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ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM TEORIAS DE ENFERMAGEM E SAE Teoria A palavra original vem do grego theoria que significa “visão”. Com base nessa natureza sensorial, o desenvolvimento de teorias deve ser encarado como racional e intelectual, conduzindo à descoberta da verdade. O que é uma teoria? É um conjunto de conceitos, definições, relacionamentos e hipóteses que projetam a visão sistêmica do fenômeno (POTTER, PERRY, 2006). A teoria de enfermagem é a conceituação de alguns aspectos da enfermagem comunicados com a finalidade de descrever, explicar, diagnosticar e prescrever cuidado de enfermagem. Utilidade das teorias de enfermagem Descrever, explicar, diagnosticar e/ou prescrever medidas referentes ao cuidado de enfermagem. O trabalho científico envolvido no desenvolvimento da teoria é tal que, uma vez identificado que uma dessas teorias é relevante para uma ciência tal como a enfermagem, oferece justificativa ou razão bem fundamentada sobre como e por que os enfermeiros realizam determinadas intervenções (POTTER, PERRY, 2006). Conceitos Definições Proposições Relações TEORIA FENÔMENO FENÔMENO = aspectos da realidade que podem ser percebidos ou vivenciados. Teoria Ambiental: F. Nightingale (1820/1910) Teoria das Necessidades Básicas: Virginia Henderson (1897) Teoria do Autocuidado: Dorothea Orem (1914) Teoria da Adaptação: Sister Calista Roy (1939) Teoria das Relações Interpessoais em Enfermagem: Hildegard Peplau (1952) Teoria Holística: Myra E. Levine (1967) Teoria do Modelo Conceitual do Homem: Martha Rogers (1970) Teoria das Necessidades Humanas Básicas: Wanda Horta (1970) Teoria Alcance dos Objetivos:Imogenes: King (1971) TEORIAS TEORIA AMBIENTALISTA Foco principal da Teoria: Ambiente Homem: Indivíduo cujas defesas naturais são influenciadas por um ambiente saudável ou não Saúde: Processo reparador Ambiente: Condições externas capazes de prevenir doenças, suprimi-las ou contribuir para elas Enfermagem: Modificar os aspectos não-saudáveis do ambiente a fim de colocar o paciente na melhor condição para ação da natureza F. Nightingale (1820/1910 TEORIA DAS NECESSIDADES BÁSICAS Foco: Necessidades Básicas Homem: Indivíduos com necessidades humanas com significado e valor singular a cada pessoa Saúde: Capacidade para satisfazer as necessidades humanas (Físicas, Psicológicas e Sociais) Ambiente: Cenário em que o indivíduo aprende padrões singulares de vida Enfermagem: Assistência temporária a um indivíduo que possua dificuldades para satisfazer uma ou mais necessidades básicas TEORIA DO AUTOCUIDADO Foco: Autocuidado Homem: Indivíduo que utiliza o autocuidado para manter a vida e a saúde, recupera-se da doença e consegue enfrentar seus defeitos Saúde: Resultado das práticas aprendidas pelos indivíduos para manter a vida e o bem- estar Ambiente: Os elementos externos com os quais o homem interage em sua luta para manter o autocuidado Enfermagem: Auxilia o indivíduo a maximizar, progressivamente, seu potencial para o autocuidado TEORIA DA ADAPTAÇÃO Foco: Homem em adaptação Homem: Ser social, mental, espiritual e físico, afetado por estímulos do ambiente interno e externo Saúde: Capacidade do indivíduo para adaptar-se a mudanças no ambiente Ambiente: Forças internas e externas em um estado de contínua mudança Enfermagem: Arte humanitária e ciência em expansão que manipula e modifica os estímulos de modo a promover e facilitar a capacidade adaptativa do homem TEORIA DA DEFINIÇÃO DAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM Virgínia Henderson • Define a Enfermagem como auxílio ao indivíduo, doente ou sadio, na realização de atividades que contribuam para a saúde, recuperação ou morte pacífica e tranquila; • O indivíduo realizaria sem auxílio se tivesse força, vontade ou conhecimento necessário, realizando de forma que ele alcance, adquira a independência tão rapidamente quanto possível TEORIA DAS N. H. B. Wanda de Aguiar Horta • Nesta teoria, a enfermagem tem como propósito assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas e, para isso, busca sempre acumular conhecimentos e técnicas empíricas, relacionadas entre sí, que procuram explicar os fatos à luz do universo natural. • Necessidades Psicossociais/Psicobiológicas/Psicoespirituais TEORIA DO PROCESSO INTERPERSSOAL Hildegard Peplau • Tem enfoque holístico do indivíduo, fisiológico, sociocultural, de desenvolvimento, psico- espiritual, ajustando-se e sendo ajustado pelo ambiente, visto como um estressor; • Assistir o indivíduo, família e comunidade na obtenção e manutenção de nível máximo de bem-estar total através de intervenções propositais, com ações situadas nos níveis primários, secundário e terciário de prevenção TEORIA DA OBTENÇÃO DE METAS Imogene King • A estrutura conceitual preconizada por King inclui meta, estrutura, função, recursos e tomada de decisão como elementos essenciais para o trabalho do enfermeiro; • Nesse processo, o enfermeiro interage com cliente por meio de percepção, comunicação, transação, o ser, o papel de cada um, o estresse envolvido, o crescimento e desenvolvimento, o tempo e o espaço, estabelecendo-se metas a serem obtidas. Teoria de Enfermagem FENÔMENO CUIDADO DE ENFERMAGEM Definição: A Teoria é a geração do conhecimento de enfermagem para uso na sua prática. AUTOR FLORENCE NIGHTINGALE LYDIA HALL ANO 1860 1966 TEORIA AMBIENTALISTA NOME DA AUTORA TEMA CENTRAL O Enfermeiro deve manipular o ambiente do paciente para facilitar os processos reparadores. Ambiente físico e psicológico O paciente tem três aspectos de ser: O corpo, A patologia e o tratamento e a pessoa. A enfermagem controla a Área do corpo e, através deste cuidado (conforto), cuida-se da pessoa, enfatizando o papel do educador. FUNDAMENTAÇÃO Biologia, psicologia Biologia SISTER CALLISTA ROY MYRA ESTRIN LEVINE DAGMAR BRODT MARTA ROGERS IMOGINE KING ELIZABETH D. OREM MADELEINE LEININGER 1974 1976 1981 1969 1969 1970 1971 1981 1971 1978 ADAPTAÇÃO HOLÍSTICA SINERGISTICA NOME DA AUTORA ALCANCE DOS OBJETIVOS AUTOCUIDADO TRANSCULTURAL O objetivo da enfermagem é promover a adaptação do homem no seu processo de adaptação, expresso de quatro modos: Necessidades fisiológicas, autoconceito, papel funcional, relações de interdependência. A ação da enfermagem está baseada no cuidado total da pessoa ( Whole Man) e, assim sendo, na conservação dos princípios de energia, integridade estrutura, pessoal e social. Todos têm como postulado a integridade e unidade do indivíduo; A enfermagem é efetivada quando se dá a soma de ações na obtenção do sinergismo. Dimensões da enfermagem: Prevenção das defesas corporais; das complicações; restabelecimento do paciente com o mundo exterior; detecção de mudanças no sistema regulador corporal; implementação terapêutica médica; provisão do conforto. A ciência de enfermagem é dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direção do seu desenvolvimento. A enfermagem é uma ciência humanística dedicada ao interesse compassivo para manter e promover a máxima potencialidade de saúde do homem, que é um todo unificado. A enfermagem é um processo de interação humana entre enfermeiro e cliente, através do qual um percebe o outro e a situação e, atravésda comunicação, eles fixam os objetivos, exploram os recursos e concordam sobre meios para alcançarem os objetivos. É um processo de ação, reação interação e transação. A enfermagem é necessária sempre que a manutenção do contínuo autocuidado requer o uso de técnicas especiais e aplicação de conhecimentos científicos para prover o cuidado ou administrá-lo. O cuidado é universal e varia através das diferenças culturais; cuidado transcultural. Teoria do nível de adaptação de Harry Helson, fisiologia e teorias sociais Biologia, psicologia e sociologia Biologia, psicologia e sociologia Fisiologia, Biologia, psicologia, antropologia e sociologia Teoria de sistemas, sistemas pessoais, interpessoais e sociais, psicologia e teorias sociais Teoria de Kotarbisky da ação social de 1965.Teoria da ação social de Parsons, 1968 Sociologia, Psicologia, Antropologia RESOLUÇÃO COFEN-358/2009 Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), no uso de suas atribuições legais que lhe são conferidas pela Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado pela Resolução COFEN nº 242, de 31 de agosto de 2000; PROCESSO DE ENFERMAGEM O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. Ambientes para aplicação do Processo de Enfermagem Instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar, instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, fábricas, entre outros. O Processo de Enfermagem deve estar baseado num suporte teórico que oriente a coleta de dados, o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e o planejamento das ações ou intervenções de enfermagem; e que forneça a base para a avaliação dos resultados de enfermagem alcançados. PROCESSO DE ENFERMAGEM Etapas 1- Coleta de dados (Histórico) 2- Diagnósticos / Problemas 3- Planejamento e Implementação: Prescrição 4- Avaliação: Evolução Resolução COFEN 358/2009 RESOLUÇÃO COFEN-159/1993 Dispõe sobre a consulta de Enfermagem Considerando que a Consulta de Enfermagem, sendo atividade privativa do Enfermeiro, utiliza componentes do método científico para identificar situações de saúde/doença, prescrever e implementar medidas de Enfermagem que contribuam para a promoção, prevenção, proteção da saúde, recuperação e reabilitação do indivíduo, família e comunidade; RESOLUÇÃO COFEN-159/1993 Dispõe sobre a consulta de Enfermagem Considerando que a Consulta de Enfermagem compõe-se de Histórico de Enfermagem (compreendendo a entrevista), exame físico, diagnóstico de Enfermagem, prescrição e implementação e evolução de da assistência enfermagem; CONSULTA DE ENFERMAGEM Quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, entre outros, o Processo de Saúde de Enfermagem corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes como Consulta de Enfermagem. Evolução de Enfermagem É o registro feito pelo Enfermeiro após a avaliação do estado geral do paciente. Desse registro constam os problemas novos identificados, um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequentes O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes CUIDADO! O TERMO É INTERDEPENDENTE E NÃO INDEPENDENTE 1. Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) 2. Diagnóstico de Enfermagem 3. Planejamento de Enfermagem 4. Implementação 5. Avaliação de Enfermagem Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) – processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença. Diagnóstico de Enfermagem – processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam, com mais exatidão, as respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; e que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados. Diagnóstico atual (real): alterações - recuperação/reabilitação Diagnóstico de risco: vulnerabilidade - prevenção Diagnóstico de bem estar: reações saudáveis /disposição para melhorar - manutenção DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Potencialidade Diagnóstico de promoção da saúde: motivação, desejo, disposição - participação: recuperação, prevenção ou manutenção Sindromes: grupo de características que ocorrem juntas (quadro clínico distinto) DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM NANDA/NOC/NIC O diagnóstico é um termo padronizado que representa a condição inicial ou estado atual do paciente, sendo o resultado o estado desejado ou final, que advém das intervenções de enfermagem. Assim, o resultado desejado é identificado antes da escolha das intervenções. NIC A NIC inclui todas as intervenções que os enfermeiros realizam para os pacientes, sejam elas independentes ou colaborativas, de cuidado direto e indireto dos pacientes. NOC Na escolha da NOC o enfermeiro faz uma descrição do resultado atual e escolha do resultado desejado (estado final). Assim, o estado atual pode ser comparado ao final, após uma intervenção de enfermagem para determinar a eficácia desta no resultado desejado. Planejamento de Enfermagem – determinação dos resultados que se espera alcançar; e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem. Estrutura dos Diagnóstico de Enfermagem Diagnóstico atual (real) e Síndrome atual: Título: padronizado / criado Características:“caracterizado por”, “evidenciado por” Fatores relacionados : “relacionado a” / “associado a” Diagnóstico de risco / bem estar e Risco de Síndrome: Título: padronizado / criado Fatores de risco / condições de bem-estar: “caracterizado por” / “devido a” DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM Determinação dos resultados que se espera alcançar; e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem Implementação – realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem. Avaliaçãode Enfermagem – processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença, para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado; e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. AO TÉCNICO DE ENFERMAGEM Participam da execução do Processo de Enfermagem, naquilo que lhes couber, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro. CABE PRIVATIVAMENTE AO ENFERMEIRO Ao enfermeiro, observadas as disposições da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986 e do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, que a regulamenta, incumbe a liderança na execução e avaliação do Processo de Enfermagem, de modo a alcançar os resultados de enfermagem esperados, cabendo-lhe, privativamente, o DIAGNÓSTICO de enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, bem como a PRESCRIÇÃO das ações ou intervenções de enfermagem a serem realizadas, face a essas respostas. A execução do Processo de Enfermagem deve ser registrada formalmente
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