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CAPÍTULO XX Diversidade Nacional dos Salários No capítulo XV nos ocupamos das variadas combinações que podem produzir uma variação na grandeza de valor, absoluta ou re- lativa (isto é, comparada com a mais-valia), da força de trabalho, en- quanto, por outro lado, o quantum de meios de subsistência, em que o preço da força de trabalho se realiza, podia percorrer movimentos diferentes ou independentes397 da variação desse preço. Conforme já observado, transformam-se, mediante mera tradução do valor, respec- tivamente, do preço da força de trabalho na forma exotérica do salário, todas aquelas leis em leis do movimento do salário. O que, dentro desse movimento, pode aparecer como combinação variável para países diferentes pode aparecer como diferença simultânea dos salários na- cionais. Na comparação de salários nacionais devem ser pois conside- rados todos os momentos determinantes da variação na grandeza de valor da força de trabalho, preço e volume das primeiras necessidades vitais naturais e historicamente desenvolvidas, custos da educação do trabalhador, papel do trabalho feminino e infantil, produtividade do trabalho, sua grandeza extensiva e intensiva. Mesmo a comparação mais superficial exige, antes de tudo, reduzir o salário médio diário para os mesmos ofícios em diferentes países à igual grandeza da jornada de trabalho. Após tal equiparação dos salários diários, o salário por tempo tem de ser de novo traduzido em salário por peça, pois apenas o último permite medir tanto o grau da produtividade como o da gran- deza intensiva do trabalho. Em cada país vale certa intensidade média do trabalho, abaixo da qual o trabalho para a produção de uma mercadoria consome mais 189 397 "Não é correto dizer que os salários" (trata-se aqui de seu preço) “aumentaram porque se pode comprar com eles maior quantidade de um artigo mais barato.” (David Buchanan em sua edição de A. Smith, Wealth etc. 1814. v. I, p. 417, nota.)
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