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Cinomose canina Etiologia: Vírus da Cinomose Canina (CDV): Paramyxoviridae. ● Gênero Morbillivirus: Simetria helicoidal; RNA de fita simples linear; Envelopado; 150 - 250 nm. Estrutura viral: Envelope: ● Hemaglutinina (H) ● Proteína de matriz (M) ● Proteína de fusão 1 (F1) ● Proteína de fusão 2 (F2) Nuclear: ● Proteína L ● Polimerase (P) ● Nucleocapsid (N) Características de sensibilidade do Vírus: ● Sensível ao UV ● Sensível ao calor e dessecamento ● Destruído a 50-60º.C por 30’ - Em tecidos: 1 hora a 37º.C; 3 horas a 20º.C ● Não resiste no ambiente após remoção dos animais infectados ● Preservado por liofilização ● Viável em pH entre 4.5 - 9.0 ● Sensível: Clorofórmio, formol, fenol, amônia quaternária Hospedeiros: Cão, leão, suricata, furão, mink, panda gigante, coiote, dingo, lobo, raposa e panda vermelho. Epidemiologia: Vírus eliminado: início 7 dias PI - Exsudato respiratório; Urina ● Até 60 a 90 dias PI ● Contato com recém infectado mantém o vírus na população. Ninhadas: manutenção da população suscetível. Imunidade prolongada após infecção natural. ● 25 – 75% dos susceptíveis desenvolvem infecção subclínica Maior prevalência entre 3 – 6 meses de idade (diminuição dos Ac maternais) Braquiocefálico menos suscetível que dolicocefálico Infecção sistêmica: ● Contato com o trato respiratório superior > 24 horas PI (Multiplicação nos macrófagos do tecido; Linfonodos locais e brônquicos e tonsilas) > 2 a 4 dias PI (Aumento em tonsilas e linfonodos retrofaríngeo e brônquico) > 4 a 6 dias PI (Folículo linfóide do baço; Lâmina própria do estômago; Intestino delgado; Linfonodos mesentéricos; Células de Kupffer (Fígado)) ● Leucopenia (LT e LB) > 8 a 9 dias PI (Viremia; Progressão dependente do status imunológico) Resposta adequada: 14 PI ● Título adequado e imunidade celular citotóxica ● Eliminação do vírus dá maioria dos tecidos ● Melhora dos sinais clínicos ● IgG específica neutraliza o vírus. Resposta intermediária: ● Título de AC tardio e níveis intermediários de resposta celular ● Sinais clínicos ● Resolução com o aumento dos títulos de AC ● Vírus eliminado dá maioria dos tecidos ● Vírus persiste: Úvea; Neurônios; Tegumento (coxins). Resposta inadequada: ● Vírus espalha (Pele; Glândulas exócrinas e endócrinas; Epitélio: gastrointestinal, respiratório e genito-urinário) ● Sinais clínicos graves ● Sequência depende da virulência da cepa ● Risco de infecção secundária Infecção do SNC: Depende da intensidade da resposta imune, idade e Cepa (neurotrópica) ● Astrócitos e Neurônios Encefalite aguda: Jovens, imunossuprimidos, replicação direta do vírus. Sem resposta inflamatória Encefalite crônica: Sem imunodepressão; Presença de LT e LB; Vírus nas células dendríticas; Infiltrado perivascular; Resposta humoral intensa; Produção de Ac anti-mielina; Ac causa ativação de macrófagos: > eliminação de radicais; livres > destruição de oligodendrócitos Diagnóstico Laboratorial: Imunocitologia: Material biológico: esfregaço de epitélio dá conjuntiva, tonsilas, genital e respiratório; Células do SNC; Sangue; Sedimento urinário; Medula óssea. Seca ao ar e fixar em acetona; Usar Ac com conjugado fluorescente. Hematologia: “Dos cães suspeitos, 38,8% foram positivos para a cinomose, pois apresentavam corpúsculos de Lentz nas lâminas visualizadas” Imunohistoquímica: Amostra: mucosa nasal, epitélio dos coxins, pele do pescoço, fígado, baço, linfonodos e SNC; Biópsia ou necrópsia. Detecção de ácido nucléico: Amostra: soro, sangue total e fluído cérebro espinal; RT-PCR Sorodiagnóstico: Elisa: Ac (IgM e IgG), Ag (soro, plasma e muco). Tratamento: ● Prevenção e controle das infecções bacterianas (Bordetella bronchiseptica) ● Tratamento de suporte ● Complexo B (Estimulante de apetite) ● Anticonvulsivante ● Corticóide (Edema). Prevenção: ● Diagnóstico, isolamento e tratamento. ● Ambiente: Controle dá circulação; Construção adequada de instalações; Vazio sanitário; Desinfecção. ● Vacinação: 97% dos Ac via colostro. O fim dos Ac maternais são entre 12 a 13 semanas. Deve vacinar a cada 3 ou 4 semanas entre a 6º e 16º semana de vida em filhotes que receberam colostro. Filhotes sem o colostro ou animais com mais de 16 semanas devem vacinar 2 vezes com intervalo de 2 a 4 semanas. Tipos de vacinas: ● Vírus inativado: baixa proteção ● Vírus vivo modificado: alta proteção ● Vírus recombinante: alta segurança. São vírus de canário com proteínas HA e F. Falha vacinal: viabilidade do vírus vivo modificado; Glicocorticóide; Imunodebilitados.
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