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Avaliação - Direito Coletivo do Trabalho Não há uniformidade acerca do emprego da expressão “negociação coletiva” em nosso ordenamento jurídico, seja no plano constitucional ou infraconstitucional. O inc. XIII do art. 7º da CF, por exemplo, prevê a “duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”, enquanto o inc. XIV do mesmo artigo prescreve a “jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva ”. Os sindicatos poderão celebrar Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho: Escolha uma: a. independentemente de aprovação em Assembleia Geral. b. independentemente de aprovação em Assembleia geral, quando houver autorização expressa de sua diretoria. c. na falta das federações ou confederações representativas das categorias econômicas ou profissionais. d. por deliberação de Assembleia Geral, especialmente convocada para esse fim, que será válida com o comparecimento e votação, em única convocação, de 1/8 (um oitavo) dos membros associados ou não. e. por deliberação de Assembleia Geral, especialmente convocada para esse fim, que será válida com o comparecimento e votação, em primeira convocação, de 2/3 (dois terços) dos associados da entidade, se se tratar de Convenção, e dos interessados, no caso de Acordo e, em segunda convocação, de 1/3 (um terço) dos membros. A boa-fé na negociação coletiva há de ser tanto a subjetiva quanto a objetiva. Na verdade, o princípio em tela implica também o dever geral de boa-fé (CC, arts. 187 e 422 aplicável não apenas à negociação coletiva como também a todos atos e negócios jurídicos, o qual determina que os contratantes devem exercer os seus direitos de acordo com os fins econômicos e sociais da negociação coletiva como procedimento prévio para a celebração de contratos de natureza coletiva. As convenções coletivas de trabalho: Escolha uma: a. serão celebradas por escrito, sem emendas nem rasuras, em tantas vias quantos forem os Sindicatos convenentes ou as empresas acordantes, além de uma destinada a registro, não sendo permitido estipular duração superior a 2 (dois) anos. b. serão celebradas por escrito, sem emendas nem rasuras, em tantas vias quantos forem os Sindicatos convenentes ou as empresas acordantes, além de uma destinada a registro, não sendo permitido estipular duração superior a 3 (três) anos. c. podem ser celebradas verbalmente ou por escrito, sem emendas nem rasuras, em tantas vias quantos forem os Sindicatos convenentes ou as empresas acordantes, sem necessidade de serem levadas a registro, não sendo permitido estipular duração superior a 2 (dois) anos. d. não podem ser prorrogadas, revistas, denunciadas ou revogadas total ou parcialmente. e. podem ser prorrogadas, revistas, denunciadas ou revogadas total ou parcialmente mediante a aprovação da Diretoria dos Sindicatos convenentes ou partes acordantes. O dever de sigilo encontra-se regulado em alguns ordenamentos estrangeiros, como o português (Código do Trabalho de Portugal, art. 412), que desobriga o empregador de prestações informaçõe quando demonstrar que elas sejam suscetíveis de prejudicar ou afetar gravemente o funcionamento da empresa. O art. 4º, letra “d”, da Lei 23.547 da Argentina também prevê o dever de sigilo sobre as informações obtidas em decorrência da negociação coletiva. Além disso, está previsto na Recomendação 163 da OIT. A organização sindical brasileira observa, dentre outros, os seguintes princípios: Escolha uma: a. unidade e pluralidade sindical. b. pluralidade e filiação sindical facultativa. c. unicidade e filiação sindical obrigatória. d. unicidade e autonomia sindical. e. pluralidade e centrais sindicais como órgãos de cúpula. Os instrumentos normativos negociados, também chamados de “contratação coletiva” ou “contratos coletivos lato sensu”, constituem o gênero que tem como espécies a convenção coletiva de trabalho, o acordo coletivo de trabalho e o contrato coletivo de trabalho stricto sensu. A OIT não faz distinção entre acordos coletivos e convenções coletivas, preferindo chamá-lo genericamente de convênios coletivos. As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades serão, sob a denominação de: Escolha uma: a. “contribuição sindical”, pagas, recolhidas, dispensando autorização prévia. b. “contribuição sindical”, pagas, recolhidas, desde que prévia e expressamente autorizadas. c. contribuição sindical”, pagas, recolhidas, desde que previamente autorizadas de forma tácita ou expressa. d. “imposto sindical”, pagas, recolhidas, dispensando autorização prévia. e. )“imposto sindical”, pagas, recolhidas, desde que prévia e expressamente autorizadas. Trata-se de princípio reconhecido pelo Comitê de Liberdade Sindical da OIT, como se infere do seus Verbetes 934, 935, 936, 938 e 1.071, in verbis: O Comitê recorda a importância concedida à obrigação de negociar de boa-fé para a manutenção de um desenvolvimento harmonioso das relações profissionais. É importante que tanto os empregadores quanto os sindicatos participem das negociações de boa-fé e que façam todo o possível para obterem um acordo, e a celebração de negociações verdadeiras e construtivas é necessária para o estabelecimento e para a manutenção de uma relação de confiança entre as partes. Analise as seguintes assertivas: I) Nos termos da Convenção nº 154 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a expressão “negociação coletiva” compreende todas as negociações que tenham lugar entre, de uma parte, um empregador, um grupo de empregadores ou uma organização ou várias organizações de empregadores e, de outra parte, uma ou várias organizações de trabalhadores, com o fim de alcançar um ou todos os seguintes objetivos: fixar as condições de trabalho e emprego; regular as relações entre empregadores e trabalhadores; regular as relações entre os empregadores ou suas organizações e uma ou várias organizações de trabalhadores. II) Segundo precedentes do Comitê de Liberdade Sindical da OIT, o direito de negociar livremente com empregadores a respeito das condições de trabalho constitui um elemento essencial da liberdade sindical, e sindicatos deveriam ter o direito, pela via da negociação coletiva e outros meios legais, de procurar melhorar as condições de vida e de trabalho daqueles que o sindicato representa. Tal entendimento coaduna-se com a ideia de desenvolvimento progressivo, prevista expressamente na Convenção Americana sobre Direitos Humanos. III) Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com texto incluído pela Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017), a convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre aviso prévio proporcional ao tempo de serviço. IV) Considerando exclusivamente as disposições constantes da CLT, com texto incluído pela Reforma Trabalhista (Lei n°13.467/2017), não se pode considerar como ilícito o objeto de convenção ou acordo coletivo de trabalho que estabeleça licença- maternidade inferior a 120 (cento e vinte) dias à empregada que obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente, haja vista que tal objeto não se insere no rol do artigo 611-B, que elenca hipóteses exclusivas de supressão ou redução de direitos. Assinale a alternativa CORRETA: Escolha uma: a. Apenas as assertivas I e IV estão corretas. b. Apenas as assertivas I e II estão corretas. c. Apenas as assertivas II e III estão corretas. d. Apenas as assertivas III e IV estão corretas. e. Apenas a assertiva I está correta. É evidente que a responsabilidade social de se produziremnormas (e não meras cláusulas) conduz à necessidade de clareza quanto às condições subjetivas e objetivas envolvidas na negociação. Não se trata aqui de singela pactuação de negócio jurídico entre indivíduos, onde a privacidade prepondera; trata-se de negócio jurídico coletivo, no exercício da chamada autonomia privada coletiva, dirigida a produzir universos normativos regentes de importantes comunidades humanas. A transparência aqui reclamada é, sem dúvida, maior do que a que cerca negócios jurídicos estritamente individuais. Por isso aqui é mais largo o acesso a informações adequadas à formulação de normas compatíveis ao segmento social envolvido. No tocante às Convenções Coletivas do Trabalho, considere: As Convenções Coletivas do Trabalho, em âmbito constitucional, foram reconhecidas pela primeira vez no Brasil pela Constituição Federal de 1934. Poderá constar no conteúdo das Convenções Coletivas do Trabalho, de forma facultativa, disposições sobre o processo de prorrogação e de revisão de seus preceitos. III. É inválida, naquilo que ultrapassar o prazo total de dois anos, a cláusula de termo aditivo que prorroga a vigência do instrumento coletivo originário por prazo indeterminado. O processo de prorrogação, revisão, denúncia ou revogação total ou parcial de Convenção Coletiva do Trabalho ficará subordinado à aprovação de Assembleia Geral dos Sindicatos convenentes ou partes acordantes. Está correto o que se afirma APENAS em: Escolha uma: a. I e III. b. II e III. c. I e IV. d. I, III e IV. e. II, III e IV O TS T vem considerando válido o acordo coletivo sem sindicato, desde que observado procedimento previsto no art. 617 da CLT. É o que se infere dos seguintes julgados: Acordo coletivo. Celebração sem a participação do sindicato. Nos termos do art. 8º, VI, da Constituição da República e caput do art. 617 da CLT, é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociaçõe coletivas, sem a qual o ajuste não será considerado válido, salvo se cumprida a formalidade constante no § 1º do art. 617 da CLT (Expirado o prazo de 8 (oito) dias sem que o Sindicato tenha s desincumbido do encargo recebido, poderão os interessados dar conhecimento do fato à Federação a que estiver vinculado o Sindicato e, em falta dessa, à correspondente Confederação, para que, no mesmo prazo, assuma a direção dos entendimentos. Esgotado esse prazo, poderão os interessados prosseguir diretamente na negociação coletiva até final.), procedimento não respeitado no caso em apreço (...) (TS T – ROAA 749835 – S BDI 2 – Rel. Min. Conv. Anelia Li Chum D–JU 09.11.2001 – p. 658). Acerca do direito coletivo do trabalho e da organização sindical: Escolha uma: a. o ocupante de cargo eletivo no sindicato poderá, mediante autorização do Presidente, cumular seu exercício com o emprego remunerado pelo sindicato ou por entidade sindical de grau superior. b. excepcionalmente, o Ministro do Trabalho poderá autorizar o reconhecimento de mais de um sindicato representativo da mesma categoria econômica ou profissional em uma dada base territorial. c. os bens imóveis das entidades sindicais não serão alienados sem a prévia autorização das respectivas assembleias gerais, reunidas com a presença da maioria absoluta dos associados com direito a voto ou dos Conselhos de Representantes com a maioria absoluta dos seus membros, salvo se houver autorização expressa e avaliação prévia realizada pela Caixa Econômica Federal. d. é exigida a qualidade de sindicalizado para o exercício de qualquer função representativa de categoria econômica ou profissional, em órgão oficial de deliberação coletiva, bem como para o gozo de favores ou isenções tributárias, inclusive em se tratando de atividades não econômicas. e. dentre outros requisitos, as associações profissionais, para serem reconhecidas como sindicatos, deverão reunir um terço, no mínimo, de empresas legalmente constituídas, sob a forma individual ou de sociedade, se se tratar de associação de empregadores; ou um terço dos que integrem a mesma categoria ou exerçam a mesma profissão liberal se se tratar de associação de empregados ou de trabalhadores ou agentes autônomos ou de profissão liberal. Caso o sindicato se recuse, por escrito, a assumir a direção da negociação coletiva, caberá ao Judiciário, se provocado, apreciar e julgar a validade das cláusulas inseridas, posteriormente, no acordo coletivo celebrado sem a participação do sindicato. Uma outra diferença entre o ACT e a CCT diz respeito aos respectivos campos de aplicação. Isto porque o segundo tem abrangência mais restrita do que a primeira, na medida em que o ACT deverá alcançar apenas as empresas que participaram da contratação coletiva, bem como os empregados destas empresas que fazem parte da categoria do sindicato profissional que atuou na contratação. Com relação à contribuição sindical, a nova Consolidação das Leis trabalhistas – CLT (2018) prevê que passa a ser: Escolha uma: a. opcional, ou seja, só haverá o desconto de 01 (um) dia de salário se o próprio empregado autorizar expressamente. b. opcional, ou seja, haverá o desconto de 02 (dois) dias de salário somente se o próprio empregado autorizar. c. obrigatória, ou seja, haverá o desconto de 01(um) dia de salário sem autorização do empregado. d. opcional, o empregado escolhe se contribui ou não. e. obrigatória, ou seja, haverá o desconto de 02 (dois) dias de salário na folha de pagamento do empregado. Hoje em dia, porém, ressurge a expressão “contrato coletivo”, segundo José Francisco Siqueir Neto159, com significado de negociação de âmbito nacional e supracategorial que visa estabelecer regras básicas para os demais instrumentos coletivos. Assim, seria criada uma forma de rompimento com o sistema corporativo atual para adotar um novo regime sindical, prestigiando a autonomia privada coletiva, erigida esta a patamar constitucional. Acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho, equivale a: Escolha uma: a. acordo coletivo de trabalho. b. sentença normativa c. acordo individual. d. precedente normativo. e. convenção coletiva de trabalho. Os sindicatos, por sua vez, não poderiam firmar ajustes em âmbito supracategorial, já que representam apenas uma categoria certa e determinada. Outros entraves seriam: a) as matérias objeto do contrato coletivo: trabalhistas apenas ou políticas (de saúde, de previdência etc.); b) a prevalência, no nosso direito, do princípio da norma mais favorável (relativizado pela Lei 13.467/2017); c) a possibilidade de supressão de direito adquirido. Em conformidade com o texto expresso na CLT, assinale a alternativa que representa corretamente uma prerrogativa dos sindicatos. Escolha uma: a. Fundar e manter escolas de alfabetização e prevocacionais. b. Promover a conciliação nos dissídios de trabalho. c. Colaborar com o Estado, como órgãos técnicos e consultivos, no estudo e solução dos problemas que se relacionam com a respectiva categoria ou profissão liberal. d. Promover a fundação de cooperativas de consumo e de crédito. e. Manter serviços de assistência judiciária para os associados. Daí falar-se em um sistema de negociação coletiva articulada, semelhante à existente na Itália, em que os contratos coletivos de trabalho formariam normas coletivas supracategoriais, atendendo a interesses genéricos, nacionais, comuns a diversas classes de trabalhadores e empresas; a convenção coletiva de trabalho ficaria numa posição intermediária , pois atenderia especificamente aos interesses da categoria apenas, no entanto, seria genérica dentro dessa categoria; e os acordos coletivos de trabalho seriam bastante específicos, considerando as diferençasaté mesmo dentro da categoria, particularizando as situações dos trabalhadores nas empresas. A negociação coletiva, que é uma forma de ajuste entre empregados e empregador, visa solucionar divergências mediante a realização de convenção ou acordo coletivo de trabalho, cuja celebração pelo sindicato demanda deliberação de assembleia geral especialmente convocada para esse fim. Para a validade, a assembleia dependerá do quórum de comparecimento dos empregados e da votação, que, em primeira convocação, será de Escolha uma: a. um quinto. b. dois terços. c. um oitavo. d. um terço. e. um quarto.
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