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Patologias abordadas: 1. Caxumba 2. Sarampo 3. HIV 4. Catapora (Varicela) 5. Hepatite C Parotidite Infecciosa (caxumba): Epidemiologia: I. Atinge mais crianças e jovens adultos. II. Doença controlada em solo brasileiro devido ao programa de vacinação. Agente Etiológico: Família: Paramyxoviridae RNA de fita simples > Durante a biossíntese viral, o RNAv serve como molde para a transcrição de RNAm e replicação do RNA genômico Transmissão: Por vias aéreas; Incubação: 16 a 18 dias; Ocorre replicação primária nas células epiteliais da mucosa nasal ou do sistema respiratório superior, seguida do espalhamento do vírus para os linfonodos regionais; Posteriormente, ocorre viremia transitória, possivelmente com replicação em células T, resultando na disseminação do vírus para os tecidos glandular e neural. Fisiopatologia: A. In�lamação dolorosa das glândulas salivares; B. Fases: Penetração no hospedeiro; C. Replicação primária; D. Disseminação; E. Tropismo celular e tecidual; F. Replicação secundária, dano celular ou tecidual; Locais mais acometidos: glândulas salivares (principalmente a parótida), testículos nos homens e ovários nas mulheres; Vírus possui a capacidade de circular na corrente sanguínea pelas células linfóides; Sintomas: O período prodrômico caracteriza-se por cefaleia, mal estar, anorexia, mialgia e febre baixa ocorrendo entre 1 e 2 dias antes do intumescimento das parótidas Além das glândulas salivares, vários órgãos podem ser afetados durante a infecção pelo vírus da caxumba incluindo testículos, epidídimo, próstata, ovários, fígado, pâncreas, baço, tireóide, rins, olhos, ouvidos, timo, coração, glândulas mamárias, pulmões, medula óssea, articulações e SNC. Esses órgãos são geralmente afetados após a parotidite, mas seu envolvimento pode ser evidenciado clinicamente antes, durante ou mesmo na ausência de parotidite Sarampo: Etiologia: Agente etiológico: Paramixovírus (RNA vírus) Altíssima transmissibilidade Epidemiologia: Infecciosa, grave e extremamente contagiosa 1) Ásia, países da Europa e África, altos casos no Brasil recentemente. 2) A cobertura vacinal é um dos principais fatores nos países que não têm imunização adequada. 3) 2018: Casos brasileiros - 10262 4) 561 em 2019 no RJ, SP, PA (fronteira com a Venezuela) Cobertura vacinal abaixo do esperado + casos importados. PATOGENIA: ● Entrada por via respiratória; ● Replicação na via respiratória; ● Disseminação linfática; ● Viremia [presença do vírus no sangue]; ● No sistema nervoso central pode propiciar um caso de encefalite; ● Conjuntiva, trato respiratório e urinário, pequenos vasos sanguíneos, sistema linfático e nervoso central; ● Células endoteliais infectadas pelos vírus mais células T. QUADRO CLÍNICO: O quadro clínico do sarampo é dividido em três fases: prodrômica (duração entre 2 e 4 dias com presença de febre, conjuntivite não purulenta com fotofobia, tosse bastante intensa e as manchas de Koplik); exantemática (lesões maculopapulares eritematosas com áreas de pele sã de permeio caracterizado como morbiliforme que dura em torno de 5 dias com progressão craniocaudal iniciando na fronte, na região retroauricular e na nuca progredindo para o tronco e depois extremidades); convalescença ou remissão (caracterizada pela descamação da pele com aspecto furfuráceo). Manifestações: Incubação: 10 (7 a 18) até os sintomas e 14 dias até o exantema. Transmissibilidade: 4 a 6 dias antes do exantema até 4 a 6 dias após o exantema; Pródromos: 2 a 4 dias antes do exantema; Dor no corpo, febre, conjuntivite, coriza, catarro. Como complicações advindas do sarampo podemos destacar: pneumonia (aparecendo como a principal causa de morte no sarampo), otite média aguda, bronquiolite, traqueíte, sinusite, mastoidite, diarreia e vômitos, apendicite, miocardite, convulsões, encefalite (principalmente em adolescentes e adultos jovens) e a panencefalite esclerosante subaguda. Sazonalidade: final inverno e início da primavera; Quais são as principais características do rash no sarampo? Exantema: 1. Mobiliforme, de evolução céfalo-caudal. 2. Maculopapular com início no terceiro dia da doença. 3. Face, pescoço, tronco, MMSS, abdome/MMII. Qual é o principal achado a oroscopia no sarampo? Lesões de koplik ★ !!Definição de caso suspeito de sarampo e notificação!! ★ Preencher a ficha de investigação de doenças exantemáticas; Coletar sangue para sorologia; Afastamento; Investigar histórico de deslocamentos até 30 dias antes do início e história de contato com outros casos suspeitos; Realizar bloqueio vacinal; Tratamento não há específico. Antitérmicos, reposição hidroeletrolítica, nutrição adequada, limpeza de secreções. Vacinação: TETRA VIRAL (SCR) 1 dose: 12 meses 2 dose: 15 meses HIV: O HIV é um retrovírus com genoma RNA, da Família Retroviridae (retrovírus) e subfamília Lentivirinae. Transmissão do HIV: Sexual; Sexo oral insertivo e receptivo Sexo vaginal insertivo e receptivo Sexo anal insertivo e receptivo Vertical; Intrauterina transplacentária Exposição a materiais biológicos da mãe: sangue e secreções; Aleitamento; Parenteral; Acidente com material biológico (risco 0,3%). Tipos de exposição; Quantidade de sangue envolvido; Quantidade de vírus no sangue; Prevenção: ● Testagem do HIV; ● Preservativos; ● Campanha de saúde pública; ● Tratamento como prevenção; ● Prep ● Circuncisão Masculina Prevenção Combinada: 1. Profilaxia pós e pré exposição; 2. Exame de HIV no pré-natal; 3. Redução de danos; 4. Tratar outras DST’s; 5. Preservativos: feminino e masculino; 6. Tratamento antirretroviral; 7. Testagem regular do HIV; ★ Carga viral detectável não é transmissível. Profilaxia pós-exposição: Funciona por até 72hrs; Antiretroviral; Profilaxia pré-exposição: Atentar para os públicos-alvo; Antirretroviral (truvada- TDF/FTC) Uso diário, antes da exposição; Quais os 4 grupos de maior prevalência do HIV no Brasil? HSH, profissionais do sexo, usuários de drogas endovenosas, população trans. O período de incubação, entre o momento da infecção e os sintomas da síndrome retroviral aguda, varia de 3 a 6 SEMANAS. O período que pode durar anos é a fase de latência clínica, assintomática, após a fase aguda, até o aparecimento de novos sintomas constitucionais e de doenças oportunistas, com imunossupressão grave e a fase AIDS. Em relação a pessoa exposta, um teste inicial positivo indica necessidade de tratamento de infecção e não de profilaxia (a infecção nesse caso é prévia), e um teste negativo indica necessidade de profilaxia VARICELA: Ocorre principalmente em ambiente escolar; Primeira dose com a tetra-viral nos 15 meses e uma segunda dose aos 4 anos com a varicela isolada; Herpesviridae Subfamília: alfa-herpesvirus Transmissão: Aerossóis, secreções vesiculares. 1-2 dias antes do exantema 3-7 dias após do exantema Varicela-zostes vírus Infecção primária: Varicela Infecção latente: Gânglios sensoriais Infecção recorrente: Herpes Zoster (10-15%, principalmente em adultos acima de 45 anos) Incubação: 12-21 dias Pródromo: Febre, mal-estar, dor abdominal Exantema: 1. Papulovesicular 2. Polimórfico (em uma mesma região de pele, encontra-se mácula, pápula, vesículas) 3. Início na cabeça 4. Distribuição centrípeta 5. Evolui para crosta 6. Duração 7 dias Diagnóstico: Laboratorial: Leucopenia < nas 72h Linfocitose Aumento nas transaminases Etiológico: PCR lesões cutâneas Cultura tecidual Tratamento: Antitérmicos Anti-histamínicos (1° geração: sonolência) Aciclovir oral (adolescentes, doenças crônicas, uso de corticóide) Principal complicação: Infecção bacteriana secundária Suspeitar: recrudescência febre. HEPATITE C: Principal causa da hepatite crônica em todo o mundo; Período de incubação: 15 a 150 dias; RNA vírus de fita simples; Não incorpora no material genético; Sendo um pequeno vírus com tropismo por células hepáticas Hepatite C (HCV; gênero Hepacivirus, família Flaviviridae) são transmitidos pela via parenteral e representam os principais agentes etiológicos da hepatite crônica, cirrosee carcinoma hepatocelular (CHC) em todos os continentes Período de incubação: até 6 meses Sem vacina/imunoglobulina Variação genômica (Principal: genótipo tipo I - definir esquema de tratamento) I. Usuário de drogas; II. Hemoderivados; III. Sexual; IV. Acidentes perfurocortantes; V. Gestação; Clínica: Oligoassintomática: diagnóstico: sorologia PCR Forma Aguda Ictérica: Rara Tratamento Drogas de Ação Direta > Cura Investigação Inicial: Cronicidade: ELISA - Triagem Se positivo, pedir PCR. Manifestações extra-hepáticas: Distúrbios da tireoide; Líquen plano; Fibromialgia; Qual é o marcador que define cronicidade na HCV? PCR qualitativo para HCV PCR + : CRONICIDADE 80% Cronificam A definição de um caso de hepatite C aguda se dá da seguinte maneira: soroconversão recente (menos de 6 meses) do anti-HCV documentada (anti-HCV não reagente no início dos sintomas ou no momento da exposição, convertendo para anti-HCV reagente na segunda dosagem, realizada com intervalo de 90 dias); ou anti-HCV não reagente e detecção do HCV-RNA por volta de 90 dias após o início dos sintomas ou da data da exposição, quando esta for conhecida em indivíduos com histórico de exposição potencial ao HCV. Já a definição de um caso de hepatite C crônica segue o seguinte critério: anti-HCV reagente por mais de 6 meses; e confirmação diagnóstica com HCV-RNA positivo. REFERÊNCIAS > SANTOS, N. S. D. O.; ROMANOS, M. T. V.; WIGG, M. D. Virologia humana. 3. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2015. > SanarFlix
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