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RESUMO SOBRE O RENASCIMENTO (RESUMÃO)

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Renascimento 
Características Gerais 
• Oposição ao Teocentrismo, ao Misticismo, ao Geocentrismo 
• Baseado no Racionalismo 
• Humanismo: Foi uma corrente intelectual que se destacou na filosofia 
e nas artes, e que desenvolveu o espírito crítico do ser humano, 
surgindo, assim, com a valorização do ser humano e da natureza. 
• Antropocentrismo 
• Hedonismo: É uma doutrina filosófica moral que enfoca na busca do 
prazer, em consequência da qualidade de vida do ser-humano. 
• Cientificismo: Época de efervescência, o conceito do cientificismo 
foi de suma importância para mudar a mentalidade do homem e 
trazer à tona questões sobre o conhecimento do mundo. Destacam-
se as descobertas científicas realizadas por Nicolau Copérnico, Galileu 
Galilei, Francis Bacon, René Descartes, Leonardo da Vinci e Isaac 
Newton. 
• Naturalismo 
• Universalismo: Foi desenvolvida sobretudo na educação 
renascentista corroborada pelo desenvolvimento do conhecimento 
humano em diversas áreas do saber. O homem renascentista busca 
ser um "polímata", ou seja, aquele que se especializa em diversas 
áreas. 
 
Renascimento Literário 
 
DANTE ALIGHERI 
• Dante nasceu em 1265 na cidade italiana de Florença. Sua família era 
abastada e influente na cidade e, portanto, Dante teve uma boa 
educação. Estudou letras, ciências, artes e teologia. 
• Casou-se com Gemma Donati e com ela teve vários filhos. 
• Todavia, ele amava Beatrice Portinari que faleceu com 
aproximadamente 25 anos que foi sua musa inspiradora, a qual é 
citada em diversas obras. 
• Além de escritor e poeta, foi um político italiano tendo importante 
atuação na vida pública. Fez parte do Conselho do Estado e foi 
Embaixador da República. 
• Mais tarde obteve o título de “priore”, na época o maior da política. 
Faleceu em Ravena em setembro de 1321. 
 
A DIVINA COMÉDIA 
 
Inferno 
 
• A primeira parte é composta de 34 cantos com cerca de 140 versos 
cada um. Virgílio, o grande poeta romano autor de Eneida, surge 
https://www.todamateria.com.br/eneida/
para guiar Dante pelo inferno e o purgatório em direção ao paraíso. 
Antes de encontrar Virgílio, ele estava numa selva escura. 
• O inferno é um local no interior da terra formado por nove círculos. 
A imagem descrita por Dante esteve baseada na cultura medieval, 
onde o universo era formado por diversos círculos concêntricos. 
• Os nove círculos do inferno estão associados aos pecados 
cometidos, sendo o último o de maior gravidade: 
• Nessa trajetória, até chegarem às portas do paraíso, eles encontram 
diversas personalidades importantes (filósofos, poetas, escritores) e 
figuras mitológicas. Dante analisa a punição para cada um dos 
pecadores que estão no inferno e no purgatório. 
• De acordo com a gravidade dos pecados cometidos em vida, Dante 
descreve o castigo para cada grupo: os tiranos, os traidores, os 
aduladores, os suicidas, os heréticos, dentre outros. 
• Na última parte ele encontra com Lúcifer, o demônio traidor que 
devora os três maiores traidores da história: Judas, Brutus e Cassius. 
 
Purgatório 
 
• A segunda parte da obra é composta de 33 cantos. No purgatório, 
localizado numa alta montanha, Dante descreve o encontro com as 
almas que aguardam para serem avaliadas. 
• Ou seja, elas esperam saber se mediante os pecados cometidos em 
vida vão para o inferno ou para o paraíso. 
• O purgatório é um local intermediário entre o inferno e o paraíso. 
Ali, Dante encontra diversos pecadores arrependidos, mais 
precisamente no local denominado de ante-purgatório. 
• O purgatório é formado por sete círculos, os quais representam os 
sete pecados capitais: Orgulho, Inveja, Ira, Preguiça, Avareza, Gula e 
Luxúria. 
 
Paraíso 
 
• A terceira e última parte da Divina Comédia é formada por 33 
cantos. Quando chegam ao final da trajetória, Virgílio, seu guia e 
mentor, não pode entrar pois era pagão. 
• Assim, o local do poeta romano é o inferno. No paraíso Dante 
reencontra seu grande amor, Beatriz. 
• Em vida, ele se casou com Gemma Donati, no entanto, seu amor 
foi sempre de Beatriz, sua amada e musa inspiradora, que na 
realidade, chegou a falecer com aproximadamente 25 anos. Ela que 
o guiou pelo paraíso. 
• Todavia, Dante não pode permanecer com ela, visto que ainda seu 
caminho como mortal não havia terminado 
• De tal modo, a obra relata a visita de Dante ao local que as pessoas 
vão quando morrem. Essa viagem espiritual e de forte teor moral 
serviu de reflexão ao personagem e narrador: Dante. A trajetória de 
Dante termina quando ele encontra com Deus. 
• Vale lembrar que o paraíso de Dante é formado por nove esferas 
e o empírico. As esferas representam a parte material e o empírico 
a parte espiritual. 
• As esferas concêntricas que formam o paraíso são: Lua, Mercúrio, 
Vênus, Sol, Marte, Júpiter, Saturno, as estrelas fixas e o “Primum 
Mobile” (Primeira esfera a ser movida). 
 
CURIOSIDADE 
 
É comum utilizar o adjetivo Dantesco para se referir ao inferno descrito 
por Dante. Ou seja, o termo é empregado para indicar algo tenebroso e 
terrível. 
 
NICOLAU MAQUIAVEL (1469 – 1527) 
Nicolau Maquiavel foi um importante teórico, pensador político, filósofo, 
historiador, diplomata, músico e um dos escritores mais importantes 
do Renascimento. 
Considerado o "Pai do Pensamento Político Moderno", nasceu em Florença, 
Itália em 1469. 
Vindo de uma família pobre, Nicolau desde cedo aprendeu línguas e foi 
estimulado nos estudos. 
Com 29 anos, entra para a política, exercendo o cargo de "Secretário da 
Segunda Chancelaria". 
Teve uma vasta carreira política, o qual ocupou alguns cargos sendo, 
muitas vezes, indicado para realizar missões diplomáticas. 
Defensor dos ideais republicanos, sua teoria estava pautada nos princípios 
morais e éticos para a Política. 
Foi o primeiro a separar a Política da Ética com o intuito de estudar a 
cultura política como ela é realmente e não como ela deveria ser. 
Ademais seus estudos estão baseados nos conceitos: 
 
I) União da teoria e da prática. 
II) Empirismo e método indutivo. 
III)Estados imaginários Perfeitos e imutabilidade da natureza humana. 
 
A partir disso, em 1520, Maquiavel recebe o título de mais importante 
historiador de Florença. 
https://www.todamateria.com.br/etica/
Em 1527, com a queda dos Médici, foi considerado um tirano e morre 
nesse ano no dia 21 de junho de 1527. 
 
Maquiavel 
Abordagem: Realismo 
Antes de sua formação teórica sobre filosofia política, alguns pensadores 
discorreram sobre o assunto. No século I a.C, Platão defende em A 
república que o Estado deve ser governado por um rei filósofo. No mesmo 
período, o escritor romano Cícero sustenta que a República Romana é a 
melhor forma de governo. 
O PRÍNCIPE 
Ao escrever sua obra mais famosa, "O Príncipe", o contexto político da 
Península Itálica estava conturbado, marcado por uma constante 
instabilidade, uma vez que eram muitas as disputas políticas pelo controle 
e manutenção dos domínios territoriais das cidades e estados. Embora 
fosse o perídoso no qual o Renascimento se desenvolvia, onde grandes 
nomes das artes realizavam suas obras-primas, essa foi uma época 
perigosa e difícil. A Itália estava dividida em ducados, em principados, nos 
Estados papais e nos reinos de Nápoles e da Silícia, os quais todos se 
digladiavam por mais terras e mais poder. 
Com o fim da república em 1512, Maquiavel perde o cargo de secretário 
da Senhoria e é exilado em Florença. Em 1513, numa conspiração para 
eliminar o cardeal Giovanni de Médici, foi preso como suspeito e torturado. 
Exilado nos arredores de Florença, exerceu suas atividades literárias, que 
na maior parte, data desse período, entre elas, "O Príncipe", "Os Discursos 
sobre a Primeira Década de Tito Lívio", "Os Sete Livros sobre a Arte da 
Guerra" e "As Comédias". Um ano depois foi beneficiado pela anistia, pelo 
papa Leão X. 
 
Após sair do exílio,Nicolau presenteou o chefe da família Médici, Lorenzo, 
com um livro, a fim de se aproximar da família. O livro se alinhava a um 
gênero popular na época: conselhos a um príncipe. 
A obra "O Príncipe", um manual sobre a arte de governar, bem como se 
manter no poder e ampliar suas conquistas. Em suas páginas, o governante 
poderia aprender como planejar e meditar sobre seus atos para manter a 
estabilidade do Estado, do governo, uma vez que Maquiavel conta sucessos 
e fracassos de vários reis para ilustrar seus conselhos e opiniões. 
Foi inspirada no estilo político de Cesare Bórgia e revela a preocupação 
com o momento histórico da Itália, fragilizada pela falta de unidade nacional 
e alvo de invasões e intrigas diplomáticas. Rompe com a ética cristã ao 
defender a adoção de uma moral própria no tratamento dos negócios de 
Estado. 
Como Maquiavel escreveu sobre as virtudes dos príncipes, elas eram os 
poderes e as funções que diziam respeito ao domínio político. Parte da 
tese de Maquiavel era que um soberano não poderia ser limitado pela 
moralidade, mas deveria fazer o que fosse necessário para assegurar sua 
própria glória e o sucesso do Estado que governa: uma abordagem que 
ficou conhecida como Realismo. 
 
Em termos de contexto histórico, o autor estava entusiasmado com a 
união de Juliano de Médici e do Papa Leão X, com a qual notou a 
probabilidade de um príncipe unir a Itália e protegê-la contra os 
estrangeiros. Assim, a ética de Maquiavel percebe o fato de que a 
experiência humana comporta um conflito de valores e portanto, sua 
ordem política admite uma parte aleatória e despótica de crueldade e 
violência, como efeitos colaterais ou como um mal necessário. 
Além disso, para autores especializados em sua vida e obra, Nicolau 
Maquiavel teria escrito esse livro como uma tentativa de reaproximação 
do governo Médici, embora não tenha logrado êxito num primeiro 
momento. 
Há, entretanto, uma certa disparidade entre as teorias que ele contém e 
as expressas em outra obra principal, Os Discursos. Em “Os Discursos” , 
Maquiavel defendeu a república como regime ideal que deve ser instituído 
quando um razoável grau de igualdade existe ou pode ser estabelecido. 
Um principado só seria apropriado quando a igualdade não existe num 
Estado e não pode ser introduzida. Pode-se argumentar que O Príncipe 
representava as ideias de Maquiavel sobre como o soberano deve 
governar em tais casos; se principados são às vezes um mal necessário, 
melhor que sejam tão bem administrados quanto possível. 
https://www.todamateria.com.br/etica/
Ao final da Idade Média, retomava-se uma visão antropocêntrica do mundo 
(que considera o homem como medida de todas as coisas) presente 
outrora no pensamento das civilizações mais antigas como a Grécia, a qual 
permitiu o despontar de uma outra ideia política, que não apenas aquela 
predominante no período medieval. Em outras palavras, a retomada do 
HUMANISMO* iria propor na política a liberdade republicana contra o poder 
teológico-político de papas e imperadores. 
Pressupondo, assim, a construção de um diálogo político entre uma 
burguesia em ascensão desejosa por poder e uma realeza detentora da 
coroa. É preciso lembrar que a formação do Estado moderno se deu pela 
convergência de interesses entre reis e a burguesia, marcando-se um 
momento importante para o desenvolvimento das práticas comerciais e 
do capitalismo na Europa. Assim, Maquiavel assistia em seu tempo um 
maior questionamento do poder absoluto dos reis ou de alguma dinastia, 
como os Médici em Florência, uma vez que nascia uma elite burguesa 
com seus próprios interesses, com a exacerbação da ideia de liberdade 
individual. Questionava-se o poder teocêntrico e desejava-se a existência 
de um príncipe que, detentor das qualidades necessárias, isto é, da virtú 
(habilidade de agir do jeito certo na hora certa, ou seja uma habilidade ou 
virtude necessária ao governante), poderia garantir a estabilidade e defesa 
de sua cidade contra outras vizinhas. 
Contudo, a forma como a virtú seria colocada em prática em nome do 
bom governo deveria passar ao largo dos valores cristãos, da moral social 
vigente, dada a incompatibilidade entre esses valores e a política segundo 
Maquiavel. Para Maquiavel, "não cabe nesta imagem a ideia da virtude cristã 
que prega uma bondade angelical alcançada pela libertação das tentações 
terrenas, sempre à espera de recompensas no céu. Ao contrário, o poder, 
a honra e a glória, típicas tentações mundanas, são bens perseguidos e 
valorizados. O homem de virtú pode consegui-los e por eles luta" 
(WELFFORT, 2006, pg. 22). Assim, essa interpretação maquiaveliana da 
esfera política foi que permitiu surgir ideia de que "os fins justificam os 
meios", embora não se possa atribuir literalmente essa frase a Maquiavel. 
Maquiavel colocava a “ação política” em primeiro plano que se deve pensar 
é que o objetivo maior da política seria manter a estabilidade social e do 
governo a todo custo, uma vez que o contexto europeu era de guerras 
e disputas. 
 
Apesar das tentativas de escrita, ora para agradar a monarquia e hora para 
agradar a república, Maquiavel morreu em 1527, sem alcançar sua ambição 
de retornar à vida pública. 
Depois de sua influência, durante o século XVI, colegas de Maquiavel 
adotam o adjetivo “maquiavélico” para descrever atos de astúcia ardilosa. 
Em contraponto à sua teoria, em 1762, Jean-Jacques Rousseau prega que 
as pessoas devem se agarrar à liberdade e resistir ao domínio dos 
príncipes. 
Em 1928, o ditador italiano Benito Mussolini utiliza o livro O Príncipe a seu 
favor, descrevendo – o como “o supremo guia do homem de Estado”. 
 
OBRAS 
 
Sua obra que mais se destaca é "O Príncipe", escrita em 1513, publicada 
postumamente em 1532, no qual propõe a unificação da Itália por meio da 
figura de um Príncipe. Maquiavel, foi um importante teórico 
do Renascimento e escreveu sobre política, ética, natureza humana, além 
de peças de teatro e contos. 
Suas outras obras: "Decenal" (1506), "Relatos sobre os Fatos na Alemanha" 
(1508), "Retrato das coisas da França" (1510), “Discursos sobre a primeira 
década de Tito Lívio” (1513 a 1521), “A arte da Guerra” (1517 e 1520), "A 
Mandrágora" (1518). 
 
CURIOSIDADE 
 
O adjetivo "Maquiavélico", é inspirado no nome "Maquiavel" e, na maioria 
das vezes, está associado à maldade. 
 
https://www.todamateria.com.br/renascimento-caracteristicas-e-contexto-historico/
LUÍS DE CAMÕES (1524 – 1580) 
Luís de Camões (1524-1580) foi um poeta e soldado português, 
considerado o maior escritor do período do Classicismo. 
Camões nasceu em Lisboa por volta de 1524. Provavelmente teve uma 
boa e sólida educação, na qual aprendeu sobre história, línguas e literatura. 
Estudos indicam que ele era indisciplinado e que supostamente teria ido à 
Coimbra para estudar. 
Ainda jovem, interessou-se pela literatura iniciando sua carreira literária 
como um poeta lírico na corte de Dom João III. Muitos historiadores dizem 
que nesse período Camões teve uma vida muito boêmia. Na altura, 
também passou por uma desilusão amorosa, momento em que decidiu 
tornar-se um soldado. 
Assim, ingressou no Exército da Coroa Portuguesa em 1547 e, no mesmo 
ano, embarcou como soldado para a África, onde combateu na guerra 
contra os celtas, no Marrocos. Foi ali que Camões perdeu o olho direito. 
Em 1552 volta a Lisboa e continua com sua vida boêmia e de 
promiscuidade. No ano seguinte embarca para as Índias, onde participa de 
várias expedições militares. Estudos apontam que ele foi preso tanto em 
Portugal, quando no Oriente. Foi durante uma de suas prisões que ele 
escreveu sua obra mais conhecida: Os Lusíadas. 
Ao publicar sua obra recebeu uma pequena quantia em dinheiro do Rei 
Dom Sebastião, muitas vezes, incompreendido pela sociedade, Camões se 
queixou pelo pouco reconhecimento que teve em vida., assim, somenteapós sua morte que sua obra passou a ser foco das atenções. 
Hoje é considerado um dos maiores escritores de língua portuguesa e 
ainda, um dos maiores representantes da literatura mundial. 
 
CARACTERÍSTICAS E OBRAS 
Camões escreveu poesias, epopeias e obras de dramaturgia e foi assim 
que tornou-se um poeta múltiplo, sofisticado e ao mesmo tempo, popular. 
Possuía grande habilidade poética na qual soube explorar com muita 
criatividade as mais diferentes formas de composição. 
Foi um dos maiores poetas do Renascimento, mas às vezes se inspirou 
em canções ou trovas populares escrevendo poesias que lembram várias 
canções medievais. Seus versos revelam que estudou os clássicos da 
Antiguidade e os humanistas italianos. 
Suas obras de maior destaque são: 
• El-Rei Seleuco (1545), peça de teatro; 
• Filodemo (1556), comédia de moralidade; 
• Os Lusíadas (1572), grande poema épico; 
• Anfitriões (1587), comédia escrita em forma de auto; 
• Rimas (1595), coletânea de sua obra lírica; 
 
OBRA: OS LUSÍADAS 
 
Os Lusíadas é uma das obras mais importantes da literatura de língua 
portuguesa e foi escrita pelo poeta português Luís Vaz de Camões e 
publicada em 1572. 
Ela foi inspirada nas obras clássicas a “Odisseia”, de Homero, e a “Eneida”, 
de Virgílio. Ambas são epopeias que narram as conquistas do povo grego. 
No caso dos Lusíadas, Camões narra as conquistas do povo português na 
época das grandes navegações. 
 
EPOPEIA: Epopeia é um poema épico ou lírico. Um poema heroico 
narrativo extenso, uma coleção de feitos, de fatos históricos, de um ou de 
vários indivíduos, reais, lendários ou mitológicos. A epopeia eterniza lendas 
seculares e tradições ancestrais, preservada ao longo dos tempos pela 
tradição oral ou escrita. 
 
A obra está dividida em 5 partes: 
• Proposição: introdução da obra com apresentação do tema e dos 
personagens (Canto I). 
• Invocação: nessa parte o poeta invoca as ninfas do Tejo (Canto I) 
como inspiração. 
• Dedicatória: parte em que o poeta dedica a obra ao rei Dom 
Sebastião (Canto I). 
• Narração: o autor narra a viagem de Vasco da Gama e dos feitos 
realizados pelos personagens. (Cantos II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX). 
• Epílogo: conclusão da obra (Canto X). 
 
A Epopeia escrita em dez cantos, tem como tema as navegações 
ultramarinas do século XVI, as grandes conquistas do povo português e a 
Viagem de Vasco da Gama às Índias. A mitologia greco-romana a o 
Cristianismo são temas recorrentes na obra. 
No início ele narra sobre a frota de Vasco da Gama que vai em direção 
ao Cabo da Boa Esperança. 
A epopeia termina com o encontro dos viajantes e as musas na Ilha dos 
Amores. Os principais episódios da obra são: 
• Inês de Castro (Canto III) 
• Velho do Restelo (Conto IV) 
• Gigante Adamastor (Canto V) 
• Ilha dos Amores (Canto IX). 
 
https://www.todamateria.com.br/vasco-da-gama/
MIGUEL DE CERVANTES (1547 - 1616) 
 
• Miguel de Cervantes (1547-1616), apontado como expoente máximo 
da literatura espanhola com uma obra imortal, é tido como precursor 
do realismo espanhol. 
• Dramaturgo, poeta e autor, sua principal obra é o romance Dom 
Quixote de La Mancha, em 1605, considerado o primeiro best-seller 
da história e a primeira novela moderna. 
• Miguel de Cervantes Saavedra nasceu provavelmente em 29 de 
setembro de 1547 na cidade de Alcalá de Henares, cidade 
universitária de Castela, na Espanha. Morreu em 22 de abril 1616, em 
Madrid. 
• Filho de cirurgião surdo, Miguel de Cervantes começou escrever 
em 1569, mas tornou-se soldado em 1570 em uma unidade militar 
espanhola da Itália. 
• No ano seguinte ficou ferido na batalha naval de Lepanto da Grécia 
contra os turcos otomanos. Em 1575 foi capturado por turcos e 
passou os próximos anos na prisão, voltando para casa somente em 
1580. 
• As dificuldades financeiras eram uma marca na vida de Miguel de 
Cervantes. Seu pai, por ser surdo desde o nascimento, atuava de 
maneira precária, o que forçou a família a mudar diversas vezes de 
endereço em busca de melhores perspectivas profissionais. 
• Segundo pesquisadores, as privações econômicas da infância não 
limitaram a formação intelectual de Miguel de Cervantes, 
considerado um leitor ávido ainda criança. 
• As primeiras publicações de Miguel de Cervantes são lançadas em 
1569, quando o autor contribui com poesias para o memorial em 
homenagem a Elizabeth de Valois, casada com o rei Felipe II. 
• Na batalha de Lepanto, defendeu a Espanha contra o Império 
Otomano, mas teve ferimentos graves no peito e sua mão esquerda 
terá sido inutilizada ou mesmo amputada. Ainda com a limitação 
física, serviu por anos como soldado. 
• Foi capturado e levado à Argélia em 1575 quando tentava regressar 
à Espanha na companhia do irmão, Rodrigo. 
• Nos cinco anos em que ficou preso e foi feito escravo, tentou, sem 
sucesso, fugir por diversas vezes. Só foi libertado após o pagamento 
da fiança pela família e integrantes da Igreja Católica, quando 
finalmente regressou à sua casa. 
• A negociação, que envolveu a entrega de 500 peças de ouro para 
seu retorno seguro à Espanha, levou a família à falência. Casa-se em 
1584 com Catalina de Salazar e Palacios. 
• A primeira obra de Miguel de Cervantes é o romance La Galetea, 
publicado em 1585. É considerado um romance pastoral, que não 
obteve sucesso. 
• O texto ainda foi adaptado por Cervantes ao teatro, mas também 
sem êxito. O autor e a família continuavam na miséria. 
• Sua maior obra prima, Dom Quixote, foi escrita durante o trabalho 
como Comissário de Provisões da Armada Invencível, iniciado em 
1580. 
• O trabalho era considerado ingrato, que consistia na coleta de 
suprimentos de grãos para comunidades rurais. 
• Em duas ocasiões, o autor espanhol terminou na prisão sob a 
acusação de má gestão porque muitos colonos não aceitavam 
fornecer os suprimentos. Também foi acusado de malversação do 
serviço público. 
• As desventuras, contudo, lhe permitiram entrar em contato com o 
pitoresco mundo do campo, situação claramente refletida em 
Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha. A primeira parte 
da novela é publicada em 1605 e a segunda, em 1615. 
• Em abril do ano seguinte, atingido por cirrose e flacidez nas 
omoplatas devido à artrite, Miguel de Cervantes morreu. Ele foi 
enterrado no convento do Barrio de Las Letras de Madrid. 
• O prédio foi reconstruído em 1673, mas os túmulos do artista e da 
sua esposa foram perdidos. 
 
Dom Quixote 
 
• Dom Quixote é uma paródia bem-humorada dos romances de 
cavalaria (desenvolvidos durante a Idade Média) composta por 126 
capítulos, os quais foram divididos em duas partes. 
• O romance é contrário as novelas de cavalaria, constituídas de belos 
heróis e seus grandes feitos em busca da justiça, da amada e dos 
dogmas da Igreja. 
• O romance Dom Quixote de La Mancha, publicado pela primeira 
como O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha, é um 
clássico da literatura. 
• Trata-se de uma sátira às novelas de cavalaria. A obras relata a 
história de um homem já idoso que se apaixona de tal maneira por 
histórias antigas e bravos cavaleiros que busca reviver as aventuras 
dessas fantasias. 
• Perdido em seu próprio mundo, Dom Quixote convence o 
camponês Sancho Pança a lhe servir como escudeiro. 
• Envolto no realismo fantasioso, luta contra um moinho de vento, que 
confunde com um gigante. A novela termina quando o personagem 
principal recobra os sentidos. 
Obras 
Romances 
• A Galatea (1585) 
• O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha (1605) 
• Novelas Exemplares (1613) 
• O Amante Liberal 
• A Ciganinha 
 
https://www.todamateria.com.br/novelas-de-cavalaria/
https://www.todamateria.com.br/dom-quixote/
SHAKESPEARE (1564 - 1616) 
 
William Shakespeare foi um grande escritor e dramaturgo inglês. É 
considerado o poeta nacional da Inglaterra e o maior dramaturgo da 
literatura mundial. 
BIOGRAFIA 
• WilliamShakespeare nasceu na pequena cidade de Stratford-upon-
Avon, Inglaterra, no dia 23 de abril de 1564. 
• Filho de John Shakespeare, subprefeito de Stratford, e de Mary 
Arden, William foi um dos mais influentes dramaturgos e poetas do 
mundo. 
• Ele foi agraciado com uma boa educação manifestando, desde cedo, 
seu talento artístico. 
• Casou-se com 18 anos, em 1582, com Anne Hathaway, e juntos 
tiveram três filhos: Susanna, Judith e Hamnet. 
• Foi na cidade de Londres que Shakespeare buscou oportunidades 
na área cultural. Após anos de trabalho, ele adquire a posição de 
escritor, dramaturgo e ator, tornando-se um homem rico e influente. 
• Em 1594, entrou para a "Companhia de Teatro de Lord 
Chamberlain" e, anos mais tarde, torna-se sócio do “Globe Theatre” 
(Shakespeare's Globe Theatre ou New Globe Theatre). 
• Esse teatro, próximo ao rio Tâmisa, em Londres, foi fundado por 
James Burbage, ator e empresário. Ele foi responsável por construir 
o primeiro Teatro de Londres o “TheTheatre”. Globe Theatre em 
Londres, Inglaterra 
• Nesse espaço, erguido em 1899 em formato octogonal, 
Shakespeare encenou algumas de suas peças de teatro mais 
importantes, a saber: Hamlet e Rei Lear. 
• Entretanto, em 1613, durante a apresentação de uma peça, o Globe 
Theatre foi destruído pelo fogo. 
• Após o ocorrido, Shakespeare decide voltar para Stratford-upon-
Avon e viver com sua família. Falece em sua cidade natal, no dia de 
seu aniversário de 52 anos, em 1616. 
 
OBRAS E CARACTERÍSTICAS 
 
• Shakespeare possui uma vasta obra com cerca de 40 peças, 
divididas entre comédias, tragédias e peças históricas, bem 
como poemas narrativos e sonetos. 
• Embora sua obra poética seja muito conhecida, o artista adquiriu 
maior destaque na dramaturgia. 
• Durante 20 anos, abordou temas como o amor, os sentimentos, as 
questões humanas, sociais, políticas, sendo sua produção dramática 
dividida em três fases: 
1. Primeira fase (1590-1602): escreveu peças históricas, tragédias em 
estilo renascentista e algumas comédias; 
2. Segunda fase (1602-1610): ocupou-se em escrever tragédias e 
comédias; 
3. Terceira fase (1610-1616): fase caracterizada por peças menos 
trágicas, de caráter conciliatório. 
Na tragédia merece destaque as peças: 
1. Romeu e Julieta 
2. A Tempestade 
3. Júlio César 
4. Antônio e Cleópatra 
5. Hamlet 
 
CURIOSIDADES 
• Visto sua influência até os dias atuais, as peças escritas por Shakespeare 
são as mais encenadas no mundo. 
• A célebre frase filosófica “Ser ou não ser, eis a questão” (em inglês “To 
be, or not to be, that is the question”) foi escrita por Shakespeare na 
tragédia Hamlet (1599-1601). 
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