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1. CIVD: a. Definição; Processo sistêmico com potencial para causar tanto trombose quanto hemorragias. Podendo se apresentar de forma aguda potencialmente fatal ou como um processo subclínico crônico, dependendo da causa subjacente e do ritmo do processo. b. Etiologia; Sepse, distúrbios imunológicos, traumatismos, queimaduras extensas, rabdomiólise, envenenamentos, doença hepática, câncer e etc. c. Fisiopatologia O mecanismo fundamental da CID é a produção descontrolada de trombina pela exposição do sangue aos níveis patológicos do fator tecidual. A supressão simultânea dos mecanismos anticoagulantes fisiológicos e a fibrinólise anormal aceleram ainda mais o processo. Em conjunto, essas anormalidades contribuem para a deposição sistêmica de fibrina nos vasos de pequeno e médio calibres. A duração e a intensidade da deposição de fibrina podem comprometer a irrigação sanguínea de alguns órgãos, especialmente pulmões, rins, fígado e cérebro, resultando na falência secundária de suas funções. A ativação persistente da coagulação leva ao consumo dos fatores da coagulação e das plaquetas que, por sua vez, causa sangramento sistêmico. O processo é ainda mais agravado pela hiperfibrinólise secundária. A liberação de várias citocinas pró inflamatórias, como a interleucina-6 e o fator de necrose tumoral, desempenham um papel fundamental na geração dos defeitos da coagulação. d. Quadro clínico; Sangramentos: petéquias, equimoses, locais de hemorragias graves (TGI, pulmões ou SNC) Trombose de grandes vasos, embolias (cerebrais, pulmonar, cardíaca). Complicações hemodinâmicas, choque(hemorrágico ou séptico), disfunções renais e hepáticas. e. Diagnóstico; Score Diagnóstico proposto pela International Society on Thrombosis and Haemostasis > ou = 5: compatível com CIVD → repetir exames diariamente < 5: sugestivo CIVD → repetir exames em 24 a 48h Exames Complementares: Hemograma completo, TP, TTPA, fibrinogênio, quantificação de D-dímeros. f. Tratamento 1- Controle / Resolução da doença de base. 2- Se ausência de Sangramento ativo. - Manter esquema de profilaxia antitrombótica habitual, preferencialmente HBPM - Se PLQ < 20.000: Transfusão plaquetária - Se predomínio de eventos trombóticos como a) trombose arterial ou venosa b) púrpura fulminante grave associada à isquemia acral ou infarto vascular cutâneo iniciar a heparinização plena. 3- Se sangramento ativo ou alto risco para sangramento - PLQ < 50.000: Transfusão plaquetária. - TP (INR) > 1,5: Transfusão de plasma fresco congelado (PFC) 10 a 15 ml/kg; - Fibrinogênio < 150 mg/dl: considerar transfusão de Crioprecipitado se níveis de fibrinogênio se manterem baixos após transfusão de PFC.
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