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Mariana Anacleto – T1 MED9 SBC APÊNDICITE AGUDA • Principal representante do abdome agudo inflamatório = apendicite • Outras etiologias do abdome agudo inflamatório o Apendicite o Diverticulite o Colecistite o Pancreatite o Linfadenite mesentérica • O abdome agudo inflamatório tem caráter progressivo; intensificação e no caso da apendicite, pode ocorrer mudança da clinica: Dor visceral, mal localizada → peritonite localizada (em FID) APÊNDICE: • Órgão vestigial • Reservatório de microbiota cólica • Fossa ilíaca direita, base do ceco ETIOPATOGENIA • Adolescentes e adultos jovens • Obstrução do lumen do apêndice por fecalito (outros = sementes, áscaris, etc) → Aumento da pressão intraluminal → sobredistensão em uma alça fechada → inflamação intensa → edema e espessamento → isquemia → perfuração • Ao longo da intensificação da doença = começa a inflamar ao redor, gerando periviscerite (acometimento periapendicular) • Após pode ocorrer abscesso, coleções cavitarias e peritonite difusa = apendicite complicada • Obs: o Dor visceral → inespecífica, mal caracterizada, mal delimitada, difusa, epigástria/meso/hipo o Dor parietal → em pontada, bem localizada, ocorre no local da peritonite QUADRO CLÍNICO • No início é visceral → epi ou mesogástrica, mal caracterizada • Com a progressão da doença → mais inflamação local, promove inflamação sistêmica ou periviscerite = febre, hiporexia, náuseas e vômitos; dor parietal em FID com sinais de peritonite • Dor migratória para FID • A apendicite cursa com marcada hiporexia, a presença de apetite pode falar contra apendicite. Mas casos iniciais podem (ainda) ter apetite SINAIS PERITONITE • Blumberg = dor a descompressão brusca FID • Rovsing → dor em FID ao palpar FIE; deslocamento retrógrado gasoso • Dunphy → dor em FID ao tossir • Obturador → dor na FID na rotação interna da coxa • Psoas → dor em FID à extensão da coxa • Queda sobre os calcanhares Sintomas exóticos: ocorrem quando a periviscerite acomete outros órgãos que estão próximos do apêndice: • Bexiga → disúria, urgência miccional, piuria, leucocituria = não é ITU • Ureteres → dor lombar, irradiação escrotal • Intestino delgado → diarreia, disenteria • Reto → urgência evacuatorioa, tenesmo Apendicite complicada • Evolução prolongada → dor a mais de 72h • Localmente → ao EF encontra-se plastrão (massa endurecida no abdome), significa peritonite difusa • Sistemicamente → taquicardia, sepse INVESTIGAÇÃO • História clinica e exame físico o Dor migratória, sintomas constitucionais (hiporexia), peritonite em FID • Reavaliação seriada para entender as características (principalmente o caráter migratório e a hiporexia) • Laboratório = leucocitose e desvio a esquerda o Hemograma completo permite avaliação global do pct o Em mulheres = solicitar beta hcg • Imagem o USG abdome → vê fecalito, espessamento do apêndice, dilatação, não compressibilidade, liquido livre; mas apresenta baixo valor preditivo negativo, ou seja, um USG negativo não afasta apendicite ▪ Sinal do alvo ▪ Fecalito ▪ Espessamento da parede o TC → vê o borramento da gordura periapendicular ▪ Espessamento ▪ Dilatação ▪ Líquido livre Mariana Anacleto – T1 MED9 SBC ▪ Alta acurácia = sensibilidade, especificidade, VPP e VPN altos. Logo, é o exame de escolha • Laparoscopia diagnóstica → método invasivo, bom para diagnostico diferencial. o Tratamento no momento do diagnóstico o Feito em doença atípica, mas com peritonite em FID Escore ALVARADO • Vai de 0 a 10 • Ate 3 = não é apendicite • 4-6 = duvida diagnostica → solicitar exames de imagem (1º a USG e depois a TC) • 7-10 = apendicite diagnosticada DIAGNOSTICO DIFERENCIAL: • Doença de Crohn • Diverticulite de merckel • Uretolitiase, ITU • DIPA, torção de anexos, cistos, gravidez ectópica. MANEJO: • Internação • Controle sintomático • Suporte clinico e hidratação • Jejum • Antibiótico: o Amoxicilina + clavulanato = pequeno centro hospitalar, doença leve o Ceftriaxona (ou cipro) + metro = grande centro, doença moderada • Apendicectomia o Vias: incisões localizadas → Mc Burney e Davis Rockey ▪ Apendicites não localizadas e diagnósticos bem firmados o Laparotomia → complicadas, dúvidas e necessidade de exploração. Agressivo, preferível a laparoscopia o Laparoscopia -> trata qualquer apendicite, complicada ou não. Confirma ou descarta, melhores resultados, bom para a dúvida. • Precisa manter atb após cirurgia? o Depende de qual fase a apendicite estava: o Se tiver coleções ou perfurações = atb terapêutico. Prolongar por 7 dias • Gestante → tem que operar! Evitar tto clínico. Fazer RM ao invés de TC Fase 1 Edematosa Atb profilático. Não prolongar Fase 2 Ulcero- flegmonosa Atb profilático. Não prolongar Fase 3 Gangrenosa Atb terapêutico por 7 dias Fase 4 Perfurativa Atb terapêutico por 7 dias
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