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Contestação de ação de investigação de paternidade c alimentos

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DA ...VARA CÍVEL DO FORO 
DA COMARCA DE ______ DO ESTADO DO ______ 
 
AUTOS Nº... 
 
RAIMUNDO DOS SANTOS, brasileiro, paraense, união estável, auxiliar de limpeza 
e higiene, portador do RG nº 333333 SSP/AM, CPF nº 000.130,352-49, celular (99) 9999202-
8529,sem endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua Olavo Matins, nº 958, Bairro 
Marechal, CEP 68000-360, nesta cidade, vem através de sua procuradora, que esta subscreve, 
portadora da inscrição profissional OAB nº..., com instrumento de mandato incluso, na forma 
do artigo 103 do Código de Processo Civil, com escritório na cidade de ..., no endereço ..., onde 
recebe intimações, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 
335 do CPC/2015, apresentar: 
CONTESTAÇÃO 
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE C/C ALIMENTOS 
nos presentes autos da Ação de Investigação de Paternidade c/c Alimentos ajuizada por 
Raylane Cristiana Rocha Maia, representada por sua genitora, a senhora Odinete Rocha Maia 
já qualificadas nos autos, pelas razões de fato e de direito a seguir arroladas 
 
1. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
 Requer a concessão da gratuidade da justiça, por não dispor dos meios suficientes para 
arcar com o ônus do pagamento de custas processuais e honorários advocatícios 
sucumbenciais, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da CF, bem como o artigo 98 e seguintes da 
Lei 13.105/2015 c/c a Lei 1.060/50, declarando, assim, ser pobre sob as penas da lei. 
2. DOS FATOS 
Em síntese, alega a Requerente que sua mãe a senhora Odinete Rocha Maia manteve 
um relacionamento amoroso, que incluía relações sexuais sem o uso de preservativos com o 
senhor Raimundo dos Santos no período de junho de 2007 até abril de 2008,e que a Autora 
seria fruto deste relacionamento, e quando sua mãe descobriu a gravidez ela estava com 1 mês 
de gestação e foi procurar o réu para lhe informar sobre a situação, e ele lhe deu apenas uma 
quantia de R$50,00 para que ela comprasse remédios abortivos, mas a mesma comprou 
vitaminas para a gravidez, e no dia 30 de dezembro de 2008 nasceu a menor Raylane Cristiana 
Rocha Maia, e que hoje tem 9 anos e toma remédios controlados para hiperatividade com valor 
mensal de R$ 125,00 além do valor de R$400,00 que gasta em consultas de rotina, e foi 
registrada apenas com o nome da mãe. 
 A renda mensal do réu é de um salário mínimo, então a autora pede que o réu seja 
condenado ao pagamento de pensão alimentícia mensal no valor de 30% do salário mínimo, 
pois ela se encontra desempregada, morando na casa de parentes e sua renda é de apenas 
R$800,00 que recebe de doações para ajudar nas despesas de sua filha, e também requereu que 
seja reconhecida a paternidade. 
3. DO MÉRITO 
Parcialmente verdadeiros os fatos informados na exordial. De fato, o réu manteve 
relacionamento amoroso com a genitora da autora, que incluía relações sexuais no período que 
foi declinado na exordial desde junho de 2007 até abril de 2008. Com efeito, quando a senhora 
Odinete Rocha Maia lhe procurou para informar sobre a gravidez ela pediu R$50,00 pois estava 
precisando comprar alguns medicamentos, em momento algum o senhor Raimundo dos Santos 
mandou que a mesma fosse comprar remédios abortivos como é dito na exordial, e quando ela 
apareceu grávida eles não estavam mais juntos há algum tempo, razão pela qual entende não 
ser o pai natural da autora. 
Corroborando o quanto exposto, a Jurisprudência dos nossos tribunais tem comungado 
sobre o entendimento da investigação de paternidade, conforme ementa abaixo: 
 
“INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE CUMULADA COM PEDIDO DE ALIMENTOS - 
INICIATIVA PROBATÓRIA DO JUIZ - EXAME DE DNA -NECESSIDADE DE 
REALIZAÇÃO - CASSAÇÃO DO DECISUM. - Na investigação de paternidade, o 
magistrado deve se valer da inic0iativa probatória, com o objetivo de apurar a verdade dos 
fatos postos à sua apreciação, evitando-se, assim, o prolongamento indefinido da discussão 
em torno do vínculo familiar. (TJ-MG 107010512921860011 MG 1.0701.05.129218-6/001 
(1), Relator: SILAS VIEIRA, Data de Julgamento: 10/04/2008, Data de Publicação: 
31/05/2008)” 
 
Sobre o pedido de alimentos o réu concorda em fixar 30% dos seus rendimentos 
líquidos, incluindo-se, férias, 13º salário e verbas rescisórias, excluindo-se FGTS, quando 
empregado, mediante desconto em folha de pagamento. No caso de desemprego, ou trabalho 
sem vínculo, a proposta é de que a pensão seja fixada em um 1/3 do salário mínimo nacional, 
com vencimento para todo dia 05 de cada mês. 
E caso seja comprovada a paternidade o réu também concorda em acrescentar seu 
patronímico no nome da investigante, e os nomes dos avós paternos. 
DOS PEDIDOS 
Diante o exposto, sendo incerta a paternidade, requer a Vossa Excelência: 
a) Seja deferido o pedido de GRATUIDADE DA JUSTIÇA, nos termos dos artigos 98 e 
99 do CPC/15; 
b) Provará o que for necessário, usando de todos os meios permitidos no direito, em 
especial o exame de DNA, produzir prova quanto ao fato apontado; 
c) Tendo em vista o pleito ser resolvido através de prova pericial, o Requerido não possui 
interesse em audiência de conciliação; 
d) Provando-se que o Requerido não é o pai da Requerente seja julgado totalmente 
improcedente o pedido feito na inicial, sendo condenada a Requerente ao pagamento 
das custas processuais e honorários advocatícios; 
e) Sendo comprovada a paternidade, seja julgado procedente o pedido, os alimentos 
deverão ser fixados fixar 30% dos seus rendimentos líquidos, incluindo-se, férias, 13º 
salário e verbas rescisórias, excluindo-se FGTS, quando empregado, mediante desconto 
em folha de pagamento. No caso de desemprego, ou trabalho sem vínculo, a proposta é 
de que a pensão seja fixada em um 1/3 do salário mínimo nacional, com vencimento 
para todo dia 05 de cada mês; 
f) A intimação do representante do Ministério Público (Art. 178, II, CPC/15) para 
manifestar-se sobre o presente pedido, na condição de fiscal da lei; 
g) Com a comprovação da paternidade, que seja oficiado o Cartório de Registro Civil, para 
que seja acrescentado no nome da investigante o patronímico do réu, e os nomes dos 
avós paternos. 
 
Pede deferimento. 
Municipio/UF, data 
 
OAB

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