis, foi
publicado em 1872. Considerado da primeira fase do autor, apresenta traços românticos, apesar
de não lançar mão de procedimentos como peripécias sentimentais e descrição idealizada de
personagens.
6  Código: 35960 - Enunciado: “Ao escrever o romance, marcado pelo signo da ambiguidade,
Guimarães Rosa mitifica esse grande espaço interior do Brasil que é o sertão,recolhendo as sagas
dos guerreiros que o habitaram. Um espaço sem fronteiras interiores nem exteriores, tendo por
pontos de fuga no horizonte, aludidos mas nunca mostrados, a cidade e o mar. Um espaço onde
o maravilhoso e o fantástico fazem parte da vida cotidiana.” (GALVÃO, W. N. Guimarães Rosa. São
Paulo: Publifolha, 2000, p. 30). 
Identifique qual obra de Guimarães Rosa se refere à descrição de autoria de Walnice Nogueira
Galvão.
 a) Sagarana.
 b) Vidas secas.
 c) Grande sertão: veredas.
 d) Primeiras estórias.
 e) Fogo morto.
Alternativa marcada:
c) Grande sertão: veredas.
Justificativa: Resposta correta: Grande sertão: veredas. A alternativa é a correta porque se refere
a um romance, embora haja elementos  que apareçam em Sagarana e em Primeiras estórias,
como a estreita relação entre o maravilhoso e o cotidiano, bem como a inexistência de fronteiras
entre o exterior e o interior (o "grande sertão"). 
Distratores:Vidas secas. O romance Vidas secas (1938) é de autoria de Graciliano Ramos.Fogo
morto. O romance Fogo morto (1943) é de autoria de José Lins do Rego.Primeiras estórias. O livro
Primeiras estórias (1962) reúne contos de Guimarães Rosa.Sagarana. O livro Sagarana (1946)
reúne contos de Guimarães Rosa.
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7  Código: 35844 - Enunciado: “Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente.
Filosoficamente. / Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de
todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz. / Tupi, or not tupi, that
is the question. / Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos. / Só me interessa o que
não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.” (ANDRADE, O. de. Manifesto Antropófago e outros
textos. São Paulo: Penguin; Companhia das Letras, 2017. E-book). 
Com base em trecho do Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade, apresente características
modernas da linguagem do autor. Em sua resposta também devem ser mencionados os
seguintes procedimentos literários de Oswald de Andrade ao se propor a assimilação da cultura
do outro, do estrangeiro ou do Ocidente: * Valorização do elemento primitivo.* Busca da
originalidade estética do ponto de vista formal.
Resposta:
O manifesto Antropófago foi um manifesto literário escrito por Oswald de Andrande, que tinha
como objetivo repensar a dependência cultural brasileira. Além disso,  teve a intenção de
promover a formação cultural brasileira, com a combinação de culturas primitivas, ou seja,
indígenas e africanas. Com isso, fica claro o seu interesse em  promover o resgate da cultura
primitiva, uma vez que , muitas vezes, é formado um conceito errôneo de caracterizar a o
selvagem como elemento agressivo. Oswald teve cautela ao absorver aspectos culturais de
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outrem, visto que para que a modernidade não se sobreponha as culturas primitivas. O manifesto
antropofágo foi um marco no Modernismo brasileiro, visto que mudou a forma do brasileiro
encarar  os elementos culturais do mundo e colocou em evidência a produção própria, a
característica brasileira na arte, marcando uma identidade tupiniquim no cenário artístico.
 Outrossim, nota-se como característica moderna na linguagem  do autor,  a liberdade  em  seus
versos, a forma despretensiosa e  despreocupada com os padrões formais e uma linguagem
coloquial, subjetiva e  crítica. 
Justificativa: Expectativa de resposta:Oswald de Andrade defende, por meio de uma linguagem
ágil e permeada pelo contraste e pelo humor, a importância de se valorizar a cultura nacional,
com as pouco conhecidas àquela época matrizes indígenas e africanas. O autor relativiza os
elementos da cultura europeia dita civilizada, destacando a necessidade de se mergulhar em
nossa herança polifônica, de facetas diversas. O manifesto é um convite à assimilação original do
outro; portanto, sua modernidade pressupõe devorar aquilo que lhe é estranho, criando novas
formas, não comprometidas com a coerência ou com a lógica cartesiana.
8  Código: 35841 - Enunciado: “Com Macunaíma, em 1928, o modernista de São Paulo tenta
encarar a questão, deixando muito claro, já no subtítulo de sua rapsódia, que seu herói não tinha
nenhum caráter. [...] Para o autor de Macunaíma, o brasileiro ainda ‘está que nem o rapaz de vinte
anos: a gente mais ou menos pode perceber tendências gerais, mas ainda não é tempo de
afirmar coisa nenhuma’ (apud BATISTA, M. R.; LOPEZ, T. P. A.; LIMA, Y. S. de. Brasil: 1º tempo
modernista – 1917/29. Documentação. São Paulo: IEB-USP, 1972, p. 289). [...] Oposta era a visão
de Gilberto Freyre pouco antes desse momento, quando se aprontava para inaugurar o 11º
Congresso Regionalista do Recife, em fevereiro de 1926. Para ele, era possível, sim, determinar
um ‘ethos’ brasileiro, mesmo que fosse restrito a uma região específica, como o Nordeste, por
exemplo.” (DIMAS, A. Um manifesto guloso. Légua & Meia: Revista de Literatura e Diversidade
Cultural, ano 3, n. 2, p. 15, 2004. Disponível em: http://leguaemeia.uefs.br/2/2_07-
24manifesto.pdf. Acesso em: 15 jul. 2019). 
Com base nas considerações acima sobre a modernidade no Brasil nas décadas de 1920 e 1930,
redija um breve texto sobre a heterogeneidade de visões acerca do papel das artes e da literatura
no processo modernizador brasileiro. Nele, deverão constar os seguintes conceitos:* Movimento
Modernista.* Movimento Regionalista do Nordeste.
Resposta:
O movimento Modernista foi de suma importância, uma vez que por meio dele surgiu novas
possibilidades artísticas e veio romper com os valores tradicionais, fazendo com que surgisse
novas formas.  Entre várias rupturas, entre elas a literatura, muitos escritores romperam com  um
formato europeu, fazendo assim com que  suas obras  tivessem identidade, originalidade e uma
"brasilidade" longe de uma cultura europeia. Ademais, a partir de  1926-1930 muitos escritores,
voltaram as suas obras ao Movimento Regionalista que tinha como objetivo  destacar a riqueza
da cultura nacional, exaltando sobretudo o país.  Além disso,  a partir de 1930 surgiram grandes
nomes, como Graciliano Ramos,  José Lins do Rego, Rachel de Queirós e entre outros que
voltaram as  suas obras para uma crítica social, denunciando a exploração e miséria que muitas
pessoas vivem, retratando principalmente  o nordeste e a seca, como em vidas secas de
Gracilaino Ramos.
Justificativa: Expectativa de resposta:Há diferentes visões de modernidade circulando no Brasil
na década de 1920, as quais levarão a um salto significativo na produção literária, artística e
cultural, sobretudo a partir de 1930. Há escritores que tendem a afirmar que houve uma
valorização do aspecto formal no primeiro tempo do Modernismo brasileiro, situado, em
especial, no eixo Rio-São Paulo. Aqui, podemos mencionar a obra e a atividade crítica de Mário
de Andrade como exemplares desse universo. Paralelamente, ocorria o Movimento Regionalista
do Nordeste, que, embora não se encontrasse totalmente sistematizado, pode ser reconhecido
por meio de diversas ações tocadas, em especial, por Gilberto Freyre naquele período. A
importância de ambos para a cultura brasileira ficará evidente a partir de 1930, quando autores
como José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade
2,50/ 2,50
dialogam abertamente sobre suas obras. Alguns críticos costumam citar a década de 1930 como
caracteristicamente problematizadora e crítica, justamente por reconhecer o peso da história, da
sociedade e da cultura no processo de modernização do Brasil.

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