Buscar

o jovem dr freud - resenha critica psicologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE 
ALAGOAS 
CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA 
 
 
 
 
 
Thaís Peixoto Alves Ramos 
Matrícula: 38885 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha Crítica: O JOVEM DR FREUD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maceió 
2021 
Resenha Crítica – O jovem Dr. Freud 
“O jovem Dr Freud” é um documentário sobre a história de Freud e sua 
relação com a psicanálise. Ele fala da sua relação com Martha, quando 6 
meses depois de conhece-la, Freud decidiu ser médico (para poder casar com 
ela e sustentar a família). Para isso, ele embarcou em uma longa jornada de 
estudos e dedicação, passou 3 anos no hospital de Viena, ele raramente via 
Martha. No meio de suas descobertas, Freud publicou um ensaio sobre 
cocaína, prescreveu para parentes e amigos, mas ainda não sabia que viciava. 
Então, mais tarde, deixou definitivamente a droga. 
Ele ganhou uma bolsa para estudar com Charcot (um dos maiores 
neurologistas da frança). Charcot apresentou a freud o poder das forças 
mentais por trás da consciência. Freud chegou a Paris fascinado pelos 
problemas do cérebro. Quando começou a trabalhar como neurologista, Freud 
ainda estava intrigado com a histeria, tratando-a com choques elétricos, assim 
como todos os outros médicos da época, mas despertava uma curiosidade a 
mais sobre essa patologia. Mais tarde, Freud conheceu Breuer e nasceu uma 
amizade. Vale ressaltar que a marginalidade do Freud como judeu foi muito 
importante para o desenvolvimento de suas ideias, porque ele desafiava as 
normas. Freud começou a trabalhar com a hipnose e a abandonou depois de 
um tempo, até descobrir uma técnica que seria a sua base, que consistia em 
deixar que o pensamento dos pacientes complemente à vontade para fazer 
livre associação. Freud lutava para interpretar o presente através de elementos 
do passado. O que os pacientes diziam importava, tudo era importante, até 
mesmo os sonhos. 
O lugar predileto de Freud era o lago kenesi, onde em uma de suas 
viagens ele conheceu Catarina, que apresentava alguns sintomas de histeria 
(falta de ar, tontura, sufocação na garganta), que se manifestaram pela 
primeira vez quando viu o pai ter relações sexuais com a irmã. A partir desse 
relato e outros estudos, a ideia de Freud passa a ser que os histéricos 
reprimiam algo e descobrir isso seria a cura. Mais tarde, descobriria que era 
necessário mais do que compreender para ajudar alguém. 
Freud e Breuer escreveram juntos o livro “o mistério das histerias”. 
Depois, Freud começou a notar sempre um conteúdo sexual por trás dos 
pacientes, mas isso era um extremo tabu, na época. Porém, para seu amigo 
Breuer, a vida complexa dos pacientes não poderia ser resumida e um tema 
genérico e não queria ficar estudando e escrevendo sobre sexualidade, 
enquanto que, para Freud, os desejos das pessoas influenciava muito. Foi o 
fim de uma amizade, por discordarem tanto nesse ponto. 
 Quanto à sua relação com Martha, ela aceitava que Freud trabalhasse 
até tarde, enquanto ela mantinha a casa em ordem. E Freud continuava na 
tentativa de fazer descobertas sobre a neurose que o tornassem famoso. 
Depois de romper com Breuer, Freud começou a compartilhar suas 
descobertas e manda cartas para Fliess, pois ele sempre precisava de alguém 
para se inspirar, admirar e contar suas ideias. Sua cartas para Filess, fazendo 
um comparativo, eram tão românticas quanto as cartas para Martha. Às vezes, 
Freud achava que não tinha descoberto nada e isso o perturbava, sentia-se 
velho, sofria surtos e depressão, tensão, pressão. Em uma palestra, Freud 
mostrou que traumas sexuais infantis devem ser descritos sempre, não se 
falava disso antes, então os médicos para quem ele apresentou estavam 
totalmente descrentes. A teoria de Freud foi rejeitada pelos colegas como 
“conto de fadas científico”. 
Na noite que o pai morreu, Freud teve um sonho: havia uma placa no 
lugar que ele estava, era a barbearia que Freud frequentava todos os dias. 
Agora, Freud não tinha dúvidas de que os sonhos eram o funeral da mente. 
Quando o seu pai morreu, aos 40 anos, Freud era um neurologista conturbado, 
desconhecido, desesperado, ansioso, com crises de depressão. Cada vez 
mais, os problemas dos pacientes também descreviam os de Freud, o que 
levou a se autodiagnosticar com uma leve histeria. Freud começou a achar que 
o pai abusava dele, por causa dos casos de abuso dos seus pacientes. 
Freud sonhou que nutria uma afeição exagerada por uma moça 
chamada hela. O mesmo conteúdo, dependendo do paciente, pode ter 
significados diferentes. Depois, ele supôs que Hela, que, por suas 
interpretações, seria sua filha Matilda e supôs que ele seria capaz de abusar da 
própria filha. Depois, ele mesmo se questionou se acreditava em sua própria 
teoria, porque, quando descobriu isso, não foi capaz de se curar, então, talvez, 
isso tivesse outra causa, então, consequentemente, chegou à conclusão de 
que seu pai nunca abusara dele ou de seus irmãos. Com sua própria teoria 
destruída, Freud perdeu o rumo. A esperança de fama eterna era muito grande 
e todos os seus sonhos para si e sua família dependiam de ele desvendar ou 
não a histeria. 
Freud, agora, acreditava que seus pacientes relatavam ímpetos e 
desejos conflitantes, então os sintomas de neurose estariam ligados às 
fantasias que representam desejos, não à realidade, ou seja, a maior parte de 
seus pacientes não havia sofrido abuso. Freud lutava para descobrir seus 
próprios desejos, relembrando, inclusive, um pesadelo que teve com a mãe 
adormecida sendo levado para um quarto por pessoas com bico de pássaros. 
Os sonhos eram enigmas que escondiam segredos em um jogo de palavras. 
Freud chegou à conclusão que desejava fortemente à mãe, levando suas 
conclusões consigo mesmo como lei universal. Ele diz que as crianças são 
incestuosas e competitivas, mostrando, como característica de Freud, 
universalizar sua experiência pessoal. 
Segundo o psicanalista, ser o preferido da mãe representa uma 
confiança inabalável, fazendo com que a pessoa se torne alguém de sucesso. 
“se um homem foi o preferido da mãe, ele conserva por toda a vida 
sentimentos triunfantes”. Para reconfortar a ideia do amor da mãe, ele nunca 
chegou a analisar a fundo as reações deles. Mais tarde, Freud descreveria as 
mulheres como um continente sombrio, vendo as mulheres como seres 
biologicamente limitados, pelo sentimento da ausência do pênis estariam 
debilitadas para sempre. 
Ao idealizar as relações com a mãe, também foram revelados 
sentimentos perturbardores com seu pai. Seu pai o contou que saiu para 
caminhar em um sábado de manhã, estava triste e usava uma boina e alguém 
lançou a boina dele na lama e gritou “judeu”, daí o pai disse que só apanhou a 
boina, sendo uma grande decepção para Freud que o pai fosse tão submisso, 
pois o filho o via como um herói, então ele perdeu o respeito pelo pai, ele e 
passou a se sentir melhor que seu próprio pai. Ou seja, ele era o filho preferido 
da mãe e seu pai o decepcionara. Durante toda a vida, Freud havia escondido 
essa decepção até mesmo de si próprio. 
Relembrando de sua própria vida, brincando pelos campos de sua 
cidade cercado por uma família carinhosa, Freud acredita que, lá no fundo, o 
menino feliz ainda vive. Mas, quando Freud completou 3 anos, tudo mudou, 
pois o negócio de seu pai faliu, só restaram memórias fragmentadas da partida, 
as lamparinas da estação de trem que lembraram almas queimando no inferno 
e uma furtiva visão de sua mãe nua. Ele deixara pra trás tudo o que amava, 
tios e primos, nunca superando a saudade de casa e dos que amavam. Falido, 
o pai de Freud levou a família para Viena, mudando-se 6 vezes, seu pai nunca 
mais teve um trabalho e sempre dependeu da generosidade dos parentes. 
Freud levava uma vida convencional, tudo era formal, o horário de refeições do 
Freud determinava o dos outros, mas nada era casual na sua família. Eledemonstrava afeição pelos filhos só apertando suas bochechas, não havia 
abraço. Martha, sobrecarregada por lidas domésticas, não tinha mais tanto 
contato com Freud. Martha era conservadora, não se interessava pela 
libertação progressista, nem pela psicanálise, mas acreditava em Freud. 
Freud colocou tudo em um livro chamado “interpretação dos sonhos” 
(maior livro que Freud já escreveu), não sabia os rumos que sua psicanálise 
iria tomar. Nele desvendou o método catártico, que seria a cura quando o 
paciente colocava para fora seu trauma, o trauma é um desprendimento de 
descarregar pela via correta determinada quantidade de afeto. Em outras 
palavras, o ato de falar possui um poder curativo. Quanto mais explorava o 
desconhecido, mais se tornava dependente de Fliess, que seria seu primeiro 
leitor e juiz. Uma de suas frases iniciais sobre o livro supracitado foi “nas 
páginas seguintes, provarei técnicas que revelam a interpretação dos sonhos”. 
Ele usa os sonhos para desenvolver a teoria da mente, percepção, 
memória... e só mais tarde, Freud revelou o ímpeto de sua obra mais 
significativa: a perda de seu pai. A partir da análise de pacientes, Freud 
começou a analisar o mundo e a condição humana. Quando os nazistas 
assumiram o poder, queimaram seus livros. Freud fugiu para a Inglaterra. 
Freud nunca foi uma fonte de consolo, para ele não havia solução nem na 
psicanálise, mas sim uma forma de iluminar a escuridão com a razão. Frases 
que resumem bem sua trajetória são “conhece-te a ti mesmo” e “a verdade o 
libertará”. Mais tarde, as ideias de Freud se tornariam parte do século XX.

Continue navegando