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A1 PROGRESSIVISMO E EFICIENTISMO

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GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
ROSENI DE SOUSA ALVES
TEORIAS CURRICULARES EFICENTISMO E PROGRESSIVISMO: do engessamento pedagógico à liberdade intelectual discente
PORTO SEGURO – BA
2021
ROSENI DE SOUSA ALVES
TEORIAS CURRICULARES EFICENTISMO E PROGRESSIVISMO: do engessamento pedagógico à liberdade intelectual discente
Trabalho apresentado à disciplina de Currículo, pela Universidade de Salvador - UNIFACS, como requisito parcial para a obtenção de nota em Pedagogia.
Prof.ª Cláudia Regina Almeida
PORTO SEGURO - BA
2021
RESUMO
O intuito deste trabalho é refletir acerca dos aspectos históricos das teorias do currículo, sendo este um integrante do cotidiano das escolas, que exerce diretamente ou indiretamente sua influência nos sujeitos que fazem parte do processo educativo e da sociedade em geral. A reflexão se dá na busca de elucidar o assunto onde serão abordados alguns modelos de educação, o eficientismo e o progressivismo, com enfoque na teoria curricular, a qual se destacará, ao longo do desenvolvimento textual, o método considerado mais inspirador quanto à prática de ensino e aprendizagem. Entenderemos como as relações de poder interferem na constituição do currículo escolar e se esse currículo se posiciona, incluindo ou excluindo os envolvidos no processo educativo. A compreensão acerca das teorias históricas do currículo é indispensável, pois, por meio dessa observação é que se dá conta quais são os valores e estruturas que os currículos influenciam e vão se perdurando na história da educação. E, a partir dessa reflexão, pode-se pensar na elaboração de currículos inclusivos, pois o currículo vai além do que uma simples seleção de temas e diretrizes a serem postos em prática pelos educadores, é uma construção histórica e cultural, que passa por transformação em suas definições ao longo do tempo. Daí a importância do professor não só conhecer os temas concernentes ao currículo da sua área de atuação, como também entender o sentido expresso por sua orientação curricular. Conforme Veiga (1991), analisar o currículo é importante, pois se compreende a escola e a educação como um lugar de luta e de questionamentos das desigualdades sociais, buscando uma formação humanística e integral para as camadas populares, na busca de reinvindicações pelos direitos sociais e culturais.
	
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	1
2 TEORIAS DE CURRÍCULO EFICIENTISMO E PROGRESSIVISMO	2
2.1 O progressivismo: uma tendência pedagógica renovadora	3
2.2 Outras inspirações curriculares baseadas no progressivismo	4
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS	5
REFERÊNCIAS	8
1 INTRODUÇÃO
Para uma compreensão mais ampla acerca do currículo vale observar sua origem etimológica. A palavra Currículo é oriunda do latim “curriculus”, de “currere” e significa “o ato de correr”, que se analisado detalhadamente pode ser compreendido como um caminho, um percurso ou um trajeto a ser percorrido. E, se tomados, como objetos de análise os substantivos que definem a palavra currículo, assemelhá-lo-emos a um rio, que segue seu curso contornando as barreiras, vencendo desafios. No entanto, uma ferramenta com significado tão profundo, se comparado a um rio, configura-se dicotômico se observado a partir do ponto de vista do seu processo histórico de formação, estruturação e interesses. Pois um rio flui, levando vida e esperança por onde passa, todos dele bebem e se sacia, todos nele crescem... tudo isso acontece até conquistar seu objetivo principal – desaguar no mar. Em contrapartida, o currículo é totalmente voltado a interesses unilaterais, um instrumento de poder, uma vez que tem o controle dos conteúdos a serem aplicados na prática escolar, não há uma esperança, pois não há democracia. Além do currículo formal vigente ser um porta voz, uma narrativa do discurso das classes dominantes, traduzidos em disciplinas e projetos, disponibilizados ao professor em forma de guias de ensino, programas e livros. Dependo da maneira em que o currículo for organizado, pode inibir ao aluno a compreender e questionar a realidade em que está inserido. Se o currículo não estiver pautado nas experiências individuais e suas peculiaridades culturais, no que se referente à sociedade, caracteriza-se imposição de uma cultura dominante, provocando a exclusão das classes não pertencentes a essa cultura. É de extrema necessidade buscar o entendimento sobre os conceitos do currículo, pois assim se compreende sobre seu processo histórico de construção e como esses conceitos tiveram interferência na constituição da educação. Os autores Moreira e Silva trazem sua contribuição afirmando que:
O currículo não é um elemento inocente e neutro de transmissão desinteressada do conhecimento social. O currículo está implicado em relações de poder, o currículo transmite visões sociais particulares e interessadas, o currículo produz identidades individuais e sociais particulares. O currículo não é um elemento transcendente e atemporal – ele tem uma história, vinculada a formas específicas e contingentes de organização da sociedade e da educação (MOREIRA, SILVA, 1995, p.7-8).
Portanto, é imprescindível tal percepção sobre as teorias históricas do currículo para que se compreenda quais princípios e normas ditam as regras e fincam sua bandeira no terreno educacional. E, somente a partir daí, torna-se possível a elaboração de currículos que realmente têm a função de incluir e não de excluir, influenciando e determinando a visão global e social dos sujeitos pertencentes a essa estrutura. 
2 TEORIAS de currículo eficientismo e progressivismo
As teorias tradicionais de currículo - teorias técnicas, como também eram conhecidas, se destacaram nos meados do século XX. O primeiro estudo sobre o currículo foi produzido e intitulado de “The Curriculum”, obra de autoria de John Franklin Bobbitt (1876 – 1956), publicada no ano de 1918, nos Estados Unidos, é considerada o marco na instauração do currículo como campo especializado de estudos (Moreira & Silva, 2006; Silva, 2007; Feitosa & Dias, 2015). Pela constante busca por uma eficiência superlativa na educação, considerava os processos de escolarização como uma fábrica de automóveis (Silva, 2007).
 Partindo dessa perspectiva, a teoria educacional foi vinculada ao sistema industrial, vivendo sob os paradigmas da administração científica, baseadas nos princípios de Frederick Taylor, (o Taylorismo), onde todo intuito teórico era produzir autos lucros às empresas automobilísticas, tendo como base a eficiência e a quantidade, desconsiderando a qualidade produtiva. Portanto, todo processo no desenvolvimento do padrão administrativo, que tinha como enfoque a eficiência, a produtividade e a racionalização do capital, replicavam os lucros, gastando-se pouco.
Foi a partir daí, que foram criados o eficientismo e o instrumentalismo, duas importantes teorias curriculares conservadoras. O eficientismo foi idealizado por Franklin John Bobbitt no seu livro “The Curriculum”, que propunha uma mobilização das tarefas, facilitando o campo empresarial enfatizando total controle sobre a prática educativa. O Taylorismo tinha como objetivo estabelecer regras e impor seus conceitos nos setores de produção, que se desenvolvia na repetição do trabalho e na produção em massa. Da mesma forma as teorias tradicionais seguiam o mesmo fluxo curricular, com seus aspectos de instrução mecânica, memorizada e imposta, que o professor tinha a incumbência de ensinar e os alunos de repetir. Assim a escola, a indústria e a sociedade eram mantidas sob controle. Nessa época, “forças econômicas, políticas e culturais procuravam moldar os objetivos e as formas da educação de massas na tentativa de acordo com suas diferentes e particulares visões” (SILVA, 2007, p. 22). Esse período configurou-se em um momento crucial em que o currículo fora uma ferramenta utilizada para reger, forjar e reprimir professores, no exercer da sua autonomia, elevando os alunos a um nível ainda mais degradante. O currículo limitava-se a uma prática burocrática, totalmente destituído desentido, voltado para a figura do professor como o único detentor do saber, que transmitia conhecimentos específicos aos alunos e esses vistos apenas como simplórios repetidores dos conteúdos aprendidos. 
Na Inglaterra Michael Young (1915-2002), baseando-se na sociologia, instigou um estudo sobre o fracasso escolar das crianças das classes operárias, enfatizando a ideia de poder e sua distribuição e, esses conceitos se entrelaçavam com a proposta curricular de certas disciplinas. 
Basil Bernstein (1924-2000), seguindo o pensamento sociológico de Yong, evoca a preocupação do conteúdo nos currículos, quanto sua estrutura e organização e sua contribuição na assimilação dos códigos de classes. Todo esse conhecimento desenvolvido por Bernstein se resultou no que posteriormente foi comumente denominado de currículo oculto. 
Segundo Silva (2009, p. 78) “o currículo oculto é constituído por aqueles aspectos do ambiente escolar que, sem fazerem parte do currículo oficial, contribuem, de forma implícita, para aprendizagens sociais relevantes”. O currículo oculto caracteriza-se pelas atividades implícitas que permeiam as instituições escolares, fatos inesperados pelo professor, que não estão no planejamento e que na visão de Silva (2003), atua como instrumento que norteia a construção do conhecimento e contribuem com o currículo real de forma implícita na aquisição do conhecimento do aluno. 
2.1 O progressivismo: uma tendência pedagógica renovadora 
O pensamento progressista e pragmático do filósofo John Dewey (2008), emerge nesse contexto, elaborando uma proposta centrada na sociedade, para a qual era de extrema necessidade o planejamento curricular, pois por meio dos conteúdos designados, abrangeriam os interesses e as necessidades da população. Dewey era a favor da democracia e a liberdade de pensamento como instrumento para o amadurecimento emocional e intelectual das crianças. Grandes mudanças foram feitas comparadas à tendência tradicional, encontradas na tendência liberal renovada progressivista. E, um grande exemplo dessas mudanças passou a ser notada nas condições dos alunos, que dantes meros repetidores de conteúdo, agora protagonistas do próprio conhecimento e, quanto ao professor, deixa de ser o núcleo, passando a ser um mediador de todo processo de ensino aprendizagem. O aluno passa a ser o enfoque principal, pois a educação é pensada para ele, como também, pensada por ele.
O nome mais memorável da linhagem filosófica é John Dewey, filósofo norte-americano que, no campo específico da pedagogia, o valor é o crescimento físico, emocional e intelectual, o educar a criança como um todo é um dos seus principais objetivos. Dewey estudava métodos pedagógicos em um laboratório criado por ele na universidade a qual lecionava. Para ele, havia uma necessidade de haver um estreitamento entre teoria e prática, enfatizando que teorias só fazem sentido quando praticadas no dia a dia. Sua crença teórica é que o conhecimento é construído de consensos, que por sua vez, resultam de discussões coletivas. Escreveu que "O aprendizado se dá quando compartilhamos experiências, e isso só é possível num ambiente democrático, onde não haja barreiras ao intercâmbio de pensamento", que as crianças não ficassem isoladas, deveriam ser expostas às práticas simultâneas e cooperativas. O autor ganha destaque quando aponta como grande relevância a capacidade de pensar dos alunos e, que à medida que a sociedade foi se desenvolvendo, ampliou-se muito a distância entre adultos e crianças, surgindo a necessidade da escola como um espaço onde se educa e se é educado e, que a escola deveria ser ensinar a criança a viver no mundo. Dewey diz que "Afinal, as crianças não estão, num dado momento, sendo preparadas para a vida e, em outro, vivendo", traz um ensinamento mostrando que o aprendizado se dá justamente quando os alunos são colocados diante de problemas reais e acrescenta que é "uma constante reconstrução da experiência, de forma a dar-lhe cada vez mais sentido e a habilitar as novas gerações a responder aos desafios da sociedade". Educar, portanto, não se restringe somente reproduzir os saberes, é estimular a contínua inspiração de se desenvolver, preparando pessoas para que possam transformar realidades.
Dewey, acrescenta que a arte educativa deve ser reflexiva, resultando assim em novos conhecimentos, que o aluno possa vivenciar situações de problemáticas, estando apto para agir diante da situação e que tenha a chance de pôr à prova as suas ideias. Enfatiza que reflexão e ação devem caminhar juntas, pois são indivisivelmente parte de um todo e que só a inteligência dá ao homem o poder de transformar o mundo aos seu redor.
Observando a filosofia de Dewey compreende-se que a prática docente deve ser baseada na liberdade do aluno para que possa estruturar suas próprias convicções, conhecimentos e moral, não que dessa forma o currículo ou os saberes do professor tornam-se menos importante. Para o filósofo, o professor deve planejar suas aulas de acordo que as questões levem o aluno a buscar a solução para os problemas, não tendo à mão a facilidade de toda a resolução dos conteúdos. Todo exposto nos remete a acreditar que o construtivismo se configura uma das teorias mais modernas da didática e as bases teóricas dos Parâmetros Curriculares Nacionais são inspirações dos ideais do filósofo John Dewey.
2.2 Outras inspirações curriculares baseadas no progressivismo
A perspectiva crítica educacional foi seguida por vários pensadores, que contribuíram com suas ideias acerca da educação e, nesse seguimento, Paulo freire (1987), não chega a elaborar uma teoria sobre o currículo, mas propõe essa pesquisa nos seus estudos, como na “Pedagogia do Oprimido”, apontando a educação como problematizadora da realidade. Assim, para Paulo Freire, no contexto da luta de classes, o saber mais importante para o oprimido é a descoberta da sua situação de oprimido, a condição para se libertar da exploração política e econômica, através da elaboração da consciência crítica passo a passo com sua organização de classe. A escola libertadora, também conhecida como a pedagogia de Paulo Freire, vincula a educação à luta e organização de classe do oprimido. Segundo Gadotti (1988), Paulo Freire não considera o papel informativo, o ato de conhecimento na relação educativa, mas insiste que o conhecimento não é suficiente se, ao lado e junto deste, não se elabora uma nova teoria do conhecimento e se os oprimidos não podem adquirir uma nova estrutura do conhecimento que lhes permita reelaborar e reordenar seus próprios conhecimentos e apropriar-se de outros.
Aprender é um ato de conhecimento da realidade concreta, isto é, da situação real vivida pelo educando, e só tem sentido se resulta de uma aproximação crítica dessa realidade. Portanto o conhecimento que o educando transfere representa uma resposta à situação de opressão a que se chega pelo processo de compreensão, reflexão e crítica.
De acordo com a tendência pedagógica renovada progressivista, a escola tem o dever social adequar as necessidades individuais do aluno na sociedade em que vive, estruturar e se organizar de maneira que a vida seja reproduzida como realmente se acontece no dia a dia. O processo de aquisição dos saberes ou o “aprender a aprender” faz mais sentido para o aluno do que um amontoado de conteúdo escolares. O professor deve incutir os conhecimentos no aluno de forma que ele aprenda na prática para que toda descoberta faça sentido para ele. É como afirma Luckesi (1994):
a) Colocar o aluno numa situação de experiência que tenha um interesse por si mesma; b) o problema deve ser desafiante, como estímulo à reflexão; c) o aluno deve dispor de informações e instruções que lhe permitam pesquisar a descoberta de soluções; d) soluções provisórias devem ser incentivadas e ordenadas, com a ajuda discreta do professor; e) deve-se garantir a oportunidade de colocar as soluções à prova, a fim de determinar sua utilidade para a vida (LUCKESI, 1994, p. 58). 
Contrariando a pedagogia tradicional, na qual oprocesso de ensino reconhecia o professor como centro de tudo, na pedagogia renovada progressivista este deixa de ser o papel principal, sendo colaborador para o desenvolvimento do aluno, nesse processo o discente torna-se consciente da autonomia da sua aprendizagem.
3 Considerações finais
Há uma percepção quanto à Tendência Liberal Renovada Progressivista, que o protagonista é o aluno, onde seu aprendizado acontece naturalmente no mesmo instante em que também ensina, prova, experiencia e transforma o meio. O aluno não tinha voz e essas tendências surgem como amparo aos discentes. O aprendizado não faz sentido sendo imposto, deve ser construído, não só pelos docentes, como também pelos alunos e toda comunidade escolar. Podemos ver a exposição da forma de ensino que cada tendência apresenta, no entanto, ao analisar cada uma devemos ter em mente que uma tendência não substitui totalmente a anterior, que cada uma têm suas ideias, objetivos e características próprias. Ambas estão ligadas, conviveram ou convivem com a prática escolar de acordo com a escolha curricular de cada instituição. É possível definir o eficientismo através de pesquisas informativas que tratam de uma abordagem marcada pelo resultado da transposição do modelo industrial e fabril, resultado da Revolução Industrial, para a escola. Com o eficientismo funciona um processo de aprendizagem sequencial, que é posto em prática de maneira que o educador ensina, expõe os conteúdos pré-definidos e o estudante escuta, aprende e aplica esses conteúdos e, se conseguir reproduzi-los como o esperado, o professor atribui uma nota e o processo ensino-aprendizagem está completo. 
Quando nos referimos ao progressivismo, contrapõe-se à essa ideia, nessa abordagem, a experiência humana ampla, diversa e complexa, passa a ser considerada e o conhecimento prévio do aluno, bem como a necessidade de sua postura ativa no processo do aprender, se faz elemento definidor do sucesso do processo de ensino. O progressivismo questiona, principalmente o fato do eficientismo considerar a escolarização apenas como evento para formação instrumental de métodos e a organização do currículo apenas sob a perspectiva técnica. No eficientismo o aluno estuda para o futuro, em contrapartida, no prgressivismo ele estuda algo que faz sentido para ele hoje, agora. Mediante esse contexto, teorias e pesquisas, é possível perceber a importância de uma educação que liberta e que leva os alunos e profissionais à uma evolução do conhecimento.
Esse estudo conduz à uma conclusão assertiva a respeito da pedagogia progressista libertária e sua influência na prática docente, destacando a importância que traz para a atuação do professor. O que também induz ao leitor a imaginar toda influência que tal tendência proporciona efetivamente na formação dos docentes. Cabe a cada professor repensar seu modelo de atuação, buscar novas alternativas que incentivem os alunos a experimentarem o sucesso escolar. Um momento de reflexão e aprendizado que leva a acreditar que dias melhores serão possíveis dentro de uma educação que se renova a cada etapa da vida educacional, uma trajetória gratificante e renovadora na estrada do conhecimento. 
Como profissionais da educação percebe-se a necessidade de valorizar a capacidade de pensar de cada aluno, que as práticas pedagógicas sejam estruturadas de forma a libertá-los da inércia e prepará-los para questionar a realidade, ou seja, serem críticos diante da realidade em que estão inseridos. Deve-se unir teoria e prática, de problematizar e conduzir o processo educacional de maneira que torna os discentes indivíduos livres para aprenderem com sua própria prática. Essas são as concepções de John Dewey (1859-1952), filósofo norte-americano que influenciou educadores de várias partes do mundo. No Brasil, tornou-se inspiração com o movimento da Escola Nova, liderado por Anísio Teixeira, ao colocar a atividade prática e a democracia como importantes ingredientes da educação.
E é com esse olhar crítico e renovador que, como docentes, deve-se dar continuidade a essa liberdade de aprendizado. Sob o ponto de vista da filosofia do currículo, a tendência contemporânea é de que ele nos conduza pelo intrincado mundo, envoltos por dentro e por fora, pela microfísica de inumeráveis micropoderes da realidade educacional que nos rodeia. É desse tipo de sociedade e de indivíduos que o currículo contemporâneo tem de dar conta, uma lógica absolutamente difusa que rege todos os momentos dos seres humanos. Diferentemente das teorias tradicionais a tendência progressista libertadora e libertária têm em comum a defesa da autogestão pedagógica e o antiautoritarismo. Portanto, que lancemos o olhar e nos direcionemos às possibilidades do ensino baseado na teoria curricular progressivista, que com o passar dos anos tem se aprimorado e se renovado, dentre seus aspectos teóricos e práticos, preparando o aluno para assumir seu papel na sociedade, adaptando as necessidades do educando ao meio social, tornando essa prática uma imitação da vida. 
referÊncias 
DEWEY, J. O pensador que pôs a prática em foco. Publicado em Nova Escola, 01 de out. de 2008. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1711/john-dewey-o-pensador-que-pos-a-pratica-em-foco> Acesso em 23 de set. de 2021.
FEITOSA, R. A., & Dias, A. M. I). Ensino, Currículo(s) e Formação Docente. Jundiaí, SP: Paco Editorial. 2015.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1987.
GADOTTI, M.  Pensamento Pedagógico Brasileiro.  São Paulo: Ática, 1988.
LUCKESI, C. C. Filosofia da Educação.7ª ed. São Paulo: Cortez,1994.
MOREIRA, A. F. B.; & Silva, T. T. (2006). Sociologia e Teoria Crítica do Currículo: uma introdução. In: A. F. B, Moreira & T. T, Silva. (Org.). Currículo, Cultura e Sociedade (p. 7- 38). São Paulo, SP: Cortez.
MOREIRA, A. F. B.; SILVA, T. T. da. Currículo, cultura e sociedade. 2 ed. revista – São Paulo: Cortez, 1995.
SILVA, T. T. (2007). Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte, MG: Autêntica.
SILVA, T. T. da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
VEIGA, I. P.A. "Escola, currículo e ensino". In: I.P.A. Veiga e M. Helena Cardoso (org.) Escola fundamental: Currículo e ensino. Campinas, Papirus,1991.

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