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DIREITO ADMINISTRATIV1

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DIREITO ADMINISTRATIVO
01.
Licitações
Lei 140133 de 2021 – nova lei de licitações e contratos. 
Essa lei traz algumas mudanças, Primeiro vemos que a licitação é conduzida como regra geral por um agente de contratação, esse agente é um servidor efetivo, e auxiliado por uma equipe de apoio. Esse agente de contratação ele vai conduzir a concorrência, para bens e serviços comuns. 
Licitação para OS BENS E SERVIÇOS ESPECIAIS, poderão ser substituídas por uma comissão de contratação, e essa comissão é composta por no mínimo 3 membros. 
Pregão – O mesmo agente de contratação, também será um servidor efetivo, será o pregoeiro, e ele também será auxiliado por uma equipe de apoio. 
Modalidades de Licitações
Pregão – Obrigatório para bens e serviços comuns 
Concorrência – Bens e serviços especiais, bem como obras, mais serviços de engenharia 
Leilão – se destina para alienação de bens moveis e imóveis
Ponto importante: O leilão da lei 8666, como regra geral se destinava para alienações, para bens moveis em serviços, agora com alteração feita pela lei 140133 de 2021 o leilão se destina para alienação de bens imóveis, moveis, moveis inservíveis e apreendidos 
Concurso – Continua sendo destinado para escolha de um trabalho, técnico, artístico e científico 
Diálogo competitivo – É uma modalidade que vai ter alguns requisitos
Requisitos do Diálogo competitivo
· Objeto Com inovação técnica ou tecnológica 
· Não há possibilidade de adaptar o que já há no mercado
· Impossibilidade da administração pública descrever sua necessidade com precisão - 
Além disso, para termos um diálogo competitivo, tem que haver uma complexidade no contrato, e necessidade de verificação da melhor solução. 
Como funciona? Adm Publica tem um problema, e ela necessita escolher a melhor solução daquele problema, e para isso ela precisa dialogar com as empresas ou fornecedores para chegar em uma melhor solução de seus problemas 
Ex: Corona vírus e a pandemia, a Adm Publica precisa de uma vacina, não há então ela precisa desenvolver essa vacina. (i)Então é um objeto com alta inovação tecnológica, (ii) não há possibilidade pegar algo que já está no mercado, pois não dá para pegar a vicina da gripe e criar para a corona vírus, (iii) A adm publica não tem condições de fazer a descrição do objeto, pois se ela soubesse ela mesmo faria a vacina. (iv) tem complexidade no contrato, pois não dá para assinar um contrato comum para desenvolver uma vacina, pois envolve alta complexidade, (v) a adm publica tem a necessidade de verificação da melhor solução, (qual melhor vacina, qual tem mais eficácia)
Quando a Adm Publica encontrar a melhor solução, ela vai apresentar a solução e colocar o preço da solução apresentada pela empresa A, e a empresa que se comprometer a fazer com menor preço ganhará.
Então não necessariamente vencera a licitação a empresa que propôs a melhor solução, pois se outra empresa estiver um valor menor do que o dela e se comprometer a fazer tal solução, ela vai vencer com preço menor. 
Fases Do Novo Modelo De Licitação 
Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes fases, em sequência:
I - PREPARATÓRIA; 
essa fase é marcada pela fase de estudos (estudos técnicos preliminar ETP) , planejamento (plano de contração anual P.C.A) e projetos ( Aqui terá o Projeto Básico, Projeto Executivo e o Termo de Referência, um desses três projetos). Feito tudo isso será elaborado o edital dessa licitação. 
E esse edital deverá ser aprovado por assessoria jurídica, sendo aprovado esse edital será divulgado, vindo uma nova fase 
II - DE DIVULGAÇÃO DO EDITAL DE LICITAÇÃO; 
essa divulgação deverá ser pelo
· Portal Nacional de Contratações Publicas, 
· Diário oficial, 
· site oficial 
· em jornal 
nessa fase será divulgado o edital. Devendo ser divulgado principalmente no Portal Nacional de Contratações Publicas, esse portal centraliza a divulgação obrigatória de todas as licitações públicas, promovidas pela administração pública direta (todos poderes e entes) e indireta (autarquia e fundações). 
A nova lei de licitações, Lei 140133, ela não se aplica as empresas pública e sociedade de economia mista, essas continuam sendo regidas pela lei 13303 de 2016, artigo 28 e seguintes 
III - DE APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS E LANCES, QUANDO FOR O CASO; 
Essa é a fase de concorrência. 
OBS: Observe-se que na nova lei de licitação, ocorre como regra geral a inversão de fases que ocorria no pregão, primeiro vem a apresentação de propostas e lances e depois habilitação. 
Teremos os chamados modos de disputa, que são 
· Modo de disputa fechado – aqueles da lei 8666, que as empresas trazem suas propostas em envelope lacrado, no qual só abre no momento da licitação
· Modo de disputa aberto – as empresas chegam e começam a dar lances verbais e sucessivos, tipo leilão, com os lances 
· Combinação entre os dois, com o Modo de disputa aberto com fechado ou Modo de disputa fechado com aberto 
Cuidado: A concorrência na nova lei de licitações, comporta lances, no qual na lei 8666 não comportava. 
Porém só será permitido lances quando a CONCORRÊNCIA, for do modo de disputa aberto, ou Modo de disputa aberto com fechado
IV - DE JULGAMENTO;
Julgamento das propostas, nessa fase é possível que a administração publica venha solicitar amostras para aquele licitante classificado em primeiro lugar, para verificar a regularidade daquilo que está sendo apresentado por ele, e verificar sé está em concordância com o que foi publicado no edital. 
V - DE HABILITAÇÃO;
Nessa fase, teremos a verificação da documentação apenas da licitante classificada em primeiro lugar. 
Importante: Essa fase se for devidamente justificada, poderá inverter e colocar antes da fase III- apresentação de propostas e lances e IV – Julgamento das propostas
VI - RECURSAL;
VII - DE HOMOLOGAÇÃO.
Nessa fase a autoridade poderá determinar 
· O retorno do processo, para verificação e para correção de um vício sanável. 
· Anular a licitação se houver vicio insanável 
· Revogar a licitação se houver razões de interesse público justificadas 
· Poderá adjudicar ou homologar o certame
Instrumentos Auxiliares 
Os Dois mais importantes são 
· Credenciamento – é um instrumento auxiliar em que adm publica vai credenciar fornecedores, em algumas hipóteses.
1° hipótese - quando houver contratação paralela e simultâneas em que a autoridade vai contratar todos que preenchem os requisitos mínimos e aceite um valor tabelado pela administração. 
2° - Quando o contratado for escolhido pelo beneficiado direto da prestação, quando se tem um destinatário direto e ele que vai escolher quem vai prestar o serviço, dentre aqueles que estão credenciados. 
3° - quando há uma variação de mercado, nesse caso quando há uma variação de mercado grande, a adm publica cota pelo dia, ver qual credenciado tem o melhor preço no dia e faz o pagamento direto, registrando a cotação do dia. 
· Sistema de registro de preço - órgão licita para ele e para vários outros 
· Procedimento de manifestação de interesse – em que adm publica chama empresas que fazem soluções inovadoras, para apresenta soluções inovadoras 
· Procedimento de pré-qualificação – em que a adm publica pré qualifica empresas e pré qualifica bens, para posteriormente fazer uma licitação e posteriormente essa licitação ser exclusiva para esses pré qualificados 
· Dispensa e inexigibilidade de licitação – 
Possibilidade de ter 
· Licitação dispensada – quando não há licitação como é nos casos das alienações 
· Licitação dispensável – em que a autoridade pode fazer a licitação 
· Licitação inexigível – basta que o contratado tenha a notória especialização, não tendo mais necessidade de ter a singularidade do objeto. 
02. 
Contratos Administrativos
FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS 
Os contratados administrativos em regra geral serão escritos. 
Exceção: Poderá ser verbal os contratos de pronto pagamento, DE VALOR ATÉ 10 MIL REAIS. Fora isso deverão ser escritos.
Os contratos deverão ser lavrados nas repartições do poder público contratante, salvo aqueles que dizem respeitoa direitos reais, que serão lavrados no tabelião de notas. 
DURAÇÃO DOS CONTRATOS 
Em regra, terá a duração prevista no edital.
· Contrato por escopo: aquele em que a administração pública prevê o prazo de duração conforme a necessidade da execução do objeto. 
· Contratos de serviços e fornecimentos contínuos: a adm público pode fixar até 5 anos.
Precisa demonstrar vantajosidade em celebrar o contrato plurianual e a vantajosidade econômica. 
Também precisa atestar a existência de créditos orçamentários no momento que assina o contrato e a cada exercício financeiro. 
Se não houver vantajosidade ou créditos orçamentários (dinheiro para pagar), a administração poderá rescindir o contrato no próximo aniversário do contrato, sem qualquer ônus. 
E esses contratos a adm publica pode prorrogar em até 10 anos.
· Contratos por prazo indeterminado: quando for usuário de serviço público em regime de monopólio. (ex: nos casos de concessionaria que distribui energia elétrica)
· Contrato diferenciado: contrato de receita com a administração pública. A adm publica recebe dinheiro, nessas hipóteses não havendo investimento o contrato pode ir até 10 anos, porém, caso haja investimento o contrato pode chegar até 35 anos. 
ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS E DOS PREÇOS 
Os contratos administrativos poderão ser alterados para melhor adaptação a solução técnicas, que é a chamada alteração qualitativa. 
Também podem ser alterados quantitativamente, naqueles mesmos valores até 25%, já nos casos de reforma de edifício até 50%. 
Ponto importante: se tivermos diante da hipótese da contratação integrada, em que a empresa contratada, elaborou o projeto base, projeto executivo. E ela está executando a obra, a empresa não poderá pleitear alterações no contrato alegando alterações no projeto, pois quem elaborou o projeto foi ela, então não será possível essa alegação. 
No caso de contratação integrada, somente poderá ocasionar alteração no contrato, 
· Caso fortuito ou força maior – após assinatura do contrato
· Fato da administração – Uma ordem de paralisando a execução do contrato, em que administração manda parar a obra por exemplo, ai a obra fica parada.
· Fato príncipe – fato ocasionado pela administração pública que não tem uma relação direta com contrato, como por exemplo o aumento de tributos.
Art. 124. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica a seus objetivos;
b) quando for necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
II - por acordo entre as partes:
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou do serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado e vedada a antecipação do pagamento em relação ao cronograma financeiro fixado sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;
d) para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe ou em decorrência de fatos imprevisíveis ou previsíveis de consequências incalculáveis, que inviabilizem a execução do contrato tal como pactuado, respeitada, em qualquer caso, a repartição objetiva de risco estabelecida no contrato.
§ 1º Se forem decorrentes de falhas de projeto, as alterações de contratos de obras e serviços de engenharia ensejarão apuração de responsabilidade do responsável técnico e adoção das providências necessárias para o ressarcimento dos danos causados à Administração.
§ 2º Será aplicado o disposto na alínea “d” do inciso II do caput deste artigo às contratações de obras e serviços de engenharia, quando a execução for obstada pelo atraso na conclusão de procedimentos de desapropriação, desocupação, servidão administrativa ou licenciamento ambiental, por circunstâncias alheias ao contratado.
EXECUÇÃO DOS CONTRATOS 
Os contratos devem ser fielmente executados pelas partes. 
Executado o contrato, ele será recebido provisoriamente responsável pela fiscalização, que é o chamado fiscal de contrato. E definitivamente por um servidor designado ou uma comissão designada para tal 
Durante toda execução do contrato, se faz necessário que haja a figura do preposto. 
Preposto – O contratado é obrigado a manter durante toda execução do contrato, um preposto que é quem vai se relacionar com adm pública. Qualquer necessidade de contato, a adm publica vai relatar a esse preposto, que é quem vai representar a empresa. 
Art. 117. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por 1 (um) ou mais fiscais do contrato, representantes da Administração especialmente designados conforme requisitos estabelecidos no art. 7º desta Lei, ou pelos respectivos substitutos, permitida a contratação de terceiros para assisti-los e subsidiá-los com informações pertinentes a essa atribuição.
§ 1º O fiscal do contrato anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas à execução do contrato, determinando o que for necessário para a regularização das faltas ou dos defeitos observados.
§ 2º O fiscal do contrato informará a seus superiores, em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes, a situação que demandar decisão ou providência que ultrapasse sua competência.
§ 3º O fiscal do contrato será auxiliado pelos órgãos de assessoramento jurídico e de controle interno da Administração, que deverão dirimir dúvidas e subsidiá-lo com informações relevantes para prevenir riscos na execução contratual.
§ 4º Na hipótese da contratação de terceiros prevista no caput deste artigo, deverão ser observadas as seguintes regras:
I - a empresa ou o profissional contratado assumirá responsabilidade civil objetiva pela veracidade e pela precisão das informações prestadas, firmará termo de compromisso de confidencialidade e não poderá exercer atribuição própria e exclusiva de fiscal de contrato;
II - a contratação de terceiros não eximirá de responsabilidade o fiscal do contrato, nos limites das informações recebidas do terceiro contratado.
FISCALIZAÇÃO DOS CONTRATOS 
A administração pública é obrigada a designar um ou mais agentes para fiscalizar os contratos. É o chamados fiscal de contrato. 
Esse fiscal tem a obrigação em manter em registro próprio todas as alterações durante a execução do contrato 
Esse fiscal poderá ser assistido ou auxiliado por uma empresa ou profissional contratado para esse fim. Esse profissional ou empresa assumira responsabilidade objetiva pelas informações que passar para o fiscal de contrato. 
O fiscal de contrato não está isento de sua responsabilidade, nos limites das informações que receber da empresa ou profissional contratado. 
A EMPRESA OU PROFISSIONAL DE CONTRATO DE MODO ALGUM PODE SUBSTITUIR O FISCAL DE CONTRATO 
O fiscal de contrato poderá contar com o auxílio e orientações dos órgãos de controle interno da administração e de assessoramento jurídico 
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS Art. 137 e seguintes
Poderá ser extinto 
· Unilateralmente pela administração
· Acordo entre as partes: conciliação e mediação
· Decisão judicial ou arbitral
O particular não pode rescindir sozinho o contrato - Se desejar, ele deve, necessariamente, buscar uma solução consensual (fazendo acordo com a administração ou se tiver previsão no contrato conciliação e mediação) ou por decisão judicial ou arbitral (se tiver previsto no contrato).
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS Art. 155 
Sanções aplicáveis:
1 - Advertência
Para inexecução parcial do contrato, sem prejuízo ao interesse publico 
A nova lei de licitação, não prever qual será o procedimento para aplicação dessa sanção,porém, a CF impõe que é necessário a ampla defesa e contraditório em qualquer sanção 
2- Multa
É combinada com todas as outras
Para sua aplicação terá um processo administrativo simplificado com defesa prévia, em 15 dias uteis 
3- Impedimento de licitar e contratar por até 03 anos com a administração publica direta e indireta do ente federativo que aplicou a sanção. 
Será aplicado após um processo adm de responsabilização (o Chamado PAR), esse processo administrativo, é conduzido por uma comissão composta de no mínimo 2 servidores estáveis, onde o quadro for de empregados de celetistas será de no mínimo 2 empregados, preferencialmente com 3 anos de exercício. 
Esse processo serve tanto para sanção de Impedimento de licitar e Declaração de inidoneidade para licitar. E terá defesa prévia, que deverá ser apresentada em 15 dia uteis. Havendo necessidade de instrução processual, deverá ser concedido um prazo de alegações finais também no prazo de 15 dias uteis. 
Elaborado relatório com parecer exclusivo, a comissão encaminhará para unidade quedará a solução. 
Aplicada a punição, será lança no cadastro nacional de empresas inidôneas (sendo punição de inidoneidade) ou no cadastro nacional de empresas punidas e suspensa. 
Importante: A empresa que tomou a sanção de Impedimento de licitar, poderá se reabilitar depois de 1 ano da aplicação da multa 
4 - Declaração de inidoneidade para licitar e contratar de 03 a 06 anos de toda administração publica 
Sanção declaração de inidoneidade, a competência é exclusiva de secretário municipal, secretario estadual ou ministro de estado. 
A empresa que tomou essa sanção, ela poderá conseguir sua reabilitação depois de 3 anos da aplicação da sanção. 
OBS: a lei 14133 também se aplica aos convênios, ajustes e acordos, instrumentos semelhantes aos contratos 
Art. 155. O licitante ou o contratado será responsabilizado administrativamente pelas seguintes infrações:
I - dar causa à inexecução parcial do contrato;
II - dar causa à inexecução parcial do contrato que cause grave dano à Administração, ao funcionamento dos serviços públicos ou ao interesse coletivo;
III - dar causa à inexecução total do contrato;
IV - deixar de entregar a documentação exigida para o certame;
V - não manter a proposta, salvo em decorrência de fato superveniente devidamente justificado;
VI - não celebrar o contrato ou não entregar a documentação exigida para a contratação, quando convocado dentro do prazo de validade de sua proposta;
VII - ensejar o retardamento da execução ou da entrega do objeto da licitação sem motivo justificado;
VIII - apresentar declaração ou documentação falsa exigida para o certame ou prestar declaração falsa durante a licitação ou a execução do contrato;
IX - fraudar a licitação ou praticar ato fraudulento na execução do contrato;
X - comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude de qualquer natureza;
XI - praticar atos ilícitos com vistas a frustrar os objetivos da licitação;
XII - praticar ato lesivo previsto no art. 5º da Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013.
03. 
Intervenção do Estado na Propriedade e no domínio econômico
Via de regra, o Estado não vai intervir na propriedade privada. Todavia, o Estado poderá vir a intervir na propriedade privada sobre dois fundamentos 
 Supremacia de interesse público sobre o privado: O Estado necessita daquela propriedade privada para dar uma utilização pública. 
 Sanção por descumprimento da função social: O indivíduo não está cumprindo a função social da propriedade
A partir disso teremos algumas modalidades de intervenção do Estado na propriedade privada. 
São elas Supressivas e Restritivas.
SUPRESSIVAS
O poder público retira o direito de propriedade do individuou 
Teremos duas modalidades, que são Expropriação e Desapropriação
1-) EXPROPRIAÇÃO 
O indivíduo perderá a propriedade sem qualquer direito a indenização, quando for encontrado drogas ilegais ou exploração de trabalho escravo. Sendo agrário será destinado a reforma agraria a propriedade, sendo urbana será destinado a programas de habitação popular. 
Art. 243, da Constituição Federal. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º.
Atenção: se o proprietário COMPROVAR que não teve culpa, não perderá o direito de propriedade.
2-) DESAPROPRIAÇÃO
Teremos a retirada do direito de propriedade mediante a indenização, e essa indenização será em dinheiro ou mediante títulos da vida públicas, tendo duas espécies ordinária e sancionatória.
· A-) Ordinária – será por necessidade pública, utilidade pública ou interesse social.
Ocorrerá em justa previa indenização em dinheiro. 
E se desenvolve em duas fases 
· Declaratória – O Poder Publico declara o bem como necessidade pública, utilidade pública ou interesse social, através do decreto de desapropriação, sendo um ato do poder executivo, todavia, se o poder legislativo tiver iniciativa, mediante lei, sendo aprovada, o poder executivo somente dará a execução.
· Executória – é dar execução ao decreto de desapropriação, podendo ocorrer mediante acordo, conciliação, mediação ou arbitragem. Se nada dar certo mediante judicial, mediante a propositura da ação de desapropriação. 
Executória
O poder Público tem até 5 anos, nos casos de necessidade pública, utilidade pública, para ajuizar a ação de desapropriação. 
Ou 2 anos para ajuizar ação de desapropriação, nos casos de interesse social. Contados da data do decreto de desapropriação. 
Passado esses prazos, caducará. 
Essa fase executória da desapropriação poderá ser executada por concessionarias dos serviços públicos, desde que previsto em lei e no contrato. E também por consórcios públicos de direito públicos. 
· B-) Sancionatória - punição, vez que houve descumprimento da função social da propriedade privada. 
Poderá ser Agrária e Urbana.
Agrária – somente a união tem competência para promover a desapropriação do imóvel rural que não esteja cumprindo com a função social.
Indenização é paga em títulos da dívida agrária com prazo de resgate de até 20 anos. As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
Urbana – somente o município tem competência para promover a desapropriação do imóvel urbano que não esteja cumprindo com a função social.
Essa desapropriação sancionatória urbana, vai ocorrer para os imóveis urbanos que sejam (i) subtilizados – são aqueles que o proprietário usa somente uma parte pequena do terreno, (ii) não edificados ou (iii) não utilizados. 
O proprietário dessas áreas que for notificado pelo poder público, para que venha edificar, parcelar (fazer loteamento para vender), ou dar a correta utilização do bem. (Necessário notificar o proprietário) E assim não fizer, o poder publico irá instituir o IPTU progressivo no tempo, ou seja, instituir o aumento do IPTU, no prazo de 5 anos de iptu progressivo no tempo, e mesmo assim o proprietário nada fizer. O poder publico irá desapropriar o imóvel e destinar para programar de habitação popular.
Indenização – é feita posterior e mediante a títulos da dívida urbana, em um prazo de resgate de até 10 anos. Porém, para o município fazer isso a área tem que estar prevista no plano diretor. 
Resumo dos passos obrigatórios que o município tem que fazer: 1 - NOTIFICAR PARA EDIFICAR, PARCELA OU A ULTILIZAÇÃO CORRETA DO BEM. Proprietário não fez, 2 – MUNICIPIO AUMENTA IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO, e se em 5 anos o proprietário nada fizer – 3 – AI SIM O MUNICIPIO IRÁ DESAPROPRIAR 
RESTRITIVAS 
Hipóteses que o poder público não vai retirar o direito de propriedade, ela vai restringir 
Restringem o uso, mas não retiram a propriedade do indivíduo.
As hipóteses são 
1-) Servidão administrativa 
É um direito real público, em que o poder publico vaide modo permanente, mediante acordo ou ação judiação, utilizar a propriedade particular para levar um serviço de interesse público, 
Está relacionada ao serviço público ou serviço de interesse público. A administração pública necessita levar um serviço público a determinado local.
· É indenizada pelo efetivo uso.
exemplo: Rede de alta tensão passando sobre uma propriedade para levar energia elétrica.
2-) Ocupação temporária
Como o próprio nome diz é temporária a ocupação. 
O poder público pode ocupar uma área não edificada, enquanto estiver ocorrendo obras públicas. Para por exemplo alocar máquinas de construção. 
· Indenização pelo efetivo uso do bem.
Então se vir na prova da OAB, uma questão que envolva que o poder público, construindo e que necessita de uma área não edificada próximo onde está sendo a obra, para alocar máquinas de construção será ocupação temporária. 
3-) Requisição administrativa 
Ocorre diante de um iminente perigo público. Poderá ser mediante a calamidade pública, comoção pública. A autoridade competente, que é qualquer agente público no exercício da função, poderá usar de propriedade particular.
Poder público necessita usar de um bem particular, seja bem móvel ou imóvel, serviço ou bens perecíveis. 
Só há indenização ao final, se houver dano. Se não houver danos, não há de se falar em indenização.
Exemplo: Do policial usando bens particulares para perseguir bandidos 
4-) Tombamento
O poder público impõe ao particular proprietário que preserve um bem de preservação de bens de valor histórico, cultural, paisagístico ou arquitetônico.
Pode ser de um bem móvel, imóvel ou imaterial. 
O tombamento pode ser total ou parcial, ou seja, pode recair sobre a totalidade do bem ou apenas sobre uma faixada, um telhado, uma janela, por exemplo. 
Poder ser de 
· De ofício, quando a própria administração tomba seus próprios bens.
· Voluntário, quando o particular propõe ou a administração propõe e o particular aceita.
OBS: O bem tombado não pode ser retirado do país sem autorização do IFAM. 
OBS: Tem efeito extra partes. Isto é, atinge terceiros. 
OBS: se o proprietário não tiver recursos para manter o bem ele deverá notificar o poder público tombante, para que ele venha a promover as reformas de conservação. 
Como regra geral o tombamento permite que um ente federativo de baixo tombe de um ente federativo de cima, caso ele não esteja dando a devida conservação, pois é competência comum entre união estado e municípios. Isto é um município, pode tombar um bem da união, caso ela não esteja dando a devida conservação, e seja um bem histórico do município. 
OBS IMPORTANTE: Isso não pode ocorrer na desapropriação, pois a desapropriação é regida pelo princípio da verticalidade, que é a união pode desapropriar bens dos estados e dos municípios. Os estados podem desaproprias bens dos municípios, mas o contrário não pode de jeito nenhum. 
Atenção: Agora os estados e municípios mediante autorização do PR poderão desapropriar bens de empresa publicas e de sociedade de economia mista. 
5-) Limitações administrativas:
São restrições de ordem geral a todos impostas, decorrente de poder polícia, o poder público impõe restrições aos particulares de modo a permitir o convívio comum. 
Só podem ocorrer mediante lei, geralmente é lei municipal. 
Em regra, não geram direito a indenização, salvo se gerarem o esvaziamento do direito de propriedade
São exemplos de limitações administrativas, Os gabaritos que é aquele que fixa a altura máxima em edifício, é o que ocorrem em aeroporto por exemplo ou em praias. 
Intervenção do estado na ordem econômica
Como regra geral o Estado não irá intervir na ordem econômica.
Porém, o estado pode intervir como fiscalizador e sancionador, nos casos de infrações contra a ordem econômica. E assim vai fazer através do CADE 
Art. 170, da Constituição Federal. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: IV - livre concorrência; V - defesa do consumidor;
CADE – é uma autarquia federal e possui um tribunal administrativo, que é responsável pela aplicações de sanções a quem pratica infrações da ordem econômica 
Infração à ordem econômica – é aquela conduta que tem como objetivo lesar a livre concorrência ou o consumidor. 
Processo administrativo instaurado pelo CADE – tem prazo para ser concluído, Se o processo ficar paralisado por 3 anos ocorre prescrição intercorrente. 
As infrações têm prazo prescricional de 05 anos
· Infração Prazo prescricional: 05 anos
· Instauração do processo Prescrição intercorrente: 03 anos
OBS: Se a infração à ordem econômica, ao mesmo tempo, constituir crime, o prazo prescricional será o aplicado ao crime.
04. 
Improbidade administrativa
Ato de improbidade não é crime, falamos em ato de improbidade administrativa, e o indivíduo vai responder pela sua conduta em várias esferas, penal, civil, administrativa e na esfera de improbidade administrativa. 
Importante: Todas elas são independentes, todavia se o individuou for absolvido na esfera penal, POR NEGATIVA DE AUTORIA OU INEXISTÊNCIA DO FATO, ele será necessariamente absolvido em todas as outras. 
Art. 1°, da Lei 8.429/92. Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.
Perguntas básicas que precisamos saber para prova de 1 fase. 
1-) Quem pode sofrer ato de improbidade administrativa?
Sofre ato de a improbidade administrativa, qualquer pessoa da adm publica, ou pessoa jurídica da adm publica direta e indireta. Ou empresas que não são integrantes da adm publica que guarde/administre/receba dinheiro de caráter público. Até ONG se receber dinheiro publico poderá ser atuada de improbidade administrativa, esses últimos são chamados de pessoa passiva do ato de improbidade. 
OBS: se a ong receber mais 50% do seu valor da manutenção anual dos cofres público, a sanção patrimonial é calculada em cima do todo. Se receber menos 50% a sanção patrimonial é calculada em cima do valor repassado pelo poder publico. 
Diante disso tudo, é importante saber que qualquer pessoa do poder público que recebe valor pode sofrer ato de a improbidade administrativa. 
2-) Quem comete ato de improbidade administrativa?
Qualquer agente público, no sentido mais amplo da lei, servidor ou não, ainda que exerça atividade transitoriamente ou sem remuneração. 
Além do agente público, responde também o particular beneficiário do ato ou que concorreu para que o ato ocorresse. 
IMPORTANTE: O particular nunca responderá sozinho, só responderá junto com um agente público
Então responde por ato de improbidade administrativa, Ministro de estado, ministro do STF, Vice-presidente da república, servidor público, empregado público e até mesmo estagiário. 
Só uma pessoa que não responde, que é o PR. Pois ao cometer ato de improbidade, RESPONDERÁ POR CRIME DE RESPONSABILIDADE. 
Presidente da República não responde por ato de improbidade, pois responde por crime de responsabilidade, conforme previsto no art. 85, V da CF.
Cuidado com pegadinha: caso o Vice-presidente, Presidente do STF, DO congresso ou da câmara dos deputados, caso estejam exercendo a presidência da república e no exercício da função responderão por crime de responsabilidade.
Agente público por equiparação: não é servidor público, nem empregado público, mas por estar administrando dinheiro público, ele será o chamado o agente público por equiparação e sendo assim responderá por ato administrativo.
Porém cuidado: o particular sozinho, não tendo equiparação, nunca responderá, agora poderá vir a responderjunto com outro agente publico ainda que seja por equiparação. 
Então o agente publico por equiparação é diferente do particular beneficiário!!
3-) Quais são os atos de improbidade administrativa?
Os atos de improbidade estão um rol exemplificativo, regulados em pela Lei 8.429/92, nos artigos 9, 10, 10-A e 11
Temos atos de improbidade administrava prevista em outras legislações também. 
Atos de improbidade administrativa pela Lei 8.429/92
A-) Atos de Enriquecimento Ilícito Art. 9 – são aqueles que o indivíduo acrescenta ilicitamente em seu patrimônio por conta de uma desonestidade. Não existe o princípio da insignificância ou da bagatela, nos atos de improbidade. 
Sendo assim, se um estagiário imprimir um trabalho da faculdade, no local do serviço ele enriquecerá ilicitamente, pois ele está acrescentando no patrimônio deles as folhas. 
Somente aceita a conduta dolosa 
B-) Danos ao erário Art. 10 – Quer dizer danos aos cofres públicos, 
É o único ato que poder ser punido tanto a título de dolo quanto a culposa. 
É essa conduta culposa pode responder tanto o indivíduo que praticou o ato, mas também aquele tinha o dever de impedir que o fato não ocorresse, e não impediu. 
Erário – economia publica 
C-) Destinação indevida de benefícios tributários ou financeiros Art. 10-A – ocorre normalmente com os prefeitos que dão a isenção fiscal, de Impostos sobre serviços ISS, acima da alíquota permitida, esses responderão por ato de improbidade administrativa 
Somente aceita a conduta dolosa 
D-) Afrontam aos princípios da administração pública Art. 11, L – nesse caso o indivíduo viola os deveres de legalidade, honestidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
Somente aceita a conduta com dolosa 
Os atos que afrontam aos princípios da administração pública, independem de resultado, BASTA A CONDUTA. Diferente dos outros atos acimas que necessita de prova que o individuou cometeu os atos. 
 
4-) Quais são as sanções?
Além das sanções penais, civil e administrativas, é possível que o indivíduo que cometeu ato administrativas sofra as sanções previstas no art. 12 da Lei 8.429/92
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
5-) Qual o prazo prescricional?
Como regra geral, as sanções impostas aos atos de improbidade administrativa prescrevem em 5 anos 
Exceções 
- No caso de ocupante de cargo eletivo, função de confiança ou cargo em comissão, o prazo é de 5 anos contados no momento em que deixou o cargo. Se for reeleito o prazo começa ocorrer contados no final do 2 mandato, independentemente se o ato foi praticado no primeiro mandato ou no segundo. 
- Se o indivíduo for servidor público estatutário, o prazo é o previsto no seu estatuto para demissão, no caso de servidor publico federal é de 5 anos contados da data que o fato se tornou conhecido. Se a conduta também vier a se constituir crime se aplica O PRAZO PRESCRICIONAL DO CRIME. 
- O prazo é de 5 anos contados da data que prestou contas ou que deveria de prestado contas para aqueles dirigentes de ongs. 
OBS: Ao particular beneficiário do ato ou que concorreu para prática do ato, o prazo é o mesmo do agente público. 
Uma coisa é ação de improbidade administrativa, que prescreve em 5 anos. Outra coisa é a Ação de ressarcimento ao erário, é ação que busca ressarcimento do dano causado pelo ato de improbidade
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.
III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
Ação de ressarcimento ao erário, é ação que busca ressarcimento do dano causado pelo ato de improbidade
Quanto o ato for doloso é imprescritível
Ato culposo: 05 anos.
6-) Quais as disposições peculiares?
Mandato contínuo: se o ocupante de cargo eletivo se reeleger, o prazo de 05 anos da prescrição só começará a correr a partir do final do segundo mandato.
Indisponibilidade dos bens: pode recair tanto sobre os bens adquiridos antes do ato de improbidade ou depois. Tão somente sobre os bens necessários ao ressarcimento ao erário e da multa.
Responsabilidade dos herdeiros: ação continuará correndo contra os herdeiros até o valor da herança, em relação a perda dos bens acrescidos ilicitamente ou ressarcimento ao erário.
Aprovação de contas: a aprovação das contas da administração pública por tribunal de contas não isenta de responder por ato de improbidade
Afastamento preventivo: é possível decretar o afastamento preventivo de um servidor de sua função temporariamente enquanto corre a investigação, para que não intimide testemunhas ou destrua provas. O afastamento é remunerado.
Proposição: A ação de improbidade administrativa sempre será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica lesada, perante o juiz de primeiro grau, independente de quem for a autoridade que cometeu o ato. NÃO EXISTE FORO PRIVILEGIADO.
Acordo de não persecução cível: Com a mudança realizada na Lei nº 8.429/92 pela Lei nº 13.964, de 2019 (pacote anticrime) passou a ser possível a leniência em matéria de improbidade, com a possibilidade da celebração de acordo de não persecução cível
05. 
Agentes Públicos e Processo Administrativo
1-) Provimento
Lei 8.112/90
Ato administrativo pelo qual a pessoa física vincula-se á administração publica ou a um novo cargo, para prestação de um serviço. 
Formas de provimento de cargo público: PANR4
· Promoção 
· Aproveitamento· Nomeação 
· Readaptação 
· Reversão
· Reintegração 
· Recondução 
Nomeação 
Essa nomeação ela obedece a uma linha do tempo, que é 
I. Concurso – a pessoa começa a fazer concurso público, podendo ser de provas ou provas de títulos (não pode ter um concurso somente de títulos)
II. Nomeação 
III. Posse 
IV. Exercício 
V. Estágio Probatório 
VI. Estabilidade
i-) Concurso: 
A pessoa começa a fazer concurso público, podendo ser de provas ou provas de títulos (não pode ter um concurso somente de títulos)
Prazo de validade do edital: de até 2 anos, sendo prorrogado por uma vez por igual período. 
ii-) Nomeação
Quando o concurseiro é nomeado, sai o nome no diário oficial. 
iii-) Posse 
Quando a pessoa se transforma em servidora. 
Prazo para posse:
· 30 dias 
Quando a pessoa é nomeada ela tem um prazo para tomar posse em até 30 dias, caso ela não tome posse nesse prazo tornasse sem efeito sua nomeação.
Importante: a pessoa pode se dar mediante a procuração 
iv-) Exercício 
Efetivo desempenho do cargo, quando a pessoa começa a trabalhar
Prazo para entrar em exercício após a posse.
· 15 dias 
Após a posse, o servidor púbico tem um prazo de 15 dias para entrar em exercício, caso não entre em 15 dias em exercício, ela é exonerada de ofício.
V-) Estágio Probatório 
Quando a pessoa começa o seu exercício já começa a contar o tempo do estágio probatório. 
· Após entrar em exercício, o servidor publico tem que ficar 3 anos em estágio probatório 
vi-) Estabilidade 
Depois que acaba o período do estágio probatório, e ela garante a estabilidade de permanência no serviço publico 
Porém, não é absoluta, pois a pessoa pode deixar o cargo por sentença judicial transitada julgado ou processo administrativo. 
Tem também por conta da avaliação periódica de desempenho 
Música para gravar tudo isso kakak:
2-) TETO REMUNERATÓRIO
Está previsto no Art 37, XI da CF 
· Os agentes públicos: não podem receber mais do que os Ministros do STF. (teto absoluto)
a-) Empresas Publica e sociedade de economia mista 
Somente irá aplicar-se as regras do inciso XI, do art 37 CF, caso a empresa publica ou sociedade de economia mista, que recebem verbas/recurso da União, Estados ou Municípios, para o pagamento de seus funcionários ou custeio em geral. 
Ex: Banco do Brasil – não aplica a regra, pois a sociedade de economia mista, pois ela mesmo paga suas contas, sem receber nada do governo. Então seus empregados podem receber mais que um Ministro do STF. 
B-) Verbas de caráter indenizatória não é limitada ao teto
Não se aplica a regra do teto do ministro do stf, quando a verba for de caráter indenizatória. 
2-) Subteto, outros limites dos servidores públicos 
Servidor municipal – Não pode ganhar mais que o prefeito do município 
· Exceção procuradores municipais, não estão sujeitos a essa regra 
Servidor Estadual – também tem subteto, porém, a limitação vai ser de acordo com qual do poderes. 
Servidor estadual:
· Poder Executivo – não pode ganhar mais que o governador
· Poder Legislativo – não pode ganhar mais que o Deputado Estadual
· Poder Judiciário – não pode ganhar mais que o desembargador do TJ
Então fica assim 
Desembargador do TJ – O Desembargador pode ganhar a mesma coisa que o ministro do STF, mas ele está limitado a ele. 
Membros do MP, procuradores Estaduais e Municipais e Defensores Públicos – aplica-se o limite de 90,25% do ganho dos ministros do STF. 
OBS importante: procuradores municipais não está limitado ao teto do prefeito, e aplica-se também, o limite de 90,25% do que recebem o ministro do STF
06. 
Poderes da Administração Pública
1-) Poderes da administração
Quando estamos falando de poderes administrativos, estamos falando de poderes; prerrogativas conferidos pela administração público, e para isso esse poderes acaba sendo conferido para o administrador. Para satisfazer o interesse publico.
São
· Hierárquico 
· Vinculado 
· Polícia 
· Regulamentar 
· Discricionário 
· Disciplinar 
 São poderes/deveres, pois são irrenunciáveis. 
 São conferidas para a administração pública, ao administrador público. 
 Geram atos administrativos: manifestações unilaterais de vontade que objetivam conceder, resguardar, extinguir direitos e impor obrigações, tanto aos agentes públicos, quanto aos particulares.
a-) Vinculado 
É aquilo que administração pública deve fazer (obrigatório) não há margem de liberdade 
A lei impõe e adm publica, tem que fazer do jeito que ela manda.
Ex servidor público que completou 75 anos, a adm pública é obrigatória a aposentar o servidor.
 Uma única opção para a administração pública; não deixa margem. 
 Gera atos vinculados.
b-) Discricionário 
É aquilo que adm publica pode fazer, ela tem uma margem de liberdade para administração, diferente do poder vinculativo.
 Deixa margem de eleição (escolha) para o administrador. 
 Através de critérios de conveniência e oportunidade para o interesse púbico, formando o mérito administrativo. 
 Gera atos discricionários. 
· Poder judiciário somente poderá fazer controle de juridicidade.
c-) Regulamentar (ou normativo)
· É o poder conferido ao chefe do poder do executivo (prefeito, governador, PR) para fazer decretos e regulamentos, que vão implementar as leis, para que as leis possam ser aplicadas.
· Esses decretos e regulamentos, não podem alterar, contrariar ou modificar o que a lei já disse. Mas podem detalhar, para possa ser aplicado no dia a dia. (ou seja serve para detalhar a lei)
 É o poder conferido aos chefes do Executivo para editar decretos e regulamentos com a finalidade de permitir a efetiva implementação da Lei
 Enquanto as Leis são criadas no âmbito do Poder Legislativo, a Administração Pública poderá criar esses decretos e regulamentos para complementá-las. 
 Decretos e regulamentos não podem contrariar, alterar, modificar as disposições da Lei. Incumbe à Administração, então, complementar as Leis, criando os mecanismos para sua efetiva implementação (Ex.: Lei 8.112 x Decreto 5.707).
d-) Hierárquico
Vínculo de subordinação 
O servidor publico tem o dever de obediência ao chefe dele (dentro da lei)
A hierarquia se dá entre os agentes públicos, bem como entre os órgãos públicos 
Cuidado: administração publica direta, não tem hierarquia contra as entidades da adm publica indireta, tendo somente uma vinculação. 
Subordinação 
· Agentes publico 
· Órgãos publico 
é pelo poder hierárquico que o superiores, corrigem, fiscalizam, atribui, avoca, os seus servidores públicos 
 Possibilidade de escalonar a estrutura da administração pública e seus agentes. 
 A hierarquia é inerente ao Poder Executivo (organização interna). 
 O poder hierárquico tem íntima relação com o poder disciplinar e objetiva ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas no âmbito interno da Administração. 
· Superior que tiver conhecimento de atos ilegais cometido por um subordinado, poderá anulá-lo. 
· Quando ato se tornar inconveniente ou inoportuno, o superior poderá revogá-lo. 
 Nas relações hierárquicas há vínculo de subordinação entre órgãos e agentes.
e-) Disciplinar
 O Poder Disciplinar é o exercido pela Administração para APURAR INFRAÇÕES e APLICAR PENALIDADES aos servidores e das demais pessoas que ficarem sujeitas à disciplina administrativa (ex.: empresas privadas contratadas para prestação serviços públicos; detentos de unidade prisional; alunos de escola pública).
OBS: cuidado para não confundir com poder hierárquico. O poder hierárquico o superior fiscaliza o subordinado, já o poder disciplinar caso ele veja que esse esteja praticando um ato indisciplinar, ele tem que apurar através de um PAD ou sindicância, e aplicar uma penalidade administrativa. 
Aplica-se ao servidores e também quem estiver sujeito disciplina administrativa, (quem tem vínculo jurídico com adm, ex empresa privada que ganhou uma licitação para prestar serviço público)
Aplica-se a disciplina administrativa 
· Agente público 
· Empresa privada que ganhou licitação 
· Detento – preso que está no presidio tem que cumprir as regras 
· Aluno de escola pública– toma suspensão, advertência 
f-) Poder de polícia
· O poder de polícia é um poder conferido para administração, para limitar ou disciplinar as atividades dos particulares em prol do interesse publico 
Poder de polícia apura infração, aplica penalidade, estabelece regras, faz conceções. O poder de polícia faz tudo isso, mas para fora da administração.
poder de polícia regulamenta (ex coloca placa de proibido estacionar), o poder de polícia fiscalizar (agente de trânsito fiscaliza quem estacionou em lugar proibido), o poder de polícia vai sancionar (vai aplicar a multa de quem estacionou no lugar proibido).
 Poder de Polícia, portanto, é a atividade do Estado que limita os direitos individuais em benefício do interesse público, ou seja, é o mecanismo de frenagem de que dispõe a Administração Pública para conter os abusos do direito individual (Hely Lopes Meirelles). 
 O interesse público está relacionado com a segurança, moral, saúde, meio ambiente, consumidor, propriedade, patrimônio cultural.
O poder de polícia temos ele dentro da área judiciaria, que é feito pelos órgãos de segurança pública. Já o poder de polícia feita pela administração é feito pela polícia administrativa, feito pelos órgãos público. 
Sempre vai ser contra terceiro, 
07. 
Atos Administrativos
1-) INVALIDAÇÃO/EXTINÇÃO ou ANULAÇÃO/REVOGAÇÃO
Art. 53, Lei 9.784/1999: A Administração deve:
· anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, 
· e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. –
Súmula do STF 473 – A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou REVOGÁ-LOS, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. – Cuidado com essa parte pois, o judiciário não poder revogar atos administrativos, O judiciário só poder anular quando contiver alguma ilegalidade. Essa parte final quer dizer que todos os atos administrativos estão sujeitos a apreciação judicial, porém apenas a ilegalidade pode ser avaliada. Conveniência e oportunidade não é permitido a avaliação pelo judiciário.
Súmula do STF 346 - A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
A-) Princípio da autotutela – Por esse princípio a administração pode e as vezes tem o dever de rever seus próprios atos, sem precisar do judiciário para isso. Então se a adm publica verificar que um ato seu está com um vicio de ilegalidade, a própria adm vai anular aquele ato administrativo, sem precisar do poder judiciário para isso pelo principio da autotutela.
 A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Anulação = vicio de legalidade – Administração e judiciário
Revogação = inconveniência ou inoportunidade – somente a Administração 
 A administração pode convalidar também um ato administrativo, quando o ato está com problema de ilegalidade, porém é possível o sanar o ato administrativo, tornando o ato valido, sem precisar do judiciário.
 O direito de revogar ato administrativo não tem limitação temporal. 
O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé (princípio da segurança jurídica).
 Para que os atos tenham validade, eles precisam preencher certos requisitos, quais são eles: 
· Competência 
· Finalidade 
· Forma 
· Motivo 
· Objeto 
 Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis (vício de competência ou vício de forma) poderão ser convalidados pela própria Administração 
Cuidado: na hora não confundir anulação com revogação. 
Anulação 
Tanto administração, quanto o judiciário pode anular um ato.
· A administração poderá de ofício anular
· Judiciário – somente ser for provocado
sempre que o ato constituir um vício de legalidade.
A-) Efeito: Ex tunc – isto é, seu efeito retroage 
EX TUNK – testa retroage 
EX NUNK – nuca só para frente 
B-)Prazo
Se passar 5 anos decai o direito da administração anular o ato administrativo – se for de boa-fé (princípio da segurança jurídica)
· Agora sem comprovada a má-fé, a qualquer tempo a administração publica poderá anular o ato ilegal
Cuidado: No caso de o ato ferir a constituição federal não importará se for má fé ou boa-fé, a administração publica em qualquer tempo poderá anular o ato.
C-) Defeitos sanáveis
Atos ilegais que não acarretar lesão ao interesse publico nem prejuízo a terceiros, e que podem ser sanáveis pela administração público, pode ser convalidados. 
os atos terão vicio de legalidade, quando faltar os requisitos da validade dos atos (está descrito acima os requisitos)
Os atos que poderão ser convalidados, são atos que apresentarem vicio de 
· competência 
· e forma 
Revogação 
· Somente a própria administrativo pode revogar ato administrativo, pois a revogação envolve análise de mérito. Judiciário jamais poderá revogar
Ato valido, não tem legalidade, mas a administração olha e verifica que não está mais conveniente ou oportuno continuar com ato. 
Ex: Se tem uma rua, que é cheia de barzinho, a administração permite que naquela rua os bares pode deixar cadeira e mesa na calçada – porém durante um tempo verifica-se que houve muita circulação de pessoas, o que acaba atrapalahando as mesas e cadeiras fora dos bares, diante disso verifica que não está mais oportuno continuar com ato, então a administração revoga os atos. 
A-) Efeito: Ex Nunc – não retroage, é da revogação pra frente.
A revogação – é o mérito do ato administrativo, é a discricionariedade da administração. 
B-) Prazo 
 O direito de revogar ato administrativo não tem limitação temporal. 
08. 
Bens Públicos
1-) Bens Públicos
 São públicos os bens das pessoas jurídicas de direito público interno
Art. 98, do Código Civil. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Art. 41, do Código Civil. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei (fundação publica com personalidade jurídica de direito público “fundação autárquica”) 
 Os bens das empresas públicas, sociedades de economia mista prestadoras de serviço público e fundações públicas de direito privado são bens privados com prerrogativa de direito público
OBS: empresa publica e sociedade de economias mista – entediada da adm indireta com personalidade jurídica de direito privado – bens privados, não são bens públicos, não interessa ao direito adm.
Exemplo: Correios (empresa pública prestadora de serviços públicos): os bens possuem prerrogativas de direito público CEF (empresa pública exploradora de atividade econômica): são bens privados e não terão prerrogativas de direito público
A-) Classificação: 
Art. 99, do Código Civil. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 30 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; - ex: prédio da escola, fórum, viatura da polícia 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Bem dominical – bem que não tem uma utilização/destinação específica. (ex: terreno baldio, terreno que não tem utilização)
Bens de uso comum do povo:
· Utilizados por toda população 
· Exemplo:mares, rios praças, ruas
Bens de uso especial 
· Necessários para utilização da administração pública 
· Prédios públicos, veículos oficiais, biblioteca pública 
Bens dominicais 
· Aquelas que integram o patrimônio, mas não estão afetos a uma atividade pública. 
· Não são utilizados diretamente
Afetação e Desafetação 
 Afetação: é quando um bem está vinculado a uma finalidade pública (está afetado). Em regra, 
· os bens de uso comum do povo e 
· os bens de uso especial 
são afetados. Ex.: prédio público onde funciona uma escola pública está afetado à prestação desse serviço. 
 Desafetação – é quando um bem não está vinculado a nenhuma finalidade pública (está desafetado). 
· Os bens dominicais são desafetados. Ex.: terreno baldio da Prefeitura. 
 Entende-se por desafetação também, o ato de desvincular um bem a determinada finalidade, a fim de facilitar sua alienação. Portanto, um bem de uso comum do povo ou de uso especial é transformado em bem dominical. O ato de desafetação depende de lei específica.
OBS: Um bem publico de uso comum do povo ou de uso especial, que são aqueles afetados, eles não podem ser alienados enquanto forem de uso comum do povo e de uso especial. 
Somente poderão ser afetados se esses bens forem desafetados, e se tornarem bens dominicais. 
Ex: Então se tem uma escola que está funcionado em um imóvel, esse imóvel é um bem publico e no momento é de uso especial, esse bem enquanto estiver sendo usado de modo especial, não poderá ser alienado. 
Então a administração poderá desvincular o bem, isto é, retirar o uso da escola desse bem, isto é, desafetando o bem, tornando ele um bem dominical. 
Porém esse ato de desafetação depende de lei específica. 
Características: 
A-) Impenhorabilidade: Os bens públicos não podem ser objeto de constrição judicial (execução contra a Fazenda Pública – Precatórios). 
Isto é, bens publico não pode ser objeto de contrição judicial, não dá para penhorar um bem de um autarquia por exemplo, penhorar uma praça. 
B-) Inalienabilidade (relativa) Bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua QUALIFICAÇÃO, na forma que a lei determinar. Os bens públicos dominicais PODEM SER ALIENADOS, observadas as exigências da lei. 
C-) Imprescritibilidade: Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. Os bem públicos não se sujeitam à chamada prescrição aquisitiva.
Ex: pessoa já está a 10 anos morando no imóvel, não pode pedir usucapião, pois bem publico não poder ser usucapido 
D-) Não onerabilidade: Nenhum ônus real (ex.: hipoteca, penhora, usufruto...) pode recair sobre os bens públicos. Bens públicos não podem ser dados como garantia em favor de terceiros.
Bens públicos não podem ser dados como garantia em favor de ninguém, por que não pode ter onerabilidade sobre os bens públicos. 
OBS: O bem dominical só pode ser alienado, o bem dominical não está sujeito a usucapião, muito menos pode ser dado em garantia. Então a relativação é so em relação a inalienabilidade do bem dominical, não há outra exceção.
2-) PRINCÍPIOS
Art. 37, CF: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
 LIMPE: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade Eficiência. 
 Toda a administração direta e indireta precisa observar os princípios. 
 Todos os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) precisam observar os princípios do caput do art. 37, da CF.
A-) Legalidade 
 Significa que a Administração Pública só pode fazer o que a lei autoriza, determina, permite.
Diferente, será o princípio da legalidade para a população, que é fazer tudo o que a lei não proibi. 
Já administração só pode fazer o que está em lei.
B-) Impessoalidade 
 A atuação da Administração Pública tem que sempre ter como finalidade o interesse público. E não o particular!!!!
 É este princípio que veda que o agente público se valha dos feitos da Administração para fazer promoção pessoal. 
· Proibição de nomes, símbolos, etc, que identifiquem o agente público em propagandas da Administração Pública.
· Os feitos da administração deve ser imputada ao ente publico que o realizou e não ao agente que por acaso estava como admnistrador
C-) Moralidade 
 A atuação da Administração precisa estar dentro da ética, da moral, da boa-fé. 
 Vedação do nepotismo na Administração Pública (Impessoalidade + Moralidade)
D-) Publicidade 
 Determinados atos da administração precisa ser publicados, para que eles tenha eficácia, atos que interessa pra fora da administração ou que vão onerar a administração precisam ser publicados oficialmente 
 ser publicados. 
 São aqueles atos externos. 
 É preciso observar os atos que ferem a privacidade da pessoa. 
OBS:Esse principal não é absoluto, quando ferir direitos, privacidade, intimidade e segurança a ordem.
E-) Eficiência 
 A atuação da Administração Pública precisa buscar a perfeição do serviço público.
 Serviço público precisa ter eficiência
09. 
Função do Estado e Organização da Administração Pública
Estudar pela apostila do ceics, pois lá está muito mais organizado 
3-) Consórcio Público 
Tem dois grupos 
· Consorcio de direito público – Quando se tem mais de um ente federado que se une, para criar um personalidade jurídica que vai atender de forma conjunta. – Também denominada associação publica, isto é, tem característica de autarquia Inter federativa. (pode atender vários municípios)
· Consórcio de direito privado – natureza privada
Consórcio Publico 
 Privilégios: 
· Poder de promover desapropriação (somente atos executórios, não decreto expropriatório) e instituir servidões (art. 2º, §1º, inciso II); 
· Possibilidade de ser contratado pela Administração Direta e Indireta, com dispensa de licitação (art. 2º, §1º, III); 
· O dobro do limite para contratação direta por dispensa de licitação em razão do valor (art. 24, I e II, Lei 8.666/93); 
· Poder de dispensar licitação na celebração de contrato com ente da federação ou com entidade da Administração Indireta, para prestação de serviços públicos de forma associadas (art. 24, inciso XXVI, Lei 8.666/93)
 Os consórcios sofrem controle pelo Tribunal de Contas (art. 9º, parágrafo único da Lei 11.107/2005) 
 Também, sofrem controle dos entes federativos do qual façam parte da Administração Indireta deles. 
 O artigo 3º da lei 11.107/2005 traz que o consórcio é constituído por contrato,
 Vai ser constituído por lei –> se for por lei estamos diante de associação publica 
 Ou então poderá ser criado por atos constitutivos dentro do cartório, que diante disso estaremos diante do consorcio público de direito privado.
10. 
Serviços Públicos
1-) SERVIÇO PÚBLICO
Não importa se a atividade é essencial ou não.
Pode ter ou não critério formal 
- Critério formal: conforme a vontade do legislador ou do constituinte
- Sentido amplo: atividade ampliativa, que engloba a fruição geral e a individual (ônibus é de fruição individual como água também) (possibilidade de pagamento de tarifa quando for individual, pois serviço público não pressupõe ser gratuito).
- Sentido estrito: oferecimento de utilidade e comodidades que podem ser fruíeis individualmente (água e luz, são contas pessoas e serviços unilaterais)
- Titularidade: pessoa jurídica de direito público
A-) Serviço notarial e de registro
 Serviços públicos notariais (exercido pelo notário ou tabelião) e de registro (exercido pelo oficial de registro ou registrador) são exercidos através de delegação de serviço público, segundo o artigo 236, da Constituição Federal.
Os tabelionatos, notarias e registradores – prestam serviço publico por delegação, porém, o fato deles prestarem serviço publico por delegação, não significa dizer que são servidores públicos. 
Podem ser categorizados de forma genérica agentes públicos – mas são particulares, que prestam serviços públicos por delegações
E prestando serviço publico por delegação, eles tão prestando esse serviçopublico e não são responsabilizados diretamente, quem é responsabilizados é a pessoa jurídica. 
Porque o notário e o tabelião entre outros, é uma pessoa física que por meio de concurso público, teve oportunidade de ser titular de um determinado cartório.
E mesmo fazendo concurso publico ele não será servidor público. E sim ele é uma pessoa física que exerce serviço público.
Pelo fato dele não ser servidor público estatutário e nem celetista, ele não vai se aposentar compulsoriamente.
2-) Princípios do Serviço Público
O limpe se aplica aos serviços públicos, mas vamos ver agora serviços específicos dos serviços públicos 
 Todos os princípios aplicados à Administração Pública. Além deles: 
· Continuidade: prestação de um serviço público não pode parar (ex: hospital, polícia, são serviços 24 horas). Tem serviço publico que não vai violar o princípio da continuidade, que tiver horários que ele não seja prestado (biblioteca publica que funcionando das 6 a 17 horas)
· Igualdade: o acesso é universal, pressupõe uniformidade e neutralidade. (todas as pessoas que têm interesse deve usufruir do serviço tendo igualdade do serviço para todos, logico que em alguma situações a lei vai trazer ressalvas, mas a LEI, e que não vão ferir o princípio da igualdade em serviços públicos) ex: idoso não pagar passagem
· Mutabilidade, adequação e atualidade: o serviço deve ser ofertado em conformidade com a atualidade, de forma regular, com segurança e eficiência. (ex: a adm não poder colocar ônibus antigos e poluentes, tem que colocar novos ônibus)
· Segurança: a prestação do serviço público não pode colocar em risco a integralidade usuários ou da coletividade. (ex: não se pode colocar um ônibus, a mais de tempo sem passar pro revisões, que não tem freios, colocando em risco os usuários)
· Transparência: o usuário tem direito de ter informações para defesa de direitos individuais ou coletivos. (tem direito de ter informações, mesmo que esteja sendo prestado por particular)
· Modicidade nas tarifas: o valor exigido DEVER SER O MENOR POSSÍVEL, deve ser acessível, isto é não se pode colocar um valor alto que só vise lucros, e se torne inacessível. (até a concessionaria que ganhou a licitação deve seguir esse principio.)
A-) Lei de concessão e permissão Art. 6º, Lei n. 8.987/95:
Art. 6º, Lei n. 8.987/95: Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato. 
§ 1º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. 
§ 2º A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço. 
§ 3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: 
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, - mesmo sem aviso prévio não ferirá o princípio da continuidade dos serviços públicos (fio pega fogo na rua do hospital e é necessário fechar por conta de reparos e segurança)
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. Ex: pessoa não pagou conta de luz ou água, poderá se descontinuado o serviço prestado. PORÉM É NECESSARIO O AVISO PREVIO e não poderá ocorrer na sexta, sábado e domingo, nem feriado ou anterior a feriado) Importante LEERRRR
§ 4º A interrupção do serviço na hipótese prevista no inciso II do § 3º deste artigo não poderá iniciar-se na sexta-feira, no sábado ou no domingo, nem em feriado ou no dia anterior a feriado. (Incluído pela Lei nº 14.015, de 2020)
§3 inciso I e II e §4 – importante. 
3-) Formas de Prestação e Classificação
Esse serviço publico pode ser prestado tanto pela adm publico ou por particulares. 
Se for por particulares será por delegação
Se for a própria adm publica ela poderá prestar pela administração publica direta, ou pode outorgar para as entidades da administração indireta, como autarquia, fundação, emp publica, sociedade de economia mista.
 Outorga (ou descentralização por serviços):
· Ocorre através da criação ou autorização da criação de entidades da administração indireta que vão prestar o serviço 
· (geralmente) por prazo indeterminado. 
· Transfere a titularidade e execução no caso de autarquias, fundações públicas e associações públicas
 Delegação (ou descentralização por colaboração, ou delegação negocial): 
· Transferência por contrato (concessão ou permissão de serviço público) ou ato unilateral (autorização) para que uma pessoa delegada possa exercer a execução do serviço, sob fiscalização do Estado. 
· Quando realizada por contrato, é sempre por tempo determinado. 
· Na delegação, só transfere a execução, através da concessão ou da permissão (artigo 11 e 12, do Decreto-Lei n. 200/67).
Art. 175, CF: Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre: 
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; - (contrato)Sempre que houver concessão ou permissão se dará por contrato administrativo que vem depois do procedimento licitatório 
II - os direitos dos usuários; 
III - política tarifária; 
IV - a obrigação de manter serviço adequado
4-) Classificação dos Serviços Públicos
A-) Destinatários: quanto aos destinatários podemos classificar em duas subespécies: 
i-) Serviços públicos gerais ou coletivos (uti universi): são aqueles prestados sem identificar individualmente o usuário. Como é indivisível seu custeio ocorre por meio de imposto, em regra. Ex.: iluminação pública, calçamento, etc. 
ii-) Serviços públicos individuais ou singulares (uti singuli): são aqueles prestados para um usuário determinado, por ser divisível, é possível a cobrança por taxa ou tarifa, pois sabe a quantidade que ela consumiu do serviço. Ex.: fornecimento domiciliar de água, energia elétrica, transporte público, telefonia, etc..
B-) Titularidade: a titularidade pode ser classificada em 5 categorias: 
i-) Federal: titularidade União. Ex.: transporte rodoviário internacional e interestadual – art. 21, inciso XII, “e” da CF. 
OBS: esses serviços embora compete ao ente competente podem ser delegados, mas devem ser delegados pelos próprios entes competenets
ii-) Estadual: quando a competência for do Estado. Ex.: transporte intermunicipal – competência residual. 
iii-) Distrital: o Distrito Federal concentra competência estaduais e MUNICIPAIS. 
iv-) Municipal: quando a competência pertence ao município. Ex.: transporte coletivo – artigo 30, inciso V, da CF. 
v-) Comum: quando a competência para a prestação do serviço público é comum de todos os entes federados. Ex.: saúde – art. 23, da CF.
- Compete a todos
C-) Objeto: a doutrina administrativa costuma trazer três categorias: 
i-) Serviço público administrativo: atividade para atender necessidades internas. Ex.: imprensa oficial. 
ii-) Serviço público comercial ou industrial: produção de renda. Ex.: transporte público, energia elétrica, água. Que são serviço que podem ser delegados a particulares. 
iii-) Serviço público social: que atende direitos fundamentais sociais. Não são exclusivos do Estado, podendo ser objeto de delegação. Ex.: ações governamentais na área da assistência social – art. 204, da CF.
D-) Essencialidade: podem ser essenciais ou não essenciais: 
i-) Essenciais ou de necessidade pública: são serviços considerados indispensáveis, de execução (em tese) privativa da Administração Pública. Ex.: serviços judiciais. A própria Constituição Federal traz uma exceção, a possibilidade de execução por particular de serviço essencial, que o é o caso do artigo 30,inciso V: “organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial”, veja que a competência é do município (segundo o caput), mas pode ser delegada. 
ii-) Não essenciais ou de utilidade pública: podem ser prestados por particulares. Ex.: serviço de funerária, biblioteca..
E-) Titularidade estatal (próprio ou impróprio): 
i-) Próprios: de titularidade exclusiva do Estado, mas a execução pode ser delegada por meio de concessão ou permissão. Ex.: transpor público. 49 
ii-) Impróprios ou virtuais: são atividades titularizadas por particulares, mas com relevância pública, motivo pelo qual ficam submetidas ao Poder de Polícia e aos princípios do serviço público.
Ex.: aplicação do princípio da continuidade para o serviço de compensação bancária, o qual não pode ser objeto de greve – art. 10, inciso XI, da Lei n. 7.783/1989. 
Ex: funcionários do Itaú resolveram fazer greve, azar o deles, a compensação bancária deverá continuar, pois é uma atividade de relevância pública. 
F-) Criação: 
i-) Inerente: a natureza da atividade já demonstra o caráter de serviço público, não havendo necessidade de normativa para a caracterização. 
ii-) Opção legislativa: atividades econômicas que a norma determinou como serviço público e por essa razão são retiradas da livre-iniciativa. Ex.: transporte público. Em que pese possam ser delegadas.
5-) Espécies de Concessão 
A-) Concessão de serviço público (comum): disciplinada pela Lei 8.987/95:
Principais características: 
· Contrato – depois que passar em procedimento licitatório, na modalidade concorrência ou modalidade competitiva, a concessionaria irá fazer um contrato com o poder concedente e irá prestar o serviço publico
· Tarifa fixada em contrato 
· Executa em nome próprio – a concessionária é responsável pela execução (execução não titularidade)
· Poder concedente fiscaliza a execução 
· Pode aplicar penalidades 
· Poder concedente continua sendo o titular 
· É possível a subconcessão – desde que autorizada pelo concedente e tem que ter novo procedimento licitatório para subconcessão 
· Responsabilidade objetiva e direta – da concessionária 
Autorização – aparece na constituição federal, porém ela não está na lei 8.987/95, embora a doutrina entenda que pode aplicar ela na autorização de forma subsidiaria, já que ela não tem lei própria.
6-) formas de delegação 
A-) Concessão 
i-) Licitação: concorrência ou diálogo competitivo
ii-) Contrato
iii-) Não precário
iv-) Pessoa Jurídica ou consórcio de empresas – NÃO PODE PESSOA FISICA
v-) Título oneroso – somente gratuito não pode gratuito
B-) Permissão 
i-) Licitação: qualquer modalidade
ii-) Contrato de adesão/ato unilateral
iii-) Precário – não precisa estipular tempo no contrato, pois a qualquer minuto a adm publica pode revogar o contrato e puxar de volta o serviço publico
iv-) Pessoa jurídica ou física
v-) Título oneroso/gratuito
OBS: precário. conceder alguma coisa com direito a reavê-la sem indemnização
C-) Autorização
i-) Sem licitação
ii-) Ato administrativo: discricionário
iii-) Precário e emergencial
iv-) Pessoa jurídica ou física
v-) Título oneroso/gratuito
7-) Extinção da Concessão 
 Avento do termo contratual: fim do contrato, lembre-se que ele é por tempo determinado. 
 Encampação: trata-se de rescisão unilateral pela Administração Pública, se dá por autorização legislativa e decreto, cabe indenização prévia à concessionária. A encampação é a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo de vigência da concessão (art. 37). 
 Caducidade: também se trata de rescisão unilateral pela Administração Pública, mas neste caso ela ocorre em razão do descumprimento de cláusulas contratais, o que NÃO DÁ O DIREITO DE INDENIZAÇÃO por parte da concessionária (art. 38), pelo contrário, ela que deverá indenizar. A caducidade ocorre após processo administrativo e decreto. Isto é se respeita o contraditório e ampla defesa.
 Rescisão: pode ser via judicial ou amigavelmente, em acordo entre as partes, se dá quando a concessionária não deseja continuar prestando o serviço público (art. 39). 
 Anulação: se ocorrer vício de legalidade no contrato. 
 Falência ou extinção da empresa concessionária ou falecimento ou incapacidade do titular (no caso de empresa individual).
8-) Concessão Parceria Público-Privado 
 Contrato – se a banca estiver falando de parceria publico privado ela irá indicativo de parceria público privado ou da 11.079/04
 Prévia licitação: concorrência ou diálogo competitivo 
 Concessão comum X especial 
 Responsabilidade direta e solidária – art. 4º, VI, Lei 11.079/04 – a responsabilidade aqui é solidaria, lá na concessão comum a responsabilidade é unicamente exclusiva da concessionaria e subsidiariamente o poder concedente responde 
 Prazo determinado: 5 a 35 anos (art. 5º, I) 
 Valor superior dez milhões – art. 2º 51 
 Se a concessão patrocinada tiver mais de 70% da remuneração vinda da Adm. Pública – dependerá de autorização legislativa específica (art. 10, §3º) 
 Sociedade de propósito específico – art. 9º (para gerir) – vai fazer o gerenciamento daquela atividade do serviço publico.
 Não pode ter um único objetivo: isto é vai prestar serviço público, e vai fazer a obra ou vai fornecer o serviço
 Modalidades: - temos duas modalidade 
· Patrocinada: Concessão de serviços públicos ou obras públicas, quando envolver tarifa cobrado do usuário, contraprestação pecuniária do ente público ao privado. Então se tem o dinheiro do constituinte mais a tarifa do usuário, os dois juntos vai sustentar o serviço publico
Ex.: projetos de rodovias e aeroportos. 
· administrativa: Quando a administração pública é usuária direta ou indireta, ainda que envolva obra ou fornecimento ou instalação de bens. – então por logica não tem tarifa do usuário
Ex.: vários presídios em projeto de PPP administrativa.
11. 
Lei anticorrupção e Controle da Administração Pública
LEI ANTICORRUPÇÃO – Lei 12.846/2013 
Ao contrário do que ocorre na Lei sobre improbidade administrativa, a Lei Anticorrupção prevê a responsabilização objetiva da pessoa jurídica o que afasta a necessidade de comprovação da existência de dolo ou culpa.
 Pode aparecer com outras nomenclaturas: 
· Legislação de compliance 
· Lei de Improbidade da Pessoa Jurídica 
· Lei Anticorrupção Empresarial 
· Lei Empresa Limpa
Art. 28, Lei 12.846/13: Esta Lei aplica-se aos atos lesivos praticados por pessoa jurídica brasileira contra a administração pública estrangeira, ainda QUE COMETIDOS NO EXTERIOR.
 Toda vez que uma pessoa jurídica praticar um ato atentatório a Administração Pública (nacional ou estrangeira), ela está cometendo um ato lesivo dentro dos parâmetros da Lei Anticorrupção. (Ato contra o 1º setor: Administração Pública).
 Essa lei anticorrupção, é uma lei destinada aplicar sanções a pessoa jurídica que praticou um ato atentatório a administração pública, não importa se houve um agente publico envolvido na situação ou não.
· Mas isso não impede que a pessoa jurídica responda também pela Lei de Improbidade Administrativa
Ex: 
João, agente publico e ele cometeu um ato de improbidade, logo ele vai responder pela LIA (lei de improbidade administrativa)
 Temos a Maria, que é particular e se benefício com o ato de improbidade de João, Maria em uma empresa (pessoa jurídica) por conta disso ela vai responder o ato pela LIA, mas também ao mesmo tempo poderá responder pela Lei anticorrupção. O fato dela responder pela lia nada impede dela responder pelas 2 legislações.
OBS: Se o ato for contra a ordem econômica, a pessoa jurídica irá responder pela Lei do Sistema de Defesa à Ordem Econômica Brasileira. (Ato contra o 2º setor: Ordem Econômica).
Teremos 3 setores 
1° Adm publica – Se a PJ praticar ato contra o primeiro setor irá responder pela LIA e Lei anticorrupção, mesmo que seja sozinha contra adm nacional ou estrangeira 
2° Mercado – Se for ato contra o mercado irá aplicar Lei do Sistema de Defesa à Ordem Econômica Brasileira.
3°

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