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04 Indicadores de saúde

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Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
1 
Sistemas de informação: 
- Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) 
- Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC) 
- Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) 
- Sistema de Informação Hospitalar (SIH-SUS) 
- Sistema de Informação Ambulatorial (SIA-SUS) 
- Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) 
 
❖ Indicadores de saúde: 
 
O dado é um número absoluto que pode ser trabalhado como informação, a qual é traduzida em proporções, 
razões, taxas, índices, etc. Depois, com base na informação, gera-se conhecimento e, a partir desse, os 
indicadores que se quer trabalhar são traçados. Por exemplo, muito se trabalha com a mortalidade pois, 
majoritariamente, é de interesse geral buscar a diminuição da mortalidade infantil, mortalidade por causas 
externas (acidente de trânsito, suicídio, feminicídio, violência, etc). Com base nos indicadores (informações 
de dados anteriores) é possível fazer um histórico, uma tendencia temporal, e com base nisso se define as 
prioridades nacionais de políticas públicas – diretriz nacional. 
Um exemplo desses indicadores é quando à mortalidade com recorte de gênero. Os homens têm expectativa 
de vida de vida menor que as mulheres (menos 4 anos), e além disso, homens jovens são o grupo que mais 
morre por causas externas no país; outro fator que corrobora para essa menor expectativa é acerca dos 
hábitos de vida e autocuidado – as mulheres cuidam mais da saúde e existem mais campanhas de saúde 
voltadas para a saúde da mulher. Recentemente o governo criou o Novembro Azul, que ocorre logo após o 
Outubro Rosa, a fim de focar mais conscientização sobre cuidados com a saúde do homem. 
Assim, em resumo, os indicadores de saúde são muito importantes para o diagnóstico das condições de vida 
da população, e com base nessas informações é possível avaliar as práticas de saúde e elaborar um 
planejamento de ações para serem aplicadas. 
- Conceitos dos indicadores de saúde: 
EPIDEMIOLOGIA 
Indicadores de Saúde 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
2 
“Medidas (ocorrência de eventos, óbitos, casos de doença, exposição, fatores de risco, serviços) que 
procuram demonstrar o efeito de determinantes de natureza variada (sociais, econômicos, ambientais, 
biológicos) sobre o estado de saúde de uma determinada população” (Medronho, 2005) 
“Medida, em gera quantitativa, usada para subsidiar, quantificar ou operacionalizar um conceito” (Januzzi, 
2001) 
 
- Medidas de ocorrência dos eventos: 
• Valores correspondentes às medidas de frequência absoluta e relativa expressas por coeficientes e 
taxas ou proporções 
• Medidas de tendência central (média, mediana e moda) 
• Medidas de variabilidade (variância, desvio-padrão, erro-padrão) que sintetizam características das 
distribuições também podem ser empregadas 
 
- Utilização dos indicadores de saúde → medidas de síntese: 
• Diagnóstico da situação atual de saúde 
• Monitoramento da situação atual de saúde 
• Subsídios ao planejamento de intervenções 
• Avaliação de impacto (adequação) de intervenções 
• Comparação de grupos e populações (por vezes, compara tempos diferentes) 
• Estimativa de riscos, probabilidades (prever situações futuras) 
o Fatores de risco são modificáveis, mas marcadores de risco não 
• Refletir as condições sanitárias 
o Conta não somente com indicadores de saúde, mas também indicadores sociais, 
demográficos, econômicos, etc. 
o Saneamento básico, coleta de lixo, abastecimento de água, controle de pragas, etc. 
Ou qualquer outra doença 
epidêmica 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
3 
• Vigilância das condições de saúde 
o Quando algo foge e ao esperado, dispara-se uma pesquisa epidemiológica 
 
 
Os indicadores são dados coletados diariamente nas unidades básicas de saúde. 
 
❖ Indicadores de morbidade: 
 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
4 
 
Obs. 1: Com base na teoria da determinação social da doença 
Obs. 2: fatores de risco podem ser modificados → a pobreza extrema é uma comorbidade 
 
Obs. 3: O objetivo é 100%, mas se trabalha com média e desvio padrão 
Obs. 4: Busca analisar o impacto de uma ação; também trabalha com média e desvio padrão 
 
Testes ou métodos diagnósticos têm como características, majoritariamente, sensibilidade e especificidade. 
Como existem uma grande variedade de testes para diagnósticos disponíveis no mercado, sendo assim um 
dos fatores que irá determinar qual teste será requisitado são: 
• Características do próprio teste 
• Valor preditivo (positivo ou negativo) → tem a ver com o indivíduo/população 
o Valor preditivo positivo (VPP): é a probabilidade de um indivíduo avaliado e com resultado 
positivo ser realmente doente. 
o Valor preditivo negativo (VPN): é a probabilidade de um indivíduo avaliado e com resultado 
negativo ser realmente normal. 
• Prevalência da doença na região 
 
- Critérios de seleção dos indicadores: 
• Sensibilidade (detectar o fenômeno) → é a capacidade do testar positivo na presença do fenômeno 
o Há risco de ↑ sensibilidade resultar em ↑ falsos positivos 
• Especificidade (detectar somente o fenômeno) → é a capacidade de testar negativo na ausência da 
doença 
1 2 
3 
4 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
5 
o Há risco de ↑ especificidade, logo, ↓ sensibilidade, resultar em ↑ falsos negativos 
o A resposta em relação aos resultados positivos é muito confiável 
• Validade (capacidade de medir o que se pretende) 
o Validade interna corresponde àquele momento que se está utilizando o indicador no local 
o Validade externa é um indicador mais abrangente (local) que a interna 
• Confiabilidade (segurança de se reproduzir os resultados) 
• Mensurabilidade (dados disponíveis) → informações primárias para se trabalhar 
• Relevância 
• Custo efetividade 
• Simplicidade de cálculo 
• Simplicidade de interpretação 
 
Utiliza-se números absolutos para: gerenciamento em serviços de saúde (ex.: UBS); estimativas de leitos e 
medicamentos (em hospital). 
Utiliza-se números relativos (índices, taxas, proporções) para: populações maiores; comparações temporais 
e espaciais; casos mais específicos. 
 
Números relativos: 
Razão simples Proporção 
Taxas Índice 
 
- Razão simples: O numerador e o denominador têm naturezas distintas, mas possuem uma relação lógica. 
 
 
- Taxas ou coeficientes: Relação entre o número de eventos reais e os que poderiam ocorrer  Com base 
nessa relação é possível fazer uma estimativa de risco, caso não haja intervenção no fenômeno. 
• O numerador na incidência, número de eventos reais = número de casos novos. 
• O numerador na morbidade ou mortalidade, número de eventos reais = número de casos óbitos. 
o Indicadores de mortalidade: risco de morrer, indica gravidade 
• O denominador é a população exposta ao risco. 
• Além disso, é multiplicado essa divisão por uma potência de base 10 a fim de que se possa comparar 
esse resultado com outras populações ou comparações temporais. 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
6 
No Brasil, houve uma queda dos óbitos infantis, houve uma redução relativa de óbitos por doenças 
infecciosas, e houve um aumento de mortes por doenças crônicas. 
Incidência de mortalidade por causas: 
I. Doenças do aparelho circulatório 
II. Neoplasias 
III. Causas externas 
IV. Doenças do aparelho respiratório 
 
1. Indicador/ Coeficiente de mortalidade geral ou 
específica: 
o Mede risco de morte por todas as causas em uma população/local/período 
o Avalia estado sanitário 
o Avalia estado geral de saúde 
o Proporção de pessoas idosas 
 
 
2. Indicador/ Coeficiente de natalidade: 
 
Tanto o indicador de mortalidade quanto o de natalidade estão diretamente relacionados à transição 
epidemiológica. 
 
3. Indicador/ Coeficiente de mortalidade infantil: 
o Mede risco de morte para crianças menores de um ano num local/período 
o Subnotificação 
o Avalia condiçõesde vida e saúde de uma população 
 
Obs.: Atenção! A mortalidade geral específica por causa tem a população geral como denominador, porém 
a mortalidade infantil tem como denominador apenas os nascidos vivos. 
É preciso ter bom senso, pois essa 
constante depende do número total 
da população que se refere. 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
7 
 
 
Classificação da mortalidade infantil: 
• Neonatal precoce: 0 a 7 dias 
• Neonatal tardia: entre 7º dia e 28º dia 
• Infantil tardia ou pós neonatal: 28º a 365 dias → a professora usa o termo “pós neonatal” 
• Perinatal: (natimortos + neonatal precoce) / (nascidos vivos + nascidos mortos) 
o 22 semanas completas de gestação 
• Natimortalidade: natimortos / (nascidos vivos + nascidos mortos) 
 
4. Indicador/ Razão de mortalidade materna: 
o Mede risco de morte por causas ligadas a gestação, ao parto e ao puerpério 
o Indica falha pré natal 
o Indica falha na qualidade de assistência 
 
 
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5. Letalidade: 
o É uma proporção que mede o poder da doença em determinar a morte  gravidade 
o Informa sobre a qualidade da assistência médica prestada ao doente 
▪ Importante para se avaliar o comportamento da variante Delta da Covid  ↑ 
internação 
 
Obs.: sempre é dado em porcentagem 
 
6. Índice de Swaroop e Uemura  mortalidade 
o Razão de mortalidade proporcional 
o Mede a proporção de óbitos de pessoas com 50 anos ou mais em relação ao total de óbitos 
em um dado local e período 
o Quanto mais elevado este índice, melhores as condições de saúde e socioeconômicas da 
região  ↑ qualidade de vida 
o Países desenvolvidos índice de 80 a 90% 
o Países subdesenvolvidos índice de até 50% 
 
 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
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Com base no índice de Swaroop e Uemura, um pesquisador brasileiro, Nelson Moraes, 
desenvolveu uma representação gráfica da mortalidade proporcional por idade – 
grupos etários. 
 
7. Curva de Nelson Moraes  mortalidade 
o Pode assumir a forma de N invertido, L (ou J invertido), V (ou U) e J. Estas formas 
correspondem, respectivamente a condições de vida e saúde Muito baixas, Baixas, Regulares 
ou Elevadas. 
o É importante para se analizar o quadro de saúde e, apartir dele, concentrar mais as atenções 
em determinado grupo. 
 
o Tipo I: Nível de saúde muito baixo → a mortalidade se concentra na população jovem-adulto. 
▪ População economicamente ativa 
▪ População em idade fértil 
▪ Essa população não envelhece (a maioria morre com < 50 anos) 
▪ Mortalidade infantil alta 
o Tipo II: Nível de saúde baixo → a mortalidade se concentra na população infantil e pré-
escolar. 
o Tipo III: Nível de saúde regular → ainda há mortalidade infantil alta, mas a maior 
concentração é na população acima dos 50 anos. 
o Tipo IV: Nível de saúde elevado → a população envelhece e a grande maioria das mortes 
ocorre acima dos 50 anos. 
 
8. Indicadores relacionados à demografia: 
a. Taxa de fecundidade total: Número médio de filhos nascidos vivos tidos por uma mulher ao 
final do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), na população num espaço geográfico. 
Maria Raquel Tinoco Laurindo – MED 103 
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b. Taxa específica de fecundidade: Número médio de filhos nascidos vivos tidos por uma 
mulher por faixa etária, na população num espaço geográfico. 
o Principal determinante da transição demográfica 
c. Proporção de idosos na população: Percentual acima de 60 anos na população naquele 
espaço geográfico, naquele ano. 
o Não é a mortalidade que determina o envelhecimento populacional. O que 
determina o aumento da população de idosos é a ↓ natalidade e ↓ fecundidade 
o Maior proporção de mulheres na população de idosos → há maior mortalidade 
entre os homens jovens, principalmente por causas externas. 
d. Índice de envelhecimento: Razão entre os componentes etários extremos, representando os 
idosos e os jovens. 
 
e. Esperança de vida ao nascer: Número médio de anos de vida esperados para um recém-
nascido, mantido o padrão de mortalidade existente, na população residente em 
determinado espaço geográfico, no ano em questão. 
f. Anos potencias de vida perdido: Expressa o efeito das mortes ocorridas precocemente em 
relação à duração de vida esperada para uma determinada população 
o Soma total de óbitos em cada grupo etário ou idade específica, que é multiplicado 
pelos anos remanescentes de vida até determinada idade-limite (esperança de vida 
ao nascer) 
o Exemplo: Uma pessoa que nasce hoje (2021) tem a expectativa de vida de 
aproximadamente 78 anos, porém, se ela morrer aos 40, tem-se que: 78 – 40 = 38 
anos de vida perdidos. 
- Proporção: Os dados do numerador estão sempre incluídos no denominador  Trabalha-se com 
porcentagem (o quociente é sempre multiplicado por 100); ex.: letalidade. 
 “A parte de um todo” 
- Índice: O denominador não representa exatamente a população exposta ao risco do evento descrito no 
numerador  É um número que indica alguns indicadores, e foi sintetizado no índice.

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