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BCM II – Medicina Uninove - @natynamed Gliconeogênese • Não gera ATP, gasta para ser realizada • Glicólise e gliconeogênese não podem ser realizadas na mesma célula. Geraria ciclo fútil = geraria glicólise para ser quebrada • Ocorre no jejum dia e noite, mesmo ocorrendo a glicogenólise (quebra do glicogênio), não espera acabar • Mais de 30 horas = toda a reserva de glicogênio vai embora, a gliconeogênese que vai sustentar a glicemia, para evitar a hipoglicemia severa • Se está em jejum, não está consumindo carboidratos, é preciso outra via: LIPÍDEOS (TRIGLICERÍDEOS) • Triglicerídeos = 3 cadeias de Ácido graxo + com 1 glicerol (álcool de 3C) • Hidrolizando triacilglicerol libera ác. graxo e glicerol, o ácido será oxidado e quando isso ocorre eles geram ENERGIA e produto final ACETIL-COA • Não temos capacidade de produzir glicose a partir de Acetil-CoA (só tem 2C) • Não pode se dizer que se faz glicose por lipídeo/ácido graxo, devido isso do acetil- coA. • Entretanto, pode se usar o glicerol. Por isso, para dizer que podemos usar triacilglicerol devemos ter em mente que se usa o glicerol como precursor. • Aminoácidos das proteínas e lactato também são fonte de glicose • No estado alimentado não precisa de nenhum recurso metabólico para manter a glicemia, a refeição com carboidratos será digerido, glicose vai pra corrente sanguínea e é absorvida. • No jejum recruta no FÍGADO o glicogênio = Glicogenólise – libera glicose – para tecidos que precisam para funcionamento • Há outras possibilidades além dos carboidratos: LACTATO, GLICEROL, AMINOÁCIDOS • No jejum prolongado, precisamos pensar que há deficiência no estoque de glicogênio. Logo, não ocorre a glicogenólise. Única possibilidade para gerar glicose se torna o lactato, aminoácidos e glicerol [GLICONEOGÊNESE] BCM II – Medicina Uninove - @natynamed • Nas 3 refeições do dia a glicose é mantida pela dieta. (curvas azuis] • Gliconeogênese e glicogenólise não ocorrem • Entre café da manhã e almoço a glicose vai diminuindo, aumentando a glicogenólise e ao mesmo tempo já inicia o aumento da curva da gliconeogênese (curva vermelha) – mesmo que de forma pequena, pois é o glicogênio a maior fonte de glicose no momento. • Depois de 3,4,5 horas após jantar, durante a noite, ocorrer aumento de glicogenólise e gliconeogênese. • Porém, vai ocorrendo glicogenólise cada vez menos, pois os níveis de glicogênio se reduzem. Por isso, na madrugada a gliconeogênese toma conta do processo, se tornando mais importante nesse momento. • Os estoques do glicogênio vão diminuindo, por isso em grandes períodos de jejum a glicogenólise diminui. • Além do jejum, é muito importante a manutenção da glicose durante o exercício físico intenso. - É o momento que a glicogenólise e gliconeogênese são necessárias para manter a glicemia. - Você está gastando muita glicose e não está repondo - Durante o exercício o fígado fornecerá glicose para o músculo, irá pelo sangue para o músculo onde será oxidada e fornecerá a energia que o músculo precisa • No estado alimentado, onde a glicose sanguínea está muito alta, a insulina é liberada para sinalizar a entrada da glicose. • Parte da glicose será captada pela célula beta-pancreática. • Liberou insulina – ela ativa os receptores na célula, para que haja a subida dos transportadores GLUT 4 para a superfície da membrana na célula e a glicose seja captada. • Insulina na área = significa que a glicose está alta. ✓ É hora de sintetizar glicogênio, ácido graxos, triacilgliceróis ✓ Aumento da glicólise hepática • Num período de JEJUM, glicose sanguínea está menor. Entra em cena o hormônio GLUCAGON. • Níveis glicêmicos cai = AUMENTO do GLUCAGON • Ele sinaliza quais vias devem ser ativadas ✓ Aumento da glicogenólise (quebra do glicogênio para gerar glicose) ✓ Aumenta o gliconeogênese (inicia a produção da glicose por vias auxiliares) ✓ Lipólise (hidrolização de triacilglicerol/liberação do glicerol – gliconeogênese) ✓ Diminui a glicólise hepática, já que os níveis de glicose estão baixos. Insulina baixa e glucagon alto. BCM II – Medicina Uninove - @natynamed • Ocorre principalmente nos hepatócitos. • Gliconeogênese = fígado = hepatócito • Última etapa é a desfosforilação da glicose-6-fosfato para formar glicose (esta é a 1ª etapa da glicólise) é preciso uma enzima específica encontrada APENAS nos hepatócitos. Por isso, por essa enzima ter em maior quantidade no fígado, ele é o único que consegue completar a gliconeogênese, diferente dos outros tecidos. • Gliconeogênese deve ser associada ao exercício físico. • GLICÓLISE SÃO 10 REAÇÕES, DESSAS 7 SÃO IGUAIS NA GLICONEOGÊNESE. • Entretanto, nas reações parecidas as enzimas são diferentes da glicólise • Etapas muito semelhantes • A gliconeogênese serve para contornar as 3 reações irreversíveis da glicólise: hexoquinase, fosfofrutoquinase-1 e piruvato quinase. BCM II – Medicina Uninove - @natynamed • A partir do momento que entra no jejum, a gliconeogênese começa a recrutar percursores. Durante a atividade física se usa muito o lactato, usa-se muito os aminoácidos (alanina principal aa gliconeogênico – compõe muita cadeia proteica nas proteínas musculares) • Alanina, outros aa e lactato precisam produzir piruvato. Alguns aa não produzem piruvato, mas ainda serão percursores de alguma maneira. • Aminoácidos ou vão direto pra piruvato ou atuam como substratos do Ciclo de Krebs. • Piruvato e substratos do Ciclo de Krebs vão ser transformados em OXALOACETATOS, antes de produzir o fosfoenolpiruvato, que é de onde parte a gliconeogênese • Oxaloacetato também é um intermediário do Ciclo de Krebs, sendo um ponto comum entre o Ciclo e a necessidade do oxaloacetato para iniciar a gliconeogênese (com o fosfoenolpiruvato) • Lactato = glicólise anaeróbia no músculo em exercício • Lactato – Piruvato – reação reversível. ENZIMA: lactato-desidrogenase • Alanina = degradação de proteínas no músculo • Alanina – Piruvato – reação reversível – ENZIMA: alanina-aminotransferase • Glicerol = liberado das reservas adiposas de triacilgliceróis. • Com um gasto de ATP o glicerol é convertido em glicerol-3-fosfato pela ENZIMA: Glicerol-quinase • Glicerol-3-fosfato produz diidroxiacetona- fosfato pela ENZIMA: glicerol-3-fosfato- desidrogenase . Ciclo de Cori • Lactato regenerado à glicose. • Processo de reciclagem BCM II – Medicina Uninove - @natynamed • Quando o músculo está em ação realiza glicólise anaeróbia e produz lactato • O lactato é transportado pela corrente sanguínea até o fígado. • Lá, o lactato produz glicose. Essa glicose, era retirada do fígado e levada aos músculos, onde será utilizada • Aminoácidos produzindo os intermediários do Ciclo de Krebs, todos vão culminar à oxaloacetato, inclusive os que produzem piruvato. • Piruvato precisa gerar fosfoenolpiruvato, para isso passa por 2 reações • Vai ser carboxilado por uma enzima: piruvato-quinase, formando oxaloacetato. Ocorre na mitocôndria • A carboxila que vai ser adicionada vem do bicarbonato – que vem do CO2 • Biotina auxilia a piruvato carboxilase na fixação da carboxila. • Gasta ATP • É irreversível • Oxaloacetato continua na mitocôndria, precisa ir pro citosol. BCM II – Medicina Uninove - @natynamed • Quando for removido, no citosol, oxaloacetato com um gasto deGTP será covertido em fosfoenolpiruvato pela enzima PEP carboxiquinase • Para que o oxaloacetato saia da mitocôndria precisa ser convertido em produtos que deixam sair • Oxaloacetato será reduzido (ganha e-) a partir de um NADH, à Malato, conseguindo sair da mitocôndria. • Ao sair, no citosol, o malato sofrerá ação da mesma enzima que reduziu o oxaloacetato e será oxidado, perdendo e- pro NAD+ , voltando a ser oxaloacetato. • A enzima PEP carboxiquinase converte a oxaloacetato em fosfoenolpiruvato, com gasto de 1 GTP. • A conversão de fosfoenolpiruvato em gliceraldeído-3-P ocorre idêntica à glicólise (3 etapas) • Gliceraldeído-3-P com a diidroxiacetona- fosfato com a ação da aldolase formam frutose-1,6-bifosfato [reversão da reação da aldolase] • É preciso contornar a fosfofrutoquinase, pois é uma reação irreversível. • Frutose-1,6-bisfosfato desfosforilado em frutose-6-fosfato pela enzima: frutose-1,6- bisfosfatase • Frutose-6-fosfato pela ação de uma isomerase (a mesma da glicólise : fosfoglicoisomerase) transforma em glicose- 6-fosfato. Última etapa da gliconeogênese é a primeira da glicólise Contornar uma reação: ocorre quando é necessária outra enzima para fazer uma inversão de uma reação que é IRREVERSÍVEL. Logo, não é possível usar a mesma enzima usada em A – B para a reação B-A, pois A-B é irreversível. BCM II – Medicina Uninove - @natynamed • Glicose-6-fosfato é transformada [desfosforilada] em Glicose pela enzima: glicose-6-fosfatase [Se encontra no retículo endoplasmático] OBS: Na glicólise a glicose é fosforilada em glicose- 6-fosfato pela glicoquinase. • G6P terá que entrar no retículo por um transportador de G6P para desfosforilar • A glicose formada então sai para o citosol pelo Transportador de glicose (T2). • Ela não fica armazenada, já sai para o corrente sanguínea. Ela sai do fígado pelo GLUT2. Uma regulação hormonal ocorre na gliconeogênese pelo Glucagon • Regulação do piruvato à oxaloacetato – ativador alostérico Acetil CoA – concentração alta estimula a enzima piruvato carboxilase + biotina. Só consegue fazer a reação com a presença do Acetil CoA. ATIVADOR ALOSTÉRICO – se liga no sítio alostérico, vizinho do sítio ativo da enzima. • Oxaloacetato em fosfoenolpiruvato pela enzima PEP carboxiquinase com gastode um GTP. Regulador dessa etapa é o Glucagon. Se glucagon estiver alto é ativada. • A insulina alta inativa a enzima. • Frutose1-6-BP precisa passar para frutose-6-P pela enzima frutose-1,6-bisfosfosfatase. O AMP regula a enzima, gliconeogênese é inativada com a alta conc. de AMP. • AMP: Era um ATP • Frutose-2,6-bisfosfato tem poder maior de inibição a frutose-1,6- bisfosfatase, pois se ela está em concentração maior significa que está ocorrendo glicólise. • Alta concentração de Glucagon estimula a redução na concentração Frutose-2,6- bisfosfato BCM II – Medicina Uninove - @natynamed • Glicose-6-P em Glicose, pela enzima glicose- 6-fosfatase é regulada pelo transporte de glicose-6-P para o RE. Quanto maior o transporte para o RE mais é ativada a enzima que catalisa a reação. • Essa enzima se encontra penas no RE do fígado e rins • Aumenta no jejum • O transporte “Parece” ser regulado pelo glucagon. • Etanol produz acetaldeído seguido de acetato, que produzem alta quantidade de NADH nos hepatócitos • Lactato é transformado em piruvato pela enzima lactato-desidrogenase, porém altas concentrações de NADH deslocam a reação para síntese de lactato, diminuindo o piruvato. • Uso excessivo de etanol inibe a via gliconeogênese e acumula lactato, gerando ácido láctica e hipoglicemia. • Nos hepatócitos: Metformina inibe a gliconeogêne e glicogenólise, reduzindo o fornecimento de glicose, já que é usado para pacientes diabéticos. Além disso, aumenta a captação de glicose nas células.
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