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TRANSTORNOS DE HUMOR - BIPOLARIDADE SP4 - UCXVI

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“Transtorno de Humor” 
–
 
 
Os transtornos de humor são distúrbios emocionais que consistem em períodos prolongados de tristeza e/ou 
felicidade excessiva. 
Sabe-se que naturalmente o humor e o afeto oscilam ao longo do tempo, todavia quando existem variações 
muito súbitas, intensas e duradouras é sinal de que tal processo tornou-se patológico. 
 
O humor pode ser modulado: 
• Eutimia: é o humor considerado normal, de acordo com o que se espera. O paciente nessa situação tem o 
humor eutímico. 
• Hipotimia: é o humor modulado para baixo, triste ou deprimido. O paciente encontra-se hipotímico. 
• Hipertimia: é o humor modulado para cima, patologicamente alegre, efusivo e eufórico. O paciente mostra-
se hipertímico. 
 
O transtorno de humor se insere em dois polos: 
• Transtorno do humor UNIPOLAR: caracterizado por um transtorno depressivo, ou seja, cuja manifestação é 
a hipotimia. 
• Transtorno do humor BIPOLAR: caracterizado por momentos de hipertimia intercalados por momentos de 
hipotimia, com ciclagens entre uma extremidade e outra. 
 
 
BASICAMENTE: Os Transtornos do humor são classificados como 
• Bipolar 
• Depressivo 
 
Transtornos de humor (afetivos) persistentes 
• Ciclotimia: sintomas de depressão e de hipomania por 2 anos → SEM diagnóstico de depressão e 
bipolaridade 
• Distimia: é um quadro lento de depressão e arrastada → dura no mínimo 2 anos consecutivos 
• Outros transtornos do humor (afetivos) persistentes 
• Transtorno do humor (afetivo) persistente não especificado 
 
Caracteriza-se pela depressão, um estado de adoecimento psíquico cujas manifestações mais marcantes são a 
tristeza, melancolia, angústia e infelicidade, que se tornam intensos, duradouros e causam prejuízos significativos 
aos pacientes. 
 
Nesse caso, o humor do paciente varia entre picos de humor exaltado (mania ou hipomania) intercalados com 
momentos de humor deprimido e períodos de eutimia. 
Existem dois tipos de transtorno bipolar: 
• Tipo I: transtorno clássico, com episódios de MANIA (ou hipomania) e depressão. 
“Transtorno de Humor” 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-do-humor/transtornos-bipolares
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-do-humor/transtornos-depressivos
https://www.medicinanet.com.br/cid10/5360/f340_ciclotimia.htm
https://www.medicinanet.com.br/cid10/5361/f341_distimia.htm
https://www.medicinanet.com.br/cid10/5362/f348_outros_transtornos_do_humor_afetivos_persistentes.htm
https://www.medicinanet.com.br/cid10/5363/f349_transtorno_do_humor_afetivo_persistente_nao_especificado.htm
• Tipo II: episódios de hipomania e depressão (NUNCA há mania). HIPOMANIA + DEPRESSÃO 
• Estado Misto: Depressão e Mania no mesmo dia. 
 
Mania: sintomas intensos por ao menos 7 dias. Caracteriza-se por períodos de humor persistentemente alterado 
e elevado, disfórico, associado com autoestima elevada, autoconfiança desmedida, pensamento e fala 
acelerados, diminuição da necessidade de sono, desatenção, aquisição de comportamentos de risco e dificuldade 
de controlar impulsos. Sintomas psicóticos são comuns. 
Na hipomania: sintomas moderados, por ao menos 4 dias. Os sintomas são os mesmos, porém em mais branda 
intensidade e NUNCA há sintomas psicóticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A prevalência na população geral varia entre os 
tipos de transtorno bipolar. 
No tipo I é de 1% e no tipo II fica entre 1,1 e 2,4%. 
Acomete predominantemente jovens adultos e 
costuma ter início aos 20 anos. 
Mais comum no sexo feminino. 
Tem elevada taxa de morbimortalidade e os 
pacientes possuem maior risco de suicídio do que 
quando comparado a depressão unipolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A teoria mais aceita atualmente a respeito da etiologia neurológica da depressão é a teoria monoaminérgica. Tal 
postulação define que a via comum para o transtorno depressivo é alteração dos neurotransmissores no sistema 
nervoso central (SNC), como serotonina (5HT), dopamina (DA) e noradrenalina (NA). 
 
Dificuldade na comunicação interneuronal → neurônios não tem uma boa comunicabilidade → expressão disso 
se dá no comportamento 
Predisposição pessoal → tem forte influência genética e hereditária, sendo muito comum a história familiar 
positiva. 
A etiologia também é multifatorial e a neurobiologia mostra-se complexa, envolvendo neurotransmissores como 
GABA e glutamato, além das monoaminas. 
 
 
Sinais indicativos de bipolaridade: 
• Depressão de início precoce → pacientes bipolares são muito mais depressivos, passam 40% da vida na 
fase depressiva, enquanto fazem 1, 2, 3... episódios de mania apenas. 
• Sintomas psicóticos 
• Sintomas de irritabilidade e agressividade 
• Início dos sintomas pós-parto → grande chance de ser bipolaridade 
• Piora dos sintomas com uso de antidepressivos ou melhora imediata com o uso e após isso, perda da 
eficácia 
• História familiar de bipolaridade 
 
 
 
• Histórico familiar → 80% da doença é responsável pela carga genética; 
• Idade de início → depressão antes dos 25 anos, aumenta 3x a chance de ser TB; cuidado com adolescentes; 
• Sintomas e sinais atuais/reais → não focar em extremos; 
• Curso dos sintomas → depressão que melhora e piora várias vezes → recorrente = depressão bipolar; 
• Resposta ao tratamento → cuidar com hipomania induzida pelo tto antidepressivo, irritabilidade, 
agressividade... 
 
Para diagnosticar transtorno bipolar tipo I, é necessário o preenchimento dos critérios a seguir para um episódio 
maníaco. O episódio maníaco pode ter sido antecedido ou seguido por episódios hipomaníacos ou depressivos 
maiores. 
 
Episódio Maníaco 
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal 
e persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de uma semana e presente na 
maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração, se a hospitalização se fizer necessária). 
B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou atividade, três (ou mais) dos seguintes 
sintomas estão presentes em grau significativo e representam uma mudança notável do comportamento 
habitual: 
• Autoestima inflada ou grandiosidade. 
• Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas de sono). 
• Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. 
• Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados. 
• Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos insignificantes ou 
irrelevantes), conforme relatado ou observado. 
• Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja sexualmente) ou 
agitação psicomotora (i.e., atividade sem propósito não dirigida a objetivos). 
Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas (p. ex., envolvimento 
em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros insensatos). 
C. A perturbação do humor é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento 
social ou profissional ou para necessitar de hospitalização a fim de prevenir dano a si mesmo ou a outras pessoas, 
ou existem características psicóticas. 
D. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento, 
outro tratamento) ou a outra condição médica. 
 
 
Episódio Hipomaníaco 
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal 
e persistente da atividade ou energia, com duração mínima de quatro dias consecutivos e presente na maior 
parte do dia, quase todos os dias. 
B. Durante o período de perturbação do humor e aumento de energia e atividade, três (ou mais) dos seguintes 
sintomas (quatro se o humor é apenasirritável) persistem, representam uma mudança notável em relação ao 
comportamento habitual e estão presentes em grau significativo: 
• Autoestima inflada ou grandiosidade 
• Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas de sono). 
• Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. 
• Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados. 
• Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos insignificantes ou 
irrelevantes), conforme relatado ou observado. 
• Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja sexualmente) ou 
agitação psicomotora. 
• Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas (p. ex., 
envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros 
insensatos). 
C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica do indivíduo 
quando assintomático. 
D. A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras pessoas. 
E. O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou 
profissional ou para necessitar de hospitalização. Existindo características psicóticas, por definição, o episódio é 
maníaco. 
F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento, 
outro tratamento). 
 
 
 
Os episódios Hipomaníacos e Depressivos Maiores no Transtorno Bipolar II devem ser diferenciados de episódios 
de um Transtorno do Humor Devido a uma Condição Médica Geral. 
O diagnóstico é de Transtorno do Humor Devido a uma Condição Médica Geral para episódios considerados a 
consequência fisiológica direta de uma condição médica geral específica (por ex., esclerose múltipla, acidente 
vascular encefálico, hipotiroidismo). 
Esta distinção fundamenta-se na história, achados laboratoriais ou exame físico. 
 
Um Transtorno do Humor Induzido por Substância é diferenciado de Episódios Hipomaníacos ou Episódios 
Depressivos Maiores que ocorrem no Transtorno Bipolar II pelo fato de que uma substância (por ex., droga de 
abuso, medicamento ou exposição a uma toxina) está etiologicamente relacionada com a perturbação do humor. 
Sintomas como os que são vistos em um Episódio Hipomaníaco podem fazer parte da intoxicação ou abstinência 
de uma droga de abuso e devem ser diagnosticados como Transtorno do Humor Induzido por Substância (por 
ex., um episódio tipo depressivo maior ocorrendo apenas no contexto da abstinência de cocaína é diagnosticado 
como Transtorno do Humor Induzido por Cocaína, Com Características Depressivas, Com Início Durante 
Intoxicação). 
> 
 
O tratamento é para a vida toda. 
Consiste em tratamento não-farmacológico associado com medicamentos estabilizadores de humor ou 
antipsicóticos atípicos, independentemente da fase em que o paciente esteja (depressão, mania ou hipomania). 
Os antidepressivos NUNCA devem ser usados como monoterapia pelo risco de virada maníaca, sendo usados 
APENAS em associação com estabilizadores de humor → principalmente os inibidores seletivos da recaptação de 
serotonina (ISRS). 
 
ESTABILIZADORES DE HUMOR: 
LÍTIO: é o principal medicamento desta classe e a primeira escolha medicamentosa da prescrição. 
Possui margem terapêutica estreita (litemia entre 0,6 e 1,2). 
Contraindicação: Hipotireoidismo não controlado, insuficiência renal e cardiopatia grave. 
 
PORÉM SE o paciente possui ansiedade → o medicamento escolhido é Ácido Valpróico. 
 
Primeira linha: 
Lítio, Ácido Valpróico e Quetiapina (antipsicótico). 
 
SEGUNDA LINHA: 
Carbamazepina e Lamotrigina 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS 5ª EDIÇÃO DSM-5®

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