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Práticas Ambulatoriais – Medicina Veterinária – ANCLIVEPA - @cyndigstudy 1 | P á g i n a Contenção Física – Cão e Gato DEFINIÇÃO Tem como finalidade restringir, na medida do possível, a atividade física do animal, a fim de prestar atendimento e avaliação, ou realizar algum procedimento – como curativo, medicação, dentro outros. Objetivos o Proteger o examinador, auxiliar e animal o Facilitar o exame físico o Evitar fugas e acidentes (com fraturas) o Possibilitar procedimentos → Medicação injetável, curativos, cateterização e coleta de sangue, exames radiográficos etc. CUIDADOS É importante realizar a manipulação física com calma, evitando movimentos bruscos ou violentos que possam alterar significativamente os parâmetros vitais de animais por estresse. Tente passar tranquilidade, firmeza e confiança. A socialização com o paciente deve ser estabelecida para tentativas de aproximação – uma abordagem inadequada por desencadear um comportamento não cooperativo por parte do animal, prejudicando a realização de um diagnóstico. Tentar a aproximação é crucial para amenizar o efeito “examinador em ambiente estranho”, através do ganho de confiança. Para deixar o animal mais relaxado e menos desconfiado, a ideia é tentar acalmá-lo - tente pronunciar o nome do animal enquanto se aproxima, estalando os dedos ou assobiando (estímulo auditivo para chamar atenção, com naturalidade!), tentar agradar com carinho, caso o animal consinta. Deixe que o animal possa te conhecer também. Atente-se ao local escolhido para exercer a contenção – pode ser uma mesa, ou próprio chão. Iniciar a contenção padrão especifica para a espécie, opte por procedimentos simples. Se necessário, optar por métodos mais radicais, caso a contenção física não tenha sucesso: o Opte pela contenção química o Tenha cuidado com animais muito jovens, debilitados e idosos. Cães Antes de qualquer exame, é preciso se informar com o tutor sobre o temperamento do animal (dócil? agressivo? nervoso?), para recorrer ao melhor método de abordagem e contenção – avalie a situação, se a contenção física será suficiente ou se haverá necessidade de optar por contenção química. Como abordagem inicial, falar em tom amistoso com o cão, passar a mão sob seu dorso, e oferecer as costas da mão para o animal cheirar, permitindo com que ele obtenha sua confiança. o Animais de pequeno porte são facilmente contidos em superfície não escorregadia. o Animais de grande porte tem uma melhor imobilização no chão. Imagem: material de aula IMOBILIZAÇÃO Manual - realizada em posição quadrupedal, em decúbito lateral – facilita a sequência de exame físicos e realização de outros procedimentos – coleta de sangue, raspagem de pele, dentre outros. Tende a ser realizada pelo próprio tutor. Imagem: material de aula Mordaça – é importante para evitar acidentes em casos do animal estar agressivo ou apresentar sensibilidade dolorosa – reage de forma defensiva a palpação local – é importante verificar se há dificuldade respiratória, caso contrário, remover o mais breve possível. Imagem: material de aula Cambão – utilizado para cães muito agressivos – opção de contenção inicial – ficar atento a pressão para evitar enforcamento por asfixia e fratura de vertebras do animal. Caracterizada por uma haste rígida com um laço na ponta. Imagem: material de aula Práticas Ambulatoriais – Medicina Veterinária – ANCLIVEPA - @cyndigstudy 3 | P á g i n a Colar Protetor - também chamado de colar elizabetano, impede que o cão (ou mesmo o gato) remova curativos e suturas, impedindo que o animal alcance partes do seu corpo com a boca. Não restringe movimentos – o animal pode comer, beber e dormir com ele. Para contenção, o ideal é de acrílico – pois o de tecido apesar de parecer mais confortável, ainda permite que o animal faça um movimento brusco e tente morder. Imagem: material de aula Coleira e guia – para imobilizar animal que demonstra agressividade. Passa-se a guia pelas grades de um portão ou a enrola em um poste. Imagem: material de aula Passo-a-passo: o Posicione o pescoço do cão bem próximo ao anteparo, para que a cabeça fique segura o Após a cabeça estar imobilizada, um ajudante deve segurar as patas traseiras, para que o animal não se movimente. Gatos A contenção de gatos é difícil - requer cuidado, habilidade motora e atenção, devido: o São mais ágeis e podem escapar de uma contenção despreparada. o Por serem pequenos, sua imobilização é mais trabalhosa pode ocasionar em acidentes ao fazer uso da força excessiva. o Defende-se com unhas e mordidas. o estão mais sujeitos a stress, devido a mudança de ambiente. CONTENÇÃO A contenção de gatos deve-se iniciar na verificação de manter o ambiente fechado (portas e janelas) para evitar fuga e acidentes. Devem ser mantidos com seu proprietário, preferencialmente dentro das caixas de transporte – retirá-lo somente no momento da avaliação. Exames devem ser realizados com o mínimo de imobilização (de preferência sobre uma mesa). O gato pode se incomodar com o ambiente em que está sendo examinado devido aos odores de outros animais no ambiente (principalmente cães), comportando-se de forma inquieta e agressiva. Imagem: material de aula Importante: um gato estressado torna-se difícil de conter – além da mordida, faz o uso de suas garras e possui grande flexibilidade – em algumas situações torna-se necessário enrolar as extremidades das patas com fita crepe para evitar a exposição das unhas e impedir que arranhe. IMOBILIZAÇÃO o Focinheira Imagem: material de aula o Mordaça Imagem: material de aula o Contenção manual Imagem: material de aula Atentar-se a buscar técnicas catfriendly para diminuir o impacto de stress sobre o paciente. REFERENCIAS Material tilizado em sala de aula; FEITOSA, Francisco Leydson F. semiologia veterinária: a arte do diagnostico, 3. Ed. São Paulo: Roca, 2019.