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PRINCÍPIOS DE EXODONTIA NÃO COMPLICADA A extração de um dente é um procedimento que combina os princípios da cirurgia e os princípios da física e da mecânica. Quando esses princípios são aplicados corretamente, um dente pode, em geral, ser removido do processo alveolar sem sequela ou força indesejáveis. Controle da dor e ansiedade: O dentista precisa além de controlar a dor do paciente controlar a ansiedade do paciente para evitar problemas psicológicos. A anestesia local precisa ser absolutamente profunda no intuito de eliminar sensações originadas da polpa, do ligamento periodontal e dos tecidos moles bucoliguais. Anestesia local: À anestesia local profunda resulta em perda de toda a percepção de dor, temperatura, e sensação ao toque, Mas não anestesia as fibras proprioceptivas dos nervos envolvidos. Assim, o paciente sente a sensação de pressão. Apesar das anestesias profundo dos tecidos moles e da aparente anestesia pulpar, O paciente pode continuar a sentir dor enquanto o dente é luxado, pulpite, ou os tecidos moles e duros circundantes estão inflamados ou infectados. Nesses casos, a técnica que pode ser usada é a de infiltração no ligamento periodontal. Sedação: Quando diante de um paciente bastante ansioso se necessário o uso de assistência farmacológica pelo cirurgião. É fundamental de controle da ansiedade a explicação realística do procedimento e um comportamento de compreensão. Tal comportamento potencializar as drogas dadas pelas mais diversas vias. Como por exemplo: Sedação por inalação de óxido nitroso ou para pacientes extremamente ansiosos com muitas cirurgias não complicadas é indicado à sedação parenteral (intravenosa). Indicação para extração dentária: ➢ Cáries graves, que não podem ser restauradas; ➢ Necrose pulpar ou pulpite irreversível não tratável por endodontia Ou insucesso endodôntico; ➢ Doença periodontal grave, pacientes com hipermobilidade; ➢ Razões ortodônticas; ➢ Dentes em desoclusão/ Mal posicionados ou que não podem ser reposicionados por tratamento ortodôntico; ➢ Dentes fraturados, trincamento ou raiz fraturada; ➢ Extração com indicação protética; ➢ Dentes impactados; ➢ Dentes supranumerários; ➢ Dentes associados a lesões patológicas; ➢ Terapia pre- radiação; extrair antes de começar o tratamento; ➢ Dentes envolvidos em fraturas dos maxilares; ➢ Fatores socioeconômicos; Contraindicações para extração dentaria: ➢ Sistêmicas: quando a saúde do paciente está debilitada; ➢ Diabetes descompensada; ➢ Discrasias sanguíneas/hemorrágicas ➢ Doenças renais graves; ➢ Leucemia; ➢ Linfoma; ➢ Doença cardiovascular descompensadas; ➢ Segundo trimestre de gestação; ➢ Hemofilia grave; ➢ Desordem de plaquetas; ➢ História de radiação terapêutica para o câncer (pois podem resultar em osteorradionecrose); ➢ Dentes que se encontram dentro de áreas tumorais; ➢ Doenças da mucosa oral em fase aguda; PRINCÍPIOS PARA O USO DE ALAVANCA E DO FÓRCEPS Os instrumentos básicos utilizados para remover um dente do processo alveolar são a alavanca e o fórceps para extração. As alavancas auxiliam na luxação do dente, e o fórceps continua esse processo por meio da expansão óssea e ruptura do liga- mento periodontal. Os dois objetivos do uso do fórceps são: (1) expansão do alvéolo ósseo com o uso das pontas ativas em forma de cunha e dos movimentos do próprio dente com o fórceps; (2) remoção do dente do alvéolo. A alavanca dentária consiste de um cabo, uma haste e uma lâmina. Uma alavanca de primeira classe transforma uma força pequena e um grande movimento em um pequeno movimento e em uma grande força. Princípios Mecânicos envolvidos na extração dentária: Alavanca: corresponde a transmissão de uma fórmica modesta em um pequeno movimento contra uma grande resistência (suspender o dente). Quand uma alavanca é usada para extrair um dente, o ponto de apoio pode ser feito e uma alavanca apical pode ser usada para elevar o dente ou uma raiz dentária do alvéolo. Cunha: O mecanismo de cunha é uma manobra útil de várias maneiras diferentes para extrair dentes. Quando uma pinça é usada, força suficiente deve ser aplicada para que a ponta da pinça penetre no espaço do ligamento periodontal para expandir o osso e forçar o dente para fora do alvéolo. Este princípio também pode ser usado com uma alavanca reta, que desloca um dente do alvéolo. Uma pequena alavanca é introduzida no espaço do ligamento periodontal e move as raízes oclusais e, portanto, para fora dos alvéolos. A ponta ativa do extrator deve ser inserida entre o septo interdental e o dente ou raiz a ser extraído. Ele será inserido entre o alvéolo e o dente. - Mais frequentemente realizado com o extrator apical. Segue o princípio de que “dois corpos não podem ocupar, ao mesmo tempo, o mesmo lugar no espaço”. - Quando o extrator entra no espaço LP, o dente sai pelo seu longo eixo. O ideal é combinar as ações, entrar por cunha, depois rodar e depois girar. - Indicação: Raízes e dentes com pequeno suporte ósseo. Roda e eixo - mais intimamente identificado com as alavancas triangulares ou em forma de flâmula. Quando uma raiz de um dente com raízes múltiplas é deixada no processo alveolar, a alavanca em forma de chama é posicionada dentro do alvéolo e girada. A alça serve como um eixo, e a ponta da alavanca triangular atua como uma roda que engata e levanta a raiz do dente para fora do alvéolo A ponta ativa do extrator deve ser inserida entre o dente e a raiz a ser extraída, mantendo-se a posição perpendicular ao longo eixo do elemento a ser extraído. ➢ - Raízes isoladas sem ponto de apoio para pinça ps - Dentes com implantação pequena e sem ponto de aplicação para pinça - Dentes retidos com ou sem corte dentário ➢ - Dentes com raízes divergentes ou convergentes, após o corte dentário. ➢ - Também chamado de movimento da roda ➢ - O extratora (Apical) é apoiado no espaço do ligamento periodontal, e a força de rotação é realizada. Perpendicular ao longo eixo do elemento dentário remanescente. ➢ - Pode deslocar ou fraturar o dente vizinho com mais facilidade. PRINCÍPIOS PARA O USO DO FÓRCEPS: Embora a alavanca possa ajudar na luxação do dente, o fórceps é o instrumento que executa a maior parte do trabalho. Objetivos para o uso dofórceps: ➢ Expansão do osso alveolar pela utilização das pontas ativas do fórceps que funcionam como uma cunha e os próprios movime ntos do dente com o fórceps; ➢ Remoção do dente do alvéolo. Existem 5 movimentos principais que o fórceps pode aplicar para luxar o dente e expandir o osso alveolar: ➢ pressão apical, ➢ pressão vestibular, ➢ pressão lingual, ➢ pressão de rotação e ➢ força de tração. - Pressão apical: (Pressiona o dente para baixo). Primeira etapa -embora seja um movimento mínimo do dente, ele provoca a expansão do dente do alvéolo pela inserção das pontas do fórceps para dentro do espaço do ligamento periodontal → causa expansão óssea; A segunda etapa - é o centro de rotação do dente ser deslocado apicalmente – deslocamento apical do ponto de fulcro. Esse processo diminui a chance de fratura apical da raiz. A segunda pressão /movimento é a força vestibular. A expansão ve stibular resulta na expansã o da cortical vesti bular,, particularmente na crista do rebordo. Isso tambem causa pressão apical lingual. A terceira pressão é a pressão lingual. É dirigida para a expansão óssea lingual, e ao mesmo tempo im pede uma pressão excessiva no osso apical vestibular. A quarta é a pressão rotacional movimento de tração no dente, o que causa alguma expansão interna no dente no alvéolo. É indicada para dentes inirradiculares com raizes cônicas. Não fazer em dentes com raizes múltiplas. A quinta pressão, que é a de tração, são usadas para libertaro dente do alvéolo, desde que se tenha obtido expansão óssea. A força de tração deve ser limitada para a porção final de extração e deve ser suave. Como o osso vestibular maxilar é geralmente mais fino e o osso palatino tem a cortical óssea mais grossa, os dentes maxilares são, em geral, removidos por uma maior força vestibular e uma menor força palatina. Na mandíbula, o osso vestibular é mais fino da linha média até as áreas dos molares – incisivos, caninos e prés, são extraídos primariamente com uma forte força vestibular e uma pressão menos vigorosa na lingual. O molar da mandíbula tem o osso vestibular mais forte e geralmente requerem intensa pressão para lingual – ao contrário de outros dentes da boca. • PROCEDIMENTOS USADOS NA EXTRAÇÃO DENTÁRIA PELO MÉTODO FECHADO: A técnica aberta é conhecida por técnica cirúrgica ou técnica por retalho, A técnica fechada é também conhecida como simples ou técnica por fórceps. A técnica fechada é a mais frequentemente utilizada e oferece as condições principais para quase todas as extrações. A técnica aberta é usada quando existem razões para acreditar que será necessário força excessiva para remover o dente ou quando uma grande porção da coroa está ausente e o acesso à raiz do dente é difícil. Os requisitos gerais para uma boa extração 1. Acesso e visualização adequados do campo operatório; 2. Uma via sem impedimentos para a remoção do dente; 3. O uso de força controlada para luxar o dente e removê-lo. São 5 etapas gerais no procedimento de extração fechada: Etapa 1: Liberação dos tecidos moles que se inserem no dente. Desinserção dos tecidos moles/ Diérese: termo operatorio que reúne mano bras cirúrgicas destinadas a se paração cruenta dos tecidos; A desinserção dos tecidos moles em volta do dente é feito com instrumento cortante, cabo de bisturi n.3 e lâmina n. 15. Após, destaca-periostéo – descolador de molt, vai afastando o tecido mole, rompendo os ligamentos periodontais(sindesmotomia). A primeira razão para a disinserção é que assegura ao cirurgião que a anestesia profunda foi alcançada . E segunda razão é permitir que o fórceps de extração seja posicionado mais apicalmente, de, interferência ou injúria dos tecidos moles da gengiva. Etapa 2: luxação do dente com uma alavanca - Exérese: manobra cirúrgica de eliminação total de tecidos enfermos ou um órgão. Essa etapa consiste na luxação do dente com uma alavanca, geralmente reta. Para que se consigam expansão, dilatação do osso e rompimento do ligamento periodontal, é necessário o dente ser luxado de várias maneiras diferentes. A alavanca reta é inserida perpendicularmente ao dente no espaço interdental. A alavanca é posicionada de modo que a porção inferior da lâmina se apoie no osso alveolar e a porção superior seja posiciona da em direção ao dente que será extraído. Girar o cabo forte, lenta e vigorosamente move o dente na direção posterior, resultando em alguma expansão do osso alveolar e rompimento do ligamento periodontal. A luxação de dentes com uma alavanca reta deve ser feita com cautela > pode deslocar ou danificar o dente adjacente. Etapa 3: adaptação do fórceps ao dente. O fórceps próprio então é escolhido.O fórceps é colocado no dente de modo que as suas pontas se encaixem na raiz por baixo do tecido mole previamente descolado. A ponta ativa lingual é inserida primeiro, em seguida, a ponta ativa vestibular. As pontas do fórceps devem ser mantidas paralelas ao longo eixo do dente, para que a aplicação da pressão aos cabos do fórceps possam ser liberados ao longo eixo do dente para uma eficácia máxima na dilatação e expansão do osso alveolar. Etapa 4: luxação do dente com o fórceps: A maior porção da força é direcionada à parte mais fina, e portanto, de menor resistência do osso. O cirurgião usa força lenta e estável para de slocar o dente. O movimento é pausado, mas progressivo, aumentando a força lenta e gradualmente. Quando o osso alveolar começa a expandir, o fórceps é recolocado apicalmente com um movimento forte e pausado, que causa uma expansão adicional do osso alveolar e novo deslocamento do centro de rotação apicalmente. 1-ofórceps deve ser colocado o mais apicalmente possivel e recolocado periodicamente durante a extração; 2- as forças aplicadas nas direções bucal e lingual devem ser lentas e pausadas; 3-a força deve ser mantida por vários segundos. Etapa 5: remoção do dente do alvéolo: Uma vez que o osso alveolar tenha sido expandido suficientemente e o dente luxado, usa-se uma pequena força de tração, essa força deve ser minima, visto que este é o ultimo movimento usado, depois que o processo alveolar é suficientemente expandido e o ligamento periodontal completamente desinserido. TÉCNICAS ESPECÍFICAS PARA A EXTRAÇÃO DE CADA DENTE: - Incisivos maxilares: ➢ Fórceps n.1 ou 150; ➢ Verficar a curvatura da raiz na radiografia antes da extração; • ➢ Osso alveolar vestibular é mais fino > a expansão maior no processo alve olar será na direção vestibular/bucal; ➢ Depois, usa-se força menos vigorosa, palatina, seguida por outra rotacional firme e vagorosa, o movimento de rotação deve ser mínimo para o incisivo lateral, principalmente se existir curvatura na raiz; ➢ O dente é extraído na direção incisal-labial com pouca força de tração. Canino maxilar: ➢ O osso na vestibular do canino é comumente mais fino; ➢ Esse dente pode ser dificil de ser extraído devido a sua raiz ser longa; ➢ Fórceps n. 1; ➢ Sempre reposicionar o fórceps o mais apicalmente possível; ➢ O movimento inicial é para o lado bucal/vestibular, com retorno da pressão para o palato; ➢ Após o dente ser luxado, ele é liberado do alvéolo na direção incisal-labial com força de tração para labial; - Primeiro pré molar maxilar: ➢ Essas raízes podem ser extremamente finas e são sujeitas a fraturas, especialmente nos pacientes mais velhos em que a densidade óssea é grande e a elasticidade óssea, pequena; ➢ O seu osso vestibular é mais fino que o palatino; ➢ Fórceps 150; ➢ O dente deve ser luxado tanto o quanto possível com a alavanca reta; Os movimentos iniciais devem ser para vestibular. Os movimentos palatinos são feitos relativamente com pequena quantidade de força para prevenir a fratura da ponta de raiz palatina; ➢ Qualquer força rotacional deverá ser evitada; ➢ A liberação do dente do alvéolo é com a força de tração na direção oclusal e ligeiramente bucal. ➢ Talvez a fratura de raiz mais comum ocorre neste dente; - Segundo pré-molar maxilar: ➢ Sua raiz é espessa e tem uma extremidade romba; ➢ Sua raiz raramente fratura; ➢ Relativamente o os so é mais fino na vestibular; ➢ Fórceps 150B ➢ A extração requer movimentos vestibulares fortes, retorno ao palato e depois na direção bucooclusal usando força de rotação e de tração. Molares maxilares: ➢ As raizes vestibulares em geral relativamente próximas e a palatina diverge amplamente na direção do palato; ➢ Se as duas raizes bucais forem muito divergentes, torna-se difícil a remoção desse dente por meio da extração pelo método fechado ou com fórceps. ➢ 18R- molar direito superior; ➢ 18L- molar esquerdo superior; ➢ Maior força para vestibular do que para a palatina; ➢ Não se usa força rotacilonal; Dentes mandibulares anteriores: ➢ Os incisivos podem fraturar sua raiz por serem dentes finos, por isso é indicado antes luxar o dente adequadamente (pré - extração); ➢ Osso fino na vestibular e na lingual; ➢ Fórceps 151; ➢ Direções linguais e vestibulares com pressões equivalentes nas duas direções; ➢ Movimentos de rotação; ➢ O dente é removido do alvéolo com força de tração na direção incisal-labial; - Pré-molares mandibulares: ➢ Raizes retas e cônicas; ➢ O osso alveolar queos recobre é fino na vestibular e um pouco mais espesso na lingual; ➢ Fórceps 151; ➢ O movimento rotacional é mais usado nesses dentes do que em qualquer outro, exceto nos incisivos centrais superiores; ➢ O dente é extraído na direção oclusal- bucal; ➢ Se existir curvatura na raiz, os movimentos rotacionais de vem ser reduzidos ou eliminados durante a extração. Molares mandibulares: ➢ Geralmente birradiculares; ➢ A cobertura óssea alveolar é mais espessa do que o osso de qualquer outro dente da boca; ➢ O primeiro molar ma ndibular é o mais difícil de todos os dentes para extrair; ➢ Fórceps 17; Movimentos vestibulares e linguais vigorosos para expandir o alvéolo dentário e permitir que o dente seja liberado na direção oclusal-bucal; ➢ O osso lingual é mais fino do que o ve stibular, então é mais fácil de ser removido com força lingual do que vestibular; CUIDADOS POS-EXTRAÇÃO DO ALVÉOLO DENTÁRIO: ➢ Se houver, o alvé olo deve ser cuidadosamente curetado para remover granuloma ou cisto; ➢ Se existir algum detrito óbvio, como cálculo, amálgama ou fragmento de um dente permanecer no alvé olo, deve ser delicadamente removido com uma cureta ou ponta do aspirador; ➢ Se não há lesão ou detritos > não deve ser curetado; ➢ Para obter controle inicial da hemorraria, uma gaze de 5x5 cm úmida é colocada no alvéolo sobre a extração → quando o paciente fechar os dentes, ela fica localizada no espaço previamente ocupado pe la coroa desse dente, a pressão da oclusão é depois localizada na gaze e transmitida para o alvéolo → hemostasia
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