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Infecção do trato urinário (cistite e pielonefrite)

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Infecção do trato urinário
Infecção do trato urinário 
baixo (cistites)
Cistite aguda e esporádica, 
limitada a mulheres não grávidas, 
sem anormalidades anatômicas 
conhecidas no trato urinário e sem 
comorbidades
Cistite não complicada Cistite complicada
-Etiologia: Escherichia coli, E. 
faecalis, Staphylococcus 
saprophyticus, Klebsiella 
pneumoniae e P. mirabilis 
Quadro clínico: Disúria, 
urgência miccional, 
hematúria, micção 
frequente em pequenos 
volumes. Pode ter 
desconforto suprapúbico 
Diagnóstico: 
- Sintomas típicos
- Urina tipo I 
- Urocultura (>105 
colônias/mL)
Tratar empiricamente
- Fosfomicina trometamol (3g, 
dose única); nitrofurantoína (50 
mg, 6/6h por 7 dias);
- 2a opção: Ciprofloxacino (250 
mg por 3 dias)
- Se resistência conhecida: 
Sulfametoxazol- trimetoprima 
(160 mg por 3 dias) ou 
trimetoprima (200mg 5 dias) 
Diagnóstico
- Sintomas do trato inferior (disúria, 
frequência e urgência) na ausência 
de corrimento vagina
Bacteriúria assintomática
- Tratar: Gestantes (por 7 dias) e 
no pré-operatório de cirurgias 
que tenha manipulação da 
mucosa do trato urinário
- Demais casos não trata
Homens: 
- Investigar causas para cistites 
(anormalidades, cálculos infectados...)
 - Tratar com quinolonas: Ciprofloxacino (250 
mg por 7 dias) ou com sulfametoxazol 
trimetoprima
Mulheres na menopausa: 
 - Tratar com sulfametoxazol + trimetropim 
- Considerar associar creme com estrogênio 
para melhorar o trofismo (dia sim, dia não) 
Mulheres grávidas: 
 - Tratar com Ceftriaxona IM. Pode ser 
utilizado Penicilina, fosfomicina, 
nitrofurantoína (não no 3° trimestre) e 
trimetoprima (não usar no primeiro trimestre) 
- Tratar bacteriúria assintomática 
Cistite recorrente
- >3 episódios no ano ou >2 nos últimos 6 meses 
- Fatores de risco: relação sexual, uso de espermicida, novo parceiro sexual, 
histórico familiar, incontinência urinária, vaginite atrófica, cistocele, 
institucionalização
- Diagnóstico: Urina tipo 1 + urocultura
- Tratamento profilático: Nitrofurantoína (7 a 10 dias depois 1/4 da dose por 60-90 
dias). Na gestante usa cefalexina 1/2 dose ou fosfomicina 10-10 dias por 2 a 3 
meses 
Infecção do trato urinário 
Alto (Pielonefrite)
Crianças: 
 - Não podem ser usados tetraciclinas ou 
fluoroquinolonas
- Tratamento 7-10 dias com trimetoprim 
(bactrim) ou clavulanato 
Pielonefrite complicadaPielonefrite não complicada
-Causada por bactéria típica, em 
imunocompetentes, com trato e 
função urinária normais
-Se não tratada corretamente 
pode levar a sepse, abscesso 
renal ou pielonefrite crônica
- Mulheres são mais acometidas, 
porém apresentam mortalidade 
menor
-Pode ocorrer por via ascendente 
(mais comum) ou via 
hematogênica 
(institucionalizados, cronicamente 
enfermos)
-Etiologia: Escherichia coli, 
Staphylococcus saprophyticus, Klebsiella 
pneumoniae, Proteus, Enterococcus, 
Pseudomonas, fungos 
- Quadro clínico: Desenvolvimento súbito 
de calafrios, febre e dor lombar unilateral, 
acompanhados de disúria, urgência 
urinária e aumento da frequência 
- Sinal de Giordano (dor a punho 
percussão) 
Diagnóstico: 
- Urocultura (>105 UFC), urina tipo I, ureia e creatinina
- Hemocultura em pacientes que serão institucionalizados
- USG- excluir obstrução (Emergência) e sem melhora 72h pede TC
Tratamento ambulatorial: 
- Fluoroquinolona 7 dias 
(ciprofloxacino)
Tratamento no hospital (fatores 
clínicos agravantes)
- Ciprofloxacino, aminopenicilina 
ou cefalosporina de 3a geração, 
aminoglicosídeo
- Tratamento EV por 1-3 dias. Se 
melhora mudar para tratamento 
VO. Sem melhora em 72 horas 
reavaliar com exames de 
imagem 
-Diabéticos, presença de cateter ou 
stent, refluxo vesicoureteral, derivações 
urinárias, perioperatório de ITU, 
insuficiência renal, imunodeficiência 
Pielonefrite com obstrução 
(emergência)
- Começar antibioticoterapia 
- Passar cateter duplo j para desobstruir 
e corrigir a causa da obstrução
Abscesso renal
- Avaliação com TC 
- <3cm ATB e observação clínica. >3cm 
drenagem percutânea + ATB 
(cefalosporina de 3a geração)
Pielonefrite enfisematosa 
(emergência)
- Rx ou TC 
- Terapia medicamentosa pode ser 
usada em rins funcionantes. Rins não 
funcionantes ou sem melhora com ATB 
-indicado nefrectomia
Referências:
- Urologia Brasil / [editores] Aguinaldo Cesar 
Nardi...[et al.]. -- São Paulo: PlanMark ; Rio de Janeiro 
: SBU-Sociedade Brasileira de Urologia, 2013.
- Bronkat, G, et al., Diretrizes EAU. Edn. apresentado 
no EAU Annual Congress Milan Italy 2021. ISBN 
978-94-92671-13-4.

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