MODELO - AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE ALIMENTOS

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1 modelo de agravo de instrumento – ação de alimentos 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DESEMBARGADOR(A) PRESIDENTE DO 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO _______________________ 
 
[10 linhas] 
 
[NOME E QUALIFICAÇÃO DO AGRAVANTE], por seu advogado 
infrafirmado, tendo sido intimado da decisão proferida pelo MM Juízo 
da XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, nos autos da Ação de Alimentos, 
registrados sob o nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, que fixou em XX 
salários mínimos a verba alimentar devida aos seus filhos menores, 
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, representados por sua genitora 
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, vem perante Vossa Excelência, 
interpor o presente AGRAVO DE INSTRUMENTO com pedido de EFEITO 
SUSPENSIVO (ANTECIPAÇÃO DE TUTELA RECURSAL) contra a respeitável 
decisão, assim o fazendo, na forma e prazo dos arts. 524 e seguintes do 
Código de Processo Civil, pelas razões de fato e de direito a seguir 
expostas. 
 
Para formação do instrumento, junta nessa oportunidade cópia de 
todas as peças do processo onde se acham a decisão agravada, as 
procurações outorgadas aos advogados do Agravante e dos 
Agravados, além da certidão de intimação da decisão agravada e 
outros documentos que entende necessários, também em fotocópias, 
declarando, o subscritor deste recurso, sob sua responsabilidade 
pessoal, serem autênticas todas as peças ora juntadas, conforme o 
disposto no parágrafo 1º, do artigo 544, do Código de Processo Civil. 
 
E, ainda, em atenção ao inciso III, do artigo 524, do Código de Processo 
Civil, informa que o advogada dos Agravados é o [NOME E ENDEREÇO 
DO ADVOGADO]. 
 
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Por fim, junta o DAJ comprovando o preparo do recurso e o 
pagamento do consequente porte de retorno, na forma da lei. 
RAZÕES DO RECORRENTE 
PRELIMINARMENTE 
Do Cabimento do Recurso na Forma Instrumental 
 
Inicialmente, cumpre demonstrar o cabimento do presente Agravo de 
Instrumento, haja vista tratar-se de recurso contra decisão que fixou 
verba alimentar em valor equivalente a XX salários-mínimos, devidos 
pelo Recorrente a seu(s) filho(s) menor(es), quantia acima das 
possibilidades do Agravante e em desacordo com o binômio 
necessidade/possibilidade (...) ESPECIFICAR AS RAZÕES. 
 
Mesmo tratando-se de alimentos para menores em razão do poder 
familiar que é exercido pelo Agravante, e tendo-se em vista a sua 
obrigação alimentar, a não observância do binômio possibilidade de 
quem presta e necessidade de quem recebe, fere o PRINCÍPIO DA 
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, erigido pela Constituição Federal de 
1988, como um dos PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS. 
 
Ademais, o valor excessivo, da pensão alem de constituir um 
agravamento para o Alimentante, configura para a genitora dos 
Alimentados um enriquecimento sem causa, o que é vedado pelo bom 
direito, na medida em que se desobriga de contribuir na proporção dos 
seus rendimentos, com o sustento dos filhos. 
 
Como é cediço, no que se refere às decisões proferidas em sede 
liminar, inaudita altera pars, encontra-se evidente a iminência de lesão 
grave e de difícil reparação, como ocorre no caso dos autos, estando, 
portanto, presentes os requisitos necessários ao Agravo de Instrumento. 
 
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Destarte, é inegável que o recurso cabível no caso presente é o Agravo 
de Instrumento como ora interposto, pois a retenção do recurso até 
sentença final para julgamento como preliminar de apelação, se for o 
caso, causará grave lesão e de difícil reparação ao Agravante, como 
será demonstrado ao longo da presente peça recursal. 
 
Diante do exposto, espera o Agravante que o recurso seja recebido, 
cassada a decisão agravada com a suspensão de seus efeitos, 
passando a vigorar a verba alimentar provisória em valor 
correspondente a XX% de seus ganhos líquidos mensais, o que equivale, 
aproximadamente, e a final, provido com a manutenção dos alimentos 
provisórios, na forma ora destacada. 
 
DO MÉRITO 
 
(...) 
 
DO DIREITO. 
 
Reza a Constituição Federal: 
 
“Art. 226 - A família, base da sociedade, tem 
especial proteção do Estado. 
§ 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade 
conjugal são exercidos igualmente pelo homem e 
pela mulher”. 
 
O Código Civil, da mesma forma: 
 
“Art. 1566 - São deveres de ambos os cônjuges: 
I - ................................................................. 
II - ............................................................... 
III - .............................................................. 
IV - Sustento, guarda e educação dos filhos; 
V - ..............................................................” 
 
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“Art. 1.703 – Para a manutenção dos filhos, os 
cônjuges separados judicialmente contribuirão na 
proporção de seus recursos” (grifo nosso). 
 
“Art.1694 
...................................................................................... 
§ 1º- Os alimentos devem ser fixados na proporção 
das necessidades do reclamante e dos recursos da 
pessoa obrigada. 
 (destacamos) 
 
A DOUTRINA pátria vem entendendo: 
 
Ao se referir ao dever de sustento dos filhos menores e inválidos, o 
festejado desembargador e doutrinador Yussef Said Cahali assim se 
expressou no livro intitulado ‘Dos Alimentos’: 
 
 “ Incumbe aos genitores cada qual e a ambos 
conjuntamente, sustentar os filhos, provendo-lhes à 
subsistência material e moral, fornecendo-lhes 
alimentação, vestuário, abrigo, medicamentos, 
educação, enfim tudo aquilo que se faça 
necessário à manutenção e sobrevivência dos 
mesmos. 
O pai deve propiciar ao filho não apenas os 
alimentos para o corpo, mas tudo o que necessário: 
‘Non tantum alimenta, verumetiam cetera quoque 
onera liberorum patrem ab iudice cogi praebere (D. 
XXV, 3, de agnoscendi et alendis liberis, 5, fr. 12)’. 
No ditado de Loysel, ‘qui fait l’enfant doit lê nourrir’ ” 
(destacamos) 
 
Ainda, sobre o assunto, o Ilustre Professor e Desembargador Yussef Said 
Cahali, também no livro intitulado “Dos Alimentos”, à página 417, da 2ª 
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edição, faz citações de Provera, “Degli Alimenti” e Sílvio Rodrigues, 
“Direito de Família”, a seguir transcritas: 
 
“E como tanto o pai quanto a mãe são ambos 
igualmente obrigados, na proporção das 
respectivas capacidades econômicas, à 
manutenção da prole, exclui-se daí que se possa 
considerar a obrigação materna como meramente 
subsidiária em relação aquela do pai”. (Provere, 
Degli Alimento, p. 25). (destacamos). 
 
“Aos filhos, alimentos são sempre devidos, mas, 
conforme o caso, o encargo de alimentá-los deve 
ser imposto não só ao pai, como também à mãe, se 
a esta foi deferida parte importante dos 
rendimentos do casal; e acrescenta: hoje, com a 
crescente emancipação da mulher, dever ser ela 
tratada com objetividade, pois continuar a encará-
la como ser dependente e indefeso é não só 
ofendê-la, como ignorar a realidade”. (Silvio 
Rodrigues, Direito de Família, 8ª ed., 167-A, p. 389). 
(destacamos). 
 
A JURISPRUDÊNCIA dominante dos nossos tribunais é no sentido de que: 
 
“ALIMENTOS - Pensão atribuída a cada filho - 
Percentagem - Não deve ultrapassar de 10% dos 
ganhos líquidos por filho, a pensão alimentar fixada 
em juízo, salvo casos especiais”. (destacamos) 
(ADCOAS, 1977, pag. 419). 
 
“ALIMENTOS - Casal Separado - Manutenção dos 
filhos - Responsabilidade de ambos os cônjuges - 
Mulher que pode trabalhar - Descabimento da 
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pensão”. (Darcy Arruda Miranda Júnior e outros In 
Código Civil nos Tribunais).(destacamos) 
 
Em voto do eminente Desembargador Valle da Fonseca, membro da 1ª 
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, consta 
textualmente: 
 
“A manutenção dos filhos, atualmente,não é mais 
da responsabilidade exclusiva do pai. A mulher 
também deve contribuir. 
Com a emancipação desta, não se justifica que o 
marido lhe forneça a pensão se ela tem condições 
de trabalhar para se manter”.(destacamos) 
 
Tribunal de Justiça da Bahia. 
 
“AÇÃO DE ALIMENTOS. NECESSIDADE DO 
ALIMENTANDO E POSSIBILIDADE DO ALIMENTANTE. 
FIXAÇÃO DO PERCENTUAL DA PENSÃO. 
A prestação alimentícia tem como fundamento o 
binômio necessidade-possibilidade. Desta forma, o 
quantum da pensão deve se adequar o mais 
fielmente possível à capacidade de pagar do 
alimentante e à efetiva necessidade dos 
beneficiários” 
(Rel. Des. Paulo Furtado. Ac. unan. da 4ª Cam. Civ. 
Do TJBA, j. 0104.98) (destacamos) 
 
DO PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO (ANTECIPAÇÃO DE TUTELA RECURSAL) 
 
Ante tudo quanto exposto até aqui, verifica-se a existência do fumus 
boni júris e do periculum in mora necessários para a concessão da 
medida liminar requerida, exsurgindo incontroversa a premente 
necessidade de reforma do decisum agravado, em face da relevância 
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da fundamentação do presente recurso, que demonstra o equivoco da 
decisão que fixou os alimentos provisórios, causando sérios prejuízos ao 
Agravante, bem como desrespeitando o binômio necessidade X 
possibilidade. 
 
Além do mais, há de se considerar necessariamente a capacidade que 
tem a genitora dos Agravados, para contribuir, também, com o sustento 
dos filhos. 
 
(...) 
 
Dessa forma, as provas documentais levam ao convencimento da 
existência de verossimilhança da verdade das alegações expostas, 
motivo pelo que deve ser reformada a respeitável decisão vergastada. 
 
Assim, diante da iminência de um dano irreparável que poderá advir ao 
Agravante que, devido aos fatos narrados, se vê em uma condição 
econômica pouco confortável, aliado ao fato de que, diante do 
caráter da prestação alimentícia, os alimentos pagos indevidamente 
não se repetem, justificável é o efeito suspensivo ativo pretendido – 
antecipação da tutela recursal. 
 
Diante de tudo isso, para prevenir prejuízos futuros, o Recorrente vem, 
de logo, requerer que V. Exa. defira o efeito suspensivo ativo ora 
pretendido, antecipando a tutela recursal reclamada, de modo que o 
Agravante possa (...). 
 
DOS OUTROS PEDIDOS. 
 
Ex positis, requer seja conhecido e provido o presente Recurso, 
deferindo-se o efeito suspensivo ativo acima pleiteado e, ao final, seja 
reformada a respeitável decisão atacada, de modo que seja reduzida 
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a verba alimentar provisória para o patamar de 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, diante de todos os argumentos de fato 
e de direito até aqui destacados. 
 
Requer, ainda, a intimação dos Agravados, nas pessoas de seu 
advogado, cujo nome e endereço foram indicados inicialmente, para 
responderem ao presente no prazo de lei, 
 
Assim, e cumpridas as formalidades de estilo, espera o Agravante que 
seja dado provimento a este recurso, de modo a reformar 
definitivamente a decisão alvejada. 
 
Pede deferimento. 
 
LOCAL E DATA 
 
ADVOGADO 
OAB